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terça-feira, 5 de novembro de 2024

O DOM DE LINGUAS EM CORINTO

 

O DOM DE LINGUAS EM CORINTO

 

Nas 4 listas de dons espirituais do Novo Testamento (Rom.12:6-8; 1Cor.12:8-11; 1Cor.12:28; Efe.4:11) o dom de línguas estranhas aparece somente na igreja de Corinto, e associado ao dom de interpretar línguas (1Cor.12:10up).

Isso indica que o dom de línguas estranhas (não inteligíveis) era um fenômeno espiritual dos crentes de corinto, que vinham de experiências espirituais do culto pagão. Os coríntios na sua maioria vinham do paganismo e foram convertidos ao cristianismo.

No capítulo 14 da primeira carta aos coríntios, Paulo desenvolve a compreensão desse dom. Apesar das duas listas de dons espirituais possuírem 17 dons ao todo (12:8-11 são 9 dons; 12:28 são 8 dons) Paulo dedica um capítulo inteiro para desconstruir a compreensão daqueles crentes recém conversos, no dom de línguas estranhas, e incentivar a eles o uso de dons superiores (14:39).

A Desconstrução

O apóstolo Paulo começa o capítulo 14 fazendo um contraste entre o dom de línguas e o dom de profetizar (vs2,3). E a ênfase de Paulo é o uso de uma palavra repetida por 6x no capítulo – “edificar”. O argumento é que o dom de línguas não edifica a igreja.

-v2 “ninguém o entende porque fala em mistérios”

-v4 “o que fala em língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza, edifica a igreja”

-v5 “quem profetiza é é superior ao que fala em outras línguas”

-v5up “para que a igreja recebe edificação”

-v9 “se com a língua não falarem palavra compreensível, como se entenderá?”

-v12up “procure progredir para a edificação da igreja”

-v13 “o que fala em outra língua deve orar para que possa interpretar”

-v17 “tu, de fato (fala em outra língua) mas o outro não é edificado”

-v19 “prefiro falar na igreja cinco palavras com entendimento”

-v19up “do que falar dez mil palavras em outra língua”

 Paulo nesses vs1-19 não incentiva os crentes no uso de línguas estranhas; pelo contrário, ele diz que a pessoa deve orar para que possa interpretar (v13 – saber o que está dizendo) e assim edificar a igreja. A conclusão é que a língua estranha não edifica a igreja.

A Ordem do Culto

Nos vs26-33 Paulo organiza o culto naquela igreja pois havia “confusão”. E o apóstolo afirma que “Deus não é de confusão” v33.

A ordem do apóstolo é “Seja tudo feito para edificação” v26up.

E para evitar a confusão, Paulo, dá duas orientações fundamentais voltado para os que usavam de línguas estranhas:

1)      “no caso de alguém falar em outra língua, que não seja mais de dois ou quando muito três e isso sucessivamente” v27pp

2)      “e haja quem interprete” v27up

3)      “não havendo interprete, fique calado na igreja” v28

Com essas três regras Paulo, inibe o uso desse dom, e deixa ele vinculado à necessidade de se interpretar o que a pessoa está dizendo.

Paulo ainda coloca ordem no culto. Portanto é uma regra bíblica, que se a pessoa for falar em línguas estranhas, cada um deve falar por vez; e no máximo três pessoas devem falar. E mesmo assim se não houver intérprete, eles devem ficar calados.

Ou seja, os cultos onde há várias falando em línguas ao mesmo tempo, em uma confusão de vozes, isso é anti-bíblico, é confusão, e Deus na se agrada. Paulo é enfático – “Deus não é de confusão” v33.

O v40 finaliza a exortação apostólica dizendo – “Tudo seja feito com decência e ordem”.

As igrejas que não seguem essas orientações, não estão de acordo com a Palavra de Deus e se encaixam na “confusão”, desonrando o Nome de Jesus Cristo.


Do blog Ivair Augusto

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