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terça-feira, 7 de abril de 2015

OUTROS DONS DO ESPÍRITO

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OUTROS  DONS  DO  ESPÍRITO

No capítulo anterior estudamos os dons que Paulo cita em Efésios 4. Neste capítulo traçaremos algumas considerações sobre outros que ele menciona em 1 Coríntios 12 (alguns destes também aparecem em Romanos 12), a primeira lista de dons, talvez a mais conhecida. Por causa da controvérsia que há em torno dos dons de sinais (como o dom de línguas) veremos estes no próximo capítulo.
Observemos em primeiro lugar que Paulo diz: "Ora, os dons do diversos, mas o Espírito é o mesmo" (v. 4). Tudo que eu digo sobre os dons está baseado em uma pressuposição decisiva: estes dons são sobrenaturais, dados pelo Espírito. O cristão não pode produzi-los de nenhuma maneira. Isto não quer dizer que devemos compreender os dons isolados da Palavra escrita de Deus, é claro. Devemos estudar a Palavra e aplicá-la.
O Espírito concede a algumas pessoas sabedoria, conhecimento, fé, etc., especiais, mas isto não quer dizer que outros cristãos são infrutíferos. Não, estes dons espirituais são geralmente formas mais elevadas das capacidades rudimentares que Deus dá a todos os cristãos. O dom de sabedoria ilustra isto. Todos nós temos alguma sabedoria espiritual, mas alguém com este dom tem sabedoria em um grau especial. Por outro lado, eu creio que o dom de milagres ou de cura é do tipo que o crente tem ou não tem. E Deus os dá a poucas pessoas, atitude que Ele teve, pelo que me parece, através de toda a história da Igreja. De qualquer maneira temos de ver de mais perto estes dois dons espirituais que Paulo menciona em 1 Coríntios 12.
Nós podemos ter três tipos de sabedoria. O primeiro tipo nós temos naturalmente. O segundo tipo vem pelo aprendizado, por isso pode ser ensinado. Mas o tipo mais alto de sabedoria vem diretamente de Deus e está ligado à atuação especial do Espírito Santo. Ele é o manancial de toda a verdade, seja qual for a origem, mas Ele dá aos crentes sabedoria de uma maneira singular – pela Escritura. E ainda dá um dom ou capacidade especial de sabedoria para alguns.
Dr. Merrill C. Tenney, do Wheaton College, define este dom como "a capacidade de tomar decisões corretas com base no próprio conhecimento".
Isto nos leva ao segundo dom, o dom de conhecimento, ou seja, familiaridade com informação espiritual. Todos nós conhecemos crentes que sabem muitas coisas sobre Deus e doutrina, mas que não sabem como aplicar a que sabem a situações práticas. Eu tenho um amigo que tem a cabeça abarrotada de conhecimento bíblico, mas os erros trágicos que ele comete quase destruíram seu ministério. Por isso os dons de sabedoria e conhecimento devem andar juntos, ou seja, eles ilustram o fato de que os que têm dons diversos devem colaborar uns com os outros.
Jesus cita um caso em que um crente precisa dos dois dons. Ele diz: "Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis como que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isto falai; Porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo" (Marcos 13:11). Constantemente os discípulos de Jesus tinham de se defender diante de multidões enfurecidas, governadores, príncipes e reis; talvez o apóstolo Paulo tenha estado diante do próprio César. Este conhecimento, dom do Espírito, esta baseado em longas horas de estudo disciplinado, em que Deus nos ensina. Mas a capacidade de aplicar o que aprendemos em situações de fato ultrapassa o estudo e vem diretamente do Espírito Santo. Sabedoria é o dom do Espírito que nos mostra como usar o conhecimento. Paulo se defendia usando os dois. Assim fazendo, ilustrava o que Pedro diz: "... estanco sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1 Pedro 3:15, 16).
Interessante é que Pedro também disse que temos de "crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18). Pela comunhão com Deus nós adquirimos conhecimento e sabedoria mais altos da que os que o mundo tem. E crentes que os tenham em grau maior podem ter certeza de que têm o dom de conhecimento ou de sabedoria.
Todos nas enfrentamos pressões, dúvidas e problemas para os quais não temos resposta, humanamente falando. Uma equipe de 26 homens e mulheres capazes, pretos e brancos, administra as finanças e o pessoal da nossa associação evangelística. Desde o começo sempre tentamos ser muito escrupulosos com a nossa administração. Sempre quando chegamos a um impasse em nossas reuniões de diretoria quanto a prioridades, ou quando enfrentamos dificuldades financeiras críticas, ou algum ataque injusto de alguém, então nos colocamos de joelhos e pedimos por sabedoria. Repetidas vezes Ele nos deu respostas imediatas. Cada grupo de crente precisa pelo menos de uma pessoa com este dom, para ajudar em decisões práticas. Geralmente esta pessoa era a que tinha a orientação para a decisão certa a tomar, depois de nós orarmos.


