Fonte - http://megaphoneadv.blogspot.com.br/
- Greve de motoristas fecha terminais de ônibus em SP
- Professores estaduais em MG entram em greve
Esse
é um assunto complexo, pois envolve pessoas e situações muito
diferentes, além de dor, sofrimento e injustiça. Todos têm o direito de
envolver-se em movimentos grevistas, especialmente se as condições de
trabalho ou de salário forem desfavoráveis, mas esta seria, realmente, a
melhor atitude para um cristão?
A
Bíblia não fala sobre greves, como as que conhecemos hoje. Ela
recomenda o amor como resposta à injustiça e a oração como instrumento
de justiça social (Mt 5:44; Lc 6:27). Nosso maior exemplo deve ser
Cristo que, numa época de profunda injustiça, não criou nenhum movimento
de libertação social, nem uma revolução política, muito menos um grupo
de ativistas. Por outro lado, criou um movimento baseado no amor,
levando as pessoas a Deus e prometendo, em troca, suprir todas as suas
necessidades (Mt 6:25-33). Quando lhe perguntaram: “É lícito pagar
tributo a César?”, Ele respondeu: “Dai, pois, a César o que é de
César...” (Mt 22:17-21). Ele ensinou que um cristão deve cumprir suas
obrigações legais até o ponto em que elas não entrem em choque com os
princípios do Céu. Caso contrário, deve deixar a justiça nas mãos de
Deus.
No tempo de Ellen White, as questões trabalhistas já eram objeto de
movimentos grevistas, e isso passou a gerar implicações de grande
alcance. Em face desse problema, ela escreveu:
“Em razão de monopólios, sindicatos e greves, as condições da vida nas
cidades estão-se tornando cada vez mais difíceis.” – A Ciência do Bom
Viver, pág. 364. “Essas cidades estão repletas de toda espécie de
iniquidade – com conflitos e assassínios e suicídios. Satanás está
nelas, controlando os homens em sua obra de destruição.” – Vida no
Campo, pág. 25. “Buscam os homens conseguir que os elementos empenhados
em diferentes profissões se filiem a certos sindicatos. Esse não é o
plano de Deus, mas de um poder que não devemos jamais reconhecer.”
–Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 115. “Os sindicatos trabalhistas
rapidamente se agitam e apelam à violência se suas reivindicações não
são atendidas. Mais e mais claro está se tornando que os habitantes do
mundo não estão em harmonia com Deus.” – Eventos Finais, pág. 23. “Os
sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo
de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo.” –Vida no
Campo, pág. 16. “Não devemos ter nada que ver com essas organizações.
Deus é o nosso Soberano, o nosso Governador” – Eventos Finais, pág. 116.
Nossa distância desses movimentos deve ficar clara. Como cristãos, temos
outros meios de promover justiça social. A qualidade de nosso trabalho e
a confiança na justiça divina são as melhores ferramentas para um
cristão. Nós não fazemos justiça com as próprias mãos. Além disso, temos
um Líder mais poderoso que os patrões humanos – nosso Deus, e um
instrumento de justiça social mais eficiente que as greves – a fé e a
oração. Não vamos ser injustos, ignorantes ou vítimas se nos mantivermos
distantes, mas vamos demonstrar equilíbrio, justiça e fé.
Os cristãos nunca deveriam ser conhecidos pela agitação, pelos atritos,
críticas ou espírito negativo que semeiam em seu ambiente de trabalho.
Devem ser reconhecidos, sim, pela qualidade de tudo que fazem, pelo amor
ao próximo e pela honestidade e fidelidade aos princípios bíblicos.
Esses valores mantêm empregos, criam o respeito dos chefes e promoção no
ambiente de trabalho, além de salários justos. Precisamos lembrar que o
testemunho é mais importante do que a reivindicação.
Nossa luta deve ser, sempre, no sentido de servir às pessoas, pois essa é
a razão de nossa existência como cristãos. O próprio Filho de Deus veio
para servir e não para ser servido (Mat. 20:28). O cristão está sempre
mais disposto a servir do que cobrar. Quando alguém é eficiente no que
faz e deixa os resultados nas mãos de Deus, faz a melhor escolha.
Se a greve, não depender de você, caso seja um movimento regional ou
nacionalmente articulado, continue cumprindo suas obrigações. Se for
impossível, por causa da violência ou outras ameaças, fique longe da
agitação, aguardando apenas o momento de retomar suas atividades. (IASD Jovem)
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