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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A VERDADE BÍBLICA DO ESTADO DO HOMEM NA MORTE

Ellen White 


Diz o profeta Isaías: "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes - não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isa. 8:19 e 20. Se os homens tivessem estado dispostos a receber a verdade tão claramente apresentada nas Escrituras, concernente à natureza do homem e ao estado dos mortos, veriam nas pretensões e manifestações do espiritismo a operação de Satanás com poder, sinais e prodígios de mentira. Mas ao invés de renunciar à liberdade tão agradável ao coração carnal, assim como aos pecados que amam, as multidões fecham os olhos à luz e prosseguem em seus caminhos, sem tomar em consideração as advertências, ao mesmo tempo em que Satanás lhes tece em torno as suas armadilhas, fazendo-os presa sua. "Porque não receberam o amor da verdade para se salvarem", "Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira." II Tess. 2:10 e 11.

Os que se opõem aos ensinos do espiritismo, enfrentam não somente aos homens, mas também a Satanás e a seus anjos. Entraram em luta contra os principados, potestades e espíritos maus dos ares. Satanás não cederá um centímetro de terreno sequer, a menos que seja rechaçado pelo poder dos mensageiros celestiais. O povo de Deus deve ser capaz de o enfrentar, como fez nosso Salvador, com as palavras: "Está escrito." Satanás pode citar a Escritura hoje, como o fez nos dias de Cristo, pervertendo-lhe os ensinos para apoiar seus enganos. Os que quiserem estar em pé neste tempo de perigo, devem compreender por si mesmos o testemunho das Escrituras. 

Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem, e de que os que desta maneira aparecem são espíritos de demônios.

Está iminente diante de nós a "hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra". Apoc. 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos. Satanás opera com "todo o engano da injustiça", para alcançar domínio sobre os filhos dos homens; e os seus enganos aumentarão continuamente. Só logrará alcançar, porém, o objetivo visado, quando os homens voluntariamente cederem a suas tentações. Os que sinceramente buscam o conhecimento da verdade, e se esforçam em purificar a alma pela obediência, fazendo assim o que podem a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade. "Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei" (Apoc. 3:10), é a promessa do Salvador. Mais fácil seria enviar Ele todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo, do que deixar a alma que nEle confia ser vencida por Satanás.

O profeta Isaías descreve a terrível ilusão que virá sobre os ímpios, levando-os a considerar-se seguros contra os juízos de Deus: "Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos." Isa. 28:15. Na classe aqui descrita estão incluídos os que, em obstinada impenitência, se consolam com a segurança de que deverá haver castigo para o pecador; de que toda a humanidade, não importa quão corruptas sejam as pessoas, será elevada até aos Céus, para se tornar como os anjos de Deus. Entretanto, de modo ainda mais declarado estão a fazer concerto com a morte e aliança com o inferno os que renunciam às verdades que o Céu proveu como defesa aos justos no tempo de angústia, e aceitam o falso abrigo oferecido por Satanás em lugar daquelas, a saber, as sedutoras pretensões do espiritismo.

É sobremaneira admirável a cegueira do povo desta geração. Milhares rejeitam a Palavra de Deus como indigna de crédito, e com absoluta confiança esposam os enganos de Satanás. Cépticos e escarnecedores acusam o fanatismo dos que contendem pela fé dos profetas e apóstolos, e divertem-se ridicularizando as declarações solenes das Escrituras referentes a Cristo, ao plano da salvação e ao castigo que aguarda os que rejeitam a verdade. Aparentam grande piedade por espíritos tão acanhados, fracos e supersticiosos que reconheçam as reivindicações de Deus e obedeçam aos requisitos de Sua lei. Manifestam tamanha segurança como se na verdade, houvesse feito um concerto com a morte e uma aliança com o inferno - como se houvessem erigido uma barreira intransponível, impenetrável, entre si e a vingança de Deus. Nada lhes pode suscitar temores. Tão completamente se têm entregue ao tentador, tão intimamente se acham com ele unidos e tão imbuídos de seu espírito, que não têm poder nem inclinação para desembaraçar-se de suas ciladas.

