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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Aquele programa teria sido perfeito


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Pr. Manoel Barbosa da Silva



Participei, não faz muito tempo, de um programa religioso muito bom. O conteúdo das mensagens, muito apropriado e atual. O relacionamento entre os organizadores do evento excelente, até a alimentação servida, foi a melhor possível. Algo imprescindível para a vida espiritual do cristão. Só uma coisa me deixou incomodado e muito triste, o nível das músicas tocadas ali.
Por questão de ética, não posso dizer onde, nem quando foi o evento, muito menos, qual denominação religiosa pertence a igreja onde fui participar do tal evento, apenas posso dizer, que, se não fora as músicas cantadas ali, o evento teria sido perfeito.
Pensando neste evento me veio a pergunta: Será que um dia as igrejas adventistas, como um todo, terão este estilo de musicas tocadas e cantadas em todos os seus cultos?. Será que deixaremos de lado nossa música, que ainda é considerada no meio evangélico,  como a melhor música religiosa, será que a trocaremos por essas musiquetas modernas, apenas para satisfazer o meu gosto de uma juventude, na maioria alienada?
Pelo o andar da carruagem, parece que, infelizmente, sim. Cada dia que passa, vejo em nossas igrejas a apresentação de cantores da MPA (música popular adventista) cantando músicas que nada tem de louvor a Deus, músicas de qualidade duvidosa, que só engrandece os cantores e compositores que as produzem, e contribuem para perverter mais ainda o gosto dos jovens e recém-convertidos de nossa igreja.
E o que me deixa mais triste ainda, é ver surgir CDs de promoção de eventos, feitos às pressas, sob encomenda, para servirem de motivação, para um determinado programa a ser apresentado, o que na realidade não motiva nada, e na maioria, as tais músicas ficam esquecidas tão logo passa o evento.
Enquanto isto, nossa verdadeira música vai sendo esquecida, nossa “música de raiz” de nosso tão precioso Hinário Adventista aos poucos está se tornando obsoleto, e o que prevalece são essas músicas mencionadas acima.
Não sou estúpido de achar que só no passado houve grandes compositores e grande intérpretes.  A inspiração e o talento, não estão presos ao tempo ou espaço, assim como no passado houve grandes compositores, hoje, e em qualquer lugar, poderão surgir músicas tão boas ou melhores que as do hinário.
O que me preocupa é o ruído dos tambores e o ritmo das musicas atuais. Minha preocupação se baseia na advertência que Ellen White faz á igreja, quando o assunto é música. Ela diz taxativamente, que, antes do fim do tempo da graça, haveria na Igreja Adventista, musicas tambores e danças, e as pessoas sem nenhum conhecimento, ficariam empolgadas achando serem aquelas manifestações, operações do Espírito Santo, quando na realidade, seria operação de satanás.
Por esta razão, toda vez que vejo, em qualquer programa religioso, gente cantando músicas estridentes, com manifestações de palmas, gingado de corpo, sapateado, e dando gritos histéricos de Aleluia! Oh gloria, e etc. fico de cabelo em pé, apavorado, e me pergunto:
Meu Deus será que já está se cumprindo a profecia?
Quanto ao programa mencionado acima, do qual participei, muitas das musicas apresentadas ali, às vezes, são tocadas em eventos de nossa igreja, não com a ênfase que ali foram apresentadas, nem em todos os nossos cultos, mas muitas delas estão se tornando popular em nosso meio.
E se a moda pega? E se vierem a se tornar comum?... Não seria melhor cortar o mal pela raiz, e proibi-las de vez?
Aquele programa teria sido perfeito, se todas as músicas cantadas ali, tivessem sido no mesmo nível das palestras ali apresentadas.

Veja o texto de Ellen White do qual me referi

As coisas que descrevestes, ocorridas em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de acontecer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado operação do Espírito Santo.
O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. ... Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das agências satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado operação do Espírito Santo. ... Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos”.

Reavivamento e seus resultados. Pag. 51





terça-feira, 18 de abril de 2017

Quem é o Arcanjo Miguel?


