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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

4 encorajamentos para o peregrino

 

Fonte - http://reforma21.org

 

4 encorajamentos para o peregrino

Conforme notamos no meu último texto, a intercessão é muitas vezes uma obra esquecida de Cristo em nossa salvação. Exploramos naquele texto o que Cristo faz como nosso intercessor. Hoje quero ver os encorajamentos que podemos ter por conhecer essa verdade. Como o escritor de Hebreus no diz, Cristo está “vivendo sempre para interceder” por nós (Hebreus 7.25).

Primeiro, temos muito conforto na verdade de que Cristo, como nosso Sumo Sacerdote, sempre vive para interceder por nós. Nunca somos esquecidos. No Antigo Testamento, a lei mosaica requeria que pedras fossem fixadas com outro nas ombreiras do sumo sacerdote. Uma no ombro direito e outra no ombro esquerdo. Nessas pedras eram gravados os nomes das tribos de Israel. A Bíblia chama essas duas pedras de “pedras de memória”. Quando o sumo sacerdote entrava no lugar santo vestindo suas vestes sacerdotais, Deus veria todas as tribos de Israel escritas nos ombros do sacerdote. Isso serviria para que Ele se lembrasse delas e tivesse misericórdia de Seu povo.
Meus amigos, Jesus Cristo – como nosso Sumo Sacerdote – está no Santo dos Santos e tem nossos nomes escritos nas palmas de Suas mãos. Estamos para sempre perante Sua face. Ele sempre se lembrará de nós. Em João 10, Ele diz “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas”. Podemos não ser capazes de vê-lo agora, mas isso não significa que ele não nos vê. Podemos não ouvir Sua voz audível dos céus agora, mas ele não está nada em silêncio. Ele está orando por você. E o que quer que Ele peça ao Pai, está garantido. Como Ele diz em João 11.42, “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves”. O Pai sempre o ouve, sua orações são sempre eficazes e ele está sempre orando por você. Ele é fiel e não deixará Seu posto. Você tem pecado, Ele sabe. Você tem problemas no casamento, Ele vê. Você parece não ser capaz de superar a morte de um ente querido, Ele ouve. Ele sempre está lá, clamando em seu favor, mostrando Suas marcas em seu favor. Ele é o seu intercessor. Ele é o seu Sumo Sacerdote. Isso deveria nos servir de muito conforto quando as dificuldades parecem demais, o pecado muito grande, a solidão muito presente ou as dúvidas muito reais. Há conforto em saber que Ele está intercedendo por nós.

Em segundo lugar, devemos obter muito consolo em saber que Cristo, como nosso Sumo Sacerdote, vive sempre a interceder por nós. Não há somente conforto, mas consolo. Ele não está apenas preocupado com nossas lutas terrenas, mas nosso julgamento eterno. Em Hebreus 7.25, imediatamente antes de dizer que Cristo sempre vive intercedendo por nós, há uma afirmação maravilhosa. O autor de Hebreus diz que Ele “também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus”. Se precisamos chegar a Deus, está implícito que estamos naturalmente distantes de Deus. Isso é o que Paulo diz em Efésios 2, “vós, que antes estáveis longe”. Sim, estávamos longe. Éramos pecadores, alienados, separados de Deus. Mas agora, como diz o autor de Hebreus, nós podemos nos achegar.
Podemos nos achegar a Deus. Nossos pecados foram expiados. Ele comparece à presença de Deus em nosso favor, nos diz o autor de Hebreus no capítulo nove. Ele está continuamente afirmando os méritos de Seu sangue, então eu não preciso temer qualquer condenação. Nenhuma. Eu amo aquele glorioso hino And Can It Be [Como pode ser?]. Considere as palavras da última estrofe: “Não temo mais condenação; a obra dEle foi em meu favor. Vivo nEle, o meu cabeça, coberto pela justiça divina”. Para finalizar, “Com ousadia me aproximo do trono eterno e recebo a coroa, que por meio de Cristo, é minha”. Com ousadia me aproximo do trono eterno. Sim, nós podemos nos aproximar por meio de Sua intercessão. Caro cristão, você não é um intruso, você não é um peso, uma imposição. Você é um filho com total acesso ao Pai, porque Cristo, nosso Sumo Sacerdote, permanece perante o trono de Deus. Que consolo nós temos!

Isso nos leva ao terceiro encorajamento, a confiança. Outra palavra, talvez mais útil, seja certeza. A realidade de que Cristo é nosso Sumo Sacerdote, vivendo sempre para interceder por nós nos deveria dar grande confiança, grande certeza. Ele vive para interceder por nós, então não só podemos viver sem medo, ansiedade ou sem se preocupar com condenação, julgamento, inferno, destruição ou morte, mas viveremos nesse estado de confiança para sempre. A passagem diz “[Ele] pode salvar totalmente” (Hebreus 7.25). A palavra “completamente” pode ser um qualitativo que significa que Ele é capaz de salvar “de forma completa, plenamente”. O que, óbvio, é verdade, mas no contexto está claro que o que está sendo dito é sobre o aspecto temporal. Ele é capaz de salvar totalmente, ou seja, para sempre. Ele não apenas te salvou, ele te salvou para sempre.
Cristo não é um sacerdote que morre e, assim, Sua intercessão cessa. Seu sacerdócio é eterno, logo, sua intercessão é eterna e, assim, nossa salvação é eterna. Você é dEle e Ele é seu. Nós nunca cairemos do céu. Nós nunca perderemos o favor do Senhor. Como João diz em 1 João 2.1, “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. Ele sempre estará lá. Ele nunca tira atestado médico, nunca fecha os olhos para dormir, nunca morre. Nossa salvação eterna está assegurada para sempre. Nada pode mudar isso. Nada. Nenhuma tentação, nenhuma tribulação, nenhum argumento, nada.

O quarto é a consumação. A verdade de que Cristo, como nosso Sumo Sacerdote, vive eternamente para interceder por nós deveria nos levar a esperarmos ansiosamente pela  consumação. Quando o sumo sacerdote entrava no santo dos santos, ele entrava como um representante.  E como um representante, ele não apenas tinha a comunhão com o próprio Deus para si mesmo, para em nome de todo o povo. Então quando Cristo, nosso Sumo Sacerdote, tem comunhão completa com Deus o Pai nos céus,  Ele está nos representando. Na verdade, estamos unidos a Ele de uma forma que é superior ao pacto que os sumos sacerdotes tinham com o povo de Israel. O que é dEle é nosso. Somos co-herdeiros com ele. E ele é a primícias dos ressurretos da morte. Ele habita com Deus unido àqueles que um dia também irão ressuscitar com ele.
Haverá um dia em que Cristo, nosso Sumo Sacerdote, nos conduzirá ao Pai não apenas em oração, mas será um dia em que veremos a consumação de Sua obra salvadora ao nos prostrarmos diante dEle, contemplando Sua glória e gozando de perfeita, doce e contínua comunhão com Deus para toda a eternidade. Você, caro santo, irá contemplar a glória de Deus. Você habitará com Ele. Não é só que você tem acesso irrestrito a Ele em oração nessa vida, mas um dia você terá acesso irrestrito para se aproximar de Seu trono com ousadia na carne glorificada, quando ressurgir do túmulo. Você será fisicamente recebido em Sua presença. Estará consumado. A presença dEle perante o Pai agora é uma garantia de que essa uma dia também será a nossa consumação.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

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