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quinta-feira, 9 de maio de 2013

A Reforma de 1914 e o Anjo de Apocalipse 18 - 1ª Parte

Leia o texto com atenção. É um pouco longo, mas impressindível, para que voce não seja enganado por falsas doutrinas, ou movimentos espúrios

Fonte http://www.movimentodereforma.blogspot.com.br

A Reforma de 1914 e o Anjo de Apocalipse 18 - 1ª Parte

Dentre os vários movimentos chamados de reforma, que nestes últimos dias têm surgido com a pretensão de reformar a igreja, o mais perigoso é o que tem sua origem na guerra de 1914. Digo ser este o mais perigoso porque, além de ser falso, seus agentes são bem instruídos pelo arquienganador na arte de torcer a Palavra de Deus e os Testemunhos, para mais facilmente aplicarem o aguilhão venenoso do erro que lhes é próprio.

Este artigo porá a descoberto, tanto aos nossos irmãos como aos que já foram enganados pelos inimigos da verdade, que o movimento reformatório de 1914 não encontra apoio nem na Palavra de Deus nem no Espírito de Profecia.

A primeira coisa que temos a fazer, pois, em nome de Deus, é dinamitar a base impudica do edifício desta pretensa reforma, para que vejamos ruir toda a sua estrutura e tenhamos uma ideia mais evidente do nulo valor do material com que o construíram. As três mensagens do Apocalipse 14 constituem a bomba que fará desabar em ruínas irremovíveis, agora mesmo, o satânico edifício do embuste.

A Mensagem do Primeiro Anjo

Esta primeira mensagem angélica trata do grande despertamento religioso ocorrido antes de 1844. Na América, na Europa, Ásia e África soou poderosa a voz do primeiro anjo, simultaneamente. O mundo foi abalado por sua proclamação. E a nota tônica desta solene mensagem era a segunda vinda de Cristo em 1844, para juízo. Homens de fé poderosa foram despertados por Deus para erguerem com valor o estandarte do primeiro anjo em várias partes do mundo.

Nos Estados Unidos, a princípio, a oposição quase não se fez notar. Grande foi o número dos que puseram de lado suas convicções religiosas e suas próprias ocupações seculares para dedicarem-se à proclamação das boas novas desta primeira mensagem angélica.

Mas afinal a oposição cerrou fileiras. Os falsos pastores e o povo por eles fanatizados, uniram-se em perseguir Miller e seus cooperadores, ao anunciarem um tempo definido para a volta de Jesus. Em diferentes ocasiões procuraram armar ciladas a Miller para tirar-lhe a vida. Ele, porém, era protegido pelos anjos de Deus. Não só se opuseram à mensagem, "do púlpito, mas também negaram a seus membros o privilégio de assistir às pregações sobre o assunto, ou mesmo falar de tal esperança nas reuniões de oração da igreja." — Conflito dos Séculos, pág. 376.

Mas milhares aceitaram a gloriosa mensagem e manifestaram verdadeira contrição de coração. Era este o sexto período da igreja, denominado Filadélfia — "amor fraternal".

A Mensagem do Segundo Anjo

"A mensagem do segundo anjo de Apocalipse 14, foi primeiramente pregada no Verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada, e onde a decadência das igrejas mais rápida havia sido."— Conflito dos Séculos, pág. 389.

A poderosa voz do "Clamor da Meia-Noite" deu grande impulso à conclusão da mensagem do segundo anjo. Diz a irmã White: "Próximo ao fim da mensagem do segundo anjo, vi uma grande luz do céu brilhar sobre o povo de Deus. Os raios desta luz pareciam brilhar como o sol. E ouvi as vozes dos anjos clamando: 'Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.' Isto era o clamor da meia-noite, que devia dar poder à mensagem do segundo anjo... A poderosa obra foi cumprida pelo clamor da meia-noite". — Early Writings, págs. 237-238.

"No Verão de 1844 aproximadamente cinquenta mil se retiraram das igrejas". — C . dos Séculos, pág. 376.

"As igrejas que recusaram receber a mensagem do primeiro anjo, rejeitaram a luz do céu e caíram do favor de Deus. Elas confiaram em sua própria força, e por oporem-se à primeira mensagem colocaram-se onde não podiam ver a luz da mensagem do segundo anjo. Mas os bem-amados de Deus, que estavam oprimidos, aceitaram a mensagem, 'caiu Babilônia', e deixaram as igrejas". — Early Writings, pág. 237.

A Mensagem do Terceiro Anjo

No terceiro anjo divisamos indiscutivelmente o povo do advento com a última mensagem ao mundo. É isto mesmo o que diz o Espírito de Profecia: "O terceiro anjo, voando pelo meio do céu, e anunciando os mandamentos de Deus e o Testemunho de Jesus, representa nossa obra". — Testimonies for the Church, Vol. V , pág. 383. Ela inclui as duas primeiras mensagens: "A mensagem do terceiro anjo, abrangendo as mensagens do primeiro e segundo anjos, é a mensagem para este tempo".— Testimonies for the Church, Vol. 8, pág. 197.

E , diz ainda a serva de Deus, "a mensagem do terceiro anjo deve preparar um povo para permanecer nestes dias de perigo." — Testimonies for the Church, Vol. 8, pág. 94. Não outra mensagem preparará, mas esta única. Portanto, é evidente que não haverá um quarto anjo.

O Anjo do Apocalipse 18

Que anjo é este? Se perguntarmos aos chamados reformistas de 1914, dirão que este anjo representa a reforma deles! Mas, "nenhuma mentira vem da verdade". E , "nada podemos contra a verdade". I S. João 2:21; II Cor. 13:8.

