Flávio P. da Silva Filho
O ancião e a pesquisa histórica
Trata-se de um estudo investigativo que auxilia a igreja a ter uma visão mais clara da Bíblia
Quando o profeta Daniel estudou a profecia de Jeremias 25:12, comparando o período profético dos 70 anos do cativeiro babilônico aos eventos históricos que ocorriam nos seus dias, e entendeu que havia chegado o momento para que a profecia se cumprisse, ele decidiu orar pelos seus irmãos para que estivessem preparados. Da mesma forma, no momento em que Guilherme Miller relacionou a data exata da “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Dn 9:25) com os 2.300 dias de Daniel 8:14, descobrindo que a purificação do santuário celestial aconteceria em sua época, recebeu a missão de transmitir a mensagem para a igreja. Na Segunda Guerra Mundial, Franz Hasel, um adventista convocado contra a própria vontade para servir no exército da Alemanha nazista, mostrava para seus companheiros de guerra seu cartãopostal no qual estava impressa a figura da estátua de Daniel 2, com notas explicativas datilografadas no verso, para justificar uma possível derrota de Adolf Hitler. Unindo o acontecimento histórico à profecia, ele esclarecia o futuro para seus colegas no campo de batalha. Dentro dessa perspectiva, da mesma forma que o profeta Daniel, Guilherme Miller e Franz Hasel conduziram pessoas dos eventos históricos para a Bíblia – a pesquisa histórica, quando acompanhada de uma correta interpretação das profecias bíblicas, capacita o ancião para guiar a igreja de maneira segura, alertando-a com equilíbrio e conduzindo-a para uma visão mais clara do tempo presente e também dos eventos finais. A aliança da pesquisa histórica com a Bíblia é um método eficaz a ser utilizado pelo ancião para fornecer à sua igreja um entendimento correto da missão, que é a pregação do evangelho (ver Mt 24:14). Por meio dessa pesquisa descobrimos que “os primeiros adventistas fundamentaram sua filosofia missioná- ria nas Escrituras” e que “eles se identificaram com a mensagem dos três anjos de Apocalipse, que tinham ‘um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua e povo’” (Ap 14:6; Guia Para Anciãos, ed. 2004, p. 75). A pesquisa também mostra que “a Igreja Adventista começou como um pequeno movimento regional na América do Norte” (Ibid.), mas, após quase dois séculos de existência, os adventistas estão presentes em 215 dos 237 países e áreas reconhecidas pela ONU (Quick Statistics on the Seventh-day Adventist Church. Disponível em
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