Um dos site que admiro é o site Genizah, pela forma divertida com que ele faz apologia. Fala verdades a quem quer que seja, mais de forma alegre, irônica, mas sem deixar de falar o que tem ser ser falado, ou seja condenar os erros e abusos religiosos, principalmente no meio neo pentecostal.
O site não é adventista, portanto, era de se esperar que batessem duro em nós, uma vez, que entre os protestantes temos o rótulo de seita.
Numa porém, li qualquer linha desabonando nossa igreja ou nos condenando por causa de nossas doutrinas.
Hoje deparei-me com a matéria e seguir, pensei: será que dessa vez seremos alvo das "criticas" do Genizah?
Pelo contrário, a matéria é interessante, verdadeira, e deve nos levar à reflexão. Por que perdemos tantos membros, principalmente entre os mais antigos?
Leia...
Hélio Pariz
Não têm qualquer consideração em relação àqueles que poderíamos chamar de "crentes de alta rotatividade", desde que inflem sua propaganda e seus cofres.
Importante salientar que não fica claro na matéria como ele chegou a essa conclusão que exclui as peculiares doutrinas adventistas de uma eventual, digamos, "culpa" na saída de membros.
O fato (e de certa forma, a rotina) é que qualquer pessoa pode alegar divergências doutrinárias com qualquer denominação e simplesmente abandoná-la. Tristemente simples e repetitivo assim.
Genizah
Já
tivemos oportunidade de abordar aqui no blog a dificuldade em se
confiar nos discursos apresentados pelas denominações neopentecostais
especializadas em alardear o seu sucesso no crescimento, pela absoluta
falta de números que confirmem as suas alegações.
Sempre
suspeitamos de que a preocupação dessas denominações com os que nelas
"entram" é inversamente proporcional ao cuidado com os que delas "saem".
Não têm qualquer consideração em relação àqueles que poderíamos chamar de "crentes de alta rotatividade", desde que inflem sua propaganda e seus cofres.
Em agosto de 2009, falamos dos "Feridos pelo caminho". Em agosto de 2011, comentamos sobre "o inchaço da igreja evangélica brasileira" e em dezembro daquele ano, analisamos um artigo do Le Monde Diplomatique sobre "religiosidade de passagem - o crescimento da igreja evangélica no Brasil".
Parecia-nos,
como continua nos parecendo, que existe uma espécie de "fluxo
migratório" entre as igrejas, de gente que não entende bem o que é
evangelho, ou se acha "convertida" a algo ou alguém que não exatamente o
Jesus Cristo tal como apresentado na cruz do Calvário.
Ninguém
fala, portanto, em "crescimento vegetativo", que - demográfica e
resumidamente falando - é a diferença quantitativa entre nascimentos e
óbitos observados numa determinada comunidade, que pode ser positivo
(quando se nasce mais do que se morre), negativo (o contrário) ou nulo
(quando os dois números empatam).
No caso de uma entidade religiosa, falaríamos, por assim dizer, em conversões e defecções.
No caso de uma entidade religiosa, falaríamos, por assim dizer, em conversões e defecções.
Uma
igreja que se defina como cristã não se preocupa morbidamente com
números nessa proporção estratosférica, mas tem profundo cuidado para
com os seus membros de maneira que não só os alimente espiritualmente
mas também evite, tanto quanto possível, que eles saiam.
Claro que é inevitável que algumas pessoas se integrem numa determinada denominação e - algum tempo depois - a rejeitem.
Afinal, desde os primórdios do cristianismo, a apostasia sempre existiu e não há qualquer esperança de que desapareça até o fim dos tempos.
Afinal, desde os primórdios do cristianismo, a apostasia sempre existiu e não há qualquer esperança de que desapareça até o fim dos tempos.
Por isso é bastante curiosa essa notícia do Christianity Today.
É
que a administração mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia teve a
coragem de fazer algo a que outras igrejas resistem bravamente:
estatísticas confiáveis sobre a membresia e o crescimento da
denominação.
O
estudo foi conduzido nos Estados Unidos, e sua abrangência incluiu os
18 milhões de seguidores do adventismo no mundo, apresentando alguns
resultados surpreendentes.
Os
adventistas estão crescendo em regiões com o Sudeste da Ásia, a América
Latina e o Sul da África, mas vêm perdendo território na Europa e no
restante da Ásia.
Com
os números na mão, entretanto, o pesquisador adventista Monte Sahlin
chegou à conclusão de que a cada 100 novos membros, a igreja perde 43
seguidores antigos.
Não
existe na prática denominacional, portanto, o que Sahlin chama de
"retenção". E isto não se deve, segundo ele alega, a diferenças
doutrinárias que os desertores eventualmente tenham com os adventistas,
mas a problemas de natureza pessoal, como conflito conjugal e
desemprego.
Importante salientar que não fica claro na matéria como ele chegou a essa conclusão que exclui as peculiares doutrinas adventistas de uma eventual, digamos, "culpa" na saída de membros.
O
artigo do Christianity Today acrescenta, por exemplo, que - no que diz
respeito à doutrina -, a divisão norteamericana dos adventistas está
fortemente inclinada a aceitar o sacerdócio feminino.
O fato (e de certa forma, a rotina) é que qualquer pessoa pode alegar divergências doutrinárias com qualquer denominação e simplesmente abandoná-la. Tristemente simples e repetitivo assim.
Entretanto,
outras denominações - em especial as televisivas - deveriam seguir o
exemplo dos adventistas pelo menos nesse particular, e verificar se o
seu discurso triunfalista sobre crescimento numérico não está, na
verdade, mascarando um contingente enorme de pessoas que abandonam a
igreja, ou simplesmente cobiçam a grama momentaneamente mais verde (e
igualmente desprovida de qualidades nutritivas) do rebanho ao lado.
É
bem provável que, em vários casos, estejam afastando muito mais gente
do evangelho puro e simples de Cristo do que atraindo para Aquele que
dizem anunciar.
Genizah
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/12/adventistas-perdem-43-membros-antigos.html#ixzz2nZo3lPuy
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