Satanás tem há muito estado a preparar-se para um esforço final a fim de enganar o mundo. O fundamento de sua obra foi posto na declaração feita a Eva no Éden: "Certamente não morrereis." "No dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." Gên. 3:4 e 5. Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para a sua obra-mestra de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não logrou realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim dos últimos tempos. Diz o profeta: "Vi ... três espíritos imundos semelhantes a rãs. ... São espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso." Apoc. 16:13 e 14. Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus, pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano. O povo está rapidamente adormecendo, acalentado por uma segurança fatal, para unicamente despertar com o derramamento da ira de Deus.

Diz o Senhor Deus: "Regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo: E o vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis oprimidos por ele." Isa. 28:17 e 18.


Livro O Grande Conflito, Pags 559 - 562

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Predestinação ou liberdade de escolha?

 

Predestinação ou liberdade de escolha?

Entenda o que a Bíblia diz a respeito de predestinação e livre arbítrio.


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A palavra de Deus é imutável, mesmo que tradições e o tempo tentem mudá-la (Foto: Shutterstock)

O Senhor e Salvador Jesus Cristo fez com que o povo deixasse as tradições para se voltar às Escrituras - à Lei e os Profetas (João 7:16; Mateus 4:4, 10; 5:18; 15:1-9; Lucas 24:27, 44). Seus apóstolos assim também procederam (Atos 3:24; 24:14; 26:27; Romanos 3:21; 2Timóteo 3:16). Eles pregaram o evangelho bíblico e eterno, pois qualquer outro é “anátema” (Apocalipse 14:6; Gálatas 1:8, 9). Mas falsos ensinos penetraram no cristianismo a partir da Patrística, período após a morte dos apóstolos, cujos ensinadores têm sido denominados “Pais da Igreja”. Esses teólogos, e também os medievais, “olhavam geralmente para a filosofia e para a literatura grega como precursores, preparadores e pronunciadores da teologia cristã”.[1]

Assim, a teologia bíblica foi negligenciada. A propósito, “o grande erro da Igreja Católica reside no fato de que a Bíblia é interpretada à luz das opiniões dos ‘pais’".[2] Já os reformadores do século XVI adotaram a Sola Scriptura, tomando “a Sagrada Escritura como fonte única para julgar a ortodoxia da fé”.[3] Logo, “enquanto a igreja medieval se baseava nos escritos dos “pais da igreja e dos concílios", os reformadores adotaram os escritos dos “apóstolos e profetas”.[4]

Leia também:

Lutero “atacava a incredulidade especulativa dos escolásticos, e opunha-se à filosofia e teologia que durante tanto tempo mantiveram sobre o povo a influência dominante.”[5] Mas a despeito da Reforma Protestante trazer o povo de volta à Bíblia, erros filosóficos da Patrística influenciaram reformadores como Lutero e Calvino. Por exemplo, Agostinho de Hipona (354 d.C.-430 d.C.), por meio de especulação filosófica, apegara-se ao conceito grego da atemporalidade do ser mantido por Parmênides (50-470 a.C.), e Platão (427-347 a.C.).[6]

Os gregos identificavam “a eternidade com a atemporalidade”[7], e concebiam o ser verdadeiro “como algo que existe em um eterno presente, sem passado, e sem futuro, sem ontem e sem amanhã”.[8] Para aqueles filósofos, “a verdadeira realidade é aquela que existe toda junta, sem sucessão nem mudança”.[9] Agostinho, baseado na filosofia grega, afirmou em Confissões que a eternidade é “imutável”, “imóvel”, “nada passa, pois o todo é plenamente presente”.[10] Sobre os anos de Deus, Agostinho também escreveu: “Teus anos permanecem juntos, são imóveis... Teus anos são um dia, e o Teu dia não segue em repetição, é sempre hoje, pois o Teu hoje não dá lugar para o amanhã, nem substitui o ontem. O Teu hoje é Eternidade.”[11]

