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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dezenas de cristãos, incluindo mulheres e crianças, foram presos na Arábia Saudita após uma dica dada à força policial islâmica do Estado

 

Dezenas de cristãos, incluindo mulheres e crianças, foram presos na Arábia Saudita após uma dica dada à força policial islâmica do Estado

Matthew Blake para o MailOnline
A polícia islâmica na Arábia Saudita invadiu uma reunião de oração cristã e prendeu toda a sua congregação, incluindo mulheres e crianças, e confiscou suas bíblias, conforme reportagens.
O ataque foi o mais recente incidente de uma repressão drástica às minorias religiosas na Arábia Saudita realizada pela linha-dura do país executada pela Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício.
Sob fogo: o rei Abdullah tem sido amplamente criticado pela intolerância às minorias religiosas em seu país
Os 28 cristãos estavam em reunião de adoração na casa de um cidadão indiano na cidade oriental de Khafji, quando a polícia entrou no prédio e os levou presos. Desde então, ninguém mais viu ou soube nada deles, levantando preocupações entre os grupos de direitos humanos sobre onde estão eles.
Nina Shea, diretora do Centro para a Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, com sede em Washington, disse à agência FoxNews.com: “A Arábia Saudita continua a limpeza religiosa, que tem sido sempre a sua política oficial”.
“É o único Estado-Nação no mundo com a política oficial de proibir todas as igrejas”.
“Isso é imposto à força, embora existam mais de dois milhões de trabalhadores estrangeiros cristãos naquele país. As vítimas geralmalmente são pobres, de países asiáticos e africanos que tem governos fracos”.
Ativistas de direitos humanos estão pedindo agora que EUA usem a sua considerável influência na região para ajudar a garantir a libertação dos cristãos encarcerados.
Um porta-voz do governo saudita afirmou não ter conhecimento das prisões, de acordo com a Fox News.
Mas o jornal de língua Inglesa, The Saudi Gazette, bem como várias agências de notícias sauditas de língua árabe, noticiaram sobre as detenções.
O canal de notícias em língua árabe, Akhbar 24, disse que as prisões ocorreram depois que a polícia religiosa do Reino Saudita recebeu uma dica sobre uma igreja que estava sediada numa casa.
A reportagem também informou que “foram encontrados os ‘escritos distorcidos’ da Bíblia e instrumentos musicais, anotando seu encaminhamento para as instituições jurisdicionais”.
Pelo menos 3,5 milhões de cristãos vivem na região do Golfo Árabe, em sua maioria trabalhadores católicos da Índia e das Filipinas.
Na Arábia Saudita, berço do islamismo, é contra a lei os muçulmanos abandonarem a sua fé, uma prática conhecida como apostasia. O proselitismo para outras religiões ou praticá-las abertamente, também é ilegal.
Os juízes têm uma liberdade de ação considerável na forma de interpretar a lei islâmica do código da Sharia do Reino Saudita e não estão limitados por normas de condenação ou de um sistema de precedentes. Tanto a pena capital quanto os castigos corporais são legais.
No ano passado, o rei Abdullah, que tem promovido reformas limitadas desde que chegou ao trono em 2005, abriu um centro para o diálogo religioso, em Viena, Áustria, que atraiu críticas por causa de sua falta de liberdade religiosa da Arábia Saudita. Em 2008, patrocinou uma conferência inter-religiosa na Espanha.

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