Estado Islâmico sequestrou 220 nas últimas 72 horas na Síria, diz ONG
Sequestros ocorreram no nordeste do país, perto da fronteira com o Iraque.
Reféns seriam, na maioria, mulheres e crianças.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) sequestraram 220 cristãos assírios na Síria, informou nesta quinta-feira (26) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Pelo menos 220 assírios foram sequestrados em 11 localidades pelo grupo Estado Islâmico nos últimos três dias na província de Hasake, nordeste da Síria, perto da fronteira com Iraque e Turquia", anunciou o OSDH.
No balanço anterior, o OSDH informava o sequestro de 90 cristãos pelo EI.
Na quarta-feira, Osama Edward, diretor da rede assíria dos direitos humanos com sede na Suécia, denunciou que quase 1.000 famílias, o que representa 5.000 pessoas, fugiram do nordeste da Síria desde segunda-feira para buscar refúgio nas cidades de Hasake e Qamichli.
Edward denunciou ainda o sequestro de entre 70 e 100 cristãos assírios, em sua maioria mulheres, crianças e idosos.
"Há negociações com o auxílio de mediadores de tribos árabes e de uma figura da comunidade assíria para obter a libertação dos reféns", destacou o OSDH.
O EI controla 10 vilarejos cristãos da região de Tall Tamer, de onde os moradores fogem de maneira desesperada.
A ponte de Tall Tamer é importante para chegar à fronteira iraquiana a partir da província de Aleppo, destacou Edward.
Quase 30.000 assírios, uma das comunidades convertidas ao cristianismo mais antigas, viviam na Síria, a maioria na região de Hasake, antes do início do conflito sírio em março de 2011.
Reação
O Conselho de Segurança da ONU condenou o sequestro de cristãos, o primeiro em grande escala na Síria.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o sequestro de cristãos, o primeiro em grande escala na Síria.
"Estes crimes mostram novamente a brutalidade do EI, que é responsável por milhares de crimes e violações contra pessoas de qualquer religião, etnia e nacionalidade", afirmou o Conselho de Segurança, que pediu "libertação imediata e sem condições" de todas as pessoas sequestradas pelo EI, mas também por outros grupos islamitas como a Frente Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda.
As ações do EI, que incluem decapitações, são crimes contra a humanidade, segundo ONU, que acusa o grupo de impor o terror nos territórios que controla.
Fonte - http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02
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