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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cristo, nosso intercessor


 

Fonte - http://reforma21.org/artigos 


Cristo, nosso intercessor



Eu cresci ouvindo Eagles, Boston, Chicago, Rolling Stones, James Taylor, Simon e Garfunkel e os Beatles. E, sempre que eu penso nos Beatles, fico um pouco triste pelo Beatle esquecido. Todo mundo conhece John Lennon e Paul McCartney. Sempre debatemos qual deles era mais essencial para a banda. Muitos conhecem Ringo Starr, principalmente por ser ele um indivíduo tão único. Mas quem é o quarto Beatle? A maior parte dos americanos não seria capaz de nomeá-lo. Saberiam o nome de Lennon, McCartney, talvez Ringo Starr, mas George Harrison muitas vezes é esquecido. Mas ele era parte essencial dos Beatles. Agora, se você me acompanhar no que pode parecer uma transição profana, a Intercessão de Cristo é meio que o George Harrison da obra de Cristo em nossa salvação. É muitas vezes uma parte esquecida de Sua obra redentiva. Nós corretamente focamos na encarnação, crucificação, ressurreição e ascensão. Nós sabemos o papel importante de cada um desses aspectos na nossa salvação, mas e a obra de Cristo como nosso intercessor? Estamos roubando de nós mesmos muito da vida e fé cristã quando não damos à intercessão de Cristo a atenção devida. Há muito conforto e encorajamento no entendimento de Cristo como nosso Supremo Sacerdote, que vive para interceder por nós.
Nos é dito em Hebreus 7.35 que “[Cristo] pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. O que é isso que Cristo faz como nosso intercessor? Interceder traz a ideia de uma oração fervorosa por alguém. Ele realiza isso primeiramente como nossa certeza perante a face de Deus. Ele se coloca como nossa garantia perante o trono de Deus Pai. Em Hebreus 9, nos é dito que “Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”. Conforme ele comparece perante o trono de Deus, assim temos o direito de estar na presença de Deus. Seu corpo glorificado na presença de Deus é uma oração viva por toda a eternidade para que a nossa salvação seja completa.
Cristo, em Sua intercessão, também serve como nosso advogado. Ele responde por todas as acusações levantadas contra Seu povo. Satanás e o pecado podem nos acusar perante Deus, e nossas consciências podem nos acusar a nós mesmos; mas Cristo, por sua intercessão, responde a todas essas acusações. Romanos 8.33-34 deixa isso claro quando questiona “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?”. A resposta é: ninguém, pois temos um que vive eternamente intercedendo por nós. Sua intercessão leva ao perdão daqueles que Ele comprou para sempre. E note que Ele é um advogado, não um orador; um orador usa retórica e floreios para persuadir o juiz a demonstrar misericórdia; mas um advogado fala ao juiz sobre a lei. Cristo, nosso Salvador ferido, pode dizer “Nada nem ninguém pode acusar esses que são meus, pois a lei já foi cumprida”.
Cristo como nosso intercessor também purifica e santifica nossas obras e orações. Eu consigo lembrar de, quando ainda um jovem cristão, me perguntava “como minhas obras podem agradar a Deus?”. Eu pensava “por que orar?”. Eu sabia que meus motivos nunca eram puros. Eu estava lutando com isso e levei essas questões ao meu pastor, que me disse “Jason, você não sabem? Você tem um Sumo Sacerdote em Jesus Cristo, que santifica suas obras e orações”. Pedro falava exatamente disse quando escreveu “vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2.5). Nossas ofertas são feitas por meio de Cristo. E Cristo, em Sua intercessão, as santifica, as purifica e as oferece ao Pai em nosso favor. Dessa forma gloriosa, elas são tornadas aceitáveis e agradáveis ao Pai.
Cristo, como nosso intercessor, também ora especificamente por nós. Podemos ver isso claramente em João 17, no que tem sido chamada de “a oração sacerdotal de Jesus”. Ele diz em sua oração “É por eles que eu rogo”. Quem são “eles”? Só os doze Apóstolos? Não, ele diz “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra”. Estes somos nós. Ele está orando por cada um de nós, aqueles que creram por meio da palavra. E Sua oração não é apenas uma oração genérica. Ele está orando especificamente por cada um de nós. Temos um exemplo claro disso quando Cristo diz a Pedro “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lucas 22). Ele sabia que da tentação e sabia o que iria atravessar, então orou especificamente por Pedro.
Tiago nos diz que “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5.16). E nós temos o homem perfeitamente justo, o homem de toda a justiça e retidão, orando especificamente por nós. Ele é nosso Intercessor. Ele vive eternamente para interceder por nós. Há muito conforto e encorajamento para o peregrino sofredor quando essa verdade é entendida.

Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
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