O BOM LADRÃO! (JOVEM PERDOADO?)
Ler Lucas 23:39-43
I) a) Naquela manhã de sexta-feira às 9
horas, três cruzes foram levantadas no topo do Calvário. Quem passava por ali e
olhava aquela cena de horror, imaginava: aí estão três ladrões perigosos e sediçores
(perturbadores). Esse do centro deve ser Barrabás, o pior deles.
b) Num instante, encabeçados pelos
fariseus e príncipes de Israel, o povo em geral passou a zombar e escarnecer,
especialmente do condenado que ocupava a cruz do centro. "Se és rei dos
judeus, salva a Ti mesmo, o Cristo". Os outros dois condenados aceitaram
essas palavras de acusação e começaram também a desafiar a Cristo, "salva
a Ti e a nós também".
c) Lá por volta das três horas da
tarde, sob intensa dor e sofrimentos indescritíveis, o jovem ladrão da direita
começou a relembrar a sua vida passada, seus pais, amigos e inimigos,
lembrou-se dos dias que ouvia Jesus pregar às multidões, recordou os milagres
verdadeiros daquele ser que estava ali ao seu lado. Lembrou-se com tristeza que
"vira e ouvira Jesus, e ficara convencido, por Seus ensinos, mas dEle fora
desviado pelos sacerdotes e príncipes. Procurando abafar a convicção, imergira
mais e mais fundo no pecado, até que foi preso, julgado como criminoso e
condenado a morrer na cruz." E. G. White, D.T.N., pág. 749.
d) Em sua mente os últimos fatos da
vida de Cristo, no tribunal e a caminho de Gólgota, a Sua atitude amorosa e
perdoadora no trato com os Seus inimigos, o deixavam profundamente comovido e
convencido de que Jesus era realmente Deus.
e) Vejam:
Muitos elementos que eram
condenados à cruz, estavam com a língua decepada, pois os sentenciados, no
momento de extrema dor, falavam e blasfemavam, envolvendo pessoas e governos,
comprometendo muitas vezes elevadas autoridades.
f) Jesus no entanto, só usou
palavras de perdão e de misericórdia, inclusive orando pelos Seus
perseguidores. "Pai perdoa-lhes pois não sabem o que fazem."
g) O bom ladrão assiste emocionado
a isso tudo. De repente o Espírito Santo ilumina-lhe a mente, e pouco a pouco
se liga à cadeia das provas. Em Jesus ferido, zombado e pendente da Cruz, vê o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Num misto de esperança e de
agonia em sua voz, a desamparada, moribunda alma, atira-se sobre o agonizante
Salvador: "Senhor, lembra-te de mim, quando vieres no teu Reino".
Ouçam:
h) A consciência adormecida pela
negligência, afogada por maus exemplos de falsos amigos, torna o ser humano
cada vez mais perverso; e, na tentativa desesperada de amenizar certo delito,
comete um crime maior. E assim, o transgressor vai subindo em sua
criminalidade, e descendo cada vez mais na moral, no respeito a Deus e ao
próximo.
i) Chegando aos limites máximos da
perversidade e da desumanidade, tendo como final a morte moral, material e
espiritual.
j) Uma vez nesse caminho, chega-se
à última encruzilhada. Ouve o transgressor os dois últimos apelos. O de Deus,
convidando-o para a eternidade, e o do inimigo impelindo-o para a morte.
k) O ladrão arrependido escolheu o
caminho da vida, abriu as suas asas rumo ao Paraíso. O ladrão impenitente
continuou a sua trágica caminhada. "Foram pois os soldados, e, na verdade,
quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com ele fora crucificado".
João 19:32.
II) a) Baseados na promessa feita pelo
Divino Mestre, podemos afirmar, aquele jovem estará também ao lado do Salvador
no Paraíso de Deus.
b) Como testemunho vivo de que Jesus salvou "a
Si mesmo", e ao "jovem arrependido", deixando nas trevas o outro
ladrão, juntamente com hipócritas religiosos de seus dias, aliás, falsos
líderes religiosos.
c) E também, muitos negligentes e
desinteressados do caminho da vida, começado na hora da morte de Jesus Cristo
Nosso Senhor.
III) a) Eu quero perguntar aos irmãos e
aos amigos, especialmente aos jovens, nesta oportunidade! O que podemos extrair
desse fato verídico, acontecido entre Deus e o homem, entre o Salvador e o
perdido, entre a luz e as trevas, que possa nos ajudar em nossa vida religiosa?
b) Vejam:
Em primeiro lugar, aquele jovem ex-ladrão, era membro
da igreja daqueles dias, freqüentava a Sinagoga.
