No capítulo
anterior estudamos os dons que Paulo cita em Efésios 4. Neste capítulo
traçaremos algumas considerações sobre outros que ele menciona em 1 Coríntios
12 (alguns destes também aparecem em Romanos 12), a primeira lista de dons,
talvez a mais conhecida. Por causa da controvérsia que há em torno dos dons de
sinais (como o dom de línguas) veremos estes no próximo capítulo.
Observemos em
primeiro lugar que Paulo diz: "Ora, os dons do diversos, mas o Espírito é
o mesmo" (v. 4). Tudo que eu digo sobre os dons está baseado em uma
pressuposição decisiva: estes dons são sobrenaturais, dados pelo Espírito. O
cristão não pode produzi-los de nenhuma maneira. Isto não quer dizer que
devemos compreender os dons isolados da Palavra escrita de Deus, é claro.
Devemos estudar a Palavra e aplicá-la.
O Espírito
concede a algumas pessoas sabedoria, conhecimento, fé, etc., especiais, mas
isto não quer dizer que outros cristãos são infrutíferos. Não, estes dons espirituais são
geralmente formas mais elevadas das capacidades rudimentares que Deus dá a
todos os cristãos. O dom de sabedoria ilustra isto. Todos nós temos alguma
sabedoria espiritual, mas alguém com este dom tem sabedoria em um grau
especial. Por outro lado, eu creio que o dom de milagres ou de cura é do tipo
que o crente tem ou não tem. E Deus os dá a poucas pessoas, atitude que Ele
teve, pelo que me parece, através de toda a história da Igreja. De qualquer
maneira temos de ver de mais perto estes dois dons espirituais que Paulo menciona
em 1 Coríntios 12.
Nós podemos ter
três tipos de sabedoria. O primeiro tipo nós temos naturalmente. O segundo tipo
vem pelo aprendizado, por isso pode ser ensinado. Mas o tipo mais alto de
sabedoria vem diretamente de Deus e está ligado à atuação especial do Espírito
Santo. Ele é o manancial de toda a verdade, seja qual for a origem, mas Ele dá
aos crentes sabedoria de uma maneira singular – pela Escritura. E ainda dá um
dom ou capacidade especial de sabedoria para alguns.
Dr. Merrill C. Tenney, do Wheaton College,
define este dom como "a capacidade de tomar decisões corretas com base no
próprio conhecimento".
Isto nos leva
ao segundo dom, o dom de conhecimento, ou seja, familiaridade com informação
espiritual. Todos nós conhecemos crentes que sabem muitas coisas sobre Deus e
doutrina, mas que não sabem como aplicar a que sabem a situações práticas. Eu
tenho um amigo que tem a cabeça abarrotada de conhecimento bíblico, mas os
erros trágicos que ele comete quase destruíram seu ministério. Por isso os dons
de sabedoria e conhecimento devem andar juntos, ou seja, eles ilustram o fato
de que os que têm dons diversos devem colaborar uns com os outros.
Jesus cita um
caso em que um crente precisa dos dois dons. Ele diz: "Quando, pois, vos
levarem e vos entregarem, não vos preocupeis como que haveis de dizer, mas o
que vos for concedido naquela hora, isto falai; Porque não sois vós os que
falais, mas o Espírito Santo" (Marcos 13:11). Constantemente os discípulos
de Jesus tinham de se defender diante de multidões enfurecidas, governadores,
príncipes e reis; talvez o apóstolo Paulo tenha estado diante do próprio César.
Este conhecimento, dom do Espírito, esta baseado em longas horas de estudo
disciplinado, em que Deus nos ensina. Mas a capacidade de aplicar o que
aprendemos em situações de fato ultrapassa o estudo e vem diretamente do
Espírito Santo. Sabedoria é o dom do Espírito que nos mostra como usar o
conhecimento. Paulo se defendia usando os dois. Assim fazendo, ilustrava o que
Pedro diz: "... estanco sempre preparados para responder a todo aquele que
vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e
temor" (1 Pedro 3:15, 16).