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Quem é o Arcanjo Miguel?
Assisti a um debate entre dois pastores, a respeito do arcanjo Miguel. Um deles argumentava que Miguel era um simples anjo, portanto, uma criatura. O outro afirmava que Miguel era mais um dos títulos de Cristo Jesus. Como a discussão não teve uma boa conclusão, estou apresentando uma visão mais completa acerca desse ponto importante na esperança de ajudar a esclarecer melhor o assunto.
Como poderemos constatar na Bíblia, Jesus Cristo  realmente possui o título de Arcanjo Miguel. Um dos pastores dizia: “Não posso ver como poderia Miguel ser Jesus Cristo, sendo que em Daniel 10:13 lemos que Miguel era um dos príncipes e não o Príncipe, como seria o caso se Miguel fosse Jesus.” E o outro pastor argumentava: “De fato, Jesus  não é apenas um dos príncipes, mas Ele é o Príncipe. No entanto, o fato de Ele ser chamado de um dos príncipes não anula o fato de que Ele é o Príncipe. Isso mesmo aconteceu com Daniel que era o principal dos presidentes de Babilônia (Dn 2:48), mas foi chamado deum dos presidentes (Dn 6:2).” Mas o outro pastor não se dava por vencido. Insistia no texto de Daniel 10:13, onde se diz que Miguel é “um dos” príncipes”.
Além disso, esse pastor acrescentou o fato de que Judas 9 menciona que Miguel “não se atreveu a proferir juízo infamatório contra Satanás”. No entanto, lemos nos evangelhos que Jesus Cristo nunca Se intimidou diante de Satanás e não só o repreendeu muitas vezes, como também o expulsou de algumas pessoas, em diversas ocasiões. 
Li há algum tempo, outro autor que, ao explicar o texto de Judas 9, também ataca a posição defendida por Ellen White. Ele escreve: “Este texto, como lemos, trata de Miguel, o arcanjo e não de Jesus. ... Confunde ela Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma pessoa. Jesus, em sua vida terrena, por várias vezes, repreendeu Satanás e ao passo que Judas 9 afirma que Miguel não pôde fazê-lo, invocando a autoridade de Jesus para isso, ‘O Senhor te repreenda’... Por fim, Jesus é Criador (Jo 1.3; Cl 1.15,16) e Miguel é criatura celestial, criada pelo próprio Jesus. Os anjos não podem ser adorados (Ap 22.8,9) ao passo que Jesus é adorado pelos próprios anjos (Hb 1.6). Miguel é ‘um dos’ primeiros príncipes (Dn 10.13) indicando com isso que existem outros iguais a ele.”
Muitas vezes erramos por não conhecemos todas as informações necessárias. É o caso que vemos de muitos intérpretes que atacam uma determinada verdade só porque não alcançaram todos os conceitos do mesmo tema.
O grande problema do debate na televisão que inicialmente, assim como o texto do parágrafo acima, é o fato de uma pequena expressão estar sendo enfatizada, a qual, porém, se trata apenas de uma tradução incorreta, sendo seguida por muitos tradutores, os quais copiaram uns dos outros. A expressão “um dos” em Daniel 10:13, não confere com o original, em que a palavra hebraica “dxa” (‘echad) pode ser traduzida como “um, único, primeiro (primus)”. Um exemplo é Deuteronômio 6:4, texto em que se traduz a palavra como “único”. Para se traduzir corretamente essa palavra, há necessidade de se conhecer o contexto imediato, bem como a teologia do texto ou da palavra. Portanto, a tradução correta de ‘echad nesse texto é o “primeiro”, e não “um dos”. Isso concorda com o contexto, a coerência de outras traduções da palavra, em outros lugares, bem como finalmente, com a teologia da palavra correlata.
Além disso, podemos notar que a tradução sugerida como “primeiro, principal” é exatamente como lemos na Tradução Literal do Hebraico de Young, YLT (Young’s Literal Translation) que verte assim o texto de Daniel 10:13: “Michael, first of the chief heads” [Miguel, primeiro dos cabeças-chefe], ou “primeiro dos principais príncipes”. 
Em confirmação disso, o grande comentarista John Gill, assim se expressa: “Miguel, chamado no Novo Testamento de Arcanjo, o Príncipe dos anjos, o Cabeça de toda a principalidade e poder; é, não outro, senão o Cristo, o Filho de Deus, um Anjo não criado, o qual é “único”, ou o “primeiro dos chefes príncipes” [Cf. dxa = ‘achid = “primus”, Junius & Tremellius], superior a anjos em natureza, nome e ofício; ele veio para ajudar a Gabriel, não como uma criatura semelhante, mas como o ‘Senhor dos Exércitos’”.

