Confiança em tempos de aflição, 24 de Abril
A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca Te louvará com alegres lábios, quando me lembrar de Ti na minha cama e meditar em Ti nas vigílias da noite. Salmos 63:5, 6.
Escrito por ocasião de longo período de doença e sofrimento, quando a autora se encontrava na Austrália. Muitas horas tenho passado em vigília e sofrimento, mas têm-me vindo à lembrança as preciosas promessas de Deus, tão vigorosas e com poder vivificante! O amado Salvador tem estado muito perto de mim, e apraz-me meditar no amor de Jesus. Sua terna compaixão, e as lições que ministrou aos discípulos, tornam-se claras e tão cheias de sentido que a pessoa como que se alimenta, do maná celestial. ... Quando o Senhor há por bem dizer: “Fica deitada pacientemente, e reflete!” e quando o Espírito Santo me traz à memória tantas coisas, inexpressivelmente preciosas, não sei que razão pudesse ter para me queixar. ... Lembro-me dos versos que muitas vezes me foram um conforto em minhas aflições: “Não vejo nem um passo à minha frente, Ao transpor de um novo ano o limiar, Mas o passado está na mão de Deus, E do futuro assim há de cuidar. O que de longe visto é tenebroso, É muita vez, de perto, esplendoroso. [122] “Melhor é não saber o que o futuro No seio traz, e nos lançar, confiantes, Aos braços poderosos, paternais, DAquele que, vigiando a todo instante, Nossa alma triste envolve em Seu amor, Fazendo-a repousar já sem temor. “No desconhecimento assim prossigo, E mesmo conhecer não me seduz; Prefiro andar com Deus em densa treva A andar sozinho, todo envolto em luz. Por fé andar com Ele sempre ao lado, Melhor do que por vista, mas culpado. “Meu coração receia a prova ardente Que pode o meu futuro revelar; No entanto sei: tristeza não virá Sem que o Senhor a torne em bem-estar; Assim a Ele as lágrimas confio, Pois ‘Ele o sabe!’ crente, balbucio.” — Manuscrito 40, 1892.
Ellen White
Nos Lugares Celestiais, Pag. 250
Nenhum comentário:
Postar um comentário