Fonte - http://veja.abril.com.br
"Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares". Mateus 24:7.
Total de pessoas que não têm o que comer registrou queda, mas não o bastante para que mundo cumpra meta de reduzir à metade em 2015 número de famintos
Fome: o problema é mais acentuado na África Subsaariana
(Abdurashid Abikar/AFP)
De acordo com o relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, o crescimento econômico em países em desenvolvimento melhorou o acesso da população aos alimentos: “Uma recuperação recente no crescimento da produtividade agrícola, apoiada pelo aumento do investimento público e o renovado interesse dos investidores privados na agricultura, melhorou a disponibilidade de alimentos", destaca o documento.
A maioria das pessoas que passam fome vive em países em desenvolvimento. Os outros 15,7 milhões estão nos países desenvolvidos, segundo a FAO. A região do mundo com maior número de pessoas que passam fome continua sendo a África subsaariana (24,8%), segundo o relatório.
O estudo reconhece que, em alguns países, incluindo vários da América Latina, as remessas de imigrantes "desempenham um papel na redução da pobreza, levando a uma alimentação melhor e a progressos na segurança alimentar". Os recursos também contribuem para estimular os investimentos produtivos dos pequenos agricultores.
Apesar dos progressos realizados em todo o mundo, salienta o documento, "persistem marcadas diferenças na redução da fome" – e na África subsaariana foram registrados apenas progressos modestos. Também não foram observados avanços recentes na Ásia ocidental, enquanto Ásia meridional e África do Norte registraram um "lento progresso", destaca a FAO.
Na América Latina, na Ásia Oriental e no sudeste asiático foram registradas as "reduções mais importantes no número de pessoas que passam fome e de subalimentação", segundo a organização, com base em dados do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA). "Desde 1990-92, o número total de pessoas subalimentadas nos países em desenvolvimento caiu 17%, passando de 995,5 a 826,6 milhões".
A meta ambiciosa fixada em Roma em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) - reduzir à metade em 2015 o número de pessoas com fome no mundo -, "não poderá ser cumprida a nível global, apesar de 22 países terem alcançado o objetivo ao fim de 2012", recorda a FAO. "Para alcançar o objetivo da CMA, o número de pessoas com fome nos países em desenvolvimento teria que cair a 498 milhões em 2015, o que não será possível ao ritmo atual da redução", adverte a organização.
As conclusões e recomendações do relatório 2013 serão debatidas por representantes dos governos, da sociedade civil e do setor privado em uma reunião do comitê de segurança alimentar mundial que acontecerá de 7 a 11 de outubro na sede da FAO em Roma.
(Com agência France-Presse)
Nenhum comentário:
Postar um comentário