Interessante é
que Pedro também disse que temos de "crescer na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18). Pela comunhão com
Deus nós adquirimos conhecimento e sabedoria mais altos da que os que o mundo
tem. E crentes que os tenham em grau maior podem ter certeza de que têm o dom
de conhecimento ou de sabedoria.
Todos nas
enfrentamos pressões, dúvidas e problemas para os quais não temos resposta,
humanamente falando. Uma equipe de 26 homens e mulheres capazes, pretos e
brancos, administra as finanças e o pessoal da nossa associação evangelística.
Desde o começo sempre tentamos ser muito escrupulosos com a nossa
administração. Sempre quando chegamos a um impasse em nossas reuniões de
diretoria quanto a prioridades, ou quando enfrentamos dificuldades financeiras
críticas, ou algum ataque injusto de alguém, então nos colocamos de joelhos e
pedimos por sabedoria. Repetidas vezes Ele nos deu respostas imediatas. Cada
grupo de crente precisa pelo menos de uma pessoa com este dom, para ajudar em
decisões práticas. Geralmente esta pessoa era a que tinha a orientação para a
decisão certa a tomar, depois de nós orarmos.
Fé
Fé vem de uma
palavra grega que significa fidelidade ou firmeza: "A outro, na mesmo
Espírito, fé" (1 Cor. 12:9). Nesta passagem o apóstolo Paulo admite a
existência de fé salvadora. A Escritura diz: "Pela graça sois salvos,
mediante a fé" (Efés. 2:8). Diz também que "andamos por fé, e não
pelo que vemos" (2 Cor. 5:7). Mas fé em 1 Cor. 12 é um dom especial que o
Espírito Santo dá como Lhe apraz.
Temos de
distinguir entre a graça da fé e o dom da fé. A graça da fé é quando nas cremos
que Deus fará tudo que
prometeu em Sua Palavra. Todos os cristãos têm esta fé. Quando não temos
fé nas promessas da Bíblia estamos pecando. Mas em nossa vida há muitas coisas
para as quais não há promessa específica na Palavra. Por isso acrescentamos
"se for da Tua vontade" quando oramos. Às vezes o Espírito Santo nos
concede o dom de fé para crermos em coisas sobre as quais a Bíblia silencia. Se
não temos este dom especial de fé não estamos pecando.
A vida de
George Muller, de Bristol, na Inglaterra, é um
exemplo clássico do dom de fé. Durante muitos anos ele cuidou de milhares de
órfãos, mas se recusava a pedir um único centavo, a quem quer que fosse. Ele
orava até o dinheiro chegar. Este é o dom de fé de que Jesus está falando em Mat.
17:20: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível."
Houve ocasiões
em meu ministério em que me parecia que eu era um homem de pouca fé, mas muitas
outras vezes o Espírito Santo me deu o dom especial de fé e me forçou a entrar
em situações aparentemente impossíveis, para as quais não havia promessas
específicas na Palavra de Deus.
Em 1957, por
exemplo, na nossa cruzada em Nova Iorque, o Madison Square Garden estava lotado todas as noites durante seis
semanas, e milhares se entregaram a Cristo. Mas apesar de estar planejado
encerrarmos no dia 20 de julho no Yankee Stadium, alguns de nós começaram a sentir que a cruzada
deveria continuar. Alguns sentiram que votar ao Madison Square Garden depois de estarmos
no Yankee Stadium seria
negativo; as pessoas perderiam o interesse, ainda mais que as férias estavam
começando.
Isto me pesou
tanto sobre o espírito que eu não conseguia dormir. Eu sabia que a decisão
final estava comigo e com meu companheiro de longa data, Cliff Barrows, diante de Deus. Por fim,
diante de Deus de joelhos certa noite, eu disse: "Senhor, eu não sei o que
é certo, mas pela fé eu vou dizer amanhã ao comitê organizador que nós vamos
continuar aqui". Telefonei para Cliff e ele disse que Parecia que Deus estava lhe dizendo a mesma
coisa.
