Petrolão, Hidrogel, Pelé e vida que segue…
Carlos NunesO final deste ano parece estar concentrado em alguns acontecimentos que vão norteando a agenda midiática e a nossa vida, posto que muitos de nós não ficamos imunes ao controle das redes, sejam elas sociais ou televisivas. Lembro-me de um famoso filme cujo título era 1984, cujo argumento era o controle exercido pelo governo, uma espécie de prenúncio dos dias em que vivemos. Aconselho assistir, se ainda tiver disponível em lojas do ramo.
Destes fatos, destaco três: o caso “Petrolão”, o caso “Hidrogel” e o caso “Pelé”. Cada um com seu viés, suas lições e seus contrapontos. É disto que trata esse artigo. Corrupção sistêmica é um mal mundial, mas brasileiro por excelência. O que, diga-se de passagem, já era uma chaga bíblica. Lembram-se do publicano Zaqueu, patrício dos judeus, mas cobrador de impostos devidos a Roma? No episódio de sua conversão ao evangelho, o próprio admite a necessidade de devolver quatro vezes mais o que havia defraudado! Digamos que os protagonistas do escândalo da pródiga Petrobras parecem ter inflacionado em progressão mais que geométrica o tamanho do rombo… O que me espanta, sinceramente, é constatar que o Brasil é mesmo muito rico, pois sangram-no dia após dia e ele sempre tem a dar.
Probidade, conduta ilibada, correção de atitudes, zelo, fidelidade a princípios… Todas são expressões sinônimas indicadas a eles e a nós. Faria bem ao povo de Deus aplicar-se em reproduzir a conduta de Cristo no trato com o bem alheio. Jesus abriu mão da riqueza do céu para oferecer-Se em nosso lugar. E seus seguidores bíblicos, notadamente Paulo, parecem ter entendido bem a linha fina da idoneidade. Em seu serviço cristão, a Bíblia nos conta que não costumava deitar-se no berço esplêndido dos favores, se não que costumava sobreviver do seu ofício aprendido em tempos anteriores: construtor de tendas. Lembremos que o petróleo segue sendo um recurso natural não renovável e que, por razão de lógica e consequência, o dinheiro dele deve extinguir-se também! Ainda bem que a graça segue sendo um recurso espiritual renovável. Ao menos até que Cristo volte… Mas, não esqueçamos, mesmo a graça é de graça, mas não é barata, dizia um teólogo alemão, pois custou o sangue de Cristo!
Por outro lado, Hidrogel passou a ser a substância mortal da ditadura feminina da beleza. Aplicam-se litros, inflam-se coxas, bumbuns e afins e o resultado pode ser uma infecção generalizada e mortal! E assim a banda toca, ditando regras estéticas e culturais à mulher brasileira… O que no fundo só reforça o estereótipo da mulher como bem de consumo exposto na prateleira da mídia. Se elas e nós soubéssemos que o verdadeiro valor é o “trajo interior do homem”, talvez livrássemos elas e nós dessa escravidão tão fluida como o Hidrogel e outras substâncias semelhantes. Intrometido no meio do contexto estético está o conceito de subcelebridade. Todas ou quase todas, turbinam-se para ganhar mídia, pois corpos sarados com Hidrogel produzem bons voyeurs por aí… Se elas e nós entendêssemos definitivamente que é possível ser muito mais do que uma subcelebridade efêmera, talvez priorizássemos o que realmente importa: servir a Cristo!
Por fim, o rei do futebol Edson Arantes do Nascimento vai morrer um dia. Enquanto isso, o mundo vela por sua plena recuperação agora em casa depois de duas semanas de internação hospitalar. O rei do futebol passa incólume por quatro décadas após ter abandonado os gramados, como um ícone.
Enquanto isso, o Rei dos reis e Senhor dos senhores permanece à margem de tantos em tantos lugares. Faria bem aos seus súditos, velar por seu retorno a essa Terra, amar e praticar seus princípios, compartilhar seus ensinos e tirar preciosas lições do que a nossa volta acontece… Enfim, reflexões de um tempo de vida em que pouco ou nada se tira do muito que se vê, ouve ou navega… Que se durma com um barulho desses, enquanto o Hidrogel e a corrupção não acabam. E que Pelé e seus súditos sejam amigos do Rei Jesus!
Carlos Nunes
Fonte - http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/carlos-nunes
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