QUEM É O ARCANJO MIGUEL?
1- “Judas 9 diz que Miguel não pôde repreender a Satanás”? Judas 9 não diz que Miguel não pôde repreender a Satanás; disse que não "ousou", não se "atreveu", o que indica que podia fazê-lo, mas não quis, a fim de deixar isso para o Pai. A palavra "atrever-se", "ousar" tem uma implicação de poder mas também de perigo; e perigo se refere não para Deus, mas para as criaturas. Por exemplo: Cristo poderia ter destruído Satanás logo após à rebelião, mas não fez isso. Por quê? Era apenas uma questão de tempo. 
Mas é impressionante o que encontramos em Zacarias 3:1: "Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor." É a mesma cena de Moisés em Judas 9; apenas se troca esse líder por Josué, um sumo sacerdote. O profeta Zacarias profetizou que Deus lhe mostrara a cena inédita de Satanás à direita do Anjo do Senhor (Iahweh, no original), e ali estava para se Lhe opor. Note isto: Um pecador (Josué – Rm 3:23), um Salvador (O Anjo de Jeová – Is 63:9) e um acusador (Satanás – Ap 12:10). Assim como Satanás reclamou o corpo de Moisés, agora reclama a vida de Josué. E o que diz o Salvador para Satanás? "O Senhor te repreenda, Satanás!" (v. 2). Ora, se o Salvador, o Anjo do Senhor (Jesus Cristo), devia dizer ao inimigo que o Pai o repreendesse, no tempo de Zacarias, não admira que Ele fizesse o mesmo no tempo de Moisés!
Cristo não repreendeu a Satanás quando este foi ferir a Jó; pelo contrário, permitiu que ele fizesse todo a sua obra maligna (Jó 2:3-7). Cristo não repreendeu Satanás quando este foi perturbar a Israel, levando Davi ao pecado de fazer a contagem do povo (1Cr 21:1). Cristo não repreendeu Satanás quando ele queria se opor ao sumo sacerdote Josué (Zc 3:2). Semelhantemente, Cristo não repreendeu Satanás quando ele reclamou o corpo de Moisés (Jd 9). Mas Ele podia fazê-lo e isso começou quando Ele já estava na Terra.
2- “Confunde Ellen White a Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma pessoa"? A acusação de confusão é vazia pelo fato de que Jesus e Miguel são realmente, a mesma pessoa. Bastam alguns poucos textos para comprovar isso:
1)    Daniel 10:13: Aqui Miguel é "um dos primeiros príncipes", mas na tradução literal do hebraico (YLT – Young's Literal Translation), Ele é "Miguel, first of the chief heads", ou o "primeiro dos cabeças chefes ", ou "primeiro dos principais príncipes".
2)    Daniel 10:21 diz que ele é "Miguel, vosso príncipe". Ele é o Príncipe do povo de Deus. Nenhum anjo é descrito desse modo.
3)    Em Daniel 12:1, Miguel é "o grande Príncipe" e "Defensor" dos filhos do povo de Deus. Ora, em Apocalipse 1:5, Jesus Cristo é "o Príncipe dos reis da terra" e o "Rei dos reis" em Apocalipse 17:14. Mas em 1João 2:1, Jesus Cristo é o nosso Advogado, o nosso Defensor diante de Satanás.
4)    Em João 5:28 o apóstolo nos informa que na ressurreição todos os mortos ouvirão a voz do Filho do Homem; e esta será a mesma ressurreição, em que estará Miguel, "o Defensor" do povo de Deus, conforme Daniel 12:1-2. Mas foi o apóstolo Paulo quem disse  que a voz que se ouve na ressurreição é a voz do Arcanjo (1Ts 4:16).
5)    Arcanjo é uma palavra grega que significa "chefe dos anjos", "o principal dos anjos". Na teologia bíblica, portanto, o Arcanjo Miguel de que fala Judas 9 é o próprio Senhor Jesus Cristo, o Anjo do Senhor do Antigo Testamento, que lidera a todos os anjos. Mas se estes são criaturas, o Arcanjo Miguel é o próprio Criador deles, que como não Se envergonha de ser chamado de Filho do homem, também não Se envergonha de ser chamado "Arcanjo Miguel". Mas Miguel, por sua vez significa: "Quem é semelhante a Deus?" A resposta está na própria Pessoa que leva o nome, ou seja, Jesus Cristo que é a própria "imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda a Criação", o Criador dos anjos (Cl 1:15-16).
6)    Jesus Cristo em Judas 9 é Jeová em Zacarias 3:1. Conhecendo as origens de Judas 9, voltamos a Zacarias 3:1, onde lemos que Satanás estava ao lado direito do "Anjo de SENHOR" (Iahweh, no original). O verso 2 diz que Jeová disse a Satanás: "Jeová te repreende, ó Satanás, sim, Jeová que escolheu a Jerusalém, te repreende." O Anjo do Senhor do versículo 1 é o mesmo Jeová que fala a Deus o Pai, quando Se dirige a Satanás com as palavras: "Jeová te repreende, ó Satanás." Ou seja, o Anjo do Senhor, que é Jeová no Antigo Testamento, é Jesus Cristo no Novo; esse mesmo é aquele Arcanjo Miguel, que disse a Satanás: "O Senhor te repreenda, Satanás!", acerca de Moisés (Jd 9).
7)    Em Ap 12:9, Miguel peleja contra o dragão (Satanás), pelejando como Líder dos anjos. Em Josué 5:14, Jesus Cristo Se revela a Josué como o Príncipe do Exército de Jeová, e ordenou-lhe tirar as sandálias, por ser aquele um lugar santo, pela presença do próprio Deus, Ele mesmo (v. 15). Jesus Cristo que peleja com justiça é o Comandante dos exércitos celestiais, Líder dos exércitos de anjos que O seguem no grande conflito, vitorioso na batalha final (Ap 17:14; 19:11,14).
Quadro comparativo  — Miguel e Cristo são a mesma Pessoa
MIGUEL
JESUS CRISTO
1. Arcanjo – Jd 9
Anjo do Senhor – Zc 3:1
2. "grande Príncipe" Dn 12:1
"Príncipe dos reis da terra" – Ap 1:5
3. Primeiro dos príncipes – Dn 10:13 (trad. literal heb.)
Primogênito – Cl 1:15
4. nosso Príncipe – Dn 10:21
"Príncipe e Salvador" – At 5:31
5. Defensor – Dn 12:1
Advogado – 1Jo 2:1
6. Guerreiro que peleja – Ap 12:9
Príncipe do Exército – Js 5:14
7. Vitorioso x Satanás – Ap 12:7-9
Vence a Satanás – Ap 19:11; 20:10
8. Líder dos anjos – Ap 12:9
Líder dos anjos – Ap 19:14
9. Voz na ressurreição – 1Tess. 4:16
Voz na ressurreição – Jo 5:28
10. "O Senhor te repreenda!" – Jd 9
"JEOVÁ te repreenda!" – Zc 3:2
Só resta uma pergunta perscrutadora: Será que Ellen G. White confundiu "Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma pessoa", ou ambos são realmente a mesma Pessoa? Que julgue o leitor sincero para ver onde é que está o erro. Cremos que estava certa Ellen G. White, clara como a Bíblia ensina.
Pr. Roberto Biagini
Fonte - http://www.iasdemfoco.net/Secoes_EspeciaisPag.asp?Id=204

segunda-feira, 17 de abril de 2017

SOBRE DISSIDÊNCIA & DISSIDENTES & AMIZADES NO FACEBOOK COM "DISSIDENTES"...

Elizeu Lira 


SOBRE DISSIDÊNCIA & DISSIDENTES & AMIZADES NO FACEBOOK COM "DISSIDENTES"...
postado em: 5/4/2017

Escrevi o despretensioso texto abaixo a partir da leitura que fiz da postagem feita por um amigo sobre a questão, e os comentários "inflamados" dos seus amigos (Do tipo: "você tem que amá-los"...) - como se, em nome do "amor", sejamos obrigados a tolerar "boca suja", grosserias gratuitas, desonestidades intelectuais e doutrinárias, ataques sórdidos e levianos contra a Igreja e seus líderes, etc. etc.

