Fonte - http://www.criacionismo.com.br/2017/06/o-que-ha-de-errado-com-nossas-musicas-e.html
O que há de errado com nossas músicas e nossos sermões?
Não é incorreto dizer que muita música gospel ressalta temas como “vitória pessoal” e “paixão por Jesus”. Mas não está totalmente certo dizer que a predominância dessa religião individualista, triunfalista e sentimental é culpa exclusiva dos compositores. Na verdade, esses temas correspondem aos temas predominantemente abordados no púlpito. Proliferam vídeos e sermões que apresentam Deus como o sócio dos empreendedores e Jesus como o ser meigo e bondoso que dá um abraço quando você chora. Não estou dizendo que o Pai e o Filho não Se importam com os problemas da vida humana, mas Cristo não morreu na cruz para levantar minha autoestima. Há quase uma relação direta entre uma sociedade que valoriza tanto o sucesso pessoal e uma igreja que trocou o sermão bíblico pela palestra motivacional. Buscar conforto espiritual não tem nada de errado. Mas queremos tanto resolver nossos problemas profissionais e familiares que, ao chegarmos à igreja, esperamos uma mensagem terapêutica que nos faça rir, chorar (se possível, com um fundo musical) e tomar boas decisões que duram até alcançarmos a porta de saída do templo.
E onde está a Bíblia no púlpito? Use uns poucos versículos fora de contexto para dizer que o indivíduo é a obra-prima de Deus e que Jesus te ama e que Ele quer te dar muito mais do que você possui. Não é exatamente o que dizem muitas letras da música gospel em português ou em inglês?
A canção cristã precisa de mudanças, dizemos. A reforma da música e da adoração está relacionada também à reforma do púlpito, e aí não haverá tantos cânticos teologicamente rasos espelhando sermões biblicamente superficiais.
(Resumo do resumo de um sermão apresentado por Joêzer Mendonça, no qual ele falou sobre a relação entre o conhecimento da Bíblia e a adoração a Deus a partir de dois princípios da Reforma Protestante, o Sola Scriptura [somente a Bíblia] e o Soli Deo Gloria [glória só a Deus]. Joêzer é doutor em música pela Unesp, professor na PUC-PR e autor do livro Música e Religião na Era do Pop.)
Nota: Creio que Joêzer foi ao cerne da questão ao expor um dos grandes motivos de as músicas sacras hoje (com honrosas exceções) serem tão desprovidas de conteúdo bíblico sólido, sendo algumas delas mais parecidas com mantras repetidos ad nauseam com sonoridade dançante calculada para emocionar/empolgar. Trata-se de uma retroalimentação bem ruim: escassez de sermões bíblicos com conteúdo sólido bem preparado (com a mente e com os joelhos) que contribui para a prática de um louvor, de uma conduta e de entretenimentos igualmente não balizada pela cosmovisão bíblica. Longe da Bíblia e sem conhecimento da vontade revelada de Deus, buscam-se paliativos para o vazio e a falta de sentido. [MB]
A resposta a pergunta do título da matéria acima, é um sonoro TUDO
Esta errado as musiquetas de auto ajuda, cantadas de forma misticas de olhos fechados, ou balançadas com requebros de corpo, palmas, gemidos, e recheadas de ôh ôh ôh, uh uh uh, assim como os sermões açucarados que são pregados nos púlpitos
E o motivo por que temos essas músicas e sermões assim, é um só. O desejo de agradar e fazer sucesso
É muito mais fácil dar o que o povo quer, do que o povo precisa. Subir ao púlpito, com a Bíblia na mão, para mostrar a verdade, e reprender o erro, não é tarefa fácil, pastor que assim o faz, logo é rotulado de: conservador, radical, extremista, fanático e outros adjetivos. Alguns se levantam e vão embora, resmungando e dizendo: "eu vim a igreja para ouvi falar de amor, não do pecado de ninguém"
Por isto é mais fácil fazer um sermão de auto ajuda. Dá mais IBOPE
Dá mesma forma as músicas. Cantar músicas de adoração, musicas que enlevam a alma, não faz sucesso.
Hoje, no mundo da música popular, o que vale é o balanço, o ritmo, a letra fácil e a melódia barata. Quem vem para a igreja, espera ouvir uma música "gospel" parecida com a que eles esta acostumado a ouvir lá fora. Se nossos cantores fizerem uma música diferente, não farão sucesso. Daí essa enxurrada de sermões e músicas baratas que permeiam nossos púlpitos
Hoje, no mundo da música popular, o que vale é o balanço, o ritmo, a letra fácil e a melódia barata. Quem vem para a igreja, espera ouvir uma música "gospel" parecida com a que eles esta acostumado a ouvir lá fora. Se nossos cantores fizerem uma música diferente, não farão sucesso. Daí essa enxurrada de sermões e músicas baratas que permeiam nossos púlpitos
Manoel Barbosa da Silva
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