Continuamos por
mais dez semanas, e encerramos com uma reunião ao ar livre no Times Square, com 75000 pessoas enchendo
até as ruas. O culto foi transmitido ao vivo, por rádio e televisão, a toda a
nação, no horário nobre da noite. Se esta decisão não tivesse sido tomada com
base no dom de fé do Espírito Santo, centenas de pessoas que hoje conhecem a
Cristo talvez não O tivessem conhecido.
Eu tenho plena
certeza que há ocasiões em nossa vida em que tomamos decisões com base na
vontade de Deus, e o Espírito nos concede fé para fazermos o que Deus quer
independente das conseqüências.
Discernimento
de Espíritos
A palavra
discernimento em 1 Coríntios 12:10 vem de um termo grego que compreende
diversas idéias: ver, considerar, examinar, compreender, ouvir, julgar de
perto.
No capítulo
anterior eu disse que a Bíblia ensina que muitos falsos profetas e enganadores
surgiriam dentro e fora da Igreja, mas que no fim dos tempos eles intensificariam
suas atividades. Paulo disse: "O próprio Satanás se transforma em anjo de
luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em
ministros da justiça" (2 Cor. 11:14, 15). Eu sei que centenas de líderes
religiosos em todo o mundo não são Servos de Deus, mas do Anticristo. São lobos
em pele de ovelha; são joio, e não trigo.
Espiritismo,
ocultismo, adoração a Satanás e as atividades dos demônios têm aumentado
rapidamente no mundo ocidental. Ensinos falsos (Paulo os chama de "ensinos
de demônios" em 1 Tim. 4:1) acompanharam seu surgimento.
A grande
pergunta é esta: Como podemos saber quais são verdadeiros e quais não são? É
por isto que os crentes precisam do dom de discernimento, ou pelo menos
respeito pela opinião dos que o têm. O apóstolo João disse: "Amados, não
deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João
4:1). Em outras palavras, os crentes devem testar os vários espíritos e
doutrinas que existem hoje em dia, principalmente comparando-os com o padrão da
Palavra de Deus, a Bíblia. Mas Deus dá a algumas pessoas capacidade
extraordinária para discernir a verdade. Lemos em 1 Coríntios 12:10: "A
outro (é dado) discernimento de espíritos."
Um homem
chamado Joe Evans tinha
este dom, na minha opinião. Eu sempre o chamava de "tio" Joe. Ele foi provavelmente o
amigo mais íntimo de Dr. V. Raymond
Edman, falecido presidente do Wheaton College. Muitas vezes nós três (às vezes com mais alguns
integrantes da minha equipe) nos ajoelhamos por longos e gloriosos períodos de
oração, quando éramos confrontados com desafios, oportunidades e problemas.
Algumas vezes eu fui tentado em minha vida a mudar da evangelização para outra
campo. Muitas vezes vieram ofertas através de um "anjo de luz". Eu
precisava de discernimento. Como nem sempre eu mesmo o tinha, "tio" Joe era uma das pessoas a
quem eu ia para me beneficiar do seu dom especial de discernimento. Eu
procurava seu conselho e sua oração. É importante que compreendamos que uma
pessoa com o dom do discernimento muitas vezes pode dizer a diferença entre o
que é de Deus e o que não é. Pode reconhecer ensinos e mestres falsos – tem uma
capacidade quase misteriosa para perceber hipocrisia, superficialidade, engano
ou mentira.
Com certeza
este foi o dom que fez com que Pedro reconhecesse a hipocrisia de Ananias e
Safira. Viu também o que se passava no interior de Simão de Samaria, que dizia
ser convertido e batizado no Espírito mas que se revelou como impostor (Atos
8:8 em diante). Paulo advertiu que "nos últimas tempos alguns apostatarão
da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1
Tim. 4:1).
A Escritura nos
alerta constantemente que tudo que é religioso tem de ser avaliado com muito
cuidado; até as igrejas às quais vamos têm de ser examinadas se são sadias na
fé.
Socorros
O dom de
"socorros" mencionado em 1 Coríntios 12:28 vem da palavra grega para
auxiliar, ajudar.