Bem, aí está o texto - que segue com os meus cordiais votos de uma feliz semana pra todas as queridas amigas & queridos amigos!!!


Fecha a conta & passa a régua, amigo Pastor Manoel Barbosa da Silva!!!

Olha, não me venham com este blá-blá-blá... Orar, eu oro por todos; respeitar, eu respeito a TODOS que pensam diferente de mim e de "nós" (participo de um grupo de pesquisa do CNPQ, MIRE, de Mídia Religião e Cultura, que reúne: adventistas, católicos, metodistas, judeus, o "embaixador do Islã no Brasil", etc.); agora, as pessoas precisam saber que existem três tipos de "dissidentes":

a) O "iludido e sincero", que mais dia ou menos dia acaba caindo na real e voltando: Esse tipo "não cospe no prato, onde já comeu"; é respeitador e sincero, "apenas" está sinceramente enganado... Teologicamente falando, muitas vezes é apenas uma questão de "grau" ou de "modulação doutrinária"; explico: É o caso dos PERFECCIONISTAS - que exageram na "dose", confundindo a busca da PERFEIÇÃO ou SANTIDADE com IMPECABILIDADE...

b) O "espertalhão e mal-intencionado": Busca dinheiro e/ou poder, sabe que está errado e levando outros na trilha do erro e da perdição; no entanto, viola a sua consciência e, como diz Paulo, está "mercadejando com a Palavra"... Via de regra, respeita os seus "pares" e "não queima as pontes" - mantendo distanciamento da IASD e, ao mesmo tempo, um contato respeitoso com os seus líderes e com antigos companheiros de fé. Já que as "questões" que o levaram à dissidência e o "movem", em essência, não são doutrinárias, eclesiásticas ou administrativas...

c) O terceiro grupo, pelo que pude entender da descrição feita pelo Pastor Manoel Barbosa da Silva, é formado pelos maiores inimigos da IASD (muito mais agressivos, ferrenhos e odientos que os ateus, incrédulos e/ou outros grupos religiosos acérrimos inimigos dos adventistas...); como ele mesmo diz: são aqueles que "se revoltaram contra a igreja e passaram a acusá-la: corrompida, apostatada, babilônia (sic) e outros adjetivos pejorativos".

Esse pessoalzinho, do último grupo, joga sujo e pesado contra a Igreja Adventista do Sétimo Dia, contra a sua liderança constituída por Deus (Vejam: Romanos 13:1 a 7; Judas, versos 8 a 16; II Pedro 2:1 a 22, etc.), contra os "marcos antigos" - tudo aquilo que foi estabelecido por Deus e que torna DISTINTIVA esta Igreja!!!

Eles não buscam e não aceitam um diálogo cortês e honesto, em torno das doutrinas e da Palavra de Deus; pelo contrário, distorcem a Palavra de Deus, distorcem os escritos de Ellen White, falseiam os seus argumentos e, sempre que possível, distorcem as palavras e argumentos dos seus "oponentes".

CONCLUSÃO:

Portanto, ao mesmo tempo em que tenho no meu rol de amigos no Facebook e convivo numa boa e de forma respeitosa com os dois primeiros grupos de "DISSIDENTES" (eles "lá", e eu "cá" - no que tange às "crenças" e doutrinas e infindáveis e infrutíferas discussões já travadas ao longo de três décadas, com estes indivíduos...), eu cansei desse terceiro grupo!!!

Sim, cansei!!! Ah, quer dizer, então, que sou obrigado a mantê-los no meu rol de amigos!?!?!? De jeito nenhum!!! A Bíblia é clara e taxativa a esse respeito:

"Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada" (Tito 3:10 e 11).

"Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más." (II João, versos 9 a 11).

SUMARIZANDO:

1. Isso NÃO TEM NADA A VER com os meus queridos amigos ateus, espíritas, católicos, da umbanda, Nova Era (etc.)!!! Respeito e quero bem a todos, e espero continuar e intensificar a nossa amizade...

2. Isso NÃO TEM NADA A VER com os meus queridos amigos "DISSIDENTES" (Embora deteste rótulos, tenho que usar aqui - pra fazer-me entender...); alguns até dos quais eu já fui Pastor e, hoje, de livre vontade, foram para outras denominações religiosas e/ou até fundaram "igrejas" - novas denominações!!! Sejam felizes!!! Respeito e quero bem a todos, e espero continuar e intensificar a nossa amizade...

3. Eu me refiro ESTRITAMENTE àquele tipo chato de indivíduo que se acha o "SANTO", "PERFEITO" & "IMPECÁVEL" - e que, consequentemente, passa a atacar a Igreja (no caso em questão, a IASD...), rotulando-a de "Babilônia", e a atacar os seus líderes, a antiga Fé e os antigos "irmãos" e "irmãs".

Quanto a estes, prestem bastante atenção ao que recomenda a Palavra de Deus sobre como tratar esse "tipo" "faccioso" (desagregador, hostil, desencaminhador dos fiéis, etc.): "[...] não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más."


Fecha a conta & passa a régua!!! MARANATA!!!

Pastor Elizeu Lira

O Pastor Lira, como prefere ser chamado, é formado em Teologia e, também, é bacharel em Educação Religiosa, bacharel em Comunicação Social (habilitação: Jornalismo) e possui uma pós-graduação em Ciências da Religião. Atualmente cursa o Mestrado em Comunicação Social na UMESP (Universidade Metodista de São Paulo) e está servindo à IASD no Distrito de Frutal, Triângulo Mineiro. Juntamente com um grupo de amigos escritores e jornalistas, criou e desenvolveu o Portal IASD Em Foco - do qual é o diretor-geral

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Documento único e chip na mão. Controle?

