Racismo na Libertadores - Veja a Posição da Igreja Adventista
O
volante Tinga, do Cruzeiro, foi alvo de gestos racistas por parte da
torcida do Real Garcilaso na noite desta quarta-feira, na derrota do
time mineiro por 2 a 1 no Peru em sua estreia na Libertadores. O jogador
entrou em campo no segundo tempo e, sempre quando pegava na bola, era
hostilizado pelos torcedores, que faziam gestos e sons imitando macacos.
Ao fim da partida, o volante lamentou a situação. "A gente fica muito
chateado, a gente tenta competir, mas fica chateado de acontecer isso em
2014, próximo da gente. Infelizmente aconteceu, eu joguei alguns anos
da minha vida na Alemanha e nunca aconteceu isso e acontece aqui, e um
país tão próximo, cheio de mistura", disse o volante, em entrevista à TV
Globo Minas.
O meio-campista ainda disse que trocaria todos os títulos de sua
carreira para vencer a batalha contra o preconceito. "Eu queria, se
pudesse, não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito,
trocava todos os meus títulos pela igualdade em todas as áreas",
ressaltou Tinga.
Pelo Twitter da Libertadores, a Conmebol informou que se manifestará a
respeito do incidente e avaliará uma possível punição. A entidade pediu
calma ao Cruzeiro e considerou repudiante a atitude dos torcedores
peruanos.
Posição da Igreja Adventista Sobre o Racismo
Um dos males mais odiosos dos nossos dias e o racismo, a crença ou
prática que vê ou trata certos grupos étnicos como inferiores e,
portanto, objetos de dominação, discriminação e segregação.
Embora
o pecado do racismo seja um fenômeno antiquíssimo baseado na
ignorância, no medo, na alienação e no falso orgulho, algumas das suas
mais hediondas manifestações têm ocorrido em nosso tempo. O racismo e os
preconceitos irracionais operam em um circulo vicioso.
O racismo está entre os piores dos arraigados preconceitos que
caracterizam seres humanos pecaminosos. Suas conseqüências são
geralmente devastadoras, porque o racismo facilmente torna-se
permanentemente institucionalizado e legalizado. Em suas manifestações
extremas, ele pode levar à perseguição sistemática e mesmo ao genocídio.
A Igreja Adventista condena todas as formas de racismo, inclusive a
atuação política do apartheid, com sua segregação forçada e
discriminação legalizada.
Os adventistas querem ser fiéis ao ministério reconciliador designado à
igreja cristã. Como uma comunidade mundial de fé, a Igreja Adventista
deseja testemunhar e exibir em suas próprias fileiras a unidade e o amor
que transcendem as diferenças raciais e sobrepujam a alienação do
passado entre os povos.
As Escrituras ensinam claramente que todas as pessoas foram criadas à
imagem de Deus, que “de um só fez toda a geração dos homens, para
habitar sobre toda a face da Terra” (Atos 17:26). A discriminação racial
é uma ofensa contra seres humanos iguais, que foram criados à imagem de
Deus. Em Cristo, “não há judeu nem grego” (Gál. 3:28). Portanto, o
racismo é realmente uma heresia e em essência uma forma de idolatria,
pois limita a paternidade de Deus, negando a irmandade de toda a espécie
humana e exaltando a superioridade racial de alguém.
A norma para os adventistas está reconhecida na Crença Fundamental no 14
da Igreja, “Unidade no Corpo de Cristo”, baseada na Bíblia. Ali é
salientado: “Em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça,
cultura e nacionalidade, e diferenças entre altos e baixos, ricos e
pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós.
Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa
comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem
parcialidade ou restrição.”
Qualquer outra abordagem destrói o âmago do evangelho cristão.
Esta declaração foi liberada por Neal C. Wilson, então presidente
da Associação Geral, após consulta com os 16 vice-presidentes mundiais
da Igreja Adventista, em 27 de junho de 1985, durante a assembléia da
Associação Geral realizada em Nova Orleans, Louisiana.
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