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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Plano de redenção


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Plano de redenção

Ellen White

Houve um concílio no Céu, tendo como resultado a submissão do querido Filho de Deus a fim de redimir o homem da maldição e desgraça da falha de Adão, e derrotar a Satanás. 
Oh! condescendência maravilhosa! A Majestade do Céu, por causa do Seu amor e piedade pelo homem caído, propôs tornar-Se seu substituto e fiança. 
Ele carregaria a culpa do homem. Tomaria sobre Si mesmo a condenação do Pai, a qual de outra maneira cairia sobre o homem por causa de sua desobediência. 
A lei de Deus era inalterável. Não poderia ser abolida nem seria possível submeter a menor parte de sua reivindicação para ajudar o homem no seu estado caído. 
O ser humano estava separado de Deus pela transgressão de Seu expresso mandamento, apesar de ter Ele conscientizado a Adão, das conseqüências de tal transgressão. 
O pecado de Adão originou uma situação deplorável. Satanás agora teria controle ilimitado sobre a raça humana, a menos que um ser mais poderoso do que Satanás antes de sua queda, entrasse em ação e o vencesse, resgatando, destarte, o homem. 
A alma divina de Cristo encheu-Se de infinita compaixão pelo par caído. Ao verificar sua condição desditosa e desesperançada, ao ver que pela transgressão da lei de Deus eles caíram sob o poder e controle do príncipe das trevas, propôs o único meio que poderia ser aceitável diante de Deus, dando-lhes outra oportunidade e colocando-os novamente sob um período de prova. 
Cristo consentiu em deixar Seu lugar de honra, Sua autoridade real, Sua glória com o Pai, humilhando-Se ao humanizar-Se e ao entrar em luta com o poderoso príncipe das trevas, a fim de salvar o homem. Por meio de Sua humilhação e pobreza identificar-Se-ia com a fragilidade da raça caída, e mediante resoluta obediência mostraria Ele ser capaz de redimir a falha clamorosa de Adão e por humilde obediência reconquistaria o Éden perdido. 
A grande obra da redenção só poderia ser efetuada pelo Redentor, ao tomar o lugar do Adão caído. 
Levando sobre Si os pecados do mundo, Ele poderia palmilhar o caminho em que Adão tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente mais severa do que aquela que Adão falhou em suportar. Creditaria à conta do homem, ao derrotar o tentador por meio da obediência, Sua pureza de caráter e serena integridade, imputando ao homem Sua justiça, para que, em Seu nome, o ser humano pudesse superar o inimigo por iniciativa própria. 
Que amor! Que extraordinária condescendência! O Rei da glória propôs humilhar-Se a Si mesmo à humanidade caída! Seguiria os passos de Adão. Tomaria a natureza caída do homem e Se empenharia na luta contra o forte inimigo que triunfara sobre Adão. Venceria Satanás e, assim fazendo, abriria o caminho para a reparação da falha e da queda desventurosa de Adão e de todos aqueles que cressem nEle. 
Anjos submetidos à prova foram enganados por Satanás e foram liderados por ele em uma grande rebelião nos Céus, contra Cristo. Falharam em suportar a prova a que foram submetidos e caíram. Adão foi criado à imagem de Deus e colocado sob provação. Tinha um organismo perfeitamente desenvolvido. Todas as suas faculdades eram harmoniosas. Em todas as suas emoções, palavras e ações havia uma perfeita conformidade com a vontade do seu Criador. 
Depois de ter Deus tomado todas as providências para a felicidade do homem, e ter suprido todos os seus desejos, provou sua lealdade. 
Se o santo par permanecesse obediente, a raça humana seria, depois de algum tempo, feita igual aos anjos. Como Adão e Eva falharam em suportar a prova, Cristo propôs tornar-Se uma oferta voluntária em prol do homem. 
Satanás viu que se Cristo era na verdade o Filho de Deus, o Redentor do mundo, não seria bom para ele que o Senhor deixasse as cortes reais do Céu a fim de vir a este mundo caído. Temia que o seu poder, a partir desse tempo, fosse limitado e que os seus enganos fossem discernidos e expostos, e sua influência sobre o homem fosse enfraquecida. Temia que seu domínio e controle dos reinos do mundo fossem contestados. Lembrava-se das palavras que Jeová lhe dirigiu quando foi convocado à Sua presença com Adão e Eva, a quem havia arruinado com os seus enganos: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Esta declaração contém a primeira promessa evangélica feita ao homem. Mas estas palavras, ao serem pronunciadas, não foram completamente entendidas por Satanás. Sabia, porém, que continham a maldição para ele por haver seduzido o santo par. Quando Cristo Se manifestou sobre a Terra, Satanás temeu que Ele fosse na verdade o Prometido que iria limitar o seu poder e finalmente destruí-lo. Satanás tinha um interesse peculiar em observar o desenvolvimento dos eventos que se seguiram imediatamente à queda de Adão, para saber como seu trabalho havia afetado o reino de Deus, e o que o Senhor iria fazer com Adão, por causa de sua desobediência. 