Michelson Borges 


Fonte - http://www.criacionismo.com.br/


Documento único e chip na mão. Controle?

documentoA Comissão de Constituição de Justiça do Senado Federal aprovou na manhã desta quarta-feira (5) a criação do Documento de Identificação Nacional (DIN). O projeto, de autoria do Executivo e cujo relator é o Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), segue agora para apreciação no plenário da casa em regime de urgência. O projeto havia sido aprovado em plenário pela Câmara dos Deputados em fevereiro deste ano. O DIN reunirá em um mesmo documento, que será impresso pela Casa da Moeda, a carteira de identidade, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Título de Eleitor e Cadastro de Pessoa Física (CPF). A nova cédula será emitida pela Justiça Eleitoral dos estados, com base no registro do CPF dos cidadãos. O documento conterá ainda foto e informações biométricas. O projeto prevê ainda a criação da Identificação Civil Nacional (ICN), que será o banco de dados que unificará as informações de identificação do cidadão. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será o órgão responsável pela gestão do ICN. A base de dados permitirá ainda que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das polícias Civil e Federal tenham acesso às informações nele contidas. (G1 Notícias)
chipEnquanto isso, na Suécia, trabalhadores concordaram em receber gratuitamente na mão implantes de microchip para maior monitoramento. O dispositivo do tamanho de um grão de arroz também permitirá abrir portas, acessar equipamentos eletrônicos e outras funções. Patrick Mesterton, um dos fundadores da Epicenter, empresa que ficaria responsável pelos implantes, disse que o chip vai simplificar a vida. Ele destaca que o equipamento pode ser levado a qualquer lugar e com ele poderão até ser pagas contas. Na Suécia já há um grande movimento pela abolição do dinheiro físico. Até em uma simples padaria só aceitam cartão. É raro encontrar um estabelecimento comercial, por mais simples que seja, que ainda aceite receber dinheiro como pagamento. (Com informações da ABC Net)
Nota: É interessante notar a crescente aceitação dessas novidades que, de fato, podem aumentar o monitoramento das pessoas. Em tempos de redes sociais, é extremamente fácil saber quase tudo sobre qualquer pessoa conectada à internet – com ou sem chip. Mas tanto o documento único quanto o famoso chip facilitarão bastante o controle e o monitoramento dos cidadãos, com o consentimento deles. O livro do Apocalipse prevê um momento em que os fiéis não mais poderão comprar nem vender e terão suas liberdades cassadas. Evidentemente que para isso acontecer deverá haver algum tipo de controle efetivo. É aí que podem entrar essas novas tecnologias? Pode ser. Agora, não sejamos ingênuos de pensar que o documento, o chip ou qualquer coisa dessa natureza (como aconteceu com o famigerado código de barras, anos atrás) constituiriam a marca da besta descrita em Apocalipse 13. O inimigo de Deus não seria tão tolo. . [MB]
Leia mais sobre o chip aqui.

