COMUNIDADE MESSIÂNICA EM ISRAEL É CONDENADA PELA JUSTIÇA POR OBEDECER À BÍBLIA
Um Tribunal
distrital de Jerusalém rejeitou o recurso apresentado pela moshav de
judeus messiânicos Yad Hashmonah, condenando-a até a pagar uma
indenização de 15.000 dólares a duas lésbicas, por se recusar a realizar
uma recepção de "casamento" das duas mulheres nas suas instalações.
O juiz Moshe
Hacohen deliberou de acordo com a decisão anterior, segundo a qual, uma
vez que a pousada Yad Hasmonah é uma área hoteleira aberta ao público, a
comunidade não pode impôr a sua fé religiosa sobre indivíduos ou grupos
que queiram fazer uso das suas instalações.
"Não há
contradições neste caso" - alegou o juiz, acrescentando: "Yad Hashmonah
recusou permitir a recepção de casamento por as mulheres serem lésbicas.
Na sua apelação, a comunidade alega que tem autoridade para recusar a
recepção por causa das suas crenças. A maior parte dos membros da
comunidade são judeus messiânicos que fundamentam a sua fé em elementos
do judaísmo e do cristianismo evangélico, uma fé baseada nas Escrituras
hebraicas e no Novo Testamento como Palavra de Deus."
Na sua apelação,
Yad Hashmona alegou que "o estilo de vida destas lésbicas está em
absoluta contradição com as Escrituras hebraicas e com o Novo
Testamento. As leis que regulamentam a liberdade de religião devem
proteger-nos de permitirmos uma cerimónia no nosso jardim que está em
completa contradição com a nossa fé."
O Tribunal de
Jerusalém determinou no entanto que a recusa do Yad Hashmona em permitir
a celebração das lésbicas vai contra a lei que declara ser "proibido
agir de uma forma que se discriminem pessoas por serviços prestados ou
pelo acesso a lugares públicos." O juiz assinalou ainda que a sala de
reuniões da comunidade messiânica está completamente separada da casa de
hóspedes, e que é um espaço turístico secular.
Os advogados da
Yad Hashmonah recorreram da primeira instância, defendendo os princípios
e valores pelos quais se rege a comunidade messiânica, explicando que
os crentes messiânicos defendem com apego a importância do casamento
tradicional entre um homem e uma mulher.
O tribunal
concordou que os residentes de Yad Hashmonah têm todo o direito de
praticar a sua fé. No entanto, e visto estarem a administrar um negócio
regular e secular, é-lhes requerido aderirem à lei que proíbe a
discriminação com base na religião ou preferências sexuais. Se a Yad
Hashmonah quer abrir o seu negócio ao público em geral - determinou o
juiz - tem então de estar disponível para providenciar serviços até
mesmo a pessoas ou grupos que não se enquadram nos seus gostos ou
preferências.
Há muitas casas
de hóspedes e negócios em Israel que são pertença e geridos por
organizações messiânicas ou cristãs. Esta decisão do tribunal é um aviso
a todos os estabelecimentos orientados pela fé bíblica em todo o Israel
de que não poderão recusar o uso das suas facilidades, desde que
abertas ao público em geral.
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