Fé vem de uma palavra grega que significa fidelidade ou firmeza: "A outro, na mesmo Espírito, fé" (1 Cor. 12:9). Nesta passagem o apóstolo Paulo admite a existência de fé salvadora. A Escritura diz: "Pela graça sois salvos, mediante a fé" (Efés. 2:8). Diz também que "andamos por fé, e não pelo que vemos" (2 Cor. 5:7). Mas fé em 1 Cor. 12 é um dom especial que o Espírito Santo dá como Lhe apraz.
Temos de distinguir entre a graça da fé e o dom da fé. A graça da fé é quando nas cremos que Deus fará tudo que prometeu em Sua Palavra. Todos os cristãos têm esta fé. Quando não temos fé nas promessas da Bíblia estamos pecando. Mas em nossa vida há muitas coisas para as quais não há promessa específica na Palavra. Por isso acrescentamos "se for da Tua vontade" quando oramos. Às vezes o Espírito Santo nos concede o dom de fé para crermos em coisas sobre as quais a Bíblia silencia. Se não temos este dom especial de fé não estamos pecando.
A vida de George Muller, de Bristol, na Inglaterra, é um exemplo clássico do dom de fé. Durante muitos anos ele cuidou de milhares de órfãos, mas se recusava a pedir um único centavo, a quem quer que fosse. Ele orava até o dinheiro chegar. Este é o dom de fé de que Jesus está falando em Mat. 17:20: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível."
Houve ocasiões em meu ministério em que me parecia que eu era um homem de pouca fé, mas muitas outras vezes o Espírito Santo me deu o dom especial de fé e me forçou a entrar em situações aparentemente impossíveis, para as quais não havia promessas específicas na Palavra de Deus.
Em 1957, por exemplo, na nossa cruzada em Nova Iorque, o Madison Square Garden estava lotado todas as noites durante seis semanas, e milhares se entregaram a Cristo. Mas apesar de estar planejado encerrarmos no dia 20 de julho no Yankee Stadium, alguns de nós começaram a sentir que a cruzada deveria continuar. Alguns sentiram que votar ao Madison Square Garden depois de estarmos no Yankee Stadium seria negativo; as pessoas perderiam o interesse, ainda mais que as férias estavam começando.
Isto me pesou tanto sobre o espírito que eu não conseguia dormir. Eu sabia que a decisão final estava comigo e com meu companheiro de longa data, Cliff Barrows, diante de Deus. Por fim, diante de Deus de joelhos certa noite, eu disse: "Senhor, eu não sei o que é certo, mas pela fé eu vou dizer amanhã ao comitê organizador que nós vamos continuar aqui". Telefonei para Cliff e ele disse que Parecia que Deus estava lhe dizendo a mesma coisa.
Continuamos por mais dez semanas, e encerramos com uma reunião ao ar livre no Times Square, com 75000 pessoas enchendo até as ruas. O culto foi transmitido ao vivo, por rádio e televisão, a toda a nação, no horário nobre da noite. Se esta decisão não tivesse sido tomada com base no dom de fé do Espírito Santo, centenas de pessoas que hoje conhecem a Cristo talvez não O tivessem conhecido.
Eu tenho plena certeza que há ocasiões em nossa vida em que tomamos decisões com base na vontade de Deus, e o Espírito nos concede fé para fazermos o que Deus quer independente das conseqüências.