O Filho de Deus, ao submeter-Se a fim de tornar-Se o Redentor da raça humana, colocou Adão numa nova relação com o Seu Criador. Continuaria ainda em estado decaído, mas a porta da esperança fora aberta para ele. 
A condenação de Deus ainda permaneceria sobre Adão, mas a execução da sentença de morte foi postergada e a indignação de Deus foi contida porque Cristo aceitou a missão de tornar-Se o Redentor do homem. 
Cristo tomou sobre Si a ira de Deus, que por justiça deveria cair sobre o homem. Tornou-Se o refúgio do ser humano e apesar de ser este na verdade um criminoso, merecendo a condenação de Deus, pôde, contudo, pela fé em Cristo, correr para o refúgio provido e ser salvo. 
No meio da morte há vida se o homem escolher aceitá-la. O santo e infinito Deus, que mora na luz inacessível, não podia mais falar ao homem. Nenhuma comunicação poderia agora existir diretamente entre o homem e seu Criador. 
Deus Se absteve, por algum tempo, da execução completa da sentença de morte pronunciada sobre o homem. Satanás exultou por ter quebrado para sempre a ligação entre o Céu e a Terra. Estava, porém, totalmente enganado e desapontado. O Pai entregou o mundo a Seu Filho para que Ele o redimisse da maldição e desgraça da falha e queda de Adão. Unicamente através de Cristo poderia o Senhor manter comunhão com o homem. Cristo voluntariamente Se propôs manter e vindicar a santidade da lei divina. Não tiraria a mínima parte de suas reivindicações na obra de redimir o homem, mas, a fim de salvá-lo e manter a santidade dos reclamos e justiça da lei de Pai, Ele Se entregou a Si mesmo em sacrifício pela culpa do homem. 
Na Sua vida, em nenhum sentido desviou-Se Cristo da lei de Seu Pai. Ao contrário, por firme obediência a todos os seus preceitos, e morrendo pelos pecados daqueles que os tinham transgredido, estabeleceu Ele a sua imutabilidade. 
Após a transgressão de Adão, viu Ele que a ruína foi completa. A raça humana foi levada a uma deplorável condição. O homem foi cortado de sua interligação com Deus. 
Era desígnio de Satanás que o estado do homem fosse o mesmo dos anjos caídos, em rebelião contra Deus, insatisfeito, sem um vislumbre de esperança. Arrazoava que se Deus perdoasse o homem pecador que havia criado, também perdoaria a ele e seus anjos, e receberia a todos em Seu favor. Contudo, seria desapontado. 
O divino Filho de Deus viu que nenhum instrumento, senão Ele próprio, poderia salvar o homem, e determinou salvá-lo. Deixou que os anjos caídos perecessem na sua rebelião, mas estendeu a mão para resgatar o homem que perecia. Os anjos que se rebelaram foram tratados de acordo com a luz e experiência que abundantemente haviam usufruído no Céu. 
Satanás, o chefe dos anjos caídos, tinha uma vez uma exaltada posição no Céu. Era o mais honrado depois de Cristo. 
O conhecimento que ele, bem como os anjos que com ele caíram, tinham do caráter de Deus, de Sua bondade, Sua misericórdia, sabedoria e excelente glória, tornou-lhes a culpa imperdoável. Não havia possibilidade de esperança de redenção para estes que haviam testemunhado e compartilhado da glória inexprimível do Céu, tinham visto a terrível majestade de Deus e, em face de toda esta glória, ainda se rebelaram contra Ele. 
Não haveria novas e maravilhosas exibições do exaltado poder de Deus que os pudessem impressionar tão profundamente como aquelas que já haviam testemunhado. Se foram capazes de rebelar-se justamente na presença de inexprimível glória, não poderiam ser colocados em nenhuma condição mais favorável para serem provados. Não havia reserva de poder, nem grandes alturas ou profundezas da glória infinita, para sobrepujar suas ciumentas dúvidas e murmurantes rebeliões. 
Sua culpa e castigo deveriam ser proporcionais aos seus exaltados privilégios nas cortes celestiais.