Um exemplo do
uso deste dom temos quando os apóstolos decidiram escolher diáconos para
assumir os assuntos administrativos da igreja (Atos 6). Sua função principal
era servir ás mesas e distribuir os auxílios aos pobres. Este dom possibilita a
milhares de leigos ajudar a propagar o reino de Deus, aconselhando, orando,
exercendo funções administrativas na igreja e em organizações paraeclesiásticas
e testemunhando. Mas "socorros" também é serviço social, como ajudar
os que são oprimidos por injustiça social, e cuidar de órfãos e viúvas.
Significa preparar uma refeição para um vizinho doente, escrever uma carta de
ânimo ou dividir o que temos com alguém que não tenha. Socorros é o dom de
mostrar misericórdia. Inclui também a idéia de ajudar em algumas das atividades
normais do serviço cristão, para que outros com outros dons posam estar livres
para usá-los mais. "Se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para
que em todas as coisas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo" (1
Pedro 4:11).
Durante as
minhas primeiras cruzadas eu tinha uma tendência de me envolver praticamente em
todos os aspectos do ministério evangelístico. Ida obviamente exigia tanto de
mim que eu quase sempre estava exausto. Eu me lembro da ocasião em que Dawson
Trotman, a quem eu tinha pedido que fosse o organizador dos conselheiros, veio
a mim uma noite. "Billy",
ele disse, "você está se desgastando. Por que nós não trabalhamos como
equipe? Deixe Cliff Barrows
dirigir a parte de música, você prega, e confie o aconselhamento a mim e aos
que eu treinei." Eu concordei em tentar. Esta foi uma das decisões mais
significativas e proveitosas da minha vida. Comecei a entender pela primeira
vez que Deus pode usar e usa outros para tomar conta de certos aspectos da
evangelização tão eficientemente como poderia usar a mim, Cliff Barrows ou algum outro líder da
nossa equipe. Isto mostra como Deus pode usar todos os dons para ajudar um ao
outro; mas o dom de "socorros" é especial nisto.
Com o passar
dos anos, estudando a Escritura, descobri que até nosso Senhor reuniu pessoas
ao redor de Si, e uma vez os enviou a trabalhar de dois em dois. Marcos foi o
ajudante de Paulo e Barnabé (Atos 12:25). Paulo viajava sempre com uma equipe,
sem a qual nunca poderia ter feito seu trabalho com tanta eficiência.
Geralmente no fim das cartas Paulo mencionava alguns destes ajudantes fiéis. Em
Romanos a lista contém mais de vinte nomes, muitos de mulheres. Quando Paulo
escreveu aos Filipenses, mencionou Epafrodito, "auxiliar nas minhas
necessidades" (Filip. 2:25).
Enquanto eu
escrevia este capítulo minha esposa Ruth e eu, junto com Grady e Wilma Wilson, éramos hóspedes do
Sr. e Sra. Bill Mead,
de Dallas, no Texas.
Cada manhã tínhamos um estudo bíblico. Um dia Grady Wilson sugeriu que
interrompêssemos nosso estudo e passássemos para o livro de Filemom. Eu achei isto
estranho, mas nós fizemos sua vontade. Depois do estudo eu orei:
"Obrigado, Senhor, por me dar uma ilustração perfeita de alguém que tinha
o dom de socorros". O exemplo era Onésimo, o escravo. Paulo escreveu a
Filemom, seu dono, e disse que Onésimo era "útil ... a mim" (Filem.
11).
Você tem este
dom especial de "socorros"? Você pode ser um homem de negócios
servindo fielmente na diretoria de alguma organização paraeclesiástica ou
sociedade missionária. Ou trabalhar com alguma sociedade bíblica, ou ser
administrador ou diácono de alguma igreja. Ou ser uma ocupada dona de casa e
mãe. Ou ser um estudante.
Um parente meu,
tio Bo, costumava
gastar o sábado à tarde para limpar a pequena igreja de que era membro, no
centro de Charlotte.
Cortava a grama do jardim e aparava a sebe. Poucos notaram a ajuda que ele dava
com tanto carinho. Isto era tudo que ele podia fazer. Não sabia pregar; não
sabia ensinar; tinha dificuldade para orar em público; mas tinha o dom de
socorros. E Deus o usou.
