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Dani Alves, a Banana e a Posição da Igreja Adventista Sobre o Racismo
Um fato inusitado marcou a vitória do Barcelona sobre o Villarreal, de virada, por 3 a 2, neste domingo. Aos 30 minutos do segundo tempo, um torcedor jogou uma banana no campo, numa suposta atitude racista. O lateral-direito brasileiro Daniel Alves caminhou até lá, pegou a fruta e comeu. O jogo foi em Villarreal.
No começo da noite, Neymar se manifestou em sua conta no Instagram, postando uma foto do momento em que Daniel Alves comia a banana:
"Tomaaaaa bando de racistas. #Somostodosmacacos e daí?", escreveu.
"A forma de me expressar para ajudar que um dia isso acabe de uma vez
por todas, é fazer como o @danid2ois fez hj !! Se vc pensa assim também,
tire uma foto comendo uma banana e vamos usar o que eles tem contra a
gente a nosso favor".
Em sua conta no Instagram, Daniel Alves também comentou o assunto,
mostrando bom humor. "Meu pai sempre me falava: filho come banana que
evita cãibra rsrs, como adivinharam isso? hahaha".
Em entrevista ao jornal Marca, o lateral mostrou estar acostumado com a
situação: "Não vamos mudar, convivo há 11 anos com a mesma coisa na
Espanha e temos que rir desses atrasados."
Não foi a primeira vez que um torcedor jogou banana em campo em jogos do
Barcelona. No dia 30 de março, uma casca de banana foi atirada no
gramado do estádio Cornella El Prat, do Espanyol, na vitória do
Barcelona sobre time da casa por 1 a 0. Parte da imprensa espanhola
noticiou, na época, que os alvos teriam sido Neymar e Daniel Alves.
Os dois brasileiros teriam sido vítimas de pequena parcela de torcedores
do Espanyol, com imitações de sons de macacos a cada vez que pegavam na
bola. Sobretudo Neymar. Os dois jogadores preferiram não se manifestar.
Tampouco o Barcelona.
Agressão do tipo a negros, inclusive brasileiros, no futebol europeu são
recorrentes. O próprio Daniel Alves já foi chamado de “macaco” em um
jogo do Barcelona contra o Real Madrid.
A menos de dois meses da Copa, o assunto assusta a Fifa, que fará no
Mundial do Brasil uma campanha contra o racismo no esporte. Nos quatro
jogos das quartas de final, os capitães das equipes vão ler, antes das
partidas, uma declaração de repúdio à discriminação. (Globo)
Posição da Igreja Adventista Sobre o Racismo
Um dos males mais odiosos dos nossos dias e
o racismo, a crença ou prática que vê ou trata certos grupos étnicos
como inferiores e, portanto, objetos de dominação, discriminação e
segregação.
Embora o pecado do racismo seja um
fenômeno antiquíssimo baseado na ignorância, no medo, na alienação e no
falso orgulho, algumas das suas mais hediondas manifestações têm
ocorrido em nosso tempo. O racismo e os preconceitos irracionais operam
em um circulo vicioso.
O racismo está entre os piores dos
arraigados preconceitos que caracterizam seres humanos pecaminosos. Suas
conseqüências são geralmente devastadoras, porque o racismo facilmente
torna-se permanentemente institucionalizado e legalizado. Em suas
manifestações extremas, ele pode levar à perseguição sistemática e mesmo
ao genocídio.
A Igreja Adventista condena todas as
formas de racismo, inclusive a atuação política do apartheid, com sua
segregação forçada e discriminação legalizada.
Os adventistas querem ser fiéis ao
ministério reconciliador designado à igreja cristã. Como uma comunidade
mundial de fé, a Igreja Adventista deseja testemunhar e exibir em suas
próprias fileiras a unidade e o amor que transcendem as diferenças
raciais e sobrepujam a alienação do passado entre os povos.
As Escrituras ensinam claramente que todas
as pessoas foram criadas à imagem de Deus, que “de um só fez toda a
geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra” (Atos
17:26). A discriminação racial é uma ofensa contra seres humanos iguais,
que foram criados à imagem de Deus. Em Cristo, “não há judeu nem grego”
(Gál. 3:28). Portanto, o racismo é realmente uma heresia e em essência
uma forma de idolatria, pois limita a paternidade de Deus, negando a
irmandade de toda a espécie humana e exaltando a superioridade racial de
alguém.
A norma para os adventistas está
reconhecida na Crença Fundamental no 14 da Igreja, “Unidade no Corpo de
Cristo”, baseada na Bíblia. Ali é salientado: “Em Cristo somos uma nova
criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre
altos e baixos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo
de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só
Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos
servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição.”
Qualquer outra abordagem destrói o âmago do evangelho cristão.
Esta declaração foi liberada por
Neal C. Wilson, então presidente da Associação Geral, após consulta com
os 16 vice-presidentes mundiais da Igreja Adventista, em 27 de junho de
1985, durante a assembléia da Associação Geral realizada em Nova
Orleans, Louisiana.
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