Discernimento de Espíritos

A palavra discernimento em 1 Coríntios 12:10 vem de um termo grego que compreende diversas idéias: ver, considerar, examinar, compreender, ouvir, julgar de perto.
No capítulo anterior eu disse que a Bíblia ensina que muitos falsos profetas e enganadores surgiriam dentro e fora da Igreja, mas que no fim dos tempos eles intensificariam suas atividades. Paulo disse: "O próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros da justiça" (2 Cor. 11:14, 15). Eu sei que centenas de líderes religiosos em todo o mundo não são Servos de Deus, mas do Anticristo. São lobos em pele de ovelha; são joio, e não trigo.
Espiritismo, ocultismo, adoração a Satanás e as atividades dos demônios têm aumentado rapidamente no mundo ocidental. Ensinos falsos (Paulo os chama de "ensinos de demônios" em 1 Tim. 4:1) acompanharam seu surgimento.
A grande pergunta é esta: Como podemos saber quais são verdadeiros e quais não são? É por isto que os crentes precisam do dom de discernimento, ou pelo menos respeito pela opinião dos que o têm. O apóstolo João disse: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João 4:1). Em outras palavras, os crentes devem testar os vários espíritos e doutrinas que existem hoje em dia, principalmente comparando-os com o padrão da Palavra de Deus, a Bíblia. Mas Deus dá a algumas pessoas capacidade extraordinária para discernir a verdade. Lemos em 1 Coríntios 12:10: "A outro (é dado) discernimento de espíritos."
Um homem chamado Joe Evans tinha este dom, na minha opinião. Eu sempre o chamava de "tio" Joe. Ele foi provavelmente o amigo mais íntimo de Dr. V. Raymond Edman, falecido presidente do Wheaton College. Muitas vezes nós três (às vezes com mais alguns integrantes da minha equipe) nos ajoelhamos por longos e gloriosos períodos de oração, quando éramos confrontados com desafios, oportunidades e problemas. Algumas vezes eu fui tentado em minha vida a mudar da evangelização para outra campo. Muitas vezes vieram ofertas através de um "anjo de luz". Eu precisava de discernimento. Como nem sempre eu mesmo o tinha, "tio" Joe era uma das pessoas a quem eu ia para me beneficiar do seu dom especial de discernimento. Eu procurava seu conselho e sua oração. É importante que compreendamos que uma pessoa com o dom do discernimento muitas vezes pode dizer a diferença entre o que é de Deus e o que não é. Pode reconhecer ensinos e mestres falsos – tem uma capacidade quase misteriosa para perceber hipocrisia, superficialidade, engano ou mentira.
Com certeza este foi o dom que fez com que Pedro reconhecesse a hipocrisia de Ananias e Safira. Viu também o que se passava no interior de Simão de Samaria, que dizia ser convertido e batizado no Espírito mas que se revelou como impostor (Atos 8:8 em diante). Paulo advertiu que "nos últimas tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Tim. 4:1).
A Escritura nos alerta constantemente que tudo que é religioso tem de ser avaliado com muito cuidado; até as igrejas às quais vamos têm de ser examinadas se são sadias na fé.