O Perfeccionismo e Sua Cura

O Perfeccionismo e Sua Cura

01/12/2010 15:40
 

Quem já não ouviu falar de pessoas que eram ativas na igreja, zelosas e fiéis, e que, de súbito, sem uma razão aparente, abandonaram a fé?
Provavelmente tenham sido vítimas do perfeccionismo, um mal muito comum entre os crentes, e até mesmo entre líderes religiosos. É verdade que nem sempre os perfeccionistas chegam à apostasia, mas é bem provável que, mesmo dentro da igreja, eles se tornem infelizes e descontentes, em vez de cristãos alegres e confiantes.
O  que é perfeccionismo? É um sentimento interior de insatisfação com aquilo que se faz, ou com aquilo que já se alcançou, principalmente no que se refere às coisas religiosas. É uma preocupação constante de ainda não ter agradado a Deus o suficiente. Uma pessoa assim está sempre procurando alguma coisa, sempre lutando, e geralmente carrega uma sensação de culpa, por achar que não está conseguindo tudo o que imagina que Deus espera dela. É como se ela estivesse se esforçando para chegar até Deus, O qual ela vê como estando no alto de uma escada. Assim, ela se põe a subir, degrau por degrau, com todo o empenho e abnegação. Mas chegando ao alto, ela descobre que Deus avançou mais três degraus. Então ela resolve esforçar-se um pouco mais. E sobe, e luta, mas quando chega lá, o seu Deus já subiu mais três degraus. Todos nós podemos ser presa dessa distorção religiosa. Pode ser um jovem, no vigor de seu idealismo. Pode ser um crente humilde, na sua simplicidade. Pode ser um professor ou um pregador. Se for um pregador, ele irá procurar incutir esse sentimento em toda a sua congregação, através de infinitas regras e exortações. Se for um administrador, ele tentará manter seus liderados sob essa tensão do dever nunca cumprido suficientemente, sempre um pouco mais além do que o alcançado. Alguém perguntou a um cristão com essas características: “O que é Deus, para você?” A resposta foi: “Deus? Ah, para mim Deus é aquela vozinha interior que está sempre dizendo: ‘Ainda não está bom.’”
O perfeccionismo leva muitos à derrota na caminhada cristã e afasta as pessoas do reino de Deus.
Ao mencionarmos aqui a palavra perfeccionismo, por certo logo se levantarão várias bandeiras de defesa a ela. Por acaso a Bíblia não fala da perfeição cristã? É certo que sim. Mas há uma grande diferença entre perfeição cristã e perfeccionismo, embora aparentemente possam parecer semelhantes. Perfeição cristã é o constante e natural crescimento espiritual do crente, fruto da graça de Deus
no coração. Vem como resultado da ação do Espírito Santo na vida. É sinônimo de santificação, e é obra da vida toda. Mas sua consecução não traz ansiedade nem descontentamento. Pelo contrário. Infunde alegria e paz. Perfeccionismo é uma distorção da verdadeira perfeição cristã. O perfeccionismo, em vez de fazer de nós pessoas santas, com uma personalidade equilibrada e sadia, isto é, pessoas completas em Cristo, transforma-nos em fariseus espirituais e em neuróticos emocionais. É resultante de conceitos errados a respeito de Deus e da religião.
Problema antigo
O objetivo deste artigo não é tecer críticas aos perfeccionistas, pois, em regra geral, são pessoas sinceras e desejosas de agradar a Deus, embora por caminhos errados. E é provável que grande parte dos mais sinceros e dedicados cristãos, em uma ou outra fase da sua vida, sejam vítimas deste mal. O intuito destas reflexões é ajudar aqueles que estão passando por essa experiência aflitiva, a encontrarem o verdadeiro sentido da religião de Cristo, e a usufruírem da alegria e da felicidade que dela advêm, quando bem compreendida e aceita.
Este problema sempre existiu ao longo da história da Igreja, embora ele seja identificado por outros nomes. John Fletcher, um contemporâneo de João Wesley, escreveu a respeito:
“Algumas pessoas atam pesados fardos às suas costas, fardos que elas próprias criam. Depois, sentindo que não conseguem carregá-los, ficam atormentadas por sen timentos de culpa imaginária. Outras quase enlouquecem com infundados temores de haverem cometido o pecado imperdoável. Em suma, estamos vendo centenas de pessoas que, tendo motivos para sentirem-se bem espiritualmente, preferem pensar que não existe mais nenhuma esperança para elas.”
E o próprio reformador João Wesley, de quem a Igreja Adventista herdou muitos conceitos teológicos, registrou o mesmo problema:
“Às vezes, a consciência sensível, que é uma qualidade excelente, pode ser levada a extremos. Temos visto pessoas que têm temores, quando não há razão para isso; que estão continuamente condenando-se, mas sem causa, imaginando que certas coisas são pecaminosas, quando não há nada nas Escrituras que as condene, e supondo ser seu dever fazer outras, que a Bíblia não ordena. Isso pode ser corretamente identificado como consciência escrupulosa, e na verdade é um grande mal. É preciso que essas pessoas cedam o menos possível a essas idéias, e orem para que sejam libertas desse grande mal, e recuperem a sensatez da mente.” — The Conscien-ce Alone Not a Safe Guide, Arthur Z. Zepp.
Ellen White  trata dessa questão nas seguintes palavras: “Pessoas há com imaginação doentia para as quais a religião é um tirano regendo-as com vara de ferro. Essas pessoas estão continuamente lamentando sua pecaminosidade e gemendo sob o peso de supostos pecados.” — Testimonies, vol. 1, pág. 565
Sintomas do perfeccionismo
Mas, para que possamos fazer uma análise de nós mesmos, vejamos quais são os sintomas do perfeccionismo. O Dr. David A. Sea-mands, psicólogo e conselheiro espiritual de grande experiência, escreveu um livro intitulado “Cura Para Traumas Emocionais” (tradução da Editora Betânia), cuja leitura poderá ser de muita ajuda espiritual a todos. (A esta obra pertencem muitos conceitos aqui expostos.) O Dr. Seamands apresenta em seu livro, as principais características do complexo de perfeccionismo. São elas:
1. Tirania dos Deveres — O principal sinal deste problema é uma sensação de que nunca se está agindo da melhor maneira possível. Algumas frases típicas são: “Eu devia ter feito melhor”; “eu não devia ter feito isto”; “devo fazer aquilo”; “devo melhorar”. Torna-se a religião do “devo” e “não devo”. É como se esse indivíduo estivesse nas pontas dos pés, estendendo o braço ao máximo para alcançar um nível, mas nunca o consegue. Por isso vive num clima de eterna insatisfação.
2. Auto depreciação — Há uma grande relação entre o perfeccionismo e a auto-imagem negativa. Por não conseguir nunca alcançar o alvo a que se propõe, o perfeccionista está sempre descontente consigo mesmo. E, como conseqüência, acha que Deus também não está satisfeito com ele. Para o perfeccionista Deus é muito exigente, sempre mais do que podemos alcançar. E esse sentimento é transmitido aos demais que convivem com ele. Assim é que, muitas vezes, pais inculcam esse conceito de Deus em seus filhos, dando-lhes uma idéia errada da religião.
3. Ansiedade — Como resultado dos escrúpulos exagerados, e da grande preocupação com o que se deve e o que não se deve fazer, é natural que o perfeccionista viva em clima de constante ansiedade que acaba por corroer sua alegria, seu bom humor e sua saúde.
4. Legalismo — Na verdade o que existe no fundo do perfeccionismo é uma não aceitação plena da salvação pela graça, e uma tentativa, talvez inconsciente, de salvação pelas obras. O perfeccionista dá uma exagerada importância ao exterior, ao que pode e ao que não pode, às regras e regulamentos. Ele encontra dificuldade em compreender as boas obras como resultado da salvação e não como causa também. E essa maneira de encarar a religião torna-se para ele uma fonte de instabilidade espiritual e emocional.