Em segundo lugar ele consultava os seus líderes
religiosos sobre assuntos relacionados a sua fé. Eu acredito que até aqui ele
estava certo. Necessário se faz freqüentar, participar e se informar dos assuntos
relacionados com a nossa fé.
Em terceiro lugar, aquele jovem não soube escolher
os seus amigos, e quando nós não escolhemos os melhores, somos escolhidos pelos
piores companheiros. Aqui ele falhou e começou a fraquejar.
Em quarto lugar o jovem ladrão arrependido, não
soube discernir entre o bom e o mau conselhos, recebidos dentro de sua igreja,
com alguns falsos líderes. Escolheu para sua própria ruína não acompanhar o
odiado líder, Jesus, pelos guias religiosos de Israel, o ex-povo de Deus.
Em quinto lugar: agora sim, vamos analisar um dos
mais comoventes momentos do ministério de Cristo, quando esteve em carne aqui
na Terra.
Vamos nos deter naquela última
cena, no último diálogo de Cristo com o jovem ladrão.
a) Quando a caridade se encontra com a
necessidade;
b) quando o coração escravo recebe o
coração liberto;
c)
quando
a verdade ilumina a falsidade;
d) quando o amor apaga o ódio;
e)
quando
a paz consome a revolta;
f)
quando
o sofrimento e a dor comunicam esperança;
g) quando a certeza dissolve a
incerteza;
h) quando o Manto Sagrado envolve
"trapos de imundícies";
i)
quando
a fé do Jesus Salvador, gera a consciência do jovem condenador
j)
sem
dúvida, nesse encontro decisivo na cruz, entre Cristo e o jovem ladrão,
assistirmos o Deus Criador reajustar o barro humano, apodrecido e condenado,
numa perfeita harmonia entre vontades finitas e infinitas.
k)
"Ao
ladrão contrito sobreveio a perfeita paz da aceitação de Deus. Em Sua
humilhação, era Cristo glorificado. Aquele que, a todos os outros olhos,
parecia vencido, era o Vencedor." DTN, p. 751. O bom ladrão não recebeu o
que merecia, Jesus pagou isso por ele, mas recebeu o que precisava.
l) Vencia
Jesus, morrendo pelo condenado, vencia o bom ladrão vivendo para o Paraíso.
m) Morriam
para Satanás e seus anjos, todas as esperanças, agora a condenação do ladrão,
caía sobre ele e seus auxiliares, atingindo fariseus e publicanos, réus agora
do fogo eterno.
IV a) A esta altura das nossas
considerações do tema "O bom ladrão", vamos apreciar os últimos
fragmentos (pedaços) deste cenário salvador:
b) Tentemos nos localizar nesse último capítulo do
ministério de Jesus em carne, perguntando a nós mesmos:
1) Interrogo eu a Cristo como o
fazia o mau ladrão "Salva a Ti mesmo e a mim também", ou suplico a
Jesus, como o fez o bom ladrão "Senhor, lembra-te de mim quando entrares
no Teu reino"?
2) Aceito as más companhias no meu
relacionamento com o próximo, e sou por eles influenciado, ou brilho no meio de
ir mundo escuro e corrompido?
3) Sou eu susceptível aos motivos
do sofrer cristão, ou rebelado e agressivo, blasfemo, à semelhança do mau
ladrão?
"Examine-se pois o homem a si
mesmo".
c) Imaginem que um farol foi
construído e aceso para orientar navegantes, especialmente em situação de
emergência, terrível infortúnio e quando esse mesmo farol, apagado, se torna
num monstro no caminho das naus desorientadas, propiciando o naufrágio e morte
de vitimas inocentes sem conta, aos seus pés criminosos.
Dizia Paulo:
"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento,
mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa
vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos
modelos do rebanho." I Pedro 5:2-3.
V) a) Lembremo-nos de que pelo Seu
supremo sacrifício, Cristo inaugurou o caminho para os Céus, iluminando-o com
os raios resplandecentes de Suas mãos. Hab.3:4
b) A porta da eternidade está
aberta a todo aquele que crer. "Não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que por Sua palavra hão de crer em mim." João 17:20.
c) Jesus pode hoje ainda repetir a
você e a mim, como irmão e amigo: "Em verdade
te digo hoje: estarás comigo no Paraíso". Luc. 23:43
d) Foi ouvida uma voz animosa e salvadora, por um
jovem a caminho da perdição e da morte. Essa Divina vibração, encheu-lhe a alma
de graça, e no coração ressuscitou a esperança amordaçada, e aquele infeliz
condenado, preso ao lenho criminoso, sente as alegrias do Paraíso e recebe dos
lábios feridos de Jesus, pelo vinagre fariseu, a alegre nova de um país
glorioso, enchendo-lhe a morte de certeza e alegria.
