Capítulo 1 — O chamado de Deus para o serviço
Dependente de agentes humanos —
Deus não escolhe como Seus representantes entre os homens anjos que jamais caíram, mas seres humanos, homens de paixões idênticas às daqueles a quem buscam salvar. Cristo Se revestiu da forma humana para que pudesse alcançar a humanidade. Um Salvador divino-humano era necessário para trazer a salvação ao mundo. E a homens e mulheres foi entregue a sagrada tarefa de tornar conhecidas “as riquezas incompreensíveis de Cristo”. Efésios 3:8. — Atos dos Apóstolos, 134.
Considerai a tocante cena. Vede a Majestade do Céu tendo em torno os doze por Ele escolhidos. Logo os separará para a obra que lhes destinou. Por meio desses frágeis instrumentos, mediante Sua Palavra e Espírito, Ele Se propõe a colocar a salvação ao alcance de todos. — Atos dos Apóstolos, 18. “Envia homens a Jope, e manda chamar a Simão”. Atos dos Apóstolos 10:5. Assim Deus deu prova de Sua atenção para com o ministério evangélico e Sua igreja organizada. O anjo não foi incumbido de contar a Cornélio a história da cruz. Um homem sujeito a fragilidades e tentações humanas, como o centurião, deveria ser aquele que lhe contaria a respeito do Salvador crucificado e ressuscitado. — Atos dos Apóstolos, 134.
O anjo enviado a Filipe poderia ter ele próprio feito a obra pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. É Seu plano que os homens trabalhem por seus semelhantes. — Atos dos Apóstolos, 109.
“Temos, porém, este tesouro”, prosseguiu o apóstolo, “em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós”. 2 Coríntios 4:7.
Deus poderia ter proclamado Sua verdade por meio de anjos sem pecado, mas esse não é Seu plano. Ele escolheu seres humanos, homens cheios de fraquezas, como instrumentos na execução de Seus desígnios. Os tesouros de valor inapreciável são colocados em vasos terrestres. Por intermédio de homens Suas bênçãos devem ser transmitidas ao mundo. Por meio deles Sua glória Serviço
Cristão deve brilhar em meio às trevas do pecado. Em amorável ministério devem ir ao encontro dos necessitados e dos pecadores e guiá-los à cruz. E em toda a sua obra devem tributar glória, honra e louvor Àquele que é sobre tudo e sobre todos. — Atos dos Apóstolos, 330.
Era desígnio do Salvador que depois de subir ao Céu, para ali interceder em favor dos homens, Seus seguidores prosseguissem com a obra por Ele iniciada. Não demonstrará o instrumento humano interesse especial em transmitir a luz da mensagem do evangelho aos que jazem nas trevas? Alguns há que se dispõem a ir aos confins da Terra a fim de transmitir aos homens a luz da verdade, mas Deus requer que toda alma que conhece a verdade se esforce por conquistar outros para o amor da verdade. Como poderemos ser considerados dignos de entrar na cidade de Deus, se não nos dispomos a fazer verdadeiros sacrifícios para salvar as almas que estão prestes a perecer? — Testemunhos Seletos 3:338. Em Sua sabedoria o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem. É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas. A humanidade, tirando sua eficiência da grande Fonte da sabedoria, torna-se o instrumento, a agência operadora por meio da qual o evangelho exerce seu poder transformador sobre o espírito e o coração. — Atos dos Apóstolos, 134.
Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle — a alegria de ver almas redimidas por Seu sacrifício — devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas. — O Desejado de Todas as Nações, 142.
Cristo não escolheu, para Seus representantes entre os homens, anjos que nunca pecaram, mas seres humanos, homens semelhantes em paixões àqueles a quem buscavam salvar. Cristo tomou sobre Si a humanidade, a fim de chegar à humanidade. A divindade necessitava da humanidade; pois era necessário tanto o divino como o humano para trazer salvação ao mundo. A divindade necessitava da humanidade, a fim de que esta proporcionasse um meio de comunicação entre Deus e o homem. — O Desejado de Todas as Nações, 296.
Com quase impaciente ansiedade esperam os anjos nossa cooperação; pois o homem deve ser o instrumento para comunicar com O chamado de Deus para o serviço 7 o homem. E, quando nos entregamos a Cristo numa consagração de toda a alma, os anjos se alegram de poderem falar por meio de nossa voz, para revelar o amor de Deus. — O Desejado de Todas as Nações, 297.
Devemos ser coobreiros de Deus; pois Ele não finalizará Sua obra sem os agentes humanos. — The Review and Herald, 1 de Março de 1887.
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