Do Livro No Deserto da Tentação Pgs. 15 - 18

Paraíso perdido


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Paraíso perdido


Adão foi expulso do Éden; e os anjos que antes de sua transgressão haviam sido designados para guardá-lo, no seu lar edênico, foram agora escalados para guardar os portais do paraíso e o caminho da árvore da vida, a fim de que ele não retornasse, tendo acesso à mesma, imortalizando, destarte, o pecado. 
O pecado afastou o homem do paraíso e foi a causa da retirada do paraíso, da Terra. 
Como conseqüência da transgressão da lei de Deus, Adão o perdeu. Em obediência à lei do Pai e através da expiação do sangue de Seu Filho, o paraíso será restituído. “Arrependimento para com Deus”, porque Sua lei foi transgredida, e fé em nosso Senhor Jesus Cristo como único Redentor do homem, serão aceitos por Deus. 
Não obstante a natureza pecaminosa do homem, os méritos do querido Filho de Deus em seu favor serão eficazes diante do Pai. Satanás estava determinado a ser bem-sucedido na sua tentação ao imaculado par. 
Podia atacar este santo par com mais sucesso por meio do apetite, do que de qualquer outra maneira. O fruto da árvore proibida parecia agradável à vista e desejável ao paladar. Eles comeram e caíram. 
Transgrediram os justos mandamentos de Deus e tornaram-se pecadores. A vitória de Satanás foi completa. Assim teve vantagem sobre a raça humana. Exaltou-se através de sua sutileza, opondo-se ao propósito de Deus na criação do homem. Satanás exaltou-se orgulhosamente diante de Cristo e diante dos anjos leais por ter tido êxito em levar uma parte dos anjos do Céu a unir-se a ele em sua presunçosa rebelião, e agora, que fora bem sucedido em dominar Adão e Eva, afirmava que o lar edênico era seu. 
Orgulhosamente se jactava de que o mundo que fora criado por Deus era seu domínio; tendo conquistado Adão, o monarca do mundo, ganhara a raça humana, como seu vassalo e deveria agora possuir o Éden, fazendo dele o seu quartel general; ali estabeleceria o seu trono e seria o monarca do mundo. 
Medidas, porém, foram imediatamente tomadas no Céu para derrotar Satanás e seus planos. 
Anjos poderosos, tendo raios de luz como espadas flamejantes, saíram em todas as direções e foram colocados como sentinelas para guardar o caminho à árvore da vida, da aproximação de Satanás e do par culpado. 
Adão e Eva perderam todo direito ao seu maravilhoso lar edênico e agora foram expulsos dele. A terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão e produziria cardos e abrolhos. 
Enquanto vivesse, Adão estaria exposto às tentações de Satanás e finalmente sofreria a morte, voltando ao pó.

