Ellen White
Todo crente deve ter todo o coração em sua ligação com a igreja. A prosperidade desta deve constituir-lhe o primeiro interesse e a menos que se sinta sob sagradas obrigações de tornar sua ligação com a igreja mais um benefício para ela do que para si mesmo, ela passará muito melhor sem ele. Está ao alcance de todos fazer alguma coisa pela causa de Deus. Pessoas há que despendem grandes quantias para luxos desnecessários; satisfazem os próprios apetites, mas consideram grande carga contribuir com meios para a manutenção da igreja. Estão dispostos a receber todo benefício de seus privilégios, mas preferem deixar que os outros lhes paguem as contas. Os que na verdade sentem profundo interesse no avanço da causa, não hesitarão em empregar fundos no empreendimento sempre e onde quer que se faça mister. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 445.
Os que se regozijam na preciosa luz da verdade devem experimentar um desejo ardente de enviá-la a toda parte. Temos alguns fiéis porta-bandeiras que nunca se esquivam a seus deveres nem evitam responsabilidades. Seu coração e bolsa estão sempre abertos a todo pedido de meios para promover a causa de Deus. Com efeito, alguns parece até excederem a justa medida de sua obrigação, como que receando perder a oportunidade de depositar sua parte no banco do Céu.
Há outros que fazem o menos que podem. Esses, se não acumulam seus bens, os dissipam, só contribuindo relutantemente com uma pequena parte para a obra de Deus. Quando fazem uma promessa ou voto a Deus, arrependem-se mais tarde, e esquivam tanto quanto podem do pagamento, se não totalmente.
Calculam o dízimo o mais escassamente possível, como se considerassem perdido o que restituem a Deus. Podem as nossas várias instituições sentir-se embaraçadas à míngua de meios, mas continuam portando-se como se não lhes importasse a sua subsistência. E, contudo, são instrumentos pelos quais Deus Se propõe iluminar o mundo! Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 555.
O Voto Batismal
Todo aquele que se liga à igreja, faz por esse ato um voto solene de trabalhar pelos interesses da igreja, e de manter esse interesse acima de toda consideração mundana. Sua obra é conservar viva comunhão com Deus, empenhar-se de coração e alma no grande plano da redenção, e mostrar, em sua vida e caráter, a excelência dos mandamentos de Deus em contraste com os costumes e preceitos do mundo. Toda alma que fez profissão de Cristo, comprometeu-se a ser tudo quanto lhe seja possível ser como um obreiro espiritual, a ser ativo, zeloso e eficiente no serviço de seu Mestre. Cristo espera que cada homem cumpra seu dever; seja esta a senha em todas as fileiras de Seus seguidores. ...
Todos devem mostrar sua fidelidade para com Deus pelo sábio emprego do capital a ele confiado, não somente em meios, mas em qualquer dote que tenda para a edificação de Seu reino. Satanás empregará todo meio possível para impedir a verdade de chegar aos que se acham imersos no erro; a voz da advertência e do rogo, porém, deve alcançá-los. E ao passo que apenas poucos estão empenhados nesta obra, milhares devem estar tão interessados quanto eles. Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 160, 161 e 163.
A Tarefa que Está Diante de nós
Há um mundo a ser advertido. A nós foi confiada essa tarefa. Devemos praticar a verdade a qualquer custo. Devemos portar-nos como milicianos abnegados, dispostos a perder a própria vida, se necessário for, no serviço de Deus. Há uma grande obra a ser feita em pouco tempo. Precisamos compreender nosso trabalho e fazê-lo com fidelidade. Todo aquele que finalmente for coroado como vitorioso, terá, pelo nobre e determinado esforço de servir a Deus, alcançado o direito de se vestir com a justiça de Cristo. Entrar na cruzada contra Satanás, levantando bem alto a bandeira ensangüentada da cruz de Cristo - esse é o dever de todo cristão.
Essa obra exige sacrifício. A abnegação e a cruz acompanham-nos por todo o caminho da vida. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Cristo, "negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Mar. 8:34. Os que retêm os tesouros deste mundo são obrigados a trabalhar e se sacrificar. Deveriam os que buscam uma recompensa eterna pensar que não precisam fazer sacrifícios? Review and Herald, 31 de janeiro de 1907.
Não Esperar Pelos Apelos
Não deve nosso povo esperar por mais apelos, mas lançar-se diretamente ao trabalho, tornando possíveis coisas que pareciam impossíveis. Pergunte cada um a si mesmo: Não me confiou o Senhor recursos para o avanço de Sua causa? ...
Sejamos honestos para com o Senhor. Todas as bênçãos que desfrutamos, dEle provêm; e se Ele nos confiou o talento dos recursos para que possamos realizar a Sua obra, retê-lo-emos? Diremos nós: "Não, Senhor; meus filhos não se agradariam disso", e portanto deveria eu aventurar-me a desobedecer a Deus, ocultando na terra os Seus talentos?
Não deve haver demora. A causa de Deus exige vossa assistência. Pedimos a vós, como mordomos do Senhor que sois, que ponhais Seus recursos em circulação, para prover os meios pelos quais muitos terão a oportunidade de aprender o que é a verdade.
Pode ser que lhes sobrevenha a tentação de investir vosso dinheiro em terras. Talvez vossos amigos a isso vos aconselhem. Mas não haverá melhor maneira de empregar vossos recursos? Não fostes comprados por preço? Não vos foi confiado vosso dinheiro a fim de que negociásseis para Ele? Não podeis ver que Ele quer que useis vossos recursos em ajudar a construir casas de culto, a estabelecer sanatórios, onde o enfermo receba a cura física e espiritual, e em ajudar a abrir escolas, nas quais sejam os jovens educados para o serviço, a fim de que possam ser enviados, obreiros a todas as partes do mundo?
O próprio Deus deu origem aos planos para o avanço de Sua obra, e tem proporcionado a Seu povo um excesso de meios, a fim de que, quando Ele pedir auxílio, alegremente possam atender. Se forem fiéis em levar para o Seu tesouro os meios que lhes foram emprestados, Sua obra fará rápido progresso. Muitas almas serão ganhas para a verdade, e o dia da vinda de Cristo será apressado. Review and Herald, 14 de julho de 1904.
Conselhos Sobre Mordomia Pags. 42 - 45
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