Condições dominantes entre o povo de Deus
Livro serviço cristão, pags. 32 - 38
Falta de espírito missionário —
Tem havido pouco espírito missionário entre os adventistas
observadores do sábado. Se os pastores e
o povo estivessem suficientemente despertos, não se deixariam ficar assim
indiferentes, quando Deus os honrou tornando-os os depositários de Sua lei,
imprimindo-a em seu espírito e escrevendo-a em seu coração. — Testimonies for the Church 3:202.
O verdadeiro espírito missionário
desertou das igrejas que fazem tão alta profissão; os corações já não se acham
abrasados com o amor pelas almas e o desejo de levá-las para o redil de Cristo. Faltam-nos obreiros fervorosos. Não
haverá ninguém que responda ao clamor que vem de todas as partes: “Passa [...]
e ajuda-nos”? Atos dos Apóstolos 16:9. — Testimonies
for the Church 4:156.
Foi-me mostrado que como um povo somos deficientes. Nossas obras
não estão de acordo com a nossa fé. Nossa fé testifica que vivemos sob a
proclamação da mais solene e importante mensagem que já foi dada a mortais.
Entretanto, à plena vista deste fato, nossos esforços, nosso zelo, nosso
espírito de sacrifício não estão à altura do caráter da obra. Devemos despertar
dentre os mortos, e Cristo nos dará vida. —
Testimonies for the Church 2:114.
Dói-me o coração quando penso em quão pouco nossas igrejas
sentem suas solenes responsabilidades para com Deus.
Não são só os pastores que
são soldados, mas todo homem e mulher que se alistou no exército de Cristo; e
estarão eles dispostos a sujeitar-se à comida de um soldado, exatamente como
Cristo lhes deu exemplo em Sua vida de abnegação e sacrifício? Que
abnegação têm manifestado nossas igrejas, em geral? Podem ter feito
donativos em dinheiro, mas não se terem dado a si mesmos. — The General Conference Bulletin,
131 (1893).
Muitos dos professos seguidores de Cristo não sentem mais
preocupação pelas almas do que o faz o mundo. A concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, o amor à ostentação, o amor à comodidade, separam de Deus os
professos cristãos, e o espírito
missionário, em realidade, só existe em poucos. Que pode, porém, ser feito para abrir
os olhos desses pecadores em Sião, e fazer tremer os hipócritas? — The General Conference Bulletin, 132
(1893).
Há uma classe representada por Meroz. (Juizes 5: 23) O espírito missionário jamais se apoderou de sua
alma. Os apelos das missões estrangeiras não os despertaram para a ação. Que contas prestarão a Deus esses que coisa
alguma estão fazendo em Sua causa — coisa alguma para ganhar almas para Cristo?
Esses receberão a sentença: “Mau e negligente servo”. Mateus 25:26. — Historical Sketches of the Foreign
Missions of the Seventh Day Adventist, 290.
Como ilustração da falha de vossa parte em vir ao socorro da
causa de Deus, como era vosso privilégio, foram-me lembradas as palavras: “Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do
Senhor, duramente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram em
socorro do Senhor, em socorro do Senhor com os valorosos”. Juízes 5:23. — Testimonies for the Church 2:247.
Classe autocomplacente —
Foi-me apresentada
uma classe cônscia de possuir impulsos generosos, sentimentos de devoção, e
amor ao fazer o bem; entretanto, ao mesmo tempo nada estão fazendo.
Possuem sentimentos de complacência própria, lisonjeando-se de
que, se tivessem oportunidade, ou as circunstâncias fossem mais favoráveis,
poderiam fazer e fariam uma grande e boa obra; mas aguardam a oportunidade.
Desprezam o espírito estreito do infeliz mesquinho que dá de má vontade a
pequenina esmola ao necessitado.
Vêem eles que ele vive para si mesmo, que não deseja ser chamado
para fazer bem aos outros, para abençoá-los com os talentos de influência e
meios que lhe foram confiados para deles usar, não abusar, nem para deixar que
enferrujem, ou fiquem enterrados no solo.
Os que se entregam a sua avareza e egoísmo, são responsáveis por
seus atos mesquinhos, e responsáveis também pelos talentos dos quais abusam.
Mais responsáveis, porém, são os que têm impulsos generosos, e
são naturalmente ligeiros em discernir coisas espirituais, se permanecerem
inativos, aguardando uma oportunidade que supõem não haver chegado, e ao mesmo
tempo comparando sua disposição de agir, com a disposição do mesquinho, e
refletindo que seu estado é mais favorável do que o de seus semelhantes de alma
mesquinha. Esses se enganam a si mesmos. A mera posse de qualidades que não
se põem em uso, tão-somente lhes aumenta a responsabilidade; e se deixam
inaproveitados ou entesourados os talentos de seu Senhor, seu estado não é
melhor que o de seus semelhantes, por cuja alma sentem tanto desprezo.
