Se você perguntasse para minha esposa, ela
lhe diria que eu sempre tenho cinco ou dez projetos diferentes em
andamento. Eu tenho uma capacidade de concentração curta, então eu faço
melhor e realizo mais quando posso trabalhar em algo por algumas horas
e, então, concentro minha mente em uma tarefa completamente diferente.
Concentrar em algo novo normalmente é tão bom quanto fazer uma pausa!
Ultimamente, muitas das minhas tarefas e projetos têm convergido para a Bíblia e, mais precisamente, a natureza da Palavra de Deus. Eu tenho pensado sobre a completa alteridade da Bíblia, o fato de ela ser tão diferente de qualquer outro livro. Então, parei para pensar: e se eu tivesse escrito minha própria bíblia? Como ela seria diferente? Como uma pessoa simples e pecadora como eu lidaria com a tarefa de escrever um padrão de fé e prática que devesse transcender todos os tempos, contextos e culturas?
Se eu escrevesse a Bíblia…
…haveria mais regras. Muito mais. Naqueles momentos em que quero fazer as coisas do meu jeito, ou quando eu sei a coisa certa a fazer, naturalmente gravito em torno das regras. Como não há jeito mais fácil de fazer as pessoas obedecerem minha vontade que dar-lhes regras, minha bíblia certamente seria dominada por uma lista de regras para governar simplesmente toda circunstância possível. Eu imagino que isso a transformaria em um livro muito maior, mas seria o preço a pagar.
…haveria muito menos graça. Haveria muito menos espaço para liberdade. Onde Deus nos dá muita abertura para nossas preferências pessoais, eu elevaria minhas preferências e negaria a diversidade em favor de uma uniformidade clara. Eu veria menos beleza na diversidade e muito mais beleza na conformidade.
…haveria um pouco menos de gêneros literários. Algo que continuo a achar surpreendente na Bíblia é como ela sempre muda de estilos, indo de histórias para profecias, passando por poesia, apocalipse e epístolas. Seria improvável que eu considerasse algo como a poesia de Cantares de Salomão ou o apelo pessoal de Filemon. Novamente, minha bíblia seria dominada pelo novo gênero “Lista de Regras”.
…haveria muito mais explicação. Uma coisa que as pessoas consideram desconcertante quando leem a Bíblia são aquelas áreas em que Deus escolhe não explicar-se. Como ele pôde sancionar massacres de cidades inteiras? Como ele pôde permitir que Satanás fizesse o que fez com Jó? Como ele pôde permitir que a serpente entrasse no jardim muitos anos atrás? E como responsabilidade humana e soberania divina funcionam juntas? Por causa da minha reputaçãoo, e temendo a frustração ou mesmo a zombaria do leitor, eu acharia necessário dar essas respostas.
….haveria muito menos coisas desconfortáveis. Se eu escrevesse uma bíblia, acho que deixaria de fora um monte de coisas que Deus achou apropriado incluir. Definitivamente, eu deixaria de fora aquela história brutalmente trágica de Juízes 19, onde uma mulher é estuprada e desmembrada. Provavelmente, eu deixaria de fora a parte sobre Davi deixando uma pilha de prepúcios filisteus aos pés de Saul. Preocupando-me com minha reputação e por temor do homem, eu higienizaria minha bíblia.
….haveria uma imensa seção de Perguntas Frequentes (FAQ). Sabe aquela parte no final das Bíblias de estudo com todos os artigos e ensaios? Eu precisaria ter pelo menos um espaço desse tamanho para uma seção de Perguntas Frequentes porque sentiria necessidade de fornecer uma resposta clara para cada questão que as pessoas disputassem. Os dons miraculosos continuam ou cessaram? Com certeza, eu responderia isso. No que deveríamos crer sobre os tempos e as circunstâncias do retorno de Cristo? Eu responderia isso. Devemos batizar crianças ou crentes? Sim, essa também.
…o cânon não seria fechado. Se eu escrevesse uma bíblia, seria um trabalho em progresso. Eu nunca fecharia o cânon e o consideraria completo e perfeito porque estou sempre aprendendo, crescendo e mudando de ideia. O que eu considerasse bonito em um estágio da vida, consideraria ridículo no próximo. Seja qual for a bíblia que escrevesse, eu precisaria mantê-la em aberto para que pudesse adaptá-la sempre que desejasse.
Eu suponho que poderia continuar nisso o dia todo. Eu não irei. Examinar a Bíblia que Deus nos deu e considerar como eu escreveria a minha deixa algo claro: nenhum humano jamais escreveria a Bíblia. Não essa Bíblia. O Livro de Mórmon ou o Corão – estes eu poderia escrever e entendo completamente como e por que um humano os escreveu. Mas a Bíblia? De jeito nenhum.