Além do tempo

As Escrituras, porém, afirmam a temporalidade de Deus, declarando que antes da criação da Terra havia tempo, dias e anos (Jó 36:26; Daniel 7:9, 13; Miqueias 5:2; Tito 1:2; Hebreus 1:10-12). “A temporalidade de Deus significa, que em sua eternidade, a vida e a ação de Deus acontece na ordem da sucessão de passado, presente e futuro”.[12] Aqueles que se apegam à visão filosófica grega da atemporalidade torcem 2Pedro 3:8, pois o apóstolo Pedro não ensina esse falso conceito. O apóstolo simplesmente afirma o mesmo que Eliú. O número dos anos de Deus “não se pode calcular” (Jó 36:26), isto é, o “caráter infindável do tempo de Deus”.[13] Deus vive no tempo como nós, seres criados. A diferença é que enquanto somos mortais e passageiros, Deus sempre foi e sempre será eterno e imortal (1Timóteo 1:17).

A propósito, Canale fez uma investigação exaustiva do paralelismo de Êxodo 3:14, 15, em que o “Ser de Deus aparece em extensão temporal nos três modos de tempo (passado, presente, e futuro)”.[14] Ele afirma corretamente: “Um Deus atemporal é um Deus impotente, que não pode agir historicamente dentro do movimento da história”.[15] Em acordo, Gulley lembra que Deus é um ser relacional (1João 4:8), e que “um Deus relacional não é um Deus atemporal”.[16]

Pelo conceito de que a divindade habitaria em eterna atemporalidade, Agostinho influenciou a teologia romana, pois, “de acordo com a teologia católica romana, o ser de Deus é atemporal e não espacial (eterno e espiritual)”.[17]Agostinho também preparou o caminho para a doutrina protestante de que por um decreto na eternidade atemporal e imutável, Deus justificou e predestinou de modo eterno e imutável um indivíduo para a salvação.

A propósito, “Lutero entendeu a realidade de Deus seguindo a filosofia grega. Deus não vive ou atua na sequência de passado, presente e futuro”, mas em um “momento” atemporal “instantâneo”.[18]  Lutero cria firmemente na ideia da predestinação ao ponto de falar da justificação como um evento terminado.[19]E Calvino ensinou predestinação dupla, para a salvação ou para perdição, afirmando que Deus “designou de uma vez para sempre, em seu eterno e imutável desígnio, àqueles que ele quer que se salvem, e também aqueles que quer que se percam”.[20]

Decisões e consequências

Para John Wesley, esta doutrina destrói todos os atributos de Deus, pois “subverte a sua justiça, a misericórdia e a verdade; sim, ela representa o mais santo Deus como pior do que o demônio, mais falso, mais cruel e mais injusto”.[21] De fato, esta visão catastrófica de determinismo divino “insiste em que Deus é a causa final que determina as ações humanas”.[22] Ela destrói o livre arbítrio e a responsabilidade humana. Enquanto muitos rejeitam um Deus assim, multidões se entregam a uma fatal ilusão presunçosa de “total segurança da salvação final. A pessoa predestinada pelo decreto soberano de Deus não podia perder-se”.[23]

A Bíblia, porém, afirma claramente que Deus “não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). Ele deseja que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”, inclusive o “principal dos pecadores” (1Timóteo 2:4; 1:15). Ele “não quer que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pedro 3:9). Cristo, em sacrifício voluntário, “a si mesmo se deu em resgate por todos” (1Timóteo 2:6), provando “a morte por todo homem” (Hebreus 2:9). Com certeza Ele “pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25). Por isso, comissionou Seus discípulos a irem “por todo o mundo” pregar “o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15).

