Matéria imperdível de Gilson Monteiro. Ideal para quem gosta de dar estudos bíblicos, pois muitos católicos sinceros, acreditam que a Bíblia usada pelos evangélicos, foi adulterada e suprimida diversos livros.
Essa matéria esclarece com riqueza de detalhes, essas dúvidas
Leia também na matéria original, as respostas que ela dá aos leitores, que são tão importantes quanto a matéria em si
http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br /2007/10 /bblia-catlica-x-bblia-protestante.html
Essa matéria esclarece com riqueza de detalhes, essas dúvidas
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Diferenças entre a Bíblia "Católica" e a "Evangélica"
Certa vez, uma amiga minha foi indagada por uma colega de trabalho (Católica) com a seguinte questão:
"Se vocês [evangélicos] querem ser tão certinhos, por que então retiraram vários livros da Bíblia?".
Esta pergunta expressa um pensamento comum entre os Católicos - o de que a Bíblia utilizada pelos "Protestantes" foi adulterada, pois alguns livros do AT que constam na Bíblia Católica não constam na Protestante. E como a Igreja Católica é mais antiga, então "certamente" foram os Protestantes que fizeram a adulteração. É assim que pensam!
Realmente, se você comparar o AT na Bíblia de Jerusalém (Católica) com o mesmo conteúdo em uma versão "Protestante" (Revista e Atualizada, por exemplo), verá facilmente que a quantidade de livros é diferente, assim como a ordem dos Salmos e alguns acréscimos em outros livros (Daniel, por exemplo).
Mas... quem fez a alteração?
1. Foram os Protestantes que RETIRARAM alguns livros?... ou
2. Foram os Católicos que os ACRESCENTARAM?
A Teologia chama os livros que estão no foco desta controvérsia de "apócrifos", apesar de que a Igreja Católica não considera os livros "extras" da sua Bíblia assim, por determinar que eles são tão inspirados quanto os 66 aceitos pelos Evangélicos.
Veja o que dizem dois renomados estudiosos deste assunto*:
Em suma, estes livros são aceitos pelos Católicos Romanos como canônicos, mas são rejeitados pelos Protestantes e judeus. No grego clássico, apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, a palavra tomou o sentido de “esotérico” (algo que só os “iniciados” podem entender, não os “de fora”).
Nos tempos de Ireneu e Jerônimo (séc. III e IV d.C.), o termo apocrypha passou a ser aplicado aos livros não-canônicos do AT. Desde a Reforma Protestante, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário (entre os dois Testamentos).
Seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que os apócrifos tiveram, eles não são canônicos pelos seguintes fatos:
1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.
2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do NT (não existem palavras de Jesus, por exemplo, citando os livros apócrifos).
3. A maior parte dos primeiros grandes Pais da Igreja rejeitou sua canonicidade.
4. Nenhum concílio da Igreja os considerou canônicos, senão no final do séc. IV d.C.
5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata (tradução para o latim), rejeitou fortemente os livros apócrifos.
6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.
7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.
Além do mais, segundo os critérios elevados da canonicidade, aos apócrifos ainda falta o seguinte:
- Os apócrifos não reivindicam serem proféticos.
- Não detêm a autoridade de Deus.
- Contêm erros históricos (cf. Tobias 1:3-5; 14:11) e graves heresias teológicas, como a oração pelos mortos (cf. 2Macabeus 12:45-46; 4).
- Embora seu conteúdo tenha algum valor para edificação nos momentos devocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo, ou seja, são textos que já se encontram nos livros canônicos.
- Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos.
- Nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas.
- O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originalmente apresentados, recusou-os terminantemente.
Lista dos Livros Apócrifos, segundo a Versão Revista Padrão:
Sabedoria de Salomão
Eclesiástico (Siraque)
Tobias
Judite
1Esdras
1Macabeus
2Macabeus
Baruque
Epístola de Jeremias
2Esdras
Adições a Ester (Ester 10:4-16:24)
Oração de Azarias (Daniel 3:24-90)
Susana (Daniel 13)
Bel e o Dragão (Daniel 14)
Oração de Manassés
* Fonte: Norman Geisler e William Nix, Introdução Bíblica - como a Bíblia chegou até nós (São Paulo: Vida), 2006. Págs. 90-98.
Outra dúvida apresentada frequentemente é com relação à numeração dos Salmos, pois há diferença nas duas Bíblias (Católica e Protestante).
Segundo o Comentário Adventista, o que ocorre é que a numeração dos Salmos é diferente no texto original hebraico e no texto da LXX (Lê-se "Septuaginta", que é a tradução do AT para o grego) e na Vulgata (que é a tradução para o latim). A numeração do texto hebraico massorético é a mesma que aparece na nossa Bíblia Almeida Revista e Atualizada.
Já a numeração da LXX e da Vulgata é utilizada na Bíblia de Jerusalém (católica) e na maioria das demais Bíblias católicas. A diferença se deve a que na LXX e na Vulgata os Salmos 9 e 10, como também os 114 e 115, se fundem. Por outra parte, os Salmos 116 e 147 se dividem em dois salmos cada um.
Até o Salmo 9, e a partir do Salmo 147, a contagem é idêntica. A LXX ainda acrescenta um Salmo 151.
Portanto, a diferença de numeração se deve apenas ao fato de a Bíblia Protestante usar como base o texto original hebraico (mais fiel), e a Bíblia Católica utilizar os textos traduzidos da Septuaginta e da Vulgata.
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Em suma, como vimos, não foram os Protestantes que RETIRARAM aqueles livros da Bíblia.
