Fonte Veja
Alimentação
O vegetariano tem propensão a não fumar, beber menos álcool, a se exercitar mais e a ser mais magro
Vegetarianos: Após acompanhar, ao longo de seis anos, mais
de 70.000 pessoas, pesquisadores americanos observaram que o risco de
morte nesse período foi 12% menor entre os vegetarianos em comparação
com os consumidores de carne
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAEsses dados fazem parte de um estudo feito na Universidade Loma Linda, localizada na cidade de Loma Linda, Califórnia, e publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Internal Medicine. Os 73.308 indivíduos que participaram da pesquisa responderam a um questionário sobre alimentação. A partir de suas respostas, eles foram incluídos em um dos cinco grupos — o dos não vegetarianos; o dos semi-vegetarianos (comem frango e frutos do mar em quantidades reduzidas); os pescovegetarianos (que comem frutos do mar); os ovolactovegetarianos; e os vegans. Depois, os pesquisadores acompanharam os participantes ao longo de seis anos.
Título original: Vegetarian Dietary Patterns and Mortality in Adventist Health Study 2
Onde foi divulgada: periódico Jama Internal Medicine
Quem fez: Michael Orlich, Pramil Singh, Joan Sabaté, Karen Jaceldo-Siegl, Jing Fan, Synnove Knutsen, Lawrence Beeson e Gary Fraser
Instituição: Universidade Loma Linda, EUA
Dados de amostragem: 73.308 pessoas
Resultado: Vegetarianos - sejam eles vegans, ovolactovegetarianos, semi-vegetarianos ou pescovegetarianos - têm, em média, um risco 12% menor de morrer em um período de seis anos do que quem come carne.
De acordo com os autores do estudo, o vegetariano tem propensão a ser mais velho, casado, a apresentar um nível maior de escolaridade, não fumar, beber menos álcool, a se exercitar mais e a ser mais magro.
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Somatória de evidências — A pesquisa colabora com outros trabalhos que já haviam encontrado uma relação entre o vegetarianismo e uma menor prevalência, por exemplo, de doenças crônicas, como as cardíacas e o diabetes. Porém, esse novo estudo, assim como os anteriores, não conseguiu encontrar qual é o mecanismo responsável pela associação entre a dieta vegetariana e um efeito protetor à saúde. As pesquisas, por enquanto, apenas encontraram uma relação estatística entre esse tipo de alimentação e uma menor prevalência de doenças e mortes.
“Ainda não podemos dizer com certeza, mas uma das possíveis razões que contribuem com esses benefícios é a abstenção ou a redução do consumo de carne vermelha”, diz Michael Orlich, coordenador do estudo. "Pode ser também que o consumo de muitos alimentos de origem vegetal por si só reduza a taxa de mortalidade.”
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Sucos de caixinha
Trocar o refrigerante por suco é um hábito que muita gente busca seguir, mas nem todos os sucos são assim tão saudáveis. Os sucos de caixinha contêm uma quantidade grande de açúcar, e mesmo as versões light ainda apresenta muitos conservantes (que podem prejudicar o funcionamento do intestino) e, em alguns casos, grandes quantidades de sódio. Muitas vitaminas presentes nas frutas são perdidas durante o processo de industrialização. Alguns fabricantes fazem a adição de vitaminas depois, mas mesmo assim a proporção não é a mesma dos sucos naturais. Sucos de polpa são um pouco mais interessantes nesse sentido, porque o processo de congelamento da fruta gera uma perda menor de vitaminas.Os sucos naturais são a melhor opção, mas também é preciso ter cuidado. A principal perda na hora de fazer o suco de fruta são as fibras, que são importantes para a função intestinal. "Se for tomado rapidamente, de 30 a 60 minutos depois de ser feito, o suco natural preserva grande parte das vitaminas", explica Celso Cukier, nutrólogo do hospital Albert Einstein. Fazer o suco de manhã para servir no almoço, portanto, não é o ideal. Apesar de ser natural, o suco de frutas ainda pode apresentar um alto índice glicêmico (capacidade do alimento de promover aumento da glicose sanguínea). "Diabéticos, principalmente, devem tomar cuidado com sucos, como de melancia e laranja, que elevam a glicemia", afirma Cukier.
Além disso, para fazer um suco é comum utilizar uma grande quantidade de frutas, o que pode gerar um aporte calórico alto na dieta. "Se a pessoa não tiver a ingestão diária de frutas adequada (4 a 5 porções), o suco pode ser uma opção, mas não em excesso", explica Maysa Guimarães, nutróloga dos Hospitais São Luiz, Leforte e Albert Einstein.
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