Sandro Alves
Às vezes tenho a
impressão de que todos nós estamos sendo espionados por inúmeros agentes que se
comunicam rapidamente entre si e que, quando percebem que estamos atrasados
para pagar uma conta ou fazer qualquer outra transação no caixa eletrônico,
todos se adiantam e chegam à agência, primeiro! Tenho certeza que você já
passou ou passará por isso!
Ao chegarmos ao
banco, o sentimento de angústia começa a tomar conta. Olhamos para todos os
lados na esperança de sermos os únicos a enxergar um caixa sem fila ou que
estava fora do e que acabou de começar a funcionar, mas a angústia toma conta
de vez, pois percebemos que em todas as filas existem pessoas com pelo menos
três contas para pagar além de tirarem o saldo e sacar o que lhes restar!
Pensamos, refletimos
e tentamos encontrar algum argumento que justifique deixarmos para o outro dia,
mas nada realmente nos convence de que vale a pena pagarmos uma multa ou
receber um telefonema de cobrança e, sendo assim, assumimos nosso lugar naquela
máquina de tortura chamada fila.
O tempo parece voar
enquanto a fila não anda. Ficamos contanto quantas pessoas estão à nossa frente
sempre que um abandona seu posto após concluir seus pagamentos. Faltam oito,
faltam sete, agora seis... Ai! Que desespero e... Quase meia hora depois, só
existe uma pessoa entre nós e a máquina que vai colocar fim em nossa tormenta
mas, neste momento, o “destino” começa a conspirar contra todas nossas
intenções: o cartão do oponente que está a nossa frente começa a dar erro de
leitura e a vontade que temos e de tomar o cartão da mão dele, mas o pouco bom
senso que ainda nos resta não nos permite tal ato desesperado. Enfim após ele
aprender o macete de como se coloca e tira o cartão, o menu aparece para ele,
mas o indivíduo, como que se quisesse implicar, não sabe a opção desejada e
resolve ler cada tela que aparece como se fosse um grande Best-seller.
O tempo continua
passando! Neste instante reconhecemos que se fossemos cardíacos, um infarto
fulminante já nos teria derrubado, mas uma luz nos brilha e a tela então
solicita a senha. A senha! Seis números que nos libertarão da tortura que nos
exaure, mas espere! A criatura, que segundo a Bíblia nós temos que amar, vai
procurar na bolsa os números de nossa liberdade e... Pra piorar... O tempo
expira e ela tem que começar tudo de novo! Não fossem os princípios cristãos...
Pagaríamos nossas contas na delegacia.
Você consegue
imaginar tal angústia? Agora se coloque no lugar de Jairo. Sua história está em
Marcos 5 a partir do verso 21.
Jairo não precisava
pagar uma conta no caixa eletrônico. Sua preocupação não eram juros ou
cobradores. Preocupava-se com sua filha que estava sendo reclamada pela morte
neste mundo cheio de pecado onde nada podemos fazer para evitá-la a não ser nos
jogarmos aos pés de Cristo, o único problema é que o pai aflito pela sua
pequenina ainda não sabia como lidar com o Criador do universo, pois, embora prostrar-se
diante do Senhor seja uma atitude muito importante, o angustiado homem veio ao
Filho do Deus vivo com seu projeto pronto e organizado para que o Nazareno
somente o executasse: “Venha até minha casa e imponha as mãos sobre ela”, foi o
que ele disse acreditando, ainda que inconsciente, que esta seria a única
maneira de salvar a pequenina, mas Cristo tinha que ensinar a Jairo que os Seus
caminhos não são os nossos (Isaías 55:8)
Consegue imaginar a
angustia de Jairo? Só existia uma solução para seu problema e era urgente!
Porém a fila era grande e uma multidão impedia que Cristo andasse rápido e o
então chefe da Sinagoga entrega-se ao desespero quando o Mestre interrompe sua
caminhada por que alguém, naquele alvoroço, o havia tocado (Marcos 5:30).
Coloque-se no lugar
deste homem! Sua filha estava morrendo e Jesus parou para conversar com uma
mulher que não necessita de mais nada, pois já estava curada e salva por sua fé
(v.34)!
Bem... Agora aparecem
na história alguns mensageiros que podem muito bem representar a cada um de nós.
Vejam o que eles dizem no verso 35 “Estando ele ainda falando, chegaram alguns
do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que
enfadas mais o Mestre?”
Esses homens realmente
acreditavam que existia um limite para a atuação de Deus na vida do ser humano,
mas Cristo tinha algo imensurável para ensinar a eles e a cada um de nós: O
nosso DEUS é o DEUS do IMPOSSÌVEL. Veja você mesmo como acabou a história:
E
Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas,
crê somente.
E não
permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago.
E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço, e os que
choravam muito e pranteavam. E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e
chorais? A menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele; porém ele,
tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele
estavam, e entrou onde a menina estava deitada. E, tomando a mão da menina,
disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te. E
logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se
com grande espanto. (Marcos 5:36-42)
Meu querido amigo e
irmão, eu não sei o que você tem passado, mas sei que já está na hora de você
parar de planejar uma solução e entregar todos os projetos de sua vida
integralmente ao Senhor. Tão somente esteja disposto a trabalhar e executar as
ordens que tem para você.
Peça ajuda ao Senhor
na execução de seus planos e Ele vai mostrar para você que o impossível, com
Ele, não existe.
Sandro Alves é corretor em Palmas e colaborador desse blog
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