Ellen White
O Amor de Cristo um Poder Vitalizante
Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder, é uma cura para as doenças originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se trazendo "cura nas Suas asas". Mal. 4:2. Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito, nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o engenho, o talento - são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida de Deus na alma, eis a única esperança do homem.
O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo o órgão vital - o cérebro, o coração, os nervos - esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir - a alegria do Espírito Santo - alegria que comunica saúde e vida. A Ciência do Bom Viver, pág. 115.
O Modo de Cristo Curar
Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que provinha de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados?
Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os servos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar.
Na maneira por que o Salvador curava, havia lições para os discípulos. Uma ocasião, ungiu com terra os olhos de um cego, dizendo-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé. ... Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo." João 9:7. A cura só se podia operar pelo poder do grande Médico; todavia, Cristo fez uso dos simples agentes da Natureza. Conquanto não recomendasse as medicações compostas de drogas, sancionou o emprego de remédios simples e naturais.
A muitos dos aflitos que foram curados, disse Cristo:
"Não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior." João 5:14.
Assim ensinou que a doença é o resultado da violação das leis de Deus, tanto naturais como espirituais. Não existiria no mundo a grande miséria que há, se tão-somente os homens vivessem em harmonia com o plano do Criador. ...
Essas lições são para nós. Há condições que devem ser observadas por todos os que queiram conservar a saúde. Cumpre que todos aprendam quais são essas condições. Deus não Se agrada da ignorância com respeito a Suas leis, sejam naturais, sejam espirituais. Devemos ser coobreiros Seus, para restauração da saúde do corpo bem como da alma.
E devemos ensinar os outros a conservar e a recuperar a saúde. Empregar para os doentes os remédios providos por Deus na Natureza, bem como encaminhá-los Àquele que, unicamente, pode restaurar. É nossa obra apresentar os doentes e sofredores a Cristo, nos braços de nossa fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico. Lançar mão de Sua promessa, e orar pela manifestação de Seu poder. A própria essência do evangelho é restauração, e o Salvador quer que induzamos os enfermos, os desamparados e os aflitos a se apoderarem de Sua força.
O poder do amor estava em todas as curas de Cristo, e unicamente participando desse amor, pela fé, podemos ser instrumentos para Sua obra. Se negligenciarmos pôr-nos em divina ligação com Cristo, a corrente de energia vitalizante não pode fluir em abundantes torrentes de nós para o povo. Houve lugares em que o próprio Salvador não pôde realizar muitas obras poderosas, devido à incredulidade. Assim agora a incredulidade separa a igreja de seu divino Ajudador. Fraco é seu apego às realidades eternas. Por sua falta de fé, fica Deus decepcionado, e é roubado de Sua glória. - O Desejado de Todas as Nações, págs. 823-825.
Nenhum comentário:
Postar um comentário