Socorros

O dom de "socorros" mencionado em 1 Coríntios 12:28 vem da palavra grega para auxiliar, ajudar.
Um exemplo do uso deste dom temos quando os apóstolos decidiram escolher diáconos para assumir os assuntos administrativos da igreja (Atos 6). Sua função principal era servir ás mesas e distribuir os auxílios aos pobres. Este dom possibilita a milhares de leigos ajudar a propagar o reino de Deus, aconselhando, orando, exercendo funções administrativas na igreja e em organizações paraeclesiásticas e testemunhando. Mas "socorros" também é serviço social, como ajudar os que são oprimidos por injustiça social, e cuidar de órfãos e viúvas. Significa preparar uma refeição para um vizinho doente, escrever uma carta de ânimo ou dividir o que temos com alguém que não tenha. Socorros é o dom de mostrar misericórdia. Inclui também a idéia de ajudar em algumas das atividades normais do serviço cristão, para que outros com outros dons posam estar livres para usá-los mais. "Se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que em todas as coisas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo" (1 Pedro 4:11).
Durante as minhas primeiras cruzadas eu tinha uma tendência de me envolver praticamente em todos os aspectos do ministério evangelístico. Ida obviamente exigia tanto de mim que eu quase sempre estava exausto. Eu me lembro da ocasião em que Dawson Trotman, a quem eu tinha pedido que fosse o organizador dos conselheiros, veio a mim uma noite. "Billy", ele disse, "você está se desgastando. Por que nós não trabalhamos como equipe? Deixe Cliff Barrows dirigir a parte de música, você prega, e confie o aconselhamento a mim e aos que eu treinei." Eu concordei em tentar. Esta foi uma das decisões mais significativas e proveitosas da minha vida. Comecei a entender pela primeira vez que Deus pode usar e usa outros para tomar conta de certos aspectos da evangelização tão eficientemente como poderia usar a mim, Cliff Barrows ou algum outro líder da nossa equipe. Isto mostra como Deus pode usar todos os dons para ajudar um ao outro; mas o dom de "socorros" é especial nisto.
Com o passar dos anos, estudando a Escritura, descobri que até nosso Senhor reuniu pessoas ao redor de Si, e uma vez os enviou a trabalhar de dois em dois. Marcos foi o ajudante de Paulo e Barnabé (Atos 12:25). Paulo viajava sempre com uma equipe, sem a qual nunca poderia ter feito seu trabalho com tanta eficiência. Geralmente no fim das cartas Paulo mencionava alguns destes ajudantes fiéis. Em Romanos a lista contém mais de vinte nomes, muitos de mulheres. Quando Paulo escreveu aos Filipenses, mencionou Epafrodito, "auxiliar nas minhas necessidades" (Filip. 2:25).
Enquanto eu escrevia este capítulo minha esposa Ruth e eu, junto com Grady e Wilma Wilson, éramos hóspedes do Sr. e Sra. Bill Mead, de Dallas, no Texas. Cada manhã tínhamos um estudo bíblico. Um dia Grady Wilson sugeriu que interrompêssemos nosso estudo e passássemos para o livro de Filemom. Eu achei isto estranho, mas nós fizemos sua vontade. Depois do estudo eu orei: "Obrigado, Senhor, por me dar uma ilustração perfeita de alguém que tinha o dom de socorros". O exemplo era Onésimo, o escravo. Paulo escreveu a Filemom, seu dono, e disse que Onésimo era "útil ... a mim" (Filem. 11).
Você tem este dom especial de "socorros"? Você pode ser um homem de negócios servindo fielmente na diretoria de alguma organização paraeclesiástica ou sociedade missionária. Ou trabalhar com alguma sociedade bíblica, ou ser administrador ou diácono de alguma igreja. Ou ser uma ocupada dona de casa e mãe. Ou ser um estudante.
Um parente meu, tio Bo, costumava gastar o sábado à tarde para limpar a pequena igreja de que era membro, no centro de Charlotte. Cortava a grama do jardim e aparava a sebe. Poucos notaram a ajuda que ele dava com tanto carinho. Isto era tudo que ele podia fazer. Não sabia pregar; não sabia ensinar; tinha dificuldade para orar em público; mas tinha o dom de socorros. E Deus o usou.

