Fonte - http://www.sidneyrezende.com/noticia
Os últimos dias têm sido de intensa violência entre milícias cristãs e muçulmanas na República Centro-Africana. O país, cuja população majoritária é cristã, era governado até este último domingo, 12, pelo líder muçulmano Michel Djotodia.
A briga entre milícias religiosas vem ocorrendo desde dezembro e já deixou pelo menos mil mortos. Um desses atos violentos chegou a culminar em canibalismo: um muçulmano teve seus braços e pernas arrancados por um militante cristão. Logo em seguida, um dos homens na multidão comeu a carne da vítima.
O canibal, que é apelidado de "Cachorro Louco", admitiu ter cometido o ato. Em entrevista à equipe da "BBC", o cristão disse que muçulmanos haviam assassinado familiares seus, inclusive sua esposa, cunhada e sobrinha, que era apenas um bebê. "Eles derrubaram a porta da casa da minha cunhada e a encontraram com o bebê", disse ele. "Eles cortaram seus seios. Eles também mataram a bebê com uma faca. Era uma bebê muito nova, mas eles a cortaram ao meio. Eu jurei que me vingaria."
"Eu o esfaqueei na cabeça. Eu derramei gasolina nele. Eu o queimei. Então eu comi sua perna, tudinho até chegar ao osso, com pão. É por isso que me chamam de 'Cachorro Louco'", justificou.
Não se sabe se a vítima de "Cachorro Louco" tinha algum envolvimento no assassinato de sua família ou se foi morto apenas por ser muçulmano. Ainda à emissora britânica, o canibal contou que seguiu a vítima ao vê-la sentada no ônibus e decidiu reunir outros cristãos. O motorista identificou o muçulmano, a multidão formada parou o veículo e arrastou a vítima para fora. Após a morte do homem, "Cachorro Louco" foi ovacionado como herói pelos correligionários.
Desde o início dos conflitos armados, estima-se que 20% da população - cerca de 4,6 milhões de pessoas - tenha deixado suas casas, o que gerou uma crise de refugiados, já que não há comida suficiente para todos nos acampamentos provisórios.
Ex-presidente renunciou
O ex-presidente, Michel Djotodia, foi o primeiro líder muçulmano do país. Seu cargo foi obtido com a ajuda de milícias muçulmanas em março de 2013. Assim que assumiu o posto, o então presidente tentou desmantelar o grupo rebelde Seleka. No entanto, as tentativas foram falhas. Em reação, cristãos montaram suas próprias milícias, o que afundou o país no conflito religioso armado.
Djotobia deixou o país em direção ao Benin, onde chegou neste último domingo. Analistas acreditam que ele foi buscar exílio no país do oeste africano.
Redação SRZD
Os últimos dias têm sido de intensa violência entre milícias cristãs e muçulmanas na República Centro-Africana. O país, cuja população majoritária é cristã, era governado até este último domingo, 12, pelo líder muçulmano Michel Djotodia.
A briga entre milícias religiosas vem ocorrendo desde dezembro e já deixou pelo menos mil mortos. Um desses atos violentos chegou a culminar em canibalismo: um muçulmano teve seus braços e pernas arrancados por um militante cristão. Logo em seguida, um dos homens na multidão comeu a carne da vítima.
O canibal, que é apelidado de "Cachorro Louco", admitiu ter cometido o ato. Em entrevista à equipe da "BBC", o cristão disse que muçulmanos haviam assassinado familiares seus, inclusive sua esposa, cunhada e sobrinha, que era apenas um bebê. "Eles derrubaram a porta da casa da minha cunhada e a encontraram com o bebê", disse ele. "Eles cortaram seus seios. Eles também mataram a bebê com uma faca. Era uma bebê muito nova, mas eles a cortaram ao meio. Eu jurei que me vingaria."
"Eu o esfaqueei na cabeça. Eu derramei gasolina nele. Eu o queimei. Então eu comi sua perna, tudinho até chegar ao osso, com pão. É por isso que me chamam de 'Cachorro Louco'", justificou.
Não se sabe se a vítima de "Cachorro Louco" tinha algum envolvimento no assassinato de sua família ou se foi morto apenas por ser muçulmano. Ainda à emissora britânica, o canibal contou que seguiu a vítima ao vê-la sentada no ônibus e decidiu reunir outros cristãos. O motorista identificou o muçulmano, a multidão formada parou o veículo e arrastou a vítima para fora. Após a morte do homem, "Cachorro Louco" foi ovacionado como herói pelos correligionários.
Desde o início dos conflitos armados, estima-se que 20% da população - cerca de 4,6 milhões de pessoas - tenha deixado suas casas, o que gerou uma crise de refugiados, já que não há comida suficiente para todos nos acampamentos provisórios.
Ex-presidente renunciou
O ex-presidente, Michel Djotodia, foi o primeiro líder muçulmano do país. Seu cargo foi obtido com a ajuda de milícias muçulmanas em março de 2013. Assim que assumiu o posto, o então presidente tentou desmantelar o grupo rebelde Seleka. No entanto, as tentativas foram falhas. Em reação, cristãos montaram suas próprias milícias, o que afundou o país no conflito religioso armado.
Djotobia deixou o país em direção ao Benin, onde chegou neste último domingo. Analistas acreditam que ele foi buscar exílio no país do oeste africano.
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