Publico em meu Blog este artigo do grande Reinaldo Azevedo, Colunista da Revista Veja, por alguns motivos,
a)Ser de grande valia para analisarmos o contexto das manifestações que ocorrem no pais.
b)Para que meus leitores saibam que há pessoas pensantes que estão apreensivos, com o resultados dessas manifestações, no caso o próprio Reinaldo, que diz, entre outras coisas, que quem poderá sair lucrando com essa baderna toda é o próprio PT. Foi isso que entend-----
-"Como saldo dessas três semanas, temos governantes obrigados a estuprar as contas públicas para satisfazer a suposta vontade das ruas e a pressão por uma reforma política que, levada a efeito, criará uma legislação menos democrática do que a que temos hoje. Querem apostar?"--
c) confirma o que eu escrevi em meu blog e também no facebook, que esse movimento começou como armação do PT para desmoralizar o governo de são Paulo Geraldo Alckmim. Muitos discordaram de mim, dizendo que não tinha nada a ver, pois eu não estava só nesta suspeita. Veja.o que disse o Reinaldo - "José Eduardo Cardozo, o Garboso, um dos responsáveis pelo transe das ruas (ele foi um dos gênios que imaginaram que a confusão ficaria restrita a São Paulo e prejudicaria Geraldo Alckmin…)"-
Portanto, minhas suspeitas estava no caminho certo. Foi o que escrevi em duas matérias publicadas neste blog. OS BADENEIROS SÃO PETISTAS A SERVIÇO DO PARTIDO e O TIRO SAIU PELA CULATRA
Veja a matéria do Reinaldo Azevedo. Vale a pena
Por Reinaldo Azevedo
a)Ser de grande valia para analisarmos o contexto das manifestações que ocorrem no pais.
b)Para que meus leitores saibam que há pessoas pensantes que estão apreensivos, com o resultados dessas manifestações, no caso o próprio Reinaldo, que diz, entre outras coisas, que quem poderá sair lucrando com essa baderna toda é o próprio PT. Foi isso que entend-----
-"Como saldo dessas três semanas, temos governantes obrigados a estuprar as contas públicas para satisfazer a suposta vontade das ruas e a pressão por uma reforma política que, levada a efeito, criará uma legislação menos democrática do que a que temos hoje. Querem apostar?"--
c) confirma o que eu escrevi em meu blog e também no facebook, que esse movimento começou como armação do PT para desmoralizar o governo de são Paulo Geraldo Alckmim. Muitos discordaram de mim, dizendo que não tinha nada a ver, pois eu não estava só nesta suspeita. Veja.o que disse o Reinaldo - "José Eduardo Cardozo, o Garboso, um dos responsáveis pelo transe das ruas (ele foi um dos gênios que imaginaram que a confusão ficaria restrita a São Paulo e prejudicaria Geraldo Alckmin…)"-
Portanto, minhas suspeitas estava no caminho certo. Foi o que escrevi em duas matérias publicadas neste blog. OS BADENEIROS SÃO PETISTAS A SERVIÇO DO PARTIDO e O TIRO SAIU PELA CULATRA
Veja a matéria do Reinaldo Azevedo. Vale a pena
25/06/2013
às 17:26Dilma está perdidaça, mas conserva a memória da VAR-Palmares. Não haverá Constituinte, mas é grande a chance de vir o que não presta. Inflexão se dará à esquerda. Liberais se esqueceram de que não aprenderam a brincar com fogo
A
presidente Dilma Rousseff estava abatida, todo mundo viu. Até agora,
não entendeu o que está acontecendo no país. Na verdade, ninguém sabe
muita coisa, além do fato de que muita gente, no Brasil, especialmente
TVs, resolveu brincar de “Primavera Árabe”. Como não há ditadura no país
— ou há? —, uma reivindicação aloprada de gratuidade total nos
transportes abriu a janela para que se saísse às ruas protestando contra
tudo o que não vai muito bem. O curioso é que os mais pobres, os que
realmente padecem com a carência de serviços públicos, aderiram apenas
timidamente. Segundo pesquisa do Ibope, 23% dos participantes têm renda
familiar acima de 10 salários mínimos; 26%, entre 5 e 10. Nada menos de
43% têm entre 14 e 24 anos. Há reivindicações para todos os gostos. Há
setores insatisfeitos de classe média, há uma penca de movimentos à
esquerda do PT etc. O saldo de uma ocupação meio destrambelhada das
ruas, sem alvo definido, antevi aqui, seria uma torção à esquerda do
processo político. Está em curso, ainda que Dilma tenha recuado da
proposta estúpida da Constituinte exclusiva. Mas como é que se chegou a
ela?