A eles se dirá: “Sabíeis a vontade do Senhor e não a
cumpristes”. — Testimonies for the Church 2:250, 251.
Torpor Mortal
O povo de Deus deve acatar a advertência e discernir os sinais
dos tempos. Os sinais da vinda de Cristo são demasiado claros para deles se
duvidar; e em vista destas coisas, todo aquele que professa a verdade deve ser
um pregador vivo. Deus
chama a todos, tanto os pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu
está alerta. As cenas da história terrestre estão em rápido desfecho.
Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Maiores perigos se encontram
diante de nós, e ainda não estamos despertos. Esta falta de atividade e fervor
na causa de Deus, é terrível. Esse mortal torpor vem de Satanás. — Testemunhos Seletos 1:87, 88.
A incredulidade, como o manto da morte, está envolvendo nossas
igrejas, porque não empregam os talentos que Deus lhes deu, comunicando a luz
aos que não conhecem a preciosa verdade. O Senhor chama as almas perdoadas, as
que se regozijam na luz que têm, para tornarem conhecida a outros a verdade. — The General Conference Bulletin, 133
(1893).
Satanás está agora procurando manter o
povo de Deus em um estado de inatividade, para os impedir de desempenhar sua
parte na propagação da verdade, a fim de que sejam afinal pesados na balança e
encontrados em falta.
— Testemunhos Seletos 1:87. Os homens estão em perigo. Multidões perecem. Mas quão poucos dos seguidores professos de Cristo
sentem responsabilidade por estas almas! O destino de um mundo pende na
balança; mas isto mal comove mesmo aqueles que dizem crer na verdade mais
abarcante já dada aos mortais. Há uma carência daquele amor que induziu Cristo
a deixar Seu lar celeste e assumir a natureza humana, para que a humanidade
tocasse a humanidade, e a atraísse à divindade.
Há um estupor, uma paralisia sobre o
povo de Deus, que o impede de compreender o dever do momento. — Parábolas
de Jesus, 303.
Satanás usa a sonolenta e descuidada indolência de professos
cristãos para aumentar suas forças e conquistar almas. Muitos que presumem que
embora não estejam trabalhando ativamente para Cristo, estão contudo a Seu
lado, habilitam o inimigo a ocupar Condições dominantes entre o povo de Deus 35
terreno e obter vantagens. Deixando de ser obreiros diligentes do Mestre,
deixando deveres por cumprir e palavras por pronunciar, permitem que Satanás
alcance domínio sobre as almas que podiam ser ganhas para Cristo. — Parábolas de Jesus, 280.
Quando estudo as Escrituras, fico alarmada por causa do Israel de Deus nestes últimos dias. São exortados a fugir da idolatria. Receio que estejam adormecidos, e tão conformados com o mundo que seria difícil discernir entre o que serve a Deus e o que O não serve. Está aumentando a distância entre Cristo e Seu povo, e diminuindo entre eles e o mundo. Os sinais distintivos entre o professo povo de Cristo e o mundo quase que desapareceram. Como o Israel de outrora, seguem as abominações das nações que os cercam. — Testimonies for the Church 1:277.
Diminuído o discernimento espiritual —
E não só no mundo vemos os resultados de a igreja
negligenciar o trabalho nos moldes de Cristo. Por essa negligência
introduziu-se na igreja um estado de coisas que tem eclipsado os altos e santos
interesses da obra de Deus. Tem-na penetrado um espírito de crítica e amargura,
e o discernimento espiritual de muitos se tem atenuado. Por este motivo a causa
de Cristo tem sofrido grande perda. — Testimonies
for the Church 6:297.
Encho-me de tristeza quando penso em nossa condição como
um povo. O Senhor não nos cerrou o Céu, mas nosso próprio procedimento de
constante apostasia nos separou de Deus. O orgulho, a cobiça e o amor do
mundo têm habitado no coração, sem temor de ser banidos ou condenados. Pecados
graves e presunçosos têm habitado entre nós. E no entanto, a opinião geral é
que a igreja está florescendo, e que paz e prosperidade espiritual se encontram
em todas as suas fronteiras. A
igreja deixou de seguir a Cristo, seu Guia, e está constantemente retrocedendo
rumo ao Egito. Todavia, poucos ficam alarmados ou atônitos com sua falta de
poder espiritual. Dúvidas e mesmo
descrença dos testemunhos do Espírito de Deus estão levedando nossas igrejas
por toda parte. Satanás assim o deseja. — Testimonies for the Church 5:217.
Debilidade espiritual —
Sobre o povo de Deus tem brilhado luz acumulada, mas muitos têm
negligenciado seguir a luz, e por esta razão se acham num estado de grande
debilidade espiritual. Não é por falta de conhecimento que o povo de Deus está
perecendo agora. Não hão de ser condenados por desconhecerem o caminho, a
verdade e a vida. A verdade que lhes alcançou o entendimento, a luz que lhes
brilhou na alma, mas que foi negligenciada e recusada, há de condená-los. Os
que nunca tiveram a luz que pudessem rejeitar, não estarão sob condenação. Que
mais poderia ter sido feito pela vinha do Senhor? A luz, preciosa luz, brilha
sobre o povo de Deus; mas não os salvará, a menos que consintam em ser por ela
salvos, vivendo plenamente à sua altura, e transmitindo-a a outros que se acham
em trevas. — Testimonies for the
Church 2:123.