O Dom de Governos

Este dom tem seu nome de uma palavra grega que traz em si a idéia de guiar, pilotar, dirigir. Algumas traduções trazem "administrar" (1 Cor. 12:28). Algumas pessoas receberam o dom de liderança, que a Igreja reconhece. A Escritura ensina que as igrejas devem ser organizadas; precisam de uma liderança, seja ela profissional ou não. Cristo gastou mais que metade de seu temo com doze homens, fazendo deles líderes que continuassem Seu trabalho depois de Ele subir ao céu. Onde quer que os apóstolos fossem eles escolhiam líderes para as igrejas que fundavam. A Bíblia diz que Paulo e Barnabé "promovam em cada igreja a eleição de presbíteros" (Atos 14:23). Em I Timóteo 3:1-7 Paulo relaciona as qualificações que o "bispo" deve ter. Muitos acham que a palavra "bispo" seja equivalente a "pastor", com a idéia de supervisor, superintendente ou governador.
Algumas igrejas e assembléias tentam conduzir a obra do Senhor sem uma liderança fixa, mas eu acho que isto é praticamente impossível. Alguns grupos de cristãos não têm um líder ordenado, mas as reuniões são dirigidas com decência e ordem, e os outros trabalhos são executados. Existem os que exercem liderança, mesmo sem os títulos oficiais. Se este dom não é reconhecido o resultado é contusão, e isto me parece ser antibíblico, porque impede a atuação do Espírito Santo que deu a alguns o dom de governo. O autor do livro aos Hebreus foi a ponta de dizer: "Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles" (Heb. 13:17). Sem dúvida ele estava falando dos que tinham autoridade na Igreja.
Diversas vezes o Novo Testamento fala das qualificações que um líder deve ter. Ele não deve ser ditatorial, egoísta ou dogmático; tudo menos isto. Deve ser, isto sim, humilde, delicado, gentil, carinhoso e cheio de amor; às vezes deve agir com firmeza. Para isto ele precisa do dom de conhecimento, junto com o de sabedoria. Além disto tudo a idéia de liderança no Novo Testamento está decisivamente contra a noção de grande pompa e ostentação; pelo contrário, enfatiza as virtudes da humildade e do serviço.
O Senhor Jesus Cristo é o exemplo mais perfeito de governador ou líder. "Pais o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10:45). Ele se humilhou e foi servo (Filip. 2:7); lavou os pés dos discípulos e disse: "O servo não é maior do que seu senhor" (João 13:16). Dando o exemplo, Jesus nos diz que todo verdadeiro líder deve ser um auxiliador, um servo, até escravo. Somos exortados a sermos "servos uns dos outros, pelo amor" (Gál. 5:13). Isto é uma ordem, não uma sugestão, e se aplica com intensidade especial aos líderes.

Encerrando o Assunto

Deus não disse que a Igreja deveria navegar à deriva nos mares da incerteza, sem bússola, capitão ou tripulação. Pelo Seu Espírito Ele tomou providências quanto à atuação da Igreja na história, através dos dons do Espírito, e nos disse que devemos "procurar, com zelo, os melhores dons" (1 Cor. 12:31). Quer o Espírito nos dê um dom ou mais, o que importa são duas coisas: uma, reconhecer o ou os dons que Deus nos concedeu; outra, desenvolver estes dons e fazer tudo, humanamente falando, para aperfeiçoá-los enquanto os usamos. Quem tem o dom de profecia a cada ano de sua vida deverá saber melhor o seu papel. Quem temo dom de sabedoria ser no fim mais sábio que no começo.

Algum dia todos nós teremos de dar contas da maneira com que usamos os dons que Deus nos deu. De quem muito recebeu muito se exigirá. Usemos os nossos dons o mais possível, aguardando com expectativa o "muito bem, servo bom e fiel" ( Mat. 25:21) do Senhor, no julgamento dos santos.

Billy Grahan

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