O Dom de
Governos
Este dom tem
seu nome de uma palavra grega que traz em si a idéia de guiar, pilotar,
dirigir. Algumas traduções trazem "administrar" (1 Cor. 12:28).
Algumas pessoas receberam o dom de liderança, que a Igreja reconhece. A
Escritura ensina que as igrejas devem ser organizadas; precisam de uma
liderança, seja ela profissional ou não. Cristo gastou mais que metade de seu
temo com doze homens, fazendo deles líderes que continuassem Seu trabalho
depois de Ele subir ao céu. Onde quer que os apóstolos fossem eles escolhiam
líderes para as igrejas que fundavam. A Bíblia diz que Paulo e Barnabé
"promovam em cada igreja a eleição de presbíteros" (Atos 14:23). Em I
Timóteo 3:1-7 Paulo relaciona as qualificações que o "bispo" deve
ter. Muitos acham que a palavra "bispo" seja equivalente a
"pastor", com a idéia de supervisor, superintendente ou governador.
Algumas igrejas
e assembléias tentam conduzir a obra do Senhor sem uma liderança fixa, mas eu
acho que isto é praticamente impossível. Alguns grupos de cristãos não têm um
líder ordenado, mas as reuniões são dirigidas com decência e ordem, e os outros trabalhos são
executados. Existem os que exercem liderança, mesmo sem os títulos
oficiais. Se este dom não é reconhecido o resultado é contusão, e isto me
parece ser antibíblico, porque impede a atuação do Espírito Santo que deu a
alguns o dom de governo. O autor do livro aos Hebreus foi a ponta de dizer:
"Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles" (Heb.
13:17). Sem dúvida ele estava falando dos que tinham autoridade na Igreja.
Diversas vezes
o Novo Testamento fala das qualificações que um líder deve ter. Ele não deve
ser ditatorial, egoísta ou dogmático; tudo menos isto. Deve ser, isto sim,
humilde, delicado, gentil, carinhoso e cheio de amor; às vezes deve agir com
firmeza. Para isto ele precisa do dom de conhecimento, junto com o de
sabedoria. Além disto tudo a idéia de liderança no Novo Testamento está
decisivamente contra a noção de grande pompa e ostentação; pelo contrário,
enfatiza as virtudes da humildade e do serviço.
O Senhor Jesus
Cristo é o exemplo mais perfeito de governador ou líder. "Pais o próprio
Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos" (Marcos 10:45). Ele se humilhou e foi servo (Filip.
2:7); lavou os pés dos discípulos e disse: "O servo não é maior do que seu
senhor" (João 13:16). Dando o exemplo, Jesus nos diz que todo verdadeiro
líder deve ser um auxiliador, um servo, até escravo. Somos exortados a sermos
"servos uns dos outros, pelo amor" (Gál. 5:13). Isto é uma ordem, não
uma sugestão, e se aplica com intensidade especial aos líderes.
Encerrando o Assunto
Deus não disse
que a Igreja deveria navegar à deriva nos mares da incerteza, sem bússola,
capitão ou tripulação. Pelo Seu Espírito Ele tomou providências quanto à
atuação da Igreja na história, através dos dons do Espírito, e nos disse que
devemos "procurar, com zelo, os melhores dons" (1 Cor. 12:31). Quer o
Espírito nos dê um dom ou mais, o que importa são duas coisas: uma, reconhecer
o ou os dons que Deus nos concedeu; outra, desenvolver estes dons e fazer tudo,
humanamente falando, para aperfeiçoá-los enquanto os usamos. Quem tem o dom de
profecia a cada ano de sua vida deverá saber melhor o seu papel. Quem temo dom
de sabedoria ser no fim mais sábio que no começo.
Algum dia todos
nós teremos de dar contas da maneira com que usamos os dons que Deus nos deu.
De quem muito recebeu muito se exigirá. Usemos os nossos dons o mais possível,
aguardando com expectativa o "muito bem, servo bom e fiel" ( Mat.
25:21) do Senhor, no julgamento dos santos.
Billy Grahan
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