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Ellen White afirmou que havia escutado o dia e a hora da Segunda Vinda de Cristo?
O texto em que EGW se refere a data e hora da segunda vinda de Jesus, está no livro Primeiros Escritos, onde ela narra sua primeira visão. Esta visão se refere a difícil jornada do cristão até o momento da volta de Jesus. Quando ela menciona que Deus anuncia o dia e hora da volta da vinda de Jesus, ela está falando dos momentos derradeiros da história terrestre. Nesse período a situação do povo de Deus se tornará desesperadora diante da perseguição dos ímpios e Deus então consolará seu povo anunciando o dia e hora da volta de Jesus. Observe o texto:
“Se conservavam o
olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os
para a cidade, estavam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e
disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado
antes. Então Jesus os animava, levantando Seu glorioso braço direito, e
de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e eles
clamavam: “Aleluia!” Outros temerariamente negavam a existência da luz
atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. A luz
atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo
que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho
para baixo, no mundo tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus.
Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz,
ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao
declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto
brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na
descida do monte Sinai. Os 144.000 estavam todos selados e
perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: “Deus, Nova
Jerusalém”, e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de
Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios
enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a
fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e
eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás
conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos outros e
saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés. Logo
nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha
aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós
soubemos ser o sinal do Filho do homem.” (Primeiros Escritos, pp.14, 15 e
16)
Em mais dois trechos do livro ela se refere a esse anúncio de Deus:
“No tempo da
angústia fugimos todos das cidades e vilas, mas fomos perseguidos pelos
ímpios, os quais entraram nas casas dos santos com espada. Eles ergueram
a espada para matar-nos, mas esta quebrou-se, e caiu ao chão tão
impotente como palha. Então clamamos dia e noite por livramento, e o
clamor subiu até Deus. O Sol apareceu, a Lua permaneceu imóvel, as
correntes de água cessaram de fluir. Nuvens negras e pesadas se
acumularam e se chocavam umas contra as outras. Mas havia um espaço
claro de glória indescritível, de onde veio a voz de Deus como de muitas
águas, a qual fez estremecer os céus e a Terra. O céu se abria e se
fechava e estava em comoção. As montanhas se agitavam como uma cana ao
vento e rochas irregulares eram lançadas ao redor. O mar fervia como
uma panela e arremessava pedras sobre a Terra. E ao anunciar Deus o dia e a hora da volta de Jesus
e declarar o concerto eterno com Seu povo, Ele proferia uma sentença, e
então fazia uma pausa, enquanto as palavras reboavam através da Terra. O
Israel de Deus permanecia com os olhos fixos no alto, atento às
palavras que vinham da boca de Jeová e rolavam através da Terra como
trovoadas”. (Primeiros Escritos, p.34)
“O céu abria-se e
fechava-se, e estava em comoção. As montanhas tremiam como uma vara ao
vento, e lançavam por todos os lados pedras irregulares. O mar fervia
como uma panela e lançava pedras sobre a terra. E, falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus,
e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e
então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela Terra. O
Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para cima, ouvindo as
palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová e ressoavam pela Terra
como estrondos do mais forte trovão. Era terrivelmente solene. No fim de
cada sentença, os santos aclamavam: “Glória! Aleluia!” Seus rostos
iluminavam-se com a glória de Deus, e resplandeciam de glória como fazia
o de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para
eles por causa da glória. E, quando a interminável bênção foi
pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus santificando o Seu
sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e sua
imagem”. (Primeiros Escritos, pp.285-286)
Destes textos podemos concluir que
momentos antes da Segunda Vinda de Jesus, diante de comoções na natureza
e de acirrada perseguição dos ímpios, Deus revelará o dia e hora da
volta de seu Filho. Esse texto se harmoniza perfeitamente com o que foi
dito por Jesus “Porém, daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos
céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.” Mt 24.36.” Ellen White,
apesar de ter ouvido Deus fazer esse anúncio durante sua visão disse:
“Não tenho o mais
leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a
hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que
saí da visão”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 76.
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