Carta a um cristão ansioso
Caro Sr. Ansioso,
Olá amigo! Eu queria te agradecer por sua carta. Tenho que admitir, entretanto, que lamento saber de suas muitas e penosas ansiedades. Elas são uma carga que você não deveria carregar. Você não está sozinho. O mundo está cheio de gente ansiosa. Eu não me refiro às pessoas que estão ansiosas pelas coisas de Deus – pecado e tentação ou o estado de suas almas. Ah, se tivéssemos mais desse tipo de ansiedade e menos das preocupações mundanas! Não, nós nos preocupamos com todo tipo de coisas – dinheiro e saúde, casamento e filhos, escola e trabalho, reputação e aparência, hoje e amanhã; nos preocupamos com o que vamos comer, beber e vestir – e essa lista poderia continuar pra sempre. Em meu caso, preciso admitir, de vez em quando a ansiedade cobre a minha cabeça como uma sombra negra que parece quase impossível de escapar.
Ainda assim, Sr. Ansioso, creio fortemente que um cristão tem tanto direito de se preocupar quanto tem de roubar, mentir ou matar. Isso é, ele não tem esse direito – é ilegal! Ansiedade é descrença, é ser dominado pelas circunstâncias, é uma desconfiança das promessas de Deus. Nos preocupamos, e preocupação é pecado. A ordem é clara, “Não andeis ansiosos” (Mateus 6.25), e “Não andeis ansiosos de coisa alguma” (Filipenses 4.6). Entretanto, alguns cristãos parecem, ao menos pra mim, que são as pessoas mais ansiosas que eu já conheci. Não era pra ser assim! Não é a ansiedade quem paga as contas, nem é ela quem coloca comida na mesa. Preocupar-se não melhora sua saúde nem prolonga seus dias. Nem um pouquinho. Como o salmista disse, “Nas tuas mãos, estão os meus dias” (Salmo 31.15).
Voltando à sua situação, deixe-me oferecer alguns conselhos. A forma de derrotar a ansiedade não é simplesmente esperar até as coisas melhorarem, mas exercitar uma fé presente no Deus da promessa. Então, se me permite, aqui estão minhas recomendações:
Primeiro, lembre-se da grandeza de Deus. Num primeiro momento, isso pode não parecer uma resposta. Afinal, muito de nossa ansiedade vem de uma sensação de que Deus tem coisas melhores pra fazer do que se preocupar com os detalhes de minha vida. No entanto, a verdade é o oposto disso. O profeta uma vez perguntou “Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus?” E como Isaías responde? Ele diz “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento”. Veja só, Deus se preocupa com os detalhes da sua vida justamente porque ele é um grande Deus. E assim o salmista canta “Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá” (Salmo 55.22).
Segundo, lembre-se do cuidado de Deus. A natureza, como você sabe, nos ensina muitas coisas sobre Deus, “Os céus proclamam a glória de Deus” (Salmo 19.1). E como Jesus ensinou, a natureza nos mostra o cuidado de Deus. Ele cuida das aves dos céus, dos lírios e da erva do campo. “Porventura, não valeis vós”, Jesus perguntou “muito mais do que as aves?”. É quase uma pergunta absurda, e certamente só pode ter uma resposta: sim! Qual pai se preocupa mais em aparar a grama do quintal do que com seus filhos? Dessa forma o apóstolo Pedro escreveu “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5.6-7).
Terceiro, lembre-se do espírito da oração. Oração verdadeira, por sua própria natureza, é uma renúncia de si para Deus, “Seja feita a tua vontade na terra como é nos céus” (Mateus 6.10). E quando alguém consegue, pela fé, renunciar a si mesmo para Deus, simplesmente não há espaço para preocupação e ansiedade. Por essa razão o apóstolo Paulo disse “Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.5-7).
Sr. Ansioso, eu gostaria que você sempre se lembrasse desta grande verdade central – tudo o que diz respeito a um crente está nas mãos de Deus. Você não recebeu toda bênção espiritual em Cristo para então se preocupar e ter medo, ficando ansioso. Esta é uma carga que você não deveria carregar. Eu sei que o mundo vai rir disso. “Fé cega”, eles gritam! “Irracional”, dizem outros. Deixe-me lembrá-lo que a fé é um escudo, e nenhum soldado é zombado por trazer um escudo para a batalha. Que Deus lhe dê o que o mundo não pode dar.
