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terça-feira, 2 de junho de 2015

Dicas para realizar cerimônia fúnebre

Dicas para cerimônia fúnebreO pastor e a igreja precisam tomar certos cuidados práticos, sempre que ocorrer o falecimento de alguém da igreja. 
  
Assim que receber a notícia da morte de um dos membros de sua igreja, o pastor (ou um representante designado por ele) deve imediatamente ir à residência dos familiares para oferecer sua ajuda e consolo espiritual. 
  
É importante verificar os planos da família para o funeral, fazer sugestões pertinentes e ajudar em tudo o que for possível. O ministro deve agendar a hora o local do funeral e se a cerimônia fúnebre será realizada na igreja, numa capela mortuária ou na residência do falecido. É de muita ajuda à família orientações no sentido de que se evitem certos gastos excessivos, como sucede com muita frequência quando as emoções profundas atacam o interior das pessoas. 
Este cerimonial, do ponto de vista humano, é o que menos agrada ao ministro oficiante, porém não se pode fugir ao dever do ofício. Ademais, é uma oportunidade para se evidenciarem aos valores espirituais com que o Espírito de Deus dotou aquele servo que agora passou para o Senhor. 
  
Cabe, portanto, ao oficiante de cerimônia fúnebre observar as recomendações que abaixo seguem: 
  
Em primeiro lugar, deve-se conhecer a condição espiritual e o testemunho da pessoa falecida, para evitar pronunciamentos inverídicos que possam criar constrangimento. É sempre bom que se faça alusão à pessoa a ser sepultada quando da sua existência se possa tirar algum bom exemplo para aplicá-lo em forma de conselho espiritual aos que estiverem presentes ao ato. Conhecer os membros da família antes de iniciar a cerimônia é uma medida prudente já que esses precisam de uma palavra de conforto no momento. Deve o oficiante conhecer o local e o horário do sepultamento, com segurança. 
  
Passos a serem dados: 
  
1 – Comparecer no local do sepultamento pelo menos uma hora antes. Nunca é uma atitude agradável chegar às carreiras quando o momento é de tristeza para as pessoas que nos são caras em Cristo, pois representamos, então, como ministros, as pessoas mais capazes de ajudá-los espiritualmente nessa fase. 
  
2 – Iniciar com uma oração, pedindo a Deus a sua graça para a cerimônia. O tom de voz deve ser moderado, nunca como se estivesse pregando numa cruzada ou no púlpito. Começar dizendo do significado do ato, que , sendo de dor e tristeza pela separação do ser querido que partiu, é, no entanto, uma oportunidade para renovar a nossa memória quanto às promessas do Senhor Nosso Deus. 
  
Se o testemunho deixado pela pessoa objeto do ato fúnebre foi um exemplo de fé e obediência à Palavra do Senhor, torna-se isso causa de grande inspiração para quem oficia o ato, e para todos os que fizerem uso da palavra. 
  
3 – Fazer a leitura da Palavra de Deus, usando entre outros, alguns dos seguintes textos: 1 Tessalonicenses 4.13-18; 2 Coríntios 1.5-7;5.1-10; 1 Coríntios 15.39-55; Salmo 116.15; Apocalipse 14.13;21.3,4. feita a leitura, fazer explanação, de acordo com a inspiração que recebeu, mas com concisão e objetividade, usando tom de voz compatível com o momento. Se houver mais alguém para falar, deve-se ter conta o fator tempo quando franquear a palavra. É recomendável que o oficiante estabeleça limite de tempo para cada um que vai falar: 
  
Nota: Os cânticos só deverão ser executados com autorização da família enlutada. 
Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias à família, para evitar que alguém se sinta ferido, em lugar de confortado. O cântico deve fazer parte do testemunho da esperança do crente e servir de conforto espiritual aos familiares, e nunca ser interpretado como um ato de insensibilidade ao acontecimento. Os cânticos devem ser entoados em tom de piano (baixo), com a melhor harmonia possível, tudo para glória de Deus. 
  
4 – Após o ato, o oficiante fará mais uma oração, suplicando a Deus consolação para todos e, em se tratando de passagem de um fiel servo de Deus, deve-se agradecer ao Senhor o tempo que ele passou entre nós, e pelos exemplos de fé que nos legou. 
  