Ellen White 
Do livro No Deserto da Tentação Pag. 13, 14

domingo, 9 de julho de 2017

O teste da provação


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Ellen White

Capítulo 3 — O teste da provação

O Senhor colocou o homem sob provação a fim de que pudesse formar um caráter de integridade comprovada, para sua própria felicidade e para glória de seu Criador. 
Ele dotara Adão com poderes de uma mente superior, como nenhuma outra criatura que Suas mãos fizeram. Sua superioridade mental era um pouco menor do que a dos anjos. Estava em condição de familiarizar-se com a sublimidade e a glória da Natureza, e compreender o caráter do Pai celestial nas Suas obras criadas. 
As glórias do Éden, e sobre tudo em que pudesse repousar os olhos, testificava do amor e do infinito poder de seu Pai. 
O desprendimento foi a primeira lição moral dada a Adão. 
O governo de tudo foi-lhe colocado nas mãos. Julgamento, razão e consciência estavam sob seu domínio. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”  
Adão e Eva tinham permissão de participar de todas as árvores do jardim, salvo uma. Havia uma única e simples proibição. 
A árvore proibida era tão atrativa e desejável como qualquer outra do jardim. Era chamada árvore do conhecimento porque participando dessa árvore, da qual Deus disse, “dela não comerás”, eles teriam o conhecimento do pecado, experimentariam a desobediência. 
Eva saiu de perto do esposo, para contemplar as coisas maravilhosas da Natureza, deleitando-se nos seus cenários coloridos e na fragrância das flores, admirando a beleza das árvores e arbustos. Pôs-se a pensar na restrição que Deus lhes tinha imposto no tocante à árvore da ciência do bem e do mal. Ficou deslumbrada com a beleza e abundância que o Senhor providenciara para a satisfação de cada desejo. 
Tudo isto, disse ela, Deus nos deu para nossa satisfação. Tudo é nosso; porque Deus tinha dito: “De toda árvore do jardim Gênesis 2:15. 10 comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás.” 
Eva passeava perto da árvore proibida, e foi despertando a curiosidade para descobrir como a morte poderia ocultar-se no fruto dessa agradável árvore. 
Ficou surpresa ao ouvir que suas interrogações foram apanhadas e repetidas por uma estranha voz. “É assim que Deus disse: Não comerás de toda árvore do jardim?” 
Eva não percebeu que tinha revelado seus pensamentos conversando audivelmente consigo mesma; destarte, ficou grandemente atônita ao ouvir que suas inquietações eram respondidas pela serpente. 
Realmente pensou que a serpente lhe conhecia os pensamentos e que deveria ser muito sábia. Respondeu-lhe: “Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.”Aqui o pai da mentira fez sua asseveração em direta contradi- ção à expressa palavra de Deus. 
Satanás assegurou a Eva que ela fora criada imortal, e que para ela não havia possibilidade de morrer. Disse-lhe que Deus sabia que se ela e seu esposo comessem [17] da árvore do conhecimento, sua compreensão seria iluminada, expandida, enaltecida, tornando-se iguais a Ele mesmo. E a serpente respondeu a Eva que a ordem de Deus, proibindo-os de comer da árvore do conhecimento, foi dada para conservá-los num tal estado de subordinação que lhes vedasse o conhecimento, o qual era poder. Assegurou-lhe que o fruto desta árvore era desejável acima de todas as do jardim, para fazê-los sábios e exaltá-los à igualdade com Deus. 
Ele vos recusou, disse a serpente, o fruto desta árvore, a qual dentre todas as árvores, é a mais desejável pelo delicioso sabor e estimulante influência. 
Eva pensou que o discurso da serpente fosse muito sábio, e que a proibição de Deus fosse injusta. Olhava com ardente desejo para a árvore carregada de frutos que pareciam muito deliciosos. Gênesis 3:2. Gênesis 3:3-5. 12 
 A serpente estava comendo-os com evidente deleite. Eva agora desejava este fruto mais do que todas as variedades que Deus lhe pusera ao alcance, com pleno direito de uso. 
Eva exagerou as palavras da ordem de Deus. Ele disse a Adão e Eva: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” 
Na discussão de Eva com a serpente, ela acrescentou: “Nem tocareis nele.” 
Aqui apareceu a sutileza da serpente. Esta citação de Eva deu-lhe vantagem; colheu o fruto e o colocou nas mãos de Eva, usando suas próprias palavras. “Deus disse que morrerias se tocasses no fruto. Vê, nenhum mal te sucedeu ao tocares nele; tampouco receberás dano algum ao comê-lo.” 
Eva cedeu ao mentiroso sofisma do diabo em forma de serpente. Ao comer o fruto não se apercebeu imediatamente de nenhum mal. Então ela mesma apanhou o fruto para si e para o esposo. “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu.” 
Adão e Eva deveriam estar plenamente satisfeitos com o conhecimento que receberam de Deus por intermédio de Sua obra criada e das instruções dos santos anjos. 
Todavia, sua curiosidade foi despertada para ficar a par daquilo que Deus designou que não deveriam conhecer. 
A ignorância do pecado era para sua própria felicidade. 
O elevado grau de conhecimento que eles pensavam que obteriam comendo do fruto proibido, lançou-os na degradação do pecado e da culpa