Se Dilma
conversou com alguém — com Lula ou João Santana —, não se sabe. É até
possível. O Apedeuta fez essa mesma proposta há sete anos. Uma coisa é
certa: apareceu com os cinco pontos alinhavados como se tivesse pensado
tudo sozinha. Pegou seus próprios ministros de surpresa. José Eduardo
Cardozo, o Garboso, um dos responsáveis pelo transe das ruas (ele foi um
dos gênios que imaginaram que a confusão ficaria restrita a São Paulo e
prejudicaria Geraldo Alckmin…), não é tão ignorante na matéria que não
soubesse que a proposta era inconstitucional. Alertou para as
dificuldades. Aloizio Mercadante, hoje interlocutor privilegiado, deu a
maior força… Se a generala quer, ele topa! Ela propõe, e ele entra com o
entusiasmo.
SINAL EVIDENTE DE QUE O GOVERNO ESTÁ PERDIDO
Num mesmo dia, Dilma se reúne com a Rosa Luxemburgo e o Rimbaud das catracas, os sedizentes representantes do povo do Movimento Passe Livre. Em seguida, chama para um “pacto” os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais com uma proposta que era ignorada até por seus ministros mais próximos. Pior: falou para as câmeras antes de dialogar com os interlocutores escalados. Ao fim da reunião, os mais imprudentes resolveram conversar com os jornalistas para dizer… nada! Os mais prudentes preferiram ficar longe das câmeras.
Num mesmo dia, Dilma se reúne com a Rosa Luxemburgo e o Rimbaud das catracas, os sedizentes representantes do povo do Movimento Passe Livre. Em seguida, chama para um “pacto” os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais com uma proposta que era ignorada até por seus ministros mais próximos. Pior: falou para as câmeras antes de dialogar com os interlocutores escalados. Ao fim da reunião, os mais imprudentes resolveram conversar com os jornalistas para dizer… nada! Os mais prudentes preferiram ficar longe das câmeras.
O governo
está perdido, sim, mas não custa lembrar que Dilma é uma ex-dirigente da
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. Nos movimentos de esquerda,
terroristas (como foi a VAR-Palmares) ou não, o primeiro passo é ocupar
todos os espaços. Se determinados grupos assumem o protagonismo “da
luta”, então é a luta, por si, que os legitima, não a sua
representatividade. Nesse caso, é preciso ter um pouquinho ao menos de
conhecimento das teorias revolucionárias para acompanhar o movimento.
Assim, é irrelevante o que queiram o MPL e assemelhados, o importante é
que eles se apresentam como porta-vozes da insatisfação. POR ISSO,
EMBORA O SINAL DAS RUAS ESTEJA MAIS PARA CONSERVADOR DO QUE PARA O DITO
PROGRESSISTA, O MOVIMENTO DO PODER SE DÁ EM DIREÇÃO À ESQUERDA. Daí
também a tolice dos liberais que se mostram reverentes ao “povo da rua”.
Vão perder sempre a batalha porque não têm amanhãs sorridentes a
oferecer. As esquerdas têm — do transporte gratuito ao assalto ao céu,
tudo lhes é permitido. Ademais, como levar para a mesa do Planalto os
que querem o fim da corrupção? Quem são eles? Como levar para a mesa os
que querem uma educação de maior qualidade? Quem são eles? Já o MPL…
Dilma
apareceu, então, com as suas propostas supostamente estruturantes: R$ 50
bilhões para a mobilidade urbana… Vão sair de onde? Vamos ver. Dinheiro
dos royalties do petróleo do pré-sal para a educação… A grana ainda
está uns sete mil metros abaixo do solo. Pacto pela responsabilidade
fiscal. Sei. Dita a coisa dessa maneira, é piada de vários modos.