5 – Após esta oração o oficiante dirá: “Está concluída a cerimônia e a condução do sepultamento fica a critério da família”. 
  
6 – Sendo o local e tempo favoráveis poderá ser dada uma breve palavra quando o corpo descer á sepultura, porém nem sempre isso se faz necessário. Nesse momento, a presença do oficiante se presta mais para dar apoio à família e orientar na parte espiritual, evitando que se cometam atos que choquem as consciências cristãs gerando mau testemunho. 
  
Nota: Às vezes, somos convidados para dar auxílio espiritual a uma família cujo
falecido não é crente. Em tais circunstâncias, nada temos a mencionar quanto à
pessoa do extinto, mas tão-somente aproveitar a oportunidade de se viver preparado para o instante do chamamento à eternidade. A ocasião é muito oportuna para se dizer que sem Cristo nesta vida, a eternidade não será feliz. Se alguém se decidir por Cristo naquele momento, sem apelo, não devem ser feitas alusões à pessoa do morto, dizendo que foi ou não salvo. Não somos juízes nessas ocasiões. Somos anunciadores da fé em Cristo. 
  
O serviço fúnebre é um momento onde há oportunidade para meditação e
reflexão e pode-se alcançar uma audiência bem heterogênea com a mensagem de
esperança e salvação de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O pastor deve chegar sempre bem adiantado, jamais em cima da hora em ocasião como essas. Durante a cerimônia propriamente dita, o pastor deve usar roupa escura; uma camisa branca ou escura ficará bem. A mensagem deve ser simples, breve, para não perder seu objetivo principal: consolar a família e levar os ouvintes a um momento de reflexão sobre um futuro encontro com Deus. O tom de voz deve ser moderado, nunca como se estivesse pregando numa conferência evangélica ou um sermão exortativo. É preciso que se planeje a ordem de culto, para que tudo saia sem surpresas desagradáveis ou hilariantes. Antes de começar a cerimônia, o pastor deve pedir a autorização da família e solicitar a atenção de todos os presentes.

Há muitas passagens bíblicas oportunas para esse momento. Algumas destas
passagens são: Salmo 46; Salmo 90; Apocalipse 14.13; João 11.25,26; Apocalipse 
21.3-7; 1 Tessalonicenses 4.13-18; João 5.28-29; 1 Coríntios 15.42-44; 1 Coríntios 15.53-55; João 14.1,2.

Os hinos e as músicas especiais devem ser calmas e devem falar  da ressurreição, do céu, da vida eterna e do consolo de Deus. 
  
É importante no início da cerimônia fazer-se um relato breve da vida da pessoa
falecida: onde nasceu, onde viveu, quando foi batizado, sua família, números de filhos e netos, seu trabalho e suas amizades da igreja.Esses dados devem estar escritos e confirmados pelas pessoas da família. Nessa parte introdutória, bem como no sermão, não se deve falar sobre os defeitos do morto e nem exagerar suas virtudes. 

No caso de um descrente, nunca se deve dizer se foi ou não salvo. A ocasião é própria para consolo e evangelização. No culto fúnebre, deve-se falar sobre a brevidade da vida e o preparo que cada um tem de fazer para encontra-se com Deus, no além. Nunca se deve apelar para o emocional dos familiares durante a cerimônia, pois isto além de ser desonesto, pode trazer um sentimento negativo dos parentes com relação à igreja. 
  
É comum no Brasil que o ministro acompanhe a família ao cemitério. Nesse caso, deve-se fazer uma breve cerimônia: normalmente canta-se um hino, faz-se uma leitura bíblica, ora-se invocando a bênção de Deus sobre a família enlutada, e pode-se terminar com as seguintes palavras: “Entregamos o corpo de nosso irmão (ã) _______________  Seu corpo aguardará a ressurreição do último dia, quando Cristo, cheio de poder e majestade, volta para julgar os vivos e os mortos. 
A terra e o mar entregarão os seus mortos e os corpos corruptíveis dos que dormiram em Cristo serão transformados e feitos semelhantes ao Seu glorioso corpo, segundo a poderosa obra pela qual pode sujeitar a si todas as coisa. Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. 
  
Então o ministro despede as pessoas com a bênção apostólica e o corpo é baixado á sepultura. 
  
Pr. Vladimir Calisto

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