E quais as conseqüências do perfeccionismo ?
1. Falta de paz interior.
2. Dá aos outros uma noção errada a respeito de Deus e da religião.
3. Leva ao desânimo, quando a pessoa vai percebendo que nunca consegue alcançar tudo o que acha que deveria alcançar.
4. Pode levar até a um colapso nervoso. O fardo que o perfeccionista carrega vai-se tornando pesado demais e a pessoa pode acabar sucumbindo a esse peso.
Foi exatamente isso que aconteceu com Joseph R. Cooke, professor de Antropologia da Universidade de Washington, conforme conta o Dr. Seamands. O Professor Cooke era um profundo conhecedor de Teologia Bíblica. Tornou-se missionário na Tailândia, mas, após passar alguns anos em seu campo de trabalho, ficou com esgotamento nervoso. Não era mais capaz de pregar ou de ensinar, e nem ao menos ler a Bíblia. Como ele mesmo explicou depois: “Eu era um peso para minha esposa, e estava sem utilidade alguma para Deus e para os homens.”
Mas como foi que isso aconteceu? Mais tarde ele escreveu um livro intitulado “Free for the Ta-king” (De Graça: É Só Pegar), onde ele conta sua experiência. Diz ele: “Eu criei um Deus impossível e acabei tendo um esgotamento nervoso. As exigências que Deus me fazia, em meu modo de pensar, eram demais elevadas, e Sua opinião a meu respeito era tão baixa que parecia estar-me constantemente vivendo sob Seu olhar carregado e sisudo. E parecia que Deus ficava o dia todo a Se implicar comigo: ‘Por que não ora mais? Por que não se esforça mais no trabalho? Como pode ainda ter pensamentos maus? Faça isto. Não faça aquilo. Renda-se. Confesse.’ E parecia que Deus estava sempre comparando o Seu amor com a minha miséria pessoal. E depois de tudo avaliado, ficava-me a impressão de que não havia nenhuma palavra ou sentimento, nenhum pensamento ou decisão minha que Deus apreciasse.”
Comentando a experiência do Professor Cooke, escreveu o Dr. Seamands: “Está vendo por que um fiel seguidor de Cristo, que tem este tipo de pensamento, acaba com um esgotamento nervoso? Após todos esses anos em que tenho pregado e orado por pessoas em nossas igrejas, cheguei à conclusão de que o perfeccionismo é uma doença muito comum entre os membros das igrejas.”
Existe solução
Existe cura para o perfeccionista? Sim. Mas apenas uma única maneira de cura. A aceitação da graça de Cristo como o meio todo-suficiente para a salvação e a vida cristã. A palavra graça, na Bíblia, significa “um favor dado de graça, não merecido, não comprado, impossível de ser retribuído”. A aceitação de Deus para conosco não tem nada a ver com o nosso desvalor. Como afirmou em seu livro o Professor Cooke, “graça é o rosto compassivo que Deus tem quando olha para nossa imperfeição, para nosso pecado, nossa fraqueza e fracasso. Quando Deus Se acha diante do pecador, do que não merece nada, Ele é todo graça”. A graça é um presente de Deus. “E grátis: é só pegar.” A cura do perfeccionismo não pode começar com uma experiência inicial de salvação pela graça, e depois prosseguir com uma tentativa de busca da perfeição pelo esforço próprio. Essa cura se processa através de um viver diário de fé, entendendo que nosso relacionamento com o Pai celestial, terno e amoroso, é um relacionamento baseado na graça. E para o perfeccionista não é fácil compreender isso, pois ele “programou” sua mente de maneira errada, e precisa agora uma “reprogramação” do modo de pensar a respeito de Deus e da religião.
Escreveu Eilen G. White: “Muitos estão perdendo o caminho certo em conseqüência de pensarem que precisam escalar o céu, que precisam fazer para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores por seus próprios desajudados esforços. Isto jamais podem realizar. Cristo abriu o caminho, morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande Su-mo-sacerdote. Ele declara: ‘Eu Sou o caminho a verdade e a vida.’ Se por alguns esforços próprios pudéssemos avançar um passo para a escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras.” — Review and Herald, 4 de novembro de 1890.
Em outra importante declaração, Eilen G. White, comentando a preciosa lição de fé ensinada por Jesus a Nicodemos, afirma: “Milhares existem hoje em dia que necessitam da mesma verdade ensinada a Nicodemos mediante a serpente levantada. Confiam em sua obediência à lei de Deus para se recomendarem a Seu favor. E quando são solicitadas a olhar a Jesus e crer que Ele os salva apenas pela Sua graça, exclamam: ‘Como pode ser isso?’” — O Desejado de Todas as Nações, pág. 124.
Os perfeccionistas inculcaram em sua mente expectativas irrealistas, realizações impossíveis, amor condicional, e uma sutil teologia de obras. Nenhuma ida perante o altar mudará automaticamente isto.
A mudança requer tempo, compreensão, cura, e acima de tudo uma reprogramação — a renovação da mente que traz transformação. Segundo relata o Dr. Seamands, foi isso o que aconteceu na vida de certo jovem. Don havia crescido em uma família evangélica muito rígida, onde quase tudo o que as crianças faziam era errado. Don cresceu com um conceito de amor condicional, no trato que recebeu dos pais: “Nós o amaremos se… ” “Nós gostamos de você, quando… ” “As pessoas só gostam de você se você… “. E ele cresceu com o sentimento de que quase nunca conseguia agradar plenamente os pais.
Naturalmente sua religião também foi sendo moldada sob a influência desses conceitos. Quando Don estava com trinta anos, começou a sofrer de depressões e procurou o Dr. Seamands. Suas depressões estavam-se tornando cada vez mais freqüentes, e ele estava assustado com isso. Alguns colegas da igreja tornaram a situação pior. Disseram a Don que seu problema era espiritual, pois um cristão verdadeiro não tinha tais sentimentos. Assim, além de ter o problema das depressões, Don passou a sentir-se culpado por ter tais depressões.
Deixemos que o próprio Dr. Seamands descreva a parte final desta experiência:
“Nosso trabalho com Don levou mais de um ano. Durante esse período conseguimos sanar muitas de suas lembranças dolorosas, e reformular novas maneiras de enfrentar a realidade. Ele fez tudo o que lhe era pedido; fez anotações diárias acerca de seus sentimentos, leu bons livros, ouviu fitas, memorizou muitos textos bíblicos e dedicou bastante tempo à oração, com petições específicas e positivas. A cura não se deu da noite para o dia, mas graças a Deus ela veio. Devagar, mas sem falhar, Don foi descobrindo o amor através da incrível e incondicional aceitação de Deus para com Ele, como pessoa. Suas depressões foram-se tornando cada vez menos freqüentes. E ele não teve que se esforçar muito para livrar-se delas; elas mesmas foram cessando, como folhas mortas caem de uma árvore, na primavera, quando nascem as novas. Ele conseguiu aprender a controlar melhor suas ações e pensamentos. Afinal suas depressões cessaram, e hoje ele tem apenas os altos e baixos normais a todos nós. E sempre que encontro Don sozinho, ele sorri e diz: “Doutor, ainda parece que é bom demais para ser verdade, mas é verdade!”
Prezado leitor, o segredo da paz interior e da felicidade cristã está em aceitar o terno convite de Jesus: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.” Mat. 11:28-30.
Experimente. Há de raiar um novo dia em sua vida!
Tércio Sarli
Fonte: Revista Adventista ,  jun 1989 . pg 13.
www.revistaadventista.com.br