A necessidade do colírio celestial —
As igrejas necessitam ungir os olhos com
o colírio celeste, a fim de que possam ver as muitas oportunidades de servir a
Deus que se acham ao seu alcance. Repetidas vezes Deus ordenou a Seu povo que fossem pelos caminhos e
valados, e forçassem os homens a entrar, para que Sua casa se encha; todavia
mesmo junto às nossas portas existem famílias nas quais não mostramos bastante
interesse para levá-las a pensar que nos preocupamos com a salvação delas.
É para empreender essa obra mais próxima de nós, que o Senhor convida agora Sua
igreja. Não nos devemos levantar, e dizer: “Quem é o meu próximo?” Lucas 10:29.
Precisamos não esquecer que nosso próximo é aquele que necessita de nossa
simpatia e auxílio. Nosso próximo é toda alma ferida e quebrantada pelo
adversário. Nosso próximo é todo aquele que pertence a Deus.
Em Cristo se desvanecem as distinções feitas pelos judeus quanto
a quem era seu próximo. Não existem linhas divisórias, nem distinções
convencionais, nem castas, nem aristocracias. — Testimonies for the Church 6:294.
Fanatismo e frio formalismo —
Satanás está agora operando com todo o seu poder insinuante e
enganador, a fim de desviar os homens da obra da mensagem do terceiro anjo, a
qual deve ser proclamada com grande poder. Quando o inimigo vir que o Senhor
está abençoando Seu povo, e preparando-os para discernirem os seus enganos, ele
operará com seu magistral poder para introduzir fanatismo por um lado, e por outro frio formalismo, a fim de que consiga colher uma messe de
almas. Agora é a ocasião para vigiarmos incessantemente. Estai atentos ao
primeiro passo de avanço que Satanás possa dar entre nós. — The Review and Herald, 24 de Janeiro
de 1893.
Há icebergs morais em nossas
igrejas.
Há numerosos formalistas,
capazes de fazer uma ostentação imponente, mas não são capazes de brilhar como
luzes no mundo. — The Review and
Herald, 24 de Março de 1891.
Amesquinhados pelo egoísmo — A razão por que o povo de Deus não é
mais espiritual, e não possui maior fé, foi-me mostrada, é acharem-se
amesquinhados pelo egoísmo. [...] Não é a abundância
de vossas reuniões, o que Deus aceita.
Não são as orações
numerosas, mas o fazer bem, fazer a coisa devida e
a devido tempo. —
Testimonies for the Church 2:36.
Cobiça
Contudo, alguns se recusavam a converter-se. Não estavam dispostos
a andar nos caminhos de Deus, e quando, para poder avançar a obra divina, eram
feitos pedidos de ofertas voluntárias, alguns se apegavam egoistamente às suas
posses terrestres. Esses ambiciosos foram separados do grupo de crentes. — Testemunhos Seletos 3:345.
Nem um entre vinte —
É uma solene declaração que faço à igreja, de que nem um
entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está
preparado para finalizar sua história terrestre, e achar-se-ia tão
verdadeiramente sem Deus e sem esperança no mundo, como o pecador comum.
Professam servir a Deus, mas estão servindo mais fervorosamente a Mamom. Esta
obra feita pela metade é um constante negar a Cristo, de preferência a
confessá-Lo.
São tantos os que introduziram na igreja seu espírito não
subjugado, inculto! Seu gosto espiritual é pervertido por suas degradantes corrupções
imorais, simbolizando o mundo no espírito, no coração, nos propósitos,
confirmando-se em práticas concupiscentes, e são inteiramente cheios de enganos
em sua professa vida cristã. Vivendo como pecadores e alegando ser cristãos!
Os que pretendem ser cristãos e querem confessar a Cristo devem
sair dentre eles e não tocar nada imundo, e separar-se. [...]
Deponho minha pena e ergo a alma em oração, para que o Senhor
sopre sobre Seu povo relapso, que são quais ossos secos, a fim de que vivam. O
fim está próximo, chegando-nos tão furtivamente, tão imperceptivelmente, tão
silenciosamente, como os abafados passos do ladrão à noite, a fim de
surpreender desprevenidos os dormentes, sem o devido preparo. Conceda o Senhor
que Seu Santo Espírito sobrevenha aos corações que se encontram agora à
vontade, para que não continuem por mais tempo dormindo como os outros, mas
vigiem e sejam sóbrios. — The General Conference Bulletin, 132, 133 (1893)
Do
Livro Serviço Cristão, Paginas 32 – 38
Nenhum comentário:
Postar um comentário