Liberdade de escolha

Ao estudar predestinação, deve-se incluir a presciência divina, a providência do evangelho eterno, o livre arbítrio humano, e as consequências de suas escolhas. Presciência, ou conhecimento antecipado, não é o mesmo que predestinação ou predeterminismo (Isaías 46:9, 10; 44:6-8; Atos 2:23; Romanos 11:2). No sentido bíblico, a predestinação se refere especificamente ao plano divino da salvação estabelecido antes da fundação do mundo[24] (1Pedro 1:18-20; Romanos 16:25, 26; Apocalipse 14:6). “Deus escolhe os eleitos em sua providência, não em sua predestinação”[25] (Efésios 1:11, 12), pois predestinou apenas a missão de Cristo, não causando os acontecimentos conhecidos em Sua presciência.[26] Segundo a doutrina bíblica do santuário, “Deus não realiza a salvação de indivíduos na eternidade antes da fundação do mundo, mas “através da mediação histórica de Cristo”[27] (Hebreus 8, 9).

Ele não força a vontade, mas permite nossas escolhas (Salmo 37:5; Provérbios 23:26; Isaías 1:19; 55:1; Apocalipse 3:20). A Bíblia declara várias vezes que foi Faraó que endureceu seu próprio coração (Êxodo 7:22; 8:15, 19; 9:35), o que também pagãos reconheceram (1Samuel 6:6). Mas por que a Bíblia diz que Deus endureceu o coração de Faraó, enquanto diz que ele mesmo se endureceu, não obstante as provas de que Deus realmente falara a ele?  (Êxodo 9:12; 10:1, 20, 27). “Deus deixa que os que se rebelam colham as consequências de suas ações. Deus poderia haver intervido, de modo que as consequências nunca seriam manifestadas, mas não fez. Nesse sentido, o Senhor era responsável por elas”.[28]

Assim foi o caso de Caim, Balaão, Esaú, Saul, Judas. O fogo eterno foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25:41). Infelizmente, seres humanos serão destruídos, porque assim como os habitantes de Sodoma, escolhem “viver impiamente” (2Pedro 2:6, Judas 7; Apocalipse 21:8). Algumas citações: “Não é que Deus mande um decreto para que o homem não se salve. Mas o homem resiste a princípio a um movimento do Espírito de Deus e, havendo uma vez resistido, é menos difícil assim fazer pela segunda vez, menos a terceira, e muito menos a quarta. Então vem a colheita a ser ceifada, da semente de incredulidade e resistência”.[29] “Sob a influência do Espírito de Deus, o homem é deixado livre para escolher a quem há de servir”.[30] “Deus elegeu um caráter de acordo com Sua lei, e qualquer que atinja a norma que Ele exige, terá entrada no reino de glória”.[31] “Não há eleição senão a própria, pela qual alguém possa perecer”.[32] “As providências tomadas para a redenção são franqueadas a todos; os resultados da redenção serão desfrutados por aqueles que satisfizeram as condições”.[33]

Conclui-se que o ensino da predestinação divina de seres humanos para a salvação, ou para a perdição, é falso e está em frontal oposição às Escrituras Sagradas. "Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus" (Romanos 14:12)”. Portanto, “temos liberdade para escolher ser polidos ou permanecer sem polimento”.[34] “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 3:7,8). “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10), pois “Aquele, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mateus 24:13).     


Referências:

[1]E. E. Zinke, Abordagens da teologia e dos estudos bíblicos, Brasília: Divisão Sul-Americana, 1979, p. 5.

[2]Ellen G. White, Fundamentos da educação cristã, 1ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 308.

[3]Josef Lenzenweger; Karl Amon Stockmeier; Rudolf Zinnhobler, Historia de la iglesia católica,  Barcelona: Editorial Herder, 1989, p. 374.

[4]Ellen G. White, O grande conflito, 43ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 208.

[5]Ibidem, p. 126.

[6]Raúl Kerbs, El problema de la identidade bíblica del cristianismo, 1ª ed. Libertador San Martin, Argentina: Universidad Adventista del Plata, 2014, p. 79, 102, 105, 106.

[7]Ibidem, p. 655.

[8]Ibidem.

[9]Ibidem.