Leia mais: http://iasdocidentalgo.webnode.com.br/news/o-perfeccionismo-e-sua-cura/

terça-feira, 4 de abril de 2017

O DIA DA EXPIAÇÃO – UMA SOMBRA


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O DIA DA EXPIAÇÃO – UMA SOMBRA



RECAPITULANDO:







No estudo anterior, vimos  que a expiação era anual por tais  motivos.
1.  Os sacerdotes não podiam a todo tempo  entrar na presença de Deus. Levítico 16:2
2. O sangue de animais eram imperfeitos. Hebreus 10:2-3.

3. As repetições cerimonias apontavam sempre para um evento. Hebreus 9:26
4. Todo o ritual era uma pálida  sombra de bens futuros. Hebreus 10:1

Vimos também que a expiação no céu, ocorre em um tempo profético,  porquê:

1. Jesus está sempre na companhia do Pai. Hebreus 10: 12

2. O sangue de Cristo é eficaz  Hebreus 9:7,12

3. O período de 24 horas para a expiação, é símbolo de um tempo maior. Ex. Daniel 8:14. Salmo 90:4

4. Todo o ritual do Céu é realidade plena daquela sombra. Hebreus 9:11

Com tais razões apresentadas  ainda perguntamos: O povo de Deus deve observar o dia cerimonial da expiação como era observado no passado?



DEVEMOS OBSERVAR ESTE DIA?

Observe o texto a seguir:

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Colossenses 2:16-17

Observe que o Apóstolo não diz: “...que são ordenanças para o futuro. “  Mas: “sombras de coisas futuras”. Ele queria dizer que elas apontavam  acontecimentos proféticos e não que eram leis para o futuro. 
Se crêssemos assim, seríamos obrigados a prática de sacrifícios. Pois as comidas e as bebidas mencionadas no texto, eram a ingestão de animais e licores oferecidos no templo. Ver:   Hebreus 9:9-10. Números 28:7.

Quando cremos que a expressão: “sombra das coisas futuras”, representam acontecimentos proféticos,  ela se encaixa perfeitamente. Um exemplo disso é a Festa da Páscoa; que celebrada todos os anos,  apontava  para um único evento na história. Ver : Números 9:2. 1. Coríntios 5:7. 

Da mesma forma se cumprem as demais Festas.


A NATUREZA DA SOMBRA

1. Não Reflete Bem: Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Hebreus 10:1

A sombra não pode representar fielmente o objeto. A imagem projetada pela sombra  não reflete a realidade. Esta é  portanto, a penalidade da projeção: Quem seguí-la - sem compreender a sua fragilidade -  certamente vai errar. E  vai errar feio. 

2. É  FRACA E POBRE:  “Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco.” Gálatas 4:9-11


3. SUA OBSERVÂNCIA SE TORNOU UM JUGO:  Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” Atos 15:10-11


4.     NÃO É A VERDADE PRESENTE:

E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós”. Gálatas 2:4-5

Ele está dizendo que a verdade   do evangelho só era mantida se os discípulos se negassem  àquelas práticas cerimoniais; tais como: circuncisão,  sacrifícios,  festas, luas novas, sábados anuais e  expiações. Etc.

5.FOI ABOLIDA: tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz... portanto ninguém vos julgue...” Colossenses 2:14,16.

 Pelas razões apresentadas, concluímos que: A observância do  dia  da  expiação foi cancelada. Era uma sombra de uma realidade maior.  Representava um tempo profético.


REPETINDO:  A sombra não pode representar fielmente o objeto. A imagem projetada pela sombra  não reflete a realidade. Esta é  portanto, a penalidade da projeção: Quem seguí-la -  sem compreender a sua limitação - certamente vai errar. E vai errar feio. 


PARA REFLEXÃO:


“Conquanto a morte do Salvador pusesse termo à lei dos tipos e sombras não diminuiu no mínimo a obrigação imposta pela lei moral. Ao contrário, o próprio fato de que foi necessário Cristo morrer a fim de expiar a transgressão daquela lei, prova ser ela imutável”. PP 262.2

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