Governadores e prefeitos estão submetidos, por exemplo, à Lei de
Responsabilidade Fiscal, mas o governo federal, notório maquiador de
números, não. Mais: o espírito das ruas está a cobrar justamente o
contrário: irresponsabilidade fiscal… Ou governadores e prefeitos não
estão tendo de estuprar as contas públicas para fazer as vontades dos
coxinhas da catraca? O governo federal aceita, por exemplo, se submeter
às mesmas penas de prefeitos e governadores caso estourem as contas? A
presidente também fala em considerar a corrupção crime hediondo, o que
avança mais para o terreno da demagogia do que da efetividade. Ainda
voltarei a esse aspecto. No pacote, veio a exótica proposta de
Constituinte.
Parecia
uma saída esperta, mas era de tal sorte exótica que o resultado,
obviamente, foi negativo. O noticiário praticamente ignorou o resto das
medidas para se ater a esse ponto em particular. Do Supremo Tribunal
Federal, chegou o recado : “Aqui não passa”. O próprio vice-presidente
da República, Michel Temer, que comanda o maior partido da base aliada, o
PMDB, ficou sabendo da proposta ali, no ato, junto com os demais “não
interlocutores”. Temer, professor de direito constitucional, é autor de
um artigo, escrito em 2007, que critica duramente a proposta. Escreveu
então:
“É
inaceitável a instalação de uma constituinte exclusiva para propor a
reforma política. Não vivemos um clima de exceção e não podemos
banalizar a ideia da constituinte, seja exclusiva ou não. Seu
pressuposto ancora-se em certo elitismo, porquanto somente pessoas
supostamente mais preparadas e com maior vocação pública poderiam dela
participar. O que, na verdade, constitui a negação do sistema
representativo.”
Confusa, mas reverente
Dilma está confusa, sim, mas decidiu ser reverente à pressão das ruas. As propostas têm o sotaque do social, mas, todo mundo sabe, ainda que postas em prática, são de resposta lenta. A Constituinte exclusiva durou menos de 24 horas, está descartada, mas não a intenção de fazer uma reforma política alinhada com o “espírito da rua”. A questão é saber de qual rua. Farei um post específico sobre as barbaridades que estão em debate, levadas adiante por supostos representantes da vontade popular.
Dilma está confusa, sim, mas decidiu ser reverente à pressão das ruas. As propostas têm o sotaque do social, mas, todo mundo sabe, ainda que postas em prática, são de resposta lenta. A Constituinte exclusiva durou menos de 24 horas, está descartada, mas não a intenção de fazer uma reforma política alinhada com o “espírito da rua”. A questão é saber de qual rua. Farei um post específico sobre as barbaridades que estão em debate, levadas adiante por supostos representantes da vontade popular.
Se algumas
propostas que estão sendo apresentadas quase como consenso, pautadas
por um furor moralista burro, virarem leis, os canalhas é que acabarão
sendo beneficiados. Quem declarou que a moral é imoral é o PT, não eu.
Não vejo nada de errado com um processo de moralização da política,
desde que ele não seja contraproducente. Aguardem um post específico a
respeito.
Como essa
crise tem na raiz alguns problemas crônicos, porém exacerbados de
maneira um tanto artificial por aqueles que decidiram brincar de
Primavera Árabe e incentivar a ocupação das ruas, não existem respostas
rápidas. Nem governo nem oposição lucram politicamente com ela. Os
únicos que podem se beneficiar são aqueles que constroem o seu discurso
político apontando a falência da política, como Marina Silva, por
exemplo. Com quem governaria depois? Bem, esse é um mistério escondido
no coração sonhático da floresta.
Como saldo
dessas três semanas, temos governantes obrigados a estuprar as contas
públicas para satisfazer a suposta vontade das ruas e a pressão por uma
reforma política que, levada a efeito, criará uma legislação menos
democrática do que a que temos hoje. Querem apostar? Gente que não tem
experiência com fogo resolveu testar a pirotecnia. Vai se queimar.
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