Fonte - http://www.hermesfernandes.com
Por Hermes C. Fernandes
Um dos costumes mais populares durante o período natalino é o de montar presépios. O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila em 1223 por ninguém menos que Francisco de Assis. Naquele ano, em vez de celebrar a noite de Natal na igreja, como de hábito, Francisco resolveu celebrá-la na floresta,
para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro. Seu
objetivo era explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses iletrados
que não tinham acesso aos textos bíblicos que narravam o nascimento de
Jesus. O costume acabou se espalhando por entre as principais Catedrais,
Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres a partir do Renascimento. Somente no Século XVIII que o costume de montar o presépio se disseminou pelas casas comuns por toda Europa e, posteriormente pelo mundo.
Cristãos
em países de tradição protestante como os Estados Unidos não têm
qualquer problema com esta tradição. Porém, no Brasil, o presépio tem
encontrado muita resistência por parte dos evangélicos, principalmente
os neopentecostais, entre os quais, muitos sequer celebram o Natal. Esta
resistência se deve, sobretudo, à associação que se faz entre as
imagens do presépio e os santos venerados no catolicismo.
Nem
mesmo os católicos mais fervorosos encaram o presépio como um altar de
devoção. Trata-se, tão somente, de uma lembrança da cena do nascimento
de nosso Salvador.
Pode ser usado para ajudar as crianças a imaginarem e compreenderem as condições em que Jesus veio ao mundo.
Em
vez de se preocuparem tanto com os presépios, os cristãos deveriam
preocupar-se mais com as presepadas que têm sido feitas em cima da
figura de Seu Mestre e Redentor. Em vez de vociferarem contra árvores de
Natal, guirlandas, papai Noel e presépios, os pregadores fariam bem em
denunciar o consumismo exacerbado, a gula que põe em risco nossa saúde, a
avareza, o narcisismo, e, sobretudo, as chagas sociais que acometem,
sobretudo, aos excluídos e marginalizados.
Sugiro
que neste Natal haja mais presépios e menos presepadas. Mais amor e
menos exploração da fé. Mais solidariedade e menos auto-promoção. Mais
companheirismo e menos corporativismo. Enfim, mais JESUS!
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