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Edson Camargo
Em poucas horas, o
pretexto-estopim, o preço da passagem, forjado por um grupo que recebia verbas do
governo federal, aliado a partidos de extrema-esquerda que cooptaram punks para
as manifestações, passou a ser um conglomerado de indignações genéricas,
emotivas, apontadas a ninguém. Notoriamente baseadas em slogans midiáticos e
sempre fundamentadas em premissas da mentalidade esquerdista, ainda que nem
sempre de forma tão direta. Bastou. Dessa forma, encantaram até mesmo milhões
de cristãos, levados a pensar que a “justiça” pela qual clamam os baderneiros
totalitários é a mesma das Escrituras e que serviu de base para o surgimento
das instituições e políticas que garantiram um mínimo de liberdade civil na
civilização ocidental.
Quando a Rede Globo, o PSTU, o
PSOL, petistas e ONGs financiadas por George Soros estão TODOS irmanados num
movimento, o mais elementar é concluir é que isso não evocará nem um princípio,
meio ou objetivo minimamente alinhado a valores cristãos. Os quais nem mesmo
nas táticas de propaganda revolucionária, montada a cooptar quem quer que seja,
foram vistos. Tanto que os baderneiros já reclamam: “Não é uma causa pelos valores e
pela família. Não estamos pedindo o fim do Estado – pelo contrário!” Mas há
uma facilidade demasiadamente perigosa em esquecer que “o mundo jaz no
maligno”. Velhas ordenanças bíblicas, como “não te associe com os revoltosos”
(Pv. 24, 21,22) ou “não seguirás a multidão para fazeres o mal” (Ex. 23:2), que
bem apontam o erro brutal que há em seguir massas enfurecidas, simplesmente
sumiram da mente de milhares de cristãos.
Sei que, em muitos lugares,
partidos de esquerda foram esculachados. Mas não adianta criticar na passeata e
sequer perceber o quanto adquiriu do modus pensandi desses facínoras. E esse é
grandes desafios da igreja brasileira hoje: livrar-se desse ranço ideológico
maldito, e restaurar a cosmovisão cristã em todas as dimensões da vida.
Há uma nova tecnologia de guerra
cultural e política em teste. Que foi capaz de levar hordas às ruas clamando,
no fim das contas, por mais e mais intervenção estatal em suas vidas.
Reclamando dos sintomas do veneno, pedem uma dose ainda maior dele em suas
veias.
Hoje é o day after da tal “Segunda-feira Branca”. Não há nenhum risco na
lataria das limusines dos verdadeiros detentores do poder político. Dilma
Rousseff ainda achou lindo: “o governo ouve vozes pela mudança”. E agora,
manifestante, o que me diz? Sua revolta já foi absorvida e canalizada
justamente pelo ícone máximo de “tudo isso que está aí”. É digno de nota, que,
mesmo com toda a fúria mobilizada contra as PMs, e com casas legislativas
atacadas, todas as sedes do Poder Executivo onde manda o PT permaneceram
intactas. Uma era totalitária é assim. Massas nas ruas, mas a comitiva do Führer (ou do Duce, ou do “Comandante”)
segue tranquila.
A mudança positiva, para os padrões
do PT e demais revolucionários, sabe-se bem qual é: é a do “socialismo do
século XXI”, este, do Foro de São Paulo, da aliança com Cuba, com a Venezuela,
com a elite do globalismo ocidental: essa que apoia aborto, a dissolução da
família, que obstrui a livre iniciativa e o livre mercado, que faz da imagem
dos cristãos, na grande mídia, a perfeita personificação do que há de mais
repulsivo. A não ser, é claro, que o tal cristão, em termos práticos, seja um
apóstata: um botton pró-gay o redime ante os novos sacerdotes do poder
revolucionário global que, um dia — desculpem, mas a profecia do apóstolo João
permanece válida —, entronizarão o anticristo.
Fonte:
GospelMais
Divulgação:
www.juliosevero.com
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