Seu Bom Amigo,
Sr. Paz
Olá amigo! Eu queria te agradecer por sua carta. Tenho que admitir, entretanto, que lamento saber de suas muitas e penosas ansiedades. Elas são uma carga que você não deveria carregar. Você não está sozinho. O mundo está cheio de gente ansiosa. Eu não me refiro às pessoas que estão ansiosas pelas coisas de Deus – pecado e tentação ou o estado de suas almas. Ah, se tivéssemos mais desse tipo de ansiedade e menos das preocupações mundanas! Não, nós nos preocupamos com todo tipo de coisas – dinheiro e saúde, casamento e filhos, escola e trabalho, reputação e aparência, hoje e amanhã; nos preocupamos com o que vamos comer, beber e vestir – e essa lista poderia continuar pra sempre. Em meu caso, preciso admitir, de vez em quando a ansiedade cobre a minha cabeça como uma sombra negra que parece quase impossível de escapar.
Ainda assim, Sr. Ansioso, creio fortemente que um cristão tem tanto direito de se preocupar quanto tem de roubar, mentir ou matar. Isso é, ele não tem esse direito – é ilegal! Ansiedade é descrença, é ser dominado pelas circunstâncias, é uma desconfiança das promessas de Deus. Nos preocupamos, e preocupação é pecado. A ordem é clara, “Não andeis ansiosos” (Mateus 6.25), e “Não andeis ansiosos de coisa alguma” (Filipenses 4.6). Entretanto, alguns cristãos parecem, ao menos pra mim, que são as pessoas mais ansiosas que eu já conheci. Não era pra ser assim! Não é a ansiedade quem paga as contas, nem é ela quem coloca comida na mesa. Preocupar-se não melhora sua saúde nem prolonga seus dias. Nem um pouquinho. Como o salmista disse, “Nas tuas mãos, estão os meus dias” (Salmo 31.15).
Voltando à sua situação, deixe-me oferecer alguns conselhos. A forma de derrotar a ansiedade não é simplesmente esperar até as coisas melhorarem, mas exercitar uma fé presente no Deus da promessa. Então, se me permite, aqui estão minhas recomendações:
Primeiro, lembre-se da grandeza de Deus. Num primeiro momento, isso pode não parecer uma resposta. Afinal, muito de nossa ansiedade vem de uma sensação de que Deus tem coisas melhores pra fazer do que se preocupar com os detalhes de minha vida. No entanto, a verdade é o oposto disso. O profeta uma vez perguntou “Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus?” E como Isaías responde? Ele diz “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento”. Veja só, Deus se preocupa com os detalhes da sua vida justamente porque ele é um grande Deus. E assim o salmista canta “Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá” (Salmo 55.22).
Segundo, lembre-se do cuidado de Deus. A natureza, como você sabe, nos ensina muitas coisas sobre Deus, “Os céus proclamam a glória de Deus” (Salmo 19.1). E como Jesus ensinou, a natureza nos mostra o cuidado de Deus. Ele cuida das aves dos céus, dos lírios e da erva do campo. “Porventura, não valeis vós”, Jesus perguntou “muito mais do que as aves?”. É quase uma pergunta absurda, e certamente só pode ter uma resposta: sim! Qual pai se preocupa mais em aparar a grama do quintal do que com seus filhos? Dessa forma o apóstolo Pedro escreveu “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5.6-7).
Terceiro, lembre-se do espírito da oração. Oração verdadeira, por sua própria natureza, é uma renúncia de si para Deus, “Seja feita a tua vontade na terra como é nos céus” (Mateus 6.10). E quando alguém consegue, pela fé, renunciar a si mesmo para Deus, simplesmente não há espaço para preocupação e ansiedade. Por essa razão o apóstolo Paulo disse “Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.5-7).
Sr. Ansioso, eu gostaria que você sempre se lembrasse desta grande verdade central – tudo o que diz respeito a um crente está nas mãos de Deus. Você não recebeu toda bênção espiritual em Cristo para então se preocupar e ter medo, ficando ansioso. Esta é uma carga que você não deveria carregar. Eu sei que o mundo vai rir disso. “Fé cega”, eles gritam! “Irracional”, dizem outros. Deixe-me lembrá-lo que a fé é um escudo, e nenhum soldado é zombado por trazer um escudo para a batalha. Que Deus lhe dê o que o mundo não pode dar.
Seu Bom Amigo,
Sr. Paz
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