Ellen White
Muitos e tenazes foram os
esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se
o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada
na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e
que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o
reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do
quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição
harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário
celestial. O Grande Conflito, pág. 435.
Não é muito de admirar que nos anos subsequentes,
pessoas que se haviam separado da Igreja Adventista do Sétimo Dia tenham feito
da verdade do santuário um ponto de oposição. Foi assim com os Pastores Snook e
Brinkerhof, funcionários do escritório do campo em Iowa, e com D. M. Canright,
influente ministro, que deixou a Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1887 para
se tornar amargo inimigo e crítico. Nem é de estranhar que idéias panteístas
por volta do século, defendidas e advogadas por médicos e obreiros
ministeriais, ferisse diretamente essa doutrina fundamental. Foi nesse quadro
que Ellen White, em palavras de advertência, escreveu em 20 de novembro de
1905:
Aos médicos missionários e
ministros que têm estado a beber nos sofismas científicos e enfeitiçantes
fábulas contra os quais tendes sido advertidos, eu gostaria de dizer: Vossa
alma está em perigo. O mundo precisa saber qual a vossa posição e qual a
posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deus chama os que aceitaram esses
enganos destruidores a que não mais mantenham duas posições. Se o Senhor é
Deus, segui-O.
Satanás, com todo o seu
exército, está no campo de batalha. Os soldados de Cristo devem agora se reunir
em torno da bandeira ensanguentada de Emanuel. Em nome do Senhor, deixai a
bandeira negra do príncipe das trevas, e assumi vossa posição com o Príncipe do
Céu.
O que tem ouvidos para ouvir,
ouça. Lede vossa Bíblia. De um terreno mais alto, sob a instrução que Deus me
deu
Apresento estas coisas diante
de vós. Está próximo o tempo em que os poderes enganadores de instrumentos
satânicos serão amplamente desenvolvidos. De um lado está Cristo, a quem foi
dado todo o poder no Céu e na Terra. Do outro está Satanás, exercendo
continuamente seu poder para iludir, para iludir com fortes enganos
espiritualistas, para remover o povo de Deus do lugar que deve ocupar na mente
dos homens.
Satanás está continuamente se
esforçando no sentido de introduzir fantasiosas suposições com relação ao
santuário, rebaixando as maravilhosas representações de Deus e do ministério de
Cristo para nossa salvação e coisas que satisfaçam a mente carnal. Ele remove
do coração dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com
teorias fantásticas inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e
destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas desde
que foi dada a mensagem do terceiro anjo.
Assim ele nos rouba em nossa
fé na própria mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e
poder a nossa obra. Special Testimonies,
Série B, nº 7, págs. 16 e 17.
Foi na moldura desta crise panteísta que Ellen White,
presente à reunião da Associação Geral em 1905, declarou em palavras
significativas para nós hoje:
No futuro, engano de toda
espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés.
Queremos colunas sólidas para a edificação. Nem um só alfinete deve ser removido
daquilo que o Senhor estabeleceu. O
inimigo introduzirá falsas teorias, tais como a doutrina de que não existe
santuário. Esse é um dos pontos em relação ao qual haverá um desvio da fé.
Onde encontraremos segurança senão nas verdades que o Senhor nos deu nos
últimos cinquenta anos? Counsels to Writers and Editors, pág. 53.
Os pontos de vista panteístas, tão ardorosamente
advogados por alguns, declarou Ellen White, "poriam a Deus fora"
(Special Testimonies, Série B, nº 7, pág. 16), e invalidariam a verdade do
santuário.
Cerca do mesmo tempo um de nossos pastores, a quem
identificaremos como o "Pastor G", abraçou a idéia de que quando
Cristo voltou para o Céu após Seu ministério na Terra, entrou à presença de
Deus, e que onde Deus está, deve estar o lugar santíssimo, de modo que em 22 de
outubro de 1844, não houve a entrada no lugar santíssimo do santuário
celestial, como cremos e ensinamos. Esses dois conceitos, ambos os quais feriam
a doutrina do santuário como a mantemos, levaram Ellen White a se referir
várias vezes à solidez e integridade deste ponto de nossa fé. Em 1904 ela
escreveu:
Eles [os filhos de Deus],
quer por palavras quer por atos, não levarão ninguém a duvidar em relação à
distinta personalidade de Deus, ou em relação ao santuário e seu ministério.
Todos precisamos conservar em
mente o assunto do santuário. Deus nos
livre de que o estardalhaço de palavras vindas de lábios humanos debilitem a
crença de nosso povo na verdade de que existe um santuário no Céu, e que um
santuário segundo este modelo foi uma vez construído na Terra. Deus deseja
que Seu povo se familiarize com este modelo, tendo sempre em sua mente o
santuário celestial, onde Deus é tudo em todos. Devemos ter nossa mente
ancorada pela oração e o estudo da Palavra de Deus, para que possamos agarrar
essas verdades. Carta 233, 1904.
Cristo em seu santuário,
Pags. 15,16