14 a 21 de setembro
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Sábado à tarde |
Ano Bíblico: Dn 7–9
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VERSO PARA MEMORIZAR:
“Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida” (Rm 5:10).
Leituras da Semana:
Mesmo depois do Pentecostes, o relacionamento entre os cristãos às vezes foi hostil. O Novo Testamento registra repetidos exemplos da maneira pela qual os líderes e membros da Igreja lidaram com esses desafios. Esses princípios são extremamente valiosos para a igreja hoje. Eles revelam os resultados positivos que podem ocorrer quando usamos princípios bíblicos para lidar com os conflitos.
Na lição desta semana nos concentraremos nos relacionamentos restaurados. Os grandes reavivamentos espirituais do passado promoveram a cura nos relacionamentos. O Espírito Santo aproxima as pessoas de Deus e umas das outras. Quebram barreiras em nosso relacionamento com Deus e com nossos semelhantes. Em resumo, a maior demonstração do poder do evangelho não é necessariamente o que a igreja diz, mas como a igreja vive.
“Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Sem esse amor, toda a nossa conversa sobre reavivamento e reforma não significará nada.
Domingo |
Ano Bíblico: Dn 10–12
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Da ruptura à amizade
Paulo e Barnabé trabalharam juntos testemunhando sobre Jesus. Mas houve um conflito entre eles (At 15:36-39). Paulo não podia confiar em alguém tão medroso como João Marcos. Os potenciais perigos de pregar o evangelho, em algum momento fizeram com que João Marcos abandonasse Paulo e Barnabé e voltasse para casa.
“Essa deserção fez com que Paulo, por algum tempo, julgasse Marcos desfavoravelmente e até mesmo severamente. Por outro lado, Barnabé se inclinava a desculpá-lo devido à sua inexperiência. Estava ansioso para que Marcos não abandonasse o ministério, pois nele via qualidades que o habilitariam para ser útil obreiro de Cristo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 170).
Embora Deus tenha usado todos esses homens, os problemas entre eles precisavam ser resolvidos. O apóstolo, que pregava a graça, necessitava estendê-la a um jovem pregador que o tinha decepcionado. O apóstolo do perdão necessitava perdoar. João Marcos cresceu com a orientação positiva de Barnabé e, finalmente, o coração de Paulo foi aparentemente tocado pelas mudanças.
1. O que as cartas de Paulo, enviadas da prisão a Timóteo e à igreja de Colossos, revelam sobre seu relacionamento renovado com João Marcos e sua nova confiança nesse jovem pregador? Cl 4:10, 11; 2Tm 4:11
Embora sejam incompletos os detalhes da reconciliação de Paulo com João Marcos, o registro bíblico é claro: João Marcos se tornou um dos companheiros de confiança do apóstolo. Ele foi altamente recomendado por Paulo como um “cooperador” para a igreja de Colossos. No fim da vida, Paulo encorajou Timóteo a trazer João Marcos para Roma, porque ele era “útil para o ministério” (2Tm 4:11).
O ministério de Paulo foi enriquecido com o jovem pregador a quem ele havia perdoado. A barreira entre eles estava desfeita e eles foram capazes de trabalhar juntos na causa do evangelho.
De escravo a filho
Enquanto estava preso em Roma, Paulo encontrou um escravo chamado Onésimo, que tinha fugido de Colossos para Roma. Paulo conhecia pessoalmente o dono de Onésimo. A epístola a Filemom é o apelo pessoal de Paulo ao seu amigo a respeito da restauração do relacionamento com o escravo fugitivo.
Relacionamentos eram importantes para Paulo. O apóstolo sabia que relacionamentos rompidos prejudicam o crescimento espiritual. Filemom era um líder na igreja em Colossos. Se ele abrigasse amargura para com Onésimo, isso mancharia seu testemunho cristão.
2. Leia Filemom 1-25. Quais princípios importantes sobre restauração de relacionamentos podemos encontrar nesse texto? Lembre-se: a palavra-chave é princípios.
À primeira vista, é um tanto surpreendente que Paulo não tenha falado contra os males da escravidão de modo mais enérgico. Mas a estratégia dele foi muito mais eficaz. O evangelho deve quebrar todas as distinções de classes (Gl 3:28). O apóstolo enviou Onésimo de volta para Filemom, não como escravo, mas como seu filho em Jesus e como “irmão caríssimo” de Filemom, no Senhor (Fm 16).
Paulo sabia que escravos fugitivos tinham pouco futuro. Eles poderiam ser presos a qualquer momento. Estavam condenados a uma vida de miséria e pobreza. Mas, como irmão em Cristo de Filemom e trabalhador disposto, Onésimo poderia ter um futuro maravilhoso. Com Filemom, comida, alojamento e trabalho estariam garantidos para ele. A restauração do relacionamento rompido poderia fazer enorme diferença em sua vida. Ele se tornou um “fiel e amado irmão” e cooperador de Paulo no evangelho (Cl 4:9).
Com base nesses princípios, o que podemos fazer para nos ajudar a lidar com as tensões, pressões e até mesmo rompimentos em nossos relacionamentos?
Da competição para a integração
3. A igreja em Corinto tinha graves problemas. Que princípios para a cura e restauração, vitais para o reavivamento e a reforma, foram esboçados por Paulo? 1Co 3:5-11; 12:1-11; 2Co 10:12-15?
Nessas passagens, o apóstolo descreveu princípios essenciais de unidade da Igreja. Ele ressaltou que Jesus usa trabalhadores diferentes para realizar diferentes ministérios em Sua igreja, embora todos trabalhem em conjunto para a edificação do reino de Deus (1Co 3:9).
Deus nos chama à cooperação, não à competição. Cada cristão é dotado por Deus para cooperar no ministério ao corpo de Cristo e servir a comunidade (1Co 12:11). Não há dons maiores ou menores. Todos são necessários na igreja de Cristo (1Co 12:18-23). Os dons recebidos de Deus não são para exibição egoísta. Eles são concedidos pelo Espírito Santo para o serviço.
As comparações que fazemos de nós mesmos com outras pessoas são insensatas, porque nos farão sentir desanimadas ou arrogantes. Se as considerarmos “superiores” a nós, sentiremos desânimo. Se pensarmos que nosso trabalho para Cristo é mais eficaz do que o trabalho delas, sentiremos orgulho. Ambas as atitudes prejudicam nossa eficiência por Cristo. À medida que atuamos na esfera de influência que Cristo nos deu, encontraremos alegria e contentamento em nosso testemunho. Nosso trabalho complementará os esforços dos outros membros, e a igreja de Cristo fará grandes progressos para o reino.
Você já teve inveja dos dons espirituais de alguém? Você costuma se sentir orgulhoso de seus dons, em contraste com os dos outros? A questão é: As preocupações de Paulo são uma realidade constante em seres caídos. Independentemente do lado em que caímos, como podemos ter as atitudes altruístas necessárias para evitar essas armadilhas?
Do atrito ao perdão
O que é o perdão? O perdão justifica o comportamento de alguém que nos ofendeu terrivelmente? O perdão depende do arrependimento do ofensor? E se a pessoa com quem eu estou aborrecido não merece o perdão?
4. Como as seguintes passagens nos ajudam a compreender a natureza do perdão? Rm 5:8-11; Lc 23:31-34; 2Co 5:20, 21; Ef 4:26-30
Cristo tomou a iniciativa de nos reconciliar com Ele. É “a bondade de Deus [... que te] conduz ao arrependimento” (Rm 2:4). Em Cristo, fomos reconciliados com Deus, sendo nós ainda pecadores. A reconciliação não foi produzida pelo nosso arrependimento e nossa confissão, mas pela morte de Cristo na cruz. Nossa parte é aceitar o que foi feito por nós.
É verdade que não podemos receber as bênçãos do perdão até confessarmos os pecados. Isso não significa que a confissão gera o perdão no coração de Deus. O perdão sempre esteve em Seu coração. Em vez disso, a confissão nos permite receber o perdão (1Jo 1:9). Ela é de vital importância, não porque mude a atitude de Deus para conosco, mas porque muda nossa atitude em relação a Ele. Quando nos submetemos ao poder de convencimento do Espírito Santo, nos arrependemos e confessamos os pecados, somos transformados.
O perdão também é muito importante para o bem-estar espiritual. A incapacidade de perdoar alguém que nos ofendeu, mesmo que a pessoa não mereça, pode prejudicar-nos mais do que a ela. Se alguém nos prejudicou e a dor nos consome por dentro porque não conseguimos perdoar, estamos permitindo que ela nos machuque ainda mais.
Perdão é libertar o outro da nossa condenação porque Cristo nos libertou da Sua condenação. Isso não justifica o comportamento da outra pessoa para conosco. Podemos ser reconciliados com alguém que nos ofendeu porque Cristo nos reconciliou consigo quando O ofendemos. Podemos perdoar porque somos perdoados. Podemos amar, porque somos amados. O perdão é uma escolha. Podemos escolher perdoar, apesar das ações e atitudes da outra pessoa. Esse é o verdadeiro espírito de Jesus.
Focalizar o perdão que recebemos em Cristo nos ajuda a perdoar os outros?
Quinta |
Ano Bíblico: Joel
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Do rancor para a restauração
5. Leia Mateus 18:15-17. Quais são os três passos ensinados por Jesus para resolver os conflitos quando somos prejudicados por outro membro da igreja? Como devemos aplicar essas palavras aos nossos relacionamentos?
O propósito de Jesus ao dar o conselho de Mateus 18 foi que os conflitos na igreja envolvessem a menor quantidade possível de pessoas. Sua intenção era que as duas pessoas envolvidas resolvessem sua própria dificuldade. Por isso, Jesus declarou: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só” (Mt 18:15). À medida que cresce o número de pessoas envolvidas em um conflito entre duas pessoas, mais contenda é criada. As pessoas apoiam um dos lados e ocorre uma batalha. Mas quando os cristãos tentam resolver suas diferenças em particular, no espírito de amor cristão e de compreensão mútua, é criada uma atmosfera de reconciliação. Esse ambiente é ideal para que o Espírito Santo trabalhe com as pessoas enquanto elas se esforçam para resolver suas diferenças.
Há momentos em que apelos pessoais para resolução de conflitos são ineficazes. Nesses casos, Jesus nos convida a levar uma ou duas pessoas conosco. Esse segundo passo no processo da reconciliação deve ser sempre seguido pelo primeiro passo, no sentido de unir as pessoas afastadas. Não devemos tomar partido. Precisamos demonstrar amor e compaixão cristãos como conselheiros e companheiros de oração, a fim de participar do processo de reconciliação de duas pessoas afastadas.
Há ocasiões em que todas as tentativas de resolver o problema não funcionam. Nesse caso, Jesus nos ensina a levar a questão perante a igreja. Certamente, Ele não está falando sobre interromper o culto do sábado de manhã para lidar com uma questão de conflito pessoal. Se as duas primeiras etapas não conseguiram reconciliar as duas partes, o problema deve ser tratado na comissão da igreja. Lembre-se: O propósito de Cristo é a reconciliação. Não é culpar uma parte e isentar a outra.
“Não permita que seu ressentimento resulte em maldade. Não consinta que a ferida supure abrindo-se em palavras malignas, que venham a deixar uma nódoa na mente dos que ouvem você. Não admita que persistam em sua mente e na deles, pensamentos amargos. Vá ter com seu irmão e, em humildade e sinceridade, converse com ele sobre o problema” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 499).
Sexta |
Ano Bíblico: Ez 30–32
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Estudo adicional
“Quando os obreiros tiverem a presença permanente de Cristo em seu coração, quando estiver morto todo egoísmo, quando não houver nenhuma rivalidade, nenhuma contenda por supremacia, quando existir unidade, quando eles se santificarem de maneira que o amor de uns pelos outros seja visto e sentido, então as chuvas da graça do Espírito Santo hão de vir tão seguramente sobre eles como é certo que a promessa de Deus não falhará em um jota ou um til” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 175).
“Para subsistirmos no grande dia do Senhor, com Cristo como nosso refúgio, nossa torre forte, temos que deixar de lado toda inveja, toda luta por supremacia. Temos que destruir completamente as raízes dessas coisas profanas, para que não tornem a brotar na vida. Precisamos colocar-nos inteiramente ao lado do Senhor” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 190).
Perguntas para reflexão
1. Leia Colossenses 3:12-17. Que qualidades Paulo encorajou a igreja a procurar? Por que essas qualidades são a base para a resolução dos conflitos? Como elas nos guiam no cumprimento dos princípios de Jesus em Mateus 18:15-18?
2. Considere os ensinos de Colossenses 3:12-17. Por que essas coisas são tão essenciais para o reavivamento e a reforma na igreja?
3. Considerando a Igreja Adventista do Sétimo Dia como um todo, qual é o maior obstáculo ao tipo de reavivamento e reforma necessários, a fim de alcançarmos o mundo? Seriam nossos ensinamentos e doutrinas? Claro que não! Essas são exatamente as coisas que Deus nos deu para proclamar ao mundo. O problema reside unicamente em nós, em nossos relacionamentos, invejas mesquinhas, contendas, egoísmo, desejo de supremacia e uma série de outras coisas. Por que você, não outra pessoa, nem o pastor, mas você, deve suplicar para que o poder do Espírito Santo produza as mudanças que têm que ocorrer em você antes de vermos o reavivamento e a reforma em toda a igreja?
Respostas sugestivas: 1. Paulo orientou a igreja a receber Marcos, que era companheiro de trabalho e um conforto para o apóstolo. Pediu que Timóteo levasse Marcos, porque lhe era útil para o ministério. 2. Reconhecimento das qualidades do outro; orar pela pessoa; abordagem humilde; respeito pelo outro; usar expressões carinhosas; apelar com sinceridade e emoção; reconhecer problemas e indicar soluções; fortalecer antigos vínculos de amizade; mostrar o lado positivo e as lições aprendidas com o problema; enfatizar o papel divino na transformação das pessoas envolvidas; interceder em favor de alguém que precisa de perdão (quem intercede precisa ter autoridade); demonstrar confiança na solução. 3. Todos os trabalhadores são importantes, mas a obra cresce pelo poder de Deus, o líder da obra. A base da igreja é Jesus Cristo. Ninguém faz a obra sozinho. Pessoas diferentes, com diferentes dons, devem se unir para cumprir uma só missão, dirigida por um único Deus. Devemos ter atitude de humildade, não de competição e comparação. 4. Jesus nos perdoou e salvou mesmo sem merecermos. Assim precisamos perdoar os semelhantes, praticando a verdade, o perdão, a honestidade e a pureza. 5. A) Falar com a pessoa que nos ofendeu. B) Se a pessoa não nos ouvir, devemos levar uma ou duas testemunhas, na tentativa de reconciliação. C) Se o conflito não for resolvido, levar o assunto à comissão da igreja, que tentará resolver o conflito. O princípio para os nossos relacionamentos é fazer de tudo para alcançar a reconciliação.
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