Do livro no deserto da Tentação Pags. 10 - 12

sábado, 8 de julho de 2017

Adão, Eva e seu lar edênico


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Ellen White

Adão, Eva e seu lar edênico


Deus, em conselho com Seu Filho, estabeleceu o plano de criar o homem à Sua própria imagem. 
O homem deveria ser colocado sob período de prova. Deveria ser testado e provado; se suportasse o teste de Deus e permanecesse leal e verdadeiro através da primeira prova, não ficaria assediado por tentações contínuas, mas seria exaltado à igualdade com os anjos e feito, daí por diante, imortal. 
Adão e Eva saíram das mãos do Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual. Deus plantou para eles um jardim e os cercou de tudo o que era belo e atraente aos olhos, como requeriam suas necessidades físicas. 
Este santo par via um mundo de insuperável beleza e glória. O benevolente Criador deu-lhes evidências de Sua bondade e amor ao providenciar-lhes frutas, vegetais e grãos, e fez crescer na terra toda variedade de árvores úteis e bonitas. 
O santo par olhou para a Natureza como um quadro de deslumbrante formosura. A terra, amarronzada, estava coberta de um carpete vivo, esverdeado, diversificado com variedades intermináveis de flores de perpetuação própria. 
Arbustos, flores e trepadeiras embelezavam o cenário com sua exuberância e fragrância. As muitas variedades de árvores altaneiras estavam carregadas de frutos deliciosos de toda espécie, adaptados a satisfazerem o paladar e os desejos dos felizes Adão e Eva. Deus providenciou este lar edênico para os nossos primeiros pais, dando-lhes evidências inequívocas do Seu grande amor e desvelo por eles. Adão foi coroado rei no Éden. Foi-lhe dado domínio sobre todos os seres viventes que Deus tinha criado. 
O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência tal que Ele não tinha dado a nenhuma outra criatura. Conferiu a Adão o poder sobre todas as obras criadas, de Suas mãos. O homem, feito à imagem divina, poderia contemplar e apreciar as obras gloriosas de Deus na Natureza. 
Adão e Eva podiam divisar a habilidade e a glória de Deus em cada haste de grama, arbusto e flor. 
A beleza natural que os envolvia refletia-se como um espelho de sabedoria, excelência e amor do seu Pai celestial. 
Seus cânticos de afeição e louvor subiam ao Céu suave e reverentemente, em harmonia com os suaves cânticos dos elevados anjos, e com a passarada feliz que gorjeava despreocupadamente suas músicas. 
Não havia doença, decrepitude, nem morte. A vida estava em tudo em que se pudessem repousar os olhos. A atmosfera estava cheia de vida. Havia vida em cada folha, em cada flor e em cada árvore. 
O Senhor sabia que Adão não podia ser feliz sem o trabalho; portanto deu-lhe a agradável ocupação de cuidar do jardim. 
À medida que ele cuidava das coisas bonitas e úteis ao seu redor, podia ver a bondade e a glória de Deus nas Suas obras criadas. Adão tinha temas a contemplar nas obras de Deus no Éden, que era uma miniatura do Céu. 
Deus não formou o homem meramente para contemplar as Suas obras gloriosas; porém deu-lhe mãos para trabalhar, bem como mente e coração para contemplar. Se a felicidade do homem consistisse em não fazer nada, o Criador não teria apontado o trabalho para Adão. 
O homem deveria encontrar felicidade no trabalho e também na meditação. Adão deveria ter em grande estima o fato de que ele fora criado à imagem de Deus, a fim de ser semelhante a Ele em justiça e santidade. Sua mente possuía a capacidade de cultivo contínuo, expansão, refinamento e nobreza pois Deus era seu professor, e os anjos seus companheiros.

Do Livro - No deserto da tentação Pgs 8,9

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