[10]Agostinho, Confissões, 1ª ed. Jandira, SP: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda, 2019, capítulo XI, p. 221.

[11]Ibidem, capítulo XIII, p. 222.

[12]Fernando Canale, Princípios elementares da teologia cristã, 1ª ed. Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2018, p. 80. A seguir: Canale, Princípios elementares da teologia cristã.

[13]Oscar Culmann, Christ and time: the primitive christian conception of time and history. Philadelphia: Westminster Press, 1964, p. 69.

[14]Fernando Luis Canale, Toward a Criticism of Theological Reason: Time and Timelessness as Primordial Presuppositions, Tese PhD, Andrews University, (1983), p. 362.

[15]Canale, Princípios elementares da teologia cristã, p. 81.

[16]Norman R. Gulley, Sistematic theology God as Trinity, Berrien Springs, MI: Andrews University, 2011, v. II, p. 177.

[17]Fernando Canale, ¿Adventismo secular?, 1ª ed. Lima: Universidad Peruana Unión, 2012, p. 38.

[18]Ibidem, p. 39.

[19]Raoul Dederen, ed. Tratado de teología adventista, 1ª ed. Buenos Aires: Casa Editora Sul-Americana, 2009, p. 346. A seguir: Tratado de teologia adventista.

[20]Agostinho, Livro III, capítulo 21, p. 393.

[21]John Wesley, Coletânea da teologia de joão wesley, compilado por Robert W. Burtner e Robert E. Chiles, 2ª ed., Rio de Janeiro: Instituto Metodista Bennett, 1995, p. 46.

[22]Norman Geisler, Enciclopédia de apologética, São Paulo: Editora Vida, 2002, p. 253.

[23]Tratado de teología adventista, p. 346.

[24]Canale, Princípios elementares da teologia cristã, p. 146.

[25]Ibidem, p. 154.

[26]Ibidem, p. 151.

[27]Ibidem, p. 155.

[28]George R. Knight, Por la ruta de romanos. Nampa, ID: Pacific Press Publishing Association, 2003, p. 237.

[29]Ellen G. White, Testemunhos para a igreja, 1ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, vol. 5, p. 120.

[30]________, O Desejado de Todas as Nações, 22ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 466.

[31]_______, Patriarcas e profetas, 16ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 207.

[32]Ibidem.

[33]Ibidem, p. 208.

[34]Ellen G. White, O cuidado de Deus: Meditação Matinal. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995, p. 130.

Wilson Borba

Wilson Borba

Sola Scriptura

As doutrinas bíblicas explicadas de uma forma simples e prática para o viver cristão.

Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. Possui mestrado e doutorado na mesma área pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, e pela Universidade Peruana Unión (UPeU). Ao longo de seu ministério foi pastor distrital, diretor de departamentos, professor e diretor de seminários de Teologia da Igreja Adventista na América do Sul. Atualmente serve como pastor distrital no interior de São Paulo.

OTÍCIAS ADVENTISTAS

Coluna | Wilson Borba

domingo, 14 de agosto de 2022

Dia dos pais

Aldenir Araújo 


Encontrei na internet, esse sermão muito oportuno para a data de hoje. 

O mesmo é da lavra do grande pregador, Aldenir Araújo, que não o conheço, mas admiro os seus sermões, e peço permissão ao mesmo para publicar este excelente sermão em meu humilde blog, para benefício dos meus leitores


                    Tema: Dia dos pais


                Texto: Provérbios 23: 24

Introdução:

· Um dito popular diz: “Pai não é aquele que coloca no mundo, mas aquele que cria”, pode ser que esse dito seja a verdade , mas para mim um verdadeiro pai é aquele que põe no mundo com amor e cria com muito mais amor

· Mas todos devemos saber que nenhum pai nasce sabendo ser pai, e que não há uma escola para ensinar alguém ser um bom pai antes de realizar as funções de um, é por isso que há três coisas essenciais que devemos saber sobre um pai:

I. Um bom pai, não é perfeito

A. Nenhum pai é perfeito, só NOSSO PAI CELESTIAL.
B. As vezes cometemos erros.
Exemplos:
a. Eli. (1 Samuel 3:13)
b. Davi. (1 Reis 1:6)
c. O pai do filho pródigo. (Lucas 15:12, 13)
O amor de um pai para com seu filho muitas vezes lhe faz ser demasiadamente permissivo e isto o leva a cometer erros que podem influir negativamente em seu filho.

