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terça-feira, 6 de maio de 2014

REFLEXÕES SOBRE MEIAS-VERDADES E COMPLETAS MENTIRAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ



REFLEXÕES SOBRE MEIAS-VERDADES E COMPLETAS MENTIRAS



       A revista de circulação mundial A Sentinela, de 15/12/92, editada pela Sociedade Torre de Vigia, das ‘testemunhas de Jeová’, trouxe um artigo em destaque com o título “Por Que é Tão Fácil Mentir?” que apresenta alguns pontos muito bons e desperta séria reflexão. Na página 22 assim define a mentira:



   ‘1. uma falsa declaração ou ação, especialmente que seja feita com  intenção de enganar. . . 2. Qualquer coisa que dê ou tenha a intenção de causar uma falsa impressão’. A intenção é levar outros a crerem em algo que o mentiroso sabe não ser verdade. Por mentiras ou meias-verdades, ele se empenha em enganar aqueles que têm o direito de saber a verdade.



    Bem explanado, realmente. Mas, se uma meia-verdade equivale a uma mentira completa, isso sem dúvida se aplica a uma asserção com omissões, que poderia ser identificada por quem conhece todos os fatos como tendo “intenção de enganar” ou “causar uma falsa impressão”. Sendo assim, como fica a bem conhecida declaração em diferentes obras da literatura da Torre de Vigia (como em A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, págs. 90, 91), que com pequenas variações assim reza:  “Mais de 30 anos antes de 1914, as testemunhas de Jeová já diziam que esse seria um ano muito  significativo, de grandes mudanças, e os fatos confirmam que 1914 foi de fato um ano marcado?”

      De fato disseram isso. Todavia, que tipo de “ano marcado” seria esse? Para quê 1914 foi “marcado”, ou antecipado? Bem, essa é a parte que a liderança da organização das TTJ não exporá facilmente pois representa algo bastante embaraçoso. Realmente anteciparam 1914 por mais de 30 anos, mas como o ano que conheceria o fim da história humana, quando Russell (fundador da  organização) e  os  seus  seguidores  anunciavam  que seriam levados para o Céu, enquanto o resto da humanidade se encaminharia  para o colapso final. Foi ainda predito que a I Guerra Mundial, que eclodiu então, desembocaria no Armagedom. Isso pode ser confirmado no livro publicado por essa mesma sociedade intitulado Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!, págs. 130 e 131.

     Não sendo revelada a história completa junto com a reivindicação levantada, torna-se evidente àqueles que conhecem bem os fatos que a intenção por detrás de tal declaração parcial é de que o leitor seja induzido a ter o mais elevado conceito dessas pessoas, supostamente tão sábias e bem versadas nas profecias bíblicas a ponto de saberem, por seu estudo das Escrituras, que 1914 representaria um importante marco na história humana, com todas as suas impressionantes mudanças no campo político, econômico e social desde então. E mudanças de fato se deram, mas devido à eclosão da I Guerra Mundial naquele ano predita equivocadamente também como o início do Armagedom (ver Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus, págs. 267, 276), não por causa do esperado fim da história humana para então.

     O tal “ano marcado” pelas TTJ na verdade significou uma profecia fracassada dos líderes de sua organização Torre de Vigia—uma mais entre muitas outras, como apresentamos documentadamente nos vários capítulos desta obra.

     Assim, se uma meia-verdade equivale a uma completa mentira, não seria o caso de que os “historiadores” da STV estarem se empenhando numa grande farsa e agindo como completos mentirosos ao omitirem esse importante detalhe do que foi realmente antecipado com respeito a 1914 por seus pioneiros? A forma em que reconstroem sua história, não constitui inegavelmente uma distorção dos fatos? A Bíblia oferece um exemplo de como uma meia-verdade acarretou graves dificuldades: Abraão não contou a história toda de seu relacionamento com Sara e isso causou sérios problemas para ele e Abimeleque—Ver Gênesis, capítulo 20.

Fonte - O desafio da torre de Vigia pag. 29,30

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