Esta
pergunta aparece no capítulo que trata da homossexualidade na Bíblia,
no livro “Homossexualidade -- ciência e consciência”, escrito por seis
professores do departamento de práxis da Universidade Pontifícia
Comillas, em Madri, e publicado no Brasil pela Edições Loyola, em 1985. A
resposta estaria no artigo intitulado “É mais fácil passar um camelo
pelo fundo de uma agulha do que encontrar respaldo bíblico para o
homossexualismo” (Ultimato, setembro/outubro de 1998).
Se
a Bíblia não é taxativa no que diz respeito ao comportamento
homossexual, então é melhor ensarilhar as armas de uma vez por todas.
Não há outro sustentáculo para a não aceitação da homossexualidade senão
as Escrituras Sagradas.
O
professor Gregorio Ruiz, autor da pergunta, escreve que o pecado de
Sodoma, de onde “provêm as palavras sodomia e sodomita, que designam em
todas as línguas modernas precisamente a prática homossexual,
principalmente entre homens”, é “um pecado de injustiça, mais
concretamente de anti-hospitalidade e não necessariamente de violação
sexual”.
“É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que encontrar respaldo bíblico para o homossexualismo”
Em
benefício de sua tese, o professor prefere dizer que os homens de
Sodoma foram à casa de Ló para conhecer que tipo de estrangeiros ele
hospedava (conhecer no sentido comum e não no sentido de ter uma relação
sexual completa). Essa interpretação é impossível de ser admitida,
mesmo sem se consultar outras passagens bíblicas. Contudo, a leitura do
segundo capítulo da Segunda Carta de Pedro deixa patente que o pecado de
Sodoma era de fato de natureza sexual.
Ao
referir-se a esse episódio, o apóstolo afirma que Deus salvou Ló, “um
homem bom, que estava aflito porque conhecia a vida daquela gente
imoral”. Outras versões ampliam o sentimento de Ló frente à situação: o
sobrinho de Abraão sentia-se “atormentado” (HR, EPC), “atribulado”
(S21), “deprimido” (TEB), “entristecido” (EP), “oprimido” (MS),
“revoltado” (CT, EPC) ou “muito agoniado” (NBV). Ló sofria com o que via
e ouvia, pois eles levavam uma vida devassa, dissoluta, libertina,
luxuriosa, imoral e indecente (2Pe 2.6-10). Embora o pecado da injustiça
social seja grave e tenha também acontecido em Sodoma, Gomorra e outras
cidades da planície (Ez 16.49-50), o que causou mais dor para Ló foi a
libertinagem dos seus conterrâneos e contemporâneos.
A
narrativa do livro de Gênesis torna impossível a sugestão do professor
Gregorio Ruiz. Ao cercar a casa de Ló e exigir que ele lhes entregasse
os dois anjos com aparência humana, a multidão de jovens e adultos
queria mesmo “deitar com eles” (BP), “abusar deles” (RA, BJ), “ter
relações com eles” (NBV, NTLH, NVI, EP, CNBB), “conhecê-los intimamente”
(S21). O próprio Deus já havia revelado a Abraão, tio de Ló, sua
intenção de destruir a cidade, pois “há terríveis acusações contra
Sodoma e Gomorra, e o pecado de seus moradores é muito grande” (Gn
18.20).
“Não se esqueçam da cidade de Sodoma e Gomorra e das cidades vizinhas, cheias de imoralidade de toda espécie, inclusive a paixão de homens por homens”
É
igualmente oportuno lembrar o que Judas “servo de Jesus Cristo e irmão
de Tiago”, escreve em sua carta: “Não se esqueçam da cidade de Sodoma e
Gomorra e das cidades vizinhas, cheias de imoralidade de toda espécie,
inclusive a paixão de homens por homens” (Jd 7).
Qualquer
distorção das Sagradas Escrituras nessa área (e em outras) torna
perigosamente inocentes os cristãos que querem conviver com a fé e o
pecado sem o menor constrangimento. É uma péssima contribuição em um
momento de efervescência da questão homossexual.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/12/e-tao-taxativa-condenacao-biblica-da.html#ixzz2neUdewpq
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Um comentário:
Só faltou o tal professor ler o verso 8 "Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram homens; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom for aos vossos olhos; somente nada façais a estes homens, porque por isso vieram à sombra do meu telhado."
Gênesis 19:8, Ló não trocaria as filhas para que fossem conhecidas Vistas, uma vez que elas moravam na cidade, nem tão pouco diria no verso 7 "não façais tal mal" que mal tem em conhecer (ver) alguém? Toda vez que não lemos o contexto distorcemos a Palavra de DEUS.
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