Mudança climática pode agravar pobreza, alerta Banco Mundial
Sem 'ação rápida', plantações podem secar; América Latina é área crítica.
Fenômenos climáticos extremos podem se tornar a 'nova norma' do futuro.
O aquecimento global poderá agravar "significativamente" a pobreza no
mundo, ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar de
"milhões" de pessoas - advertiu o Banco Mundial em relatório divulgado
neste domingo (23).
"Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento (...) e suas consequências
poderão agravar significativamente a pobreza em várias regiões do
globo", alerta a instituição, em um relatório.
'Nova norma'
Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje.
Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje.
Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os acontecimentos climáticos
"extremos" que aparecem, no pior dos casos, "uma vez por século",
poderão se transformar na "nova norma climática", afirma a instituição.
Brasil em risco
O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.
O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.
O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil,
enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia
pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do
Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.
Calor 'sem precedentes'
No caso de um aumento de 4ºC, até 80% das regiões do Oriente Médio e da América do Sul podem se ver afetadas por ondas de calor de uma amplitude "sem precedentes", acrescenta o informe.
No caso de um aumento de 4ºC, até 80% das regiões do Oriente Médio e da América do Sul podem se ver afetadas por ondas de calor de uma amplitude "sem precedentes", acrescenta o informe.
"As consequências para o desenvolvimento seriam graves, com uma queda
dos cultivos, um retrocesso dos recursos aquáticos, um aumento no nível
das águas e a vida de milhões de pessoas postas em perigo", enumerou o
Banco Mundial.
Fonte - eniojornalismo.blogspot.com.br/2014/11
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