Por essa razão também devemos reconhecer algo:

II. Um bom pai tem deveres e responsabilidades

A. As responsabilidades de um pai ideal sobre seus filhos são:
a. Ensinar: Deuteronômio 6:7
b. Guiar: Provérbios 22: 6
c. Prover: 2 Coríntios 12:14
d. Criar: Efésios 6:4
e. Controlar: 1 Timóteo 3:4
f. Amar: Provérbios 3:12

III. Um bom pai faz o melhor por seus filhos.

A. Mesmo quando ninguém os compreende. (2 Samuel 18:33)
B. Mesmo quando os demais pensam que os filhos não merecem tanto amor. (Lucas 15:23, 24)
C. Jesus deu o melhor exemplo: Mateus 7:11

Conclusão:

· Temos visto quais são as características de um bom pai, não são perfeitos, com responsabilidades e que fazem o melhor por seus filhos

· E você, tem um pai assim? Se não tens porque seu pai já partiu dessa vida, podes ter um pai celestial nesta noite; você só precisa recebê-lo como teu pai.

Receba-o nesta noite.

Feliz dia dos pais!

terça-feira, 9 de agosto de 2022

A Vida que Satisfaz - Como Alcançar Paz de Alma

Ellen White

 A Vida que Satisfaz - Como Alcançar Paz de Alma


Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam despertar-se-lhes a consciência. A "luz que alumia a todo homem que vem ao mundo" iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: "Quem me livrará do corpo desta morte?" Ao revelar-se a cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados dos homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram "a remissão dos pecados passados".

Aquelas almas produziram frutos dignos de arrependimento. Creram e foram batizadas, e levantaram-se para andar em novidade de vida - como novas criaturas em Cristo Jesus; não para se conformarem aos desejos anteriores, mas, pela fé no Filho de Deus, seguir-Lhe os passos, refletir-Lhe o caráter, e purificar-se assim como Ele é puro. As coisas que antes odiavam, agora amavam; e as que antes amavam, passaram a odiar. Os orgulhosos e presunçosos tornaram-se mansos e humildes de coração. Os vaidosos e arrogantes se fizeram sérios e acessíveis. Os profanos se tornaram reverentes, sóbrios os bêbados, os devassos puros. As modas vãs do mundo foram postas de parte. Os cristãos procuravam não o "enfeite ... exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". I Ped. 3:3 e 4.

Os despertamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos solenes e fervorosos apelos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus, pela salvação de almas. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos nas almas que não recuavam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem consideradas dignas de sofrer o vitupério e provação por amor de Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência. Uniam-se com Cristo e semeavam no Espírito, a fim de ceifar a vida eterna.

Podia-se dizer deles: "Fostes contristados para o arrependimento." "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós, que segundo Deus fostes contristados! que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! em tudo mostrastes estar puros neste negócio." II Cor. 7:9-11.

Este é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados, e ama a Deus e seus semelhantes, pode o pecador estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram estes os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos homens e para reerguimento da humanidade.


Livro O Grande Conflito Pag. 462, 463

Quem não é adventista está perdido

 

Quem não é adventista está perdido?, Ou,

As igrejas evangélicas são iguais a terreiros de macumba?