Enquanto todas as outras escrituras são auto-refutáveis, a Bíblia é auto-autenticável. Enquanto essas falsas bíblias são tão humanas, a Palavra de Deus é tão divina, tão diferente. E se nenhum homem poderia escrevê-la, a única explicação racional é que ela deve ter sido escrita por Deus.
Ultimamente, muitas das minhas tarefas e projetos têm convergido para a Bíblia e, mais precisamente, a natureza da Palavra de Deus. Eu tenho pensado sobre a completa alteridade da Bíblia, o fato de ela ser tão diferente de qualquer outro livro. Então, parei para pensar: e se eu tivesse escrito minha própria bíblia? Como ela seria diferente? Como uma pessoa simples e pecadora como eu lidaria com a tarefa de escrever um padrão de fé e prática que devesse transcender todos os tempos, contextos e culturas?
Se eu escrevesse a Bíblia…
…haveria mais regras. Muito mais. Naqueles momentos em que quero fazer as coisas do meu jeito, ou quando eu sei a coisa certa a fazer, naturalmente gravito em torno das regras. Como não há jeito mais fácil de fazer as pessoas obedecerem minha vontade que dar-lhes regras, minha bíblia certamente seria dominada por uma lista de regras para governar simplesmente toda circunstância possível. Eu imagino que isso a transformaria em um livro muito maior, mas seria o preço a pagar.
…haveria muito menos graça. Haveria muito menos espaço para liberdade. Onde Deus nos dá muita abertura para nossas preferências pessoais, eu elevaria minhas preferências e negaria a diversidade em favor de uma uniformidade clara. Eu veria menos beleza na diversidade e muito mais beleza na conformidade.
…haveria um pouco menos de gêneros literários. Algo que continuo a achar surpreendente na Bíblia é como ela sempre muda de estilos, indo de histórias para profecias, passando por poesia, apocalipse e epístolas. Seria improvável que eu considerasse algo como a poesia de Cantares de Salomão ou o apelo pessoal de Filemon. Novamente, minha bíblia seria dominada pelo novo gênero “Lista de Regras”.
…haveria muito mais explicação. Uma coisa que as pessoas consideram desconcertante quando leem a Bíblia são aquelas áreas em que Deus escolhe não explicar-se. Como ele pôde sancionar massacres de cidades inteiras? Como ele pôde permitir que Satanás fizesse o que fez com Jó? Como ele pôde permitir que a serpente entrasse no jardim muitos anos atrás? E como responsabilidade humana e soberania divina funcionam juntas? Por causa da minha reputaçãoo, e temendo a frustração ou mesmo a zombaria do leitor, eu acharia necessário dar essas respostas.
….haveria muito menos coisas desconfortáveis. Se eu escrevesse uma bíblia, acho que deixaria de fora um monte de coisas que Deus achou apropriado incluir. Definitivamente, eu deixaria de fora aquela história brutalmente trágica de Juízes 19, onde uma mulher é estuprada e desmembrada. Provavelmente, eu deixaria de fora a parte sobre Davi deixando uma pilha de prepúcios filisteus aos pés de Saul. Preocupando-me com minha reputação e por temor do homem, eu higienizaria minha bíblia.
….haveria uma imensa seção de Perguntas Frequentes (FAQ). Sabe aquela parte no final das Bíblias de estudo com todos os artigos e ensaios? Eu precisaria ter pelo menos um espaço desse tamanho para uma seção de Perguntas Frequentes porque sentiria necessidade de fornecer uma resposta clara para cada questão que as pessoas disputassem. Os dons miraculosos continuam ou cessaram? Com certeza, eu responderia isso. No que deveríamos crer sobre os tempos e as circunstâncias do retorno de Cristo? Eu responderia isso. Devemos batizar crianças ou crentes? Sim, essa também.
…o cânon não seria fechado. Se eu escrevesse uma bíblia, seria um trabalho em progresso. Eu nunca fecharia o cânon e o consideraria completo e perfeito porque estou sempre aprendendo, crescendo e mudando de ideia. O que eu considerasse bonito em um estágio da vida, consideraria ridículo no próximo. Seja qual for a bíblia que escrevesse, eu precisaria mantê-la em aberto para que pudesse adaptá-la sempre que desejasse.
Eu suponho que poderia continuar nisso o dia todo. Eu não irei. Examinar a Bíblia que Deus nos deu e considerar como eu escreveria a minha deixa algo claro: nenhum humano jamais escreveria a Bíblia. Não essa Bíblia. O Livro de Mórmon ou o Corão – estes eu poderia escrever e entendo completamente como e por que um humano os escreveu. Mas a Bíblia? De jeito nenhum.
Enquanto todas as outras escrituras são auto-refutáveis, a Bíblia é auto-autenticável. Enquanto essas falsas bíblias são tão humanas, a Palavra de Deus é tão divina, tão diferente. E se nenhum homem poderia escrevê-la, a única explicação racional é que ela deve ter sido escrita por Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário