Norma Braga
A
Escritura se refere ao relacionamento entre Cristo e a igreja como um
noivado. Imagine agora que você só se encontre com seu noivo em festas
com muita gente e nunca, jamais, consiga conversar direito com ele.
Desesperador, não é? Pois é, muita gente acha que esse é o jeito certo,
ou o único, de relacionar-se com Cristo: cantar louvores, ouvir
pregações e palestras, orar - tudo isso em grupos, em eventos especiais.
No dia-a-dia, é como se Cristo estivesse muito longe para ser
alcançado...
Quando
eu era nova convertida, acredito que me sentia um pouco assim. Ia toda
empolgada para esses eventos - retiros, acampamentos, conferências -
esperando que Deus fizesse grandes coisas. De fato, raramente Ele me
decepcionava. Mas, à medida que fui crescendo na fé, entendi que há
muitas outras "grandes coisas" que Deus faz na mente e no coração de
Seus filhos, que se manifestam, como na história de Elias, no "cicio do
vento". E as grandes coisas, muitas vezes, não são as que causam maior
impacto em determinado local, deixando-nos boquiabertos, mas são aquelas
que vão se desenvolvendo ao longo da caminhada com Deus, de pouquinho
em pouquinho, e vão constituindo essa nova pessoa que Deus está
levantando na gente, arraigada em Cristo.
O mesmo
Cristo que está nos ajuntamentos da igreja é o Cristo com quem você fala
de portas fechadas em casa, que está com você no trabalho, nas aulas da
escola e da faculdade, ao seu lado enquanto você assiste à tv, lê um
livro ou conversa com incrédulos. É Ele que dará o tom a tudo o que
entra por seus olhos e ouvidos, para sua edificação. Por isso, para
crescer na fé, você precisa depender de Cristo em primeiro lugar,
momento a momento, como diria Francis Schaeffer. Essa consciência se
aprofunda com a maturidade cristã e é essencial para que os eventos
especiais, junto com seus pregadores, não sejam idolatrados.
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