 

Um membro de um grupo no whtsapp,  grupo do qual pertenço,  postou um áudio, afirmando que as igrejas evangélicas, são todas iguais a terreiros de Macumba. Dando a entender que quem é membro dessas igrejas, tem parte com o tal “LegaBugi do Mar”. Nosso irmão foi muito infeliz na colocação dele, e não é isso que a Igreja Adventista do Sétimo Dia ensina

 

Temos neste grupo, parentes nossos e amigos que não são adventistas do sétimo dia, são membros de outras igrejas evangélicas. quero informar a todos que essa não é a doutrina da igreja adventista, nem consideramos perdidos a todos os que não pertencem a nossa igreja

      Quero informar também, que não é pelo simples fato de ser adventista que a pessoa já esteja salva, e quem não pertence a nossa igreja, esteja perdido. Não é isto que a Igreja adventista prega, e a maior escritora da igreja, a serva de Deus, a profetiza Ellen White escreveu o seguinte: 

Vejam os textos a seguir.

 

No capítulo dezoito do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia.

 

E em que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé protestante”.  (Livro, O Grande Conflito, pág. 383.)

 

Disse mais ainda


Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda em sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das verdades especiais para este tempo.   (O grande Conflito, Pag. 390)

 

E todos os que são membros da igreja da igreja adventista, já estão com a salvação

garantida?

Permanecerão firmes e estarão prontos para enfrentar o conflito final, também chamado de sacudidura?


Vejam o que disse a profeta de Deus


“Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular. Homens de talento e maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado na verdade, empregam sua capacidade em enganar e transviar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus antigos irmãos. Quando os observadores do sábado forem levados perante os tribunais para responder por sua fé, estes apóstatas serão os mais ativos agentes de Satanás para representá-los falsamente e os acusar e, por meio de falsos boatos e insinuações, incitar os governantes contra eles”. (Livro o grande conflito Pag. 608)


A profetiza Ellen White, também falou sobre; governadores, estadistas e autoridades das nações. O que ela disse?

 

Vejam o texto a seguir

 

O tempo presente é de dominante interesse para todo o vivente. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso redor. Estão observando as relações que existem entre as nações. Eles examinam a intensidade que está tomando posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo grande e decisivo está para acontecer - que o mundo está no limiar de uma crise estupenda.” Profetas e Reis, pág. 537.

 

Disse mais:

 

Mas, enquanto Jesus permanece como intercessor do homem no santuário celestial, a influência repressora do Espírito Santo é sentida pelos governantes e pelo povo. Essa, influência governa, ainda, até certo ponto, as leis do país. Não fossem estas, e a condição do mundo seria muito pior do que ora é. Conquanto muitos de nossos legisladores sejam ativos agentes de Satanás, Deus também tem os Seus instrumentos entre os principais homens da nação. O inimigo incita seus servos a que proponham medidas que estorvariam grandemente a obra de Deus, mas estadistas que tem o Senhor são influenciados por santos anjos para que se oponham a essas propostas, com argumentos irretorquíveis. Assim, um pugilo de homens sustará poderosa corrente de males. A oposição dos inimigos da verdade será restringida a fim de que a mensagem do terceiro anjo possa efetuar a sua obra. Quando for dada a advertência final, prenderá a atenção das pessoas influentes por meio de quem o Senhor está agora a operar, e algumas delas a aceitarão, e manter-se-ão com o povo de Deus durante o tempo de angústia.” (Livro O Grande Conflito Pag. 610)...

 

Vejam o que Ellen White diz no texto acima:

 

1.1.  A influência repressora do Espirito Santo é sentida pelos governantes

 

2.  2. Deus tem seus instrumentos entre os principais homens da nação

 

3.  3. Estadistas que tem o Senhor são influenciados por santos anjos para que se oponham a essas propostas

 

4. 4.  Um pugilo de homens (um grupo pequeno) sustará poderosa corrente de males

5.   5. Algumas delas, aceitarão a verdade e se unirão ao povo de Deus

 

Há verdadeiro cristãos nas diversas igrejas evangélicas, e falsos cristãos em nosso meio. Só Deus sabe os que lhe são fiéis.

 

Portanto, vamos ler mais, orar mais, e não acusar pessoas que não seguem nossas doutrinas, mas que são fiéis seguidores de Cristo, conforme a luz, a crença e doutrinas que receberam

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