Na verdade, foram os Católicos que ACRESCENTARAM tais livros de inspiração duvidosa.
Entretanto, na foto abaixo podemos ver até que ponto a versão Católica é tendenciosa para defender aquilo que o Papa determina, mesmo que para isso se pretenda alterar o próprio texto bíblico:
"Se vocês [evangélicos] querem ser tão certinhos, por que então retiraram vários livros da Bíblia?".
Esta pergunta expressa um pensamento comum entre os Católicos - o de que a Bíblia utilizada pelos "Protestantes" foi adulterada, pois alguns livros do AT que constam na Bíblia Católica não constam na Protestante. E como a Igreja Católica é mais antiga, então "certamente" foram os Protestantes que fizeram a adulteração. É assim que pensam!
Realmente, se você comparar o AT na Bíblia de Jerusalém (Católica) com o mesmo conteúdo em uma versão "Protestante" (Revista e Atualizada, por exemplo), verá facilmente que a quantidade de livros é diferente, assim como a ordem dos Salmos e alguns acréscimos em outros livros (Daniel, por exemplo).
Mas... quem fez a alteração?
1. Foram os Protestantes que RETIRARAM alguns livros?... ou
2. Foram os Católicos que os ACRESCENTARAM?
A Teologia chama os livros que estão no foco desta controvérsia de "apócrifos", apesar de que a Igreja Católica não considera os livros "extras" da sua Bíblia assim, por determinar que eles são tão inspirados quanto os 66 aceitos pelos Evangélicos.
Veja o que dizem dois renomados estudiosos deste assunto*:
Em suma, estes livros são aceitos pelos Católicos Romanos como canônicos, mas são rejeitados pelos Protestantes e judeus. No grego clássico, apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, a palavra tomou o sentido de “esotérico” (algo que só os “iniciados” podem entender, não os “de fora”).
Nos tempos de Ireneu e Jerônimo (séc. III e IV d.C.), o termo apocrypha passou a ser aplicado aos livros não-canônicos do AT. Desde a Reforma Protestante, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário (entre os dois Testamentos).
Seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que os apócrifos tiveram, eles não são canônicos pelos seguintes fatos:
1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.
2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do NT (não existem palavras de Jesus, por exemplo, citando os livros apócrifos).
3. A maior parte dos primeiros grandes Pais da Igreja rejeitou sua canonicidade.
4. Nenhum concílio da Igreja os considerou canônicos, senão no final do séc. IV d.C.
5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata (tradução para o latim), rejeitou fortemente os livros apócrifos.
6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.
7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.
Além do mais, segundo os critérios elevados da canonicidade, aos apócrifos ainda falta o seguinte:
- Os apócrifos não reivindicam serem proféticos.
- Não detêm a autoridade de Deus.
- Contêm erros históricos (cf. Tobias 1:3-5; 14:11) e graves heresias teológicas, como a oração pelos mortos (cf. 2Macabeus 12:45-46; 4).
- Embora seu conteúdo tenha algum valor para edificação nos momentos devocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo, ou seja, são textos que já se encontram nos livros canônicos.
- Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos.
- Nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas.
- O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originalmente apresentados, recusou-os terminantemente.
Lista dos Livros Apócrifos, segundo a Versão Revista Padrão:
Sabedoria de Salomão
Eclesiástico (Siraque)
Tobias
Judite
1Esdras
1Macabeus
2Macabeus
Baruque
Epístola de Jeremias
2Esdras
Adições a Ester (Ester 10:4-16:24)
Oração de Azarias (Daniel 3:24-90)
Susana (Daniel 13)
Bel e o Dragão (Daniel 14)
Oração de Manassés
* Fonte: Norman Geisler e William Nix, Introdução Bíblica - como a Bíblia chegou até nós (São Paulo: Vida), 2006. Págs. 90-98.
Outra dúvida apresentada frequentemente é com relação à numeração dos Salmos, pois há diferença nas duas Bíblias (Católica e Protestante).
Segundo o Comentário Adventista, o que ocorre é que a numeração dos Salmos é diferente no texto original hebraico e no texto da LXX (Lê-se "Septuaginta", que é a tradução do AT para o grego) e na Vulgata (que é a tradução para o latim). A numeração do texto hebraico massorético é a mesma que aparece na nossa Bíblia Almeida Revista e Atualizada.
Já a numeração da LXX e da Vulgata é utilizada na Bíblia de Jerusalém (católica) e na maioria das demais Bíblias católicas. A diferença se deve a que na LXX e na Vulgata os Salmos 9 e 10, como também os 114 e 115, se fundem. Por outra parte, os Salmos 116 e 147 se dividem em dois salmos cada um.
Até o Salmo 9, e a partir do Salmo 147, a contagem é idêntica. A LXX ainda acrescenta um Salmo 151.
Portanto, a diferença de numeração se deve apenas ao fato de a Bíblia Protestante usar como base o texto original hebraico (mais fiel), e a Bíblia Católica utilizar os textos traduzidos da Septuaginta e da Vulgata.
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Em suma, como vimos, não foram os Protestantes que RETIRARAM aqueles livros da Bíblia.
Na verdade, foram os Católicos que ACRESCENTARAM tais livros de inspiração duvidosa.
Entretanto, na foto abaixo podemos ver até que ponto a versão Católica é tendenciosa para defender aquilo que o Papa determina, mesmo que para isso se pretenda alterar o próprio texto bíblico:
Apocalipse 1:10 na versão católica
"Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mateus 22:29).
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