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domingo, 9 de junho de 2013

Lição da Esc. Sabatina - Lição 11 - Visões de esperança (Zacarias)

Lição 11 - Visões de esperança (Zacarias)

8 a 15 de junho






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jó 20, 21



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira” (Zc 3:10).



Leituras da Semana:

Pensamento-chave: Embora Israel tivesse sido punido por seus pecados, havia chegado o tempo de voltar ao relacionamento com Deus de acordo com Suas promessas.

Na parede de um antigo castelo na Europa central uma curta inscrição latina diz: “Dum spiro, spero”. Seu significado é: “Enquanto eu respiro, tenho esperança!” Esse ditado pode resumir a mensagem de Zacarias ao povo de Deus. Quase vinte anos depois de seu retorno do cativeiro babilônico, o desânimo substituiu o entusiasmo inicial entre os que começaram a se perguntar se Deus ainda estava presente entre Seu povo.

Zacarias, cujo nome significa “o Senhor lembra”, começou seu ministério profético poucos meses depois de Ageu ter iniciado o dele (Ag 1:1; Zc 1:1). Por meio de uma série de visões proféticas, Zacarias conheceu os planos de Deus para seus dias e para o futuro. O reino eterno de Deus estava próximo, mas o profeta chamou os que viviam no seu tempo a servir ao Senhor naquele momento. Boa parte do livro focalizou a maneira pela qual eles deveriam fazer exatamente isso. Nesta semana e na próxima, estudaremos o que o Senhor nos revelou por meio dele.






Domingo

Ano Bíblico: Jó 22–24



Palavras de vida


1. Qual é a mensagem essencial de Zacarias 1? Considere especialmente o verso 3. O que o Senhor disse ao povo?

O retorno do exílio em Babilônia despertou alegria no coração do povo remanescente, mas causou também ansiedade. Será que eles estariam seguros e livres de perigo na sua terra, ou os inimigos viriam novamente para atormentá-los? Deus tinha perdoado sua infidelidade passada, ou continuaria a puni-los? O que o futuro reservava para o povo escolhido de Deus e para as nações?
Em sua visão, Zacarias viu o anjo do Senhor se movendo para interceder por Judá. Ele começou com a pergunta: “Até quando [...]?” Na Bíblia, essa pergunta é muitas vezes usada como expressão de sofrimento das pessoas e pedido de ajuda do Senhor (Sl 74:10; Is 6:11; Dn 8:13). A resposta a essa pergunta veio diretamente por intermédio do anjo intérprete, que depois a transmitiu ao profeta. Ela continha palavras que prometiam a bondade e o conforto de Deus.

Zacarias foi instruído a proclamar que o Senhor era muito zeloso por Jerusalém (Zc 1:14). Zelo [ou ciúme] pode ter conotações negativas, mas na Bíblia essa palavra também pode ser uma expressão do amor de Deus. O Senhor amava Seu povo e esperava que ele fosse fiel. Em contraste com Seu amor por Jerusalém, o anjo disse que o Senhor estava irado com as nações que haviam tratado Seu povo de modo tão violento. A acusação contra as nações foi de que elas aplicaram ao povo de Deus um castigo maior do que o Senhor havia planejado, indo longe demais em seu tratamento cruel aos cativos.

Em Zacarias 1:14-16, Deus reconheceu que ficou irado com Seu povo, mas prometeu confortá-lo. Seu propósito, que o profeta foi encarregado de proclamar, era de Se voltar para Jerusalém com misericórdia. O Senhor confortaria Sião (Is 40:1), enquanto Sua ira seria direcionada aos inimigos. Jerusalém seria restaurada e voltaria a ser o lugar da habitação do Senhor.

Considere novamente Zacarias 1:3. Como podemos voltar para o Senhor e aceitar o convite para um relacionamento pessoal restaurado com Deus? Estamos voltando para Ele a cada dia?





Segunda

Ano Bíblico: Jó 25–28



O Senhor vem


Zacarias 2 registra uma visão em que o profeta contemplou uma Jerusalém renovada, tão repleta de pessoas que sua população se espalhava além de seus muros. Ela atrairá também incontáveis pagãos, um pensamento que deve ter soado muito estranho às pessoas. O verso 10 começa com um chamado à alegria, seguido pelo motivo para tal júbilo: a vinda pessoal do Senhor para viver em meio ao Seu povo.

O grandioso regresso do Senhor para habitar em Sua casa reconstruída foi motivo de louvor para aqueles que retornaram do exílio. Jerusalém, a morada do grande Rei, é chamada de “filha de Sião”, um carinhoso termo profético. Em vista de sua gloriosa perspectiva, Sião é convidada a se alegrar, porque o Senhor cuidará de Seu povo. Qualquer um que tocar no povo de Deus toca na menina do Seu olho (Zc 2:8).

O profeta disse que, no Dia do Senhor, muitas nações não hebreias virão e se unirão à aliança do Senhor. O plano original de Deus era que os povos das nações vizinhas vissem como a dedicação de Israel ao verdadeiro Deus resulta em bênçãos e prosperidade. Assim, eles seriam levados a se unir ao Senhor. Dessa forma, o remanescente de Israel e os gentios fiéis se tornariam um só povo, em cujo meio o Senhor habitaria. Esse evento cumpriria a promessa de Deus a Abraão e Sara de que, por meio de sua descendência, todas as nações da Terra seriam abençoadas (Gn 12:1-3).

2. Como devia se cumprir a profecia sobre a descendência de Abrão? Rm 15:9-18; Ef 3:1-8

Pela profecia de Zacarias, Deus promete não a destruição das nações, mas a inclusão delas entre o povo da aliança divina. O futuro prometido será o resultado da iniciativa de Deus e foi o desejo de muitos profetas bíblicos. Jesus Cristo comissionou Sua igreja a pregar a todo o mundo a boa notícia sobre a salvação que todos podem encontrar em Jesus, se a aceitarem individualmente. O apóstolo Paulo chamou esse plano do Senhor de “mistério oculto nos tempos passados” (Rm 16:25, NVI).

Como nossa compreensão da universalidade da mensagem do evangelho, e a ideia de que ele é para toda a humanidade, deve influenciar nossa maneira de viver? Quanto de nossa vida, tempo e pensamentos estão focalizados em alcançar o mundo com as maravilhosas verdades que recebemos?





Terça

Ano Bíblico: Jó 29–31



Prontidão divina para perdoar


3. Leia Zacarias 3. Como o evangelho é retratado nesse capítulo?

Com exceção de Isaías 53, talvez nenhuma parte do Antigo Testamento revele melhor do que Zacarias 3, a maravilhosa verdade da salvação pela fé. Nessa visão, o sumo sacerdote Josué estava sendo julgado a respeito de acusações trazidas pelo grande acusador, Satanás. Essas acusações contra o sumo sacerdote também se aplicavam à nação que ele representava. O nome Josué (também escrito como Yeshua) significa “o Senhor salva” (Mt 1:21), e também pode ser escrito como Jesus.

Na Bíblia, estar à direita é uma posição de defesa e proteção. O salmista disse: “O Senhor, tenho-O sempre à minha presença; estando Ele à minha direita, não serei abalado” (Sl 16:8; Sl 44:3.). Nesse caso, o acusador estava fazendo o oposto (Sl 109:6). Enquanto Josué estava intercedendo diante de Deus pelo povo, Satanás estava trazendo acusações contra eles com base em sua pecaminosidade.

O Senhor rejeitou as acusações, lembrando o acusador de que, em Sua misericórdia, Ele já havia escolhido Josué. Além disso, Seu povo já havia sofrido a plena medida do castigo divino. Como um tição tirado do fogo destruidor, Josué e o povo remanescente foram arrebatados do longo cativeiro na Babilônia (Am 4:11).

Por ordem do anjo do Senhor, as roupas de Josué, que representavam os pecados do povo, foram removidas e ele foi purificado. Em seguida, ele recebeu vestes finas de salvação e justiça.

Finalmente, Josué foi comissionado a fazer a vontade de Deus e andar em Seus caminhos, uma atitude que resultaria em múltiplas bênçãos de Deus.

“O sumo sacerdote não podia defender nem a si nem a seu povo das acusações de Satanás. Ele não afirmou que Israel estivesse isento de faltas. Em vestes sujas, simbolizando os pecados do povo – pecados que ele levava como seu representante – ele estava perante o anjo, confessando os pecados deles, mas apontando para seu arrependimento e humilhação, e descansando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado. Em fé ele reclamou as promessas de Deus” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 583, 584). Essas promessas certamente incluíam as vestes da justiça de Cristo.

Imagine ter que estar diante de Deus com suas próprias “vestes sujas”. Que grande esperança é apresentada aqui, e como você pode reivindicá-la e revelar a realidade dessa esperança por meio de uma vida santa e consagrada?






Quarta

Ano Bíblico: Jó 32–34




Não pela força humana


4. Leia Zacarias 4. Que esperança foi apresentada ao povo?

Nessa visão, Zacarias viu um candelabro alimentado por duas oliveiras, o que relembra o castiçal localizado no lugar santo do tabernáculo do deserto (Êx 25:31-40). As sete lâmpadas estavam dispostas em torno de um vaso grande, que servia como reservatório de azeite.

O vaso, com seu abundante suprimento de azeite, simboliza a plenitude do poder de Deus por meio de Seu Espírito. As sete lâmpadas brilham com grande luz, um símbolo da presença permanente de Deus, que dissipa toda a escuridão. Assim como o azeite de oliva é conduzido diretamente das oliveiras para o vaso de azeite no topo do candelabro, sem qualquer intervenção humana, igualmente o poder que vem de Deus é constante, suficiente e também não necessita de intervenção humana.

A mensagem da visão dada ao profeta foi que o templo de Jerusalém em breve seria reconstruído. O Espírito de Deus, não os esforços humanos, garantiria a conclusão da obra. Essa mensagem corajosa foi dada apesar do fato de que os obstáculos enfrentados pelos construtores pareciam tão grandes como uma “montanha” (v. 7).

Não foi dito ao profeta quem é representado pelo candelabro, mas podemos ter a certeza de que as duas oliveiras representam os dois líderes de Judá, Josué e Zorobabel. Em termos materiais, a posição de Zorobabel nunca poderia ser comparada ao poder real e força de seus antepassados Davi e Salomão. Do ponto de vista humano, eram inadequados todos os esforços e recursos disponíveis para os construtores. No entanto, a Palavra de Deus promete que um rei não é salvo pelo tamanho de seu exército, nem um guerreiro por sua grande força (Sl 33:16). Dessa forma, os líderes são informados de que Deus só pode ser glorificado quando todos os detalhes do serviço são guiados pelo Espírito Santo.

Nessa passagem profética, há um importante princípio que deve ser lembrado pelos cristãos: Deus pode nos chamar para tarefas difíceis, mas pela obra de Seu Espírito Ele pode realizar Seu propósito (Fp 2:13; 4:13). Pelo Espírito Santo, Deus provê o poder para realizar Sua obra hoje, assim como fez no passado. Isso é alcançado não por força ou poder humanos, mas pela atuação do Senhor por meio dos que estão dispostos a ser usados por Ele.

Leia atentamente Zacarias 4:6. Por que é tão importante ter sempre em mente nossa dependência total de Deus? O que pode acontecer quando nos esquecemos de que tudo o que temos, ou podemos fazer, vem somente do Senhor e de Seu poder operando em nós?





Quinta

Ano Bíblico: Jó 35–37



Além do jejum


No segundo ano do ministério de Zacarias, uma delegação de Betel foi a Jerusalém para fazer aos sacerdotes e profetas uma pergunta (Zc 7:1-3). Quando eles estiveram no exílio em Babilônia, o povo havia jejuado durante o quinto mês para lamentar a destruição do templo (2Rs 25:8, 9), além dos jejuns realizados no quarto, sétimo e décimo meses (Zc 8:19). O rompimento dos muros de Jerusalém era lembrado no quarto mês (Jr 39:2). O jejum no sétimo mês, o Dia da Expiação, era o único dia de jejum ordenado por Deus por intermédio de Moisés (Lv 16). Finalmente, no décimo mês, o povo lamentava o cerco de Jerusalém (Jr 39:1). Visto que o exílio havia terminado e a reconstrução do templo estava quase completa, o povo se perguntava se ainda era necessário jejuar no quinto mês.

5. Qual foi a resposta do Senhor? Essas palavras podem ser aplicadas a nós? Zc 7:8-14

A resposta de Deus por meio de Zacarias é dupla: primeiro, é necessário que o povo de Deus se lembre do passado, de modo que não o repita. O Senhor tinha advertido os antepassados de que Ele esperava que eles vivessem em confiança e obediência. O exílio foi uma punição por sua persistente rebelião. Então, o povo foi chamado a aprender com seus erros do passado. Em segundo lugar, o Senhor não fica feliz porque as pessoas se privam do alimento. Quando elas jejuam e se humilham diante de Deus, o arrependimento e a humildade precisam ser refletidos no que as pessoas fazem. Jejuar a fim de sentir pena de si mesmo é desperdício de tempo e esforço. Entre outras coisas, o jejum deve representar o tipo de morte para o eu, necessária para que sejamos capazes de deixar o egoísmo de lado e estender a mão para ministrar às necessidades dos outros. “O espírito do verdadeiro jejum e oração é o espírito que rende a Deus a mente, o coração e a vontade” (Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 189).


De que forma podemos colocar práticas religiosas válidas, tais como o jejum e até mesmo a oração, em lugar da verdadeira fé cristã em sua essência? Comente com a classe.




Sexta

Ano Bíblico: Jó 38–42



Estudo adicional


Satanás sabe que os que buscam o perdão e a graça de Deus os obterão. Por isso, ele apresenta diante deles seus pecados para desencorajá-los. Ele está sempre buscando razão para reclamação contra os que estão procurando obedecer a Deus. Ele busca fazer com que até mesmo seu melhor e mais aceitável serviço pareça corrupto. Mediante astúcias sem conta, as mais sutis e mais cruéis, ele procura assegurar a condenação deles.

“Em sua própria força, o homem não pode enfrentar as acusações do inimigo. Com suas vestes manchadas de pecado e em confissão de culpa, ele está perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta uma eficaz alegação em favor de todo aquele que, pelo arrependimento e fé, confia a Ele a guarda de sua vida. Ele defende sua causa e, mediante os poderosos argumentos do Calvário, derrota seu acusador. Sua perfeita obediência à lei de Deus Lhe concede todo o poder no Céu e na Terra, e Ele reclama de Seu Pai misericórdia e reconciliação para o homem culpado. Ao acusador do Seu povo Ele declara: ‘O Senhor te repreenda, ó Satanás. Estes são os que foram comprados com o Meu sangue, tição tirado do fogo.’ E aos que nEle descansam em fé, Ele dá a certeza: ‘Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de finos trajes’” (Zc 3:4; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 586, 587).


Perguntas para reflexão

1. Como a citação acima nos ajuda a compreender a verdade da salvação pela graça? Nos momentos de desânimo por causa de nossas falhas e deficiências, como podemos encontrar conforto e esperança nessas palavras, de modo que não nos afastemos do Senhor em total desespero por causa de nossa indignidade?

2. Por que é tão fácil cair na armadilha de tornar o jejum e outras atividades o centro da nossa religião? Que perigos existem quando transformamos nossa religião em nada mais do que uma espécie de serviço social? Como podemos encontrar o equilíbrio?


Respostas sugestivas: 1. Deus atua na história de Seu povo; Ele prometeu restaurar Jerusalém e o povo judeu e castigar as nações inimigas; o Senhor pediu que o povo se voltasse para Ele. 2. No ministério de Jesus Cristo, o Messias, descendente de Abraão, que veio para salvar judeus e gentios. Paulo levou a bênção de Abraão aos gentios. 3. O Anjo do Senhor apresenta o perdão, purificação e santificação do sacerdote Josué; o sacerdote foi salvo e recebeu uma nova oportunidade para servir ao Senhor. Jesus é representado por Aquele que tira os pecados da terra em um só dia. 4. A obra de Deus, que havia começado pequena, cresceria e seria vitoriosa, pela atuação poderosa do Espírito Santo (simbolizado pelo azeite que sai das oliveiras), pela Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo e pelos sete olhos do Senhor que percorrem a Terra, simbolizando a presença e atuação de Deus. 5. O importante era executar juízo verdadeiro, mostrar bondade e misericórdia aos irmãos, não oprimir viúvas, órfãos, estrangeiros e pobres, nem intentar o mal contra o próximo. Se o jejum fosse um meio de manter comunhão com Deus, seria um bom exercício espiritual. Mas se as pessoas jejuassem pensando em alcançar mérito diante do Senhor, o jejum seria pecado. O jejum podia ser feito, mas com espírito de gratidão, e não de justiça própria.

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