e) Ouça jovem:
No túmulo do grande astrônomo
Copérnico falecido em 1543, na igreja de São João na cidade de Thorn (Polônia),
encontra-se o seguinte epitáfio (inscrição tumular), que foi redigido pelo seu
médico e amigo, Dr. Melchior Pernésio: "Senhor, não almejo a graça que
Paulo recebeu; nem a benignidade com que perdoaste a Pedro; mas somente Te
suplico a graça com que perdoaste ao malfeitor na Cruz".
f) Vejam jovens e irmãos: a
verdadeira grandeza se espelha na humildade da alma, na pureza do espírito bem
formado; na oculta virtude do sentimento maduro e cristão. "Se ignora a si
mesma: porque traz os olhos baixos e fitos no abismo do seu nada, não reflete
sobre o seu conhecimento, porque o verdadeiro humilde não presume que o
seja".
g) Quando estivemos com os olhos
fitos nas estrelas, como o fizeram Copérnico e Abraão, descobriremos então, o
caminho do Eterno, e com os pés descalços, qual Moisés, caminharemos
humildemente os caminhos sagrados do Senhor. Daí então, vislumbraremos o
propício perdão do Pai das Luzes, Jesus Cristo, e qual Tomé exclamaremos:
"Senhor Meu, e Deus meu". João 20:28.
h) Não se esqueçam jovens da nossa
Igreja, anciãos do Senhor, filhos do Israel moderno, que o mundo vai denunciar
a vossa covardia (atos desequilibrados e agressivos); o mundo vai surpreender a
vossa fraqueza (omissões e negligências); o mundo vai condenar a vossa vaidade
(desperdício de virtudes pessoais); o mundo vai crucificar o vosso ideal
(objetivos e sucessos da vida).
VI) a) Na qualidade de herdeiros do
Paraíso, parceiros do jovem, o bom ladrão, nós precisamos com urgência:
1º) Atender à voz do Espírito de Deus, que
silenciosamente procura gravar em nossa mente as virtudes de Cristo. l Cor.
2:10.
2°) Que busca ensinar o nosso coração
a compara as coisas espirituais com coisas espirituais. l Cor. 2:13.
3°) Urge ainda que o nosso espírito
confuso, una-se ao Espírito de Verdade, para juntos testificarmos que somos
filhos de Deus. Rom. 8:16.
4°) Necessitamos vencer as
concupiscências da carne (prostituição, contendas, invejas e outros),
habituando-nos a andar no Espírito de santidade, e venceremos as batalhas
cotidianas de nossa vontade selvagem. Gál. 5:16.
A fim de que, apareçam em nós todos
(jovens, crianças e adultos), os frutos do Espírito (amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, fé, mansidão, temperança) Gál. 22:23.
5°) E não as manchas do pecado que
cobrem o corpo e a alma de todo transgressor.
6°) Certamente, donos destas
virtudes, senhores desse poder, estaremos prontos para juntarmos as nossas
vozes à do bom ladrão: "Senhor, lembra-te de mim"; também lembra-Te,
Senhor, dos meus filhos; lembra-te, Senhor, do meu trabalho; lembra-Te Senhor
dos meus problemas.
1. Daí então teremos a voz do Senhor
nos dizendo: "Em verdade te digo, estarás comigo;
2. Eu te abençoarei, e tu serás como
uma bênção;
3. Eu te esforço e te ajudo, tomo-te
pela tua mão direita. Porque Eu te remi;
b) Você, meu irmão, deseja essa
graça? Acha que precisa desse poder? Crê que pode alcançar a Jesus lá na cruz e
dialogar com o Divino Mestre?
c) Pois então vamos juntar as mãos,
venha seguir a minha mão direita e vamos juntos à presença de Jesus agora.
d) Freqüentemente,
ouvimos as pessoas dizerem: "Se arrependimento matasse, eu já estaria morto",
querendo significar que está tão decepcionado com o ocorrido que preferia estar
totalmente livre daquele fato.
e) Eu porém, lhes digo:
arrependimento não leva ninguém à morte. mas restaura a vida, refaz a nossa
vontade moribunda, fortifica a nossa esperança, e recria em Cristo o nosso
espírito. É um espírito novo dentro de um homem novo
Oremos.
(Desconheço o autor)