Repetidamente encontramos nos escritos de Ellen G.
White afirmações sobre a realidade do santuário celestial, seu mobiliário, bem
como seu ministério. Uma destas afirmações foi escrita na década de 1880, ao
descrever ela a experiência dos crentes no advento após o desapontamento:
Como foi declarado, o
santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele
mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se
ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus
dois lugares santos eram "figuras das coisas que estão no Céu" (Heb.
9:9 e 23); Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário,
e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". Heb.
8:2. Patriarcas e Profetas, pág. 356.
O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso
favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia.
...
O esplendor sem-par do
tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em
que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o trono de Deus. O Grande
Conflito, pág. 414.
Assim como o santuário na Terra tinha dois
compartimentos: o santo e o santíssimo, assim há dois lugares santos no
santuário no Céu.
E a arca contendo a lei de
Deus, o altar de incenso e outros instrumentos de serviço encontrados no
santuário terrestre têm seu equivalente no santuário lá do alto.
Em santa visão permitiu-se que o apóstolo João
entrasse no Céu, e ele contemplou ali o candelabro e o altar de incenso, e,
quando se abriu o templo de Deus, ele contemplou também "a arca do Seu
concerto". Apoc. 11:19.
Spirit of Prophecy, vol. 4, págs. 260 e 261.
Assim, os que estavam a
estudar o assunto encontraram prova indiscutível da existência de um santuário
no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado.
Paulo ensina que aquele modelo era o verdadeiro santuário que está no Céu. E
João dá testemunho de que o viu no Céu. O Grande Conflito, pág. 415.
Antes ela havia escrito com ênfase sobre
o mobiliário:
Foi-me também mostrado um
santuário sobre a Terra, contendo dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu,
e foi-me dito que era uma figura do celestial. Os objetos do primeiro
compartimento do santuário terrestre eram semelhantes aos do primeiro
compartimento do celestial. O véu ergueu-se e eu olhei para o santo dos
santos, e vi que a mobília era a mesma do lugar santíssimo do santuário
celestial. Primeiros Escritos, págs. 252 e 253.
A Arca e a
Lei no Santuário Celestial
Em
diferentes ocasiões ela falou e escreveu sobre a arca no lugar santíssimo do
santuário celestial. Uma dessas afirmações foi feita em um sermão pregado em
Orebro, Suécia, em 1886.
Eu vos admoesto, não
coloqueis vossa influência contra os mandamentos de Deus. A lei é tal como
Jeová a escreveu no templo do Céu. O homem pode pisar sobre sua cópia aqui na
Terra, mas o original está guardado na arca de Deus no Céu; e sobre a cobertura
desta arca, logo abaixo da lei, está o propiciatório. Jesus permanece justo
ali, perante a arca, para mediar em favor do homem. Ellen G. White, Seventh-day
Adventist Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.109.
E
em 1903 de novo ela escreveu sobre a real existência do santuário:
Muito eu poderia dizer sobre
o santuário; a arca contém a lei de Deus; a cobertura da arca, que é o
propiciatório; os anjos em ambas as extremidades da arca; e outras coisas
relacionadas com o santuário celestial e com o grande dia da expiação. Eu
poderia dizer muito sobre os mistérios do Céu, mas meus lábios estão fechados.
Não tenho disposição para procurar descrevê-los. Carta 253, 1903.