O Espírito de Profecia dir-nos-á, agora mesmo, que anjo é o anjo de Apocalipse 18, que iluminou a terra com a sua glória:

"Como predito no décimo oitavo capítulo do Apocalipse, a mensagem do terceiro anjo deve ser proclamada com grande poder por aqueles que dão a final advertência contra a besta e sua imagem... Esta é a mensagem dada por Deus para ser proclamada por ocasião do alto clamor do terceiro anjo." — Testimonies for the Church, Vol. 8, pág. 118.

Notemos as três grandes declarações da serva de Deus nesta citação dos testemunhos:

1. O anjo de Apocalipse 18 é o mesmo terceiro anjo.
2. É a final advertência do terceiro anjo contra a besta e sua imagem.
3. É o Alto Clamor do terceiro anjo no devido tempo.

Aí está, pois, no Apocalipse 18, a obra finalizadora do terceiro anjo. Este mesmo anjo que iniciou a sua obra em 1844, a terminará com grande poder como revelado na Palavra de Deus e confirmado pelo Espírito de Profecia. "Esta é a última mensagem e nenhuma outra seguirá. Nenhum outro convite de misericórdia será dado depois desta mensagem ter feito a sua obra." — Testimonies for the Church, Vol. V, págs. 206 e 207.

A mensagem do anjo de Apocalipse 18 é, pois, o último apelo do terceiro anjo aos servos de Deus que estão em Babilônia, aliás, nas igrejas populares. É isto o que diz o testemunho do Espírito de Profecia, citado acima.

Os pretensos reformistas confirmam que, na verdade, somos o terceiro anjo. Afirmam, porém, que eles são o quarto anjo! Ridícula pretensão: querer ser um quarto anjo, arranjado por eles! Onde está o quarto anjo? Não existe um quarto anjo. O anjo que eles chamam de quarto anjo, o Espírito de Profecia diz ser o mesmo terceiro anjo. Vemos assim como torcem a verdade! Preparados por seus chefes à sombra do arquinimigo, na arte de enganar, andam de casa em casa dos nossos irmãos, advertindo que eles são o quarto anjo e que devem deixar a igreja e ajuntar-se com eles! A irmã White, porém, os desmascara; põe a descoberto que são agentes do adversário de Cristo, para demolirem em vez de construírem.

Nossos irmãos são advertidos na Palavra de Deus a não receberem estes falsificadores com capas de ovelhas e aparência de santos, fingindo-se irmãos.

Vimos como o Espírito de Profecia jogou por terra a reforma de 1914 já bem antes dela surgir. Contrariando ainda a pretensão reformista de encontrar sua base no anjo do Apocalipse 18, a irmã White dá-nos outros detalhes da majestosa obra deste anjo, que ela diz ser o mesmo terceiro anjo.

União com o Terceiro Anjo

"No Apocalipse João diz do mensageiro celestial que se une ao terceiro anjo: 'E vi outro anjo descendo do céu, tendo grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória. E ele clamou poderosamente com forte voz’." — Testimonies for the Church, Vol. VI, pág. 60.

"Vi anjos, no céu, indo apressadamente" de um lado para outro, descendo à terra, e ascendendo de novo ao céu, preparando-se para a realização de algum acontecimento importante. Vi então outro poderoso anjo comissionado para descer à terra, a fim de unir sua voz à do terceiro anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a terra foi iluminada com sua glória. A luz que acompanhava este anjo penetrou por toda a parte, ao clamar ele poderosamente, com grande voz: 'Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível.' Apoc. 18:2.

"A mensagem da queda de Babilônia, conforme é dada pelo segundo anjo, é repetida com a menção adicional das corrupções que têm estado a entrar nas igrejas desde 1844.

A obra deste anjo vem no tempo devido unir-se à última grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor. E o povo de Deus assim se preparará para estar em pé na hora da tentação que em breve devem enfrentar. Vi uma grande luz repousando sobre eles, e uniram-se destemidamente para proclamar a mensagem do terceiro anjo... Esta mensagem pareceu ser adicional à terceira mensagem, unindo-se a ela assim como o clamor da meia-noite se uniu à mensagem do segundo anjo, em 1844." — Test. Selectos, Vol. I I , pág. 223 (Citado de Early Writings, pág. 277).

Análise dos Testemunhos Citados Acima

O anjo do capítulo 18 do Apocalipse unir-se-á ao terceiro anjo, no devido tempo, para dar poder à última grande obra da sua mensagem ao tomar esta o volume de um Alto

Clamor. Quando o tempo chegar para tal obra, o terceiro anjo, fortalecido pelo do capítulo 18, declarará caída a Babilônia constituída pelas falsas igrejas, e apelará ao povo que Deus tem nestas igrejas, para que as abandonem. Portanto, o Alto Clamor do terceiro anjo realizar-se-á para chamar de Babilônia ou das falsas igrejas, os servos de Deus que lá estão, e não diz respeito a uma obra a ser feita dentro da igreja adventista. A igreja é que fará uma obra tal no mundo, no tempo devido.

Sem Olhos para Ver

Os pretensos reformistas não querem ver a sublime luz da verdade. Estão cegados pelo inimigo. II Cor. 4:3 e 4. Pretendendo fazer a obra de Cristo, estão na verdade de mãos dadas com o Seu adversário. II Cor. 11:13-15.

Conhecem os testemunhos citados, mas não os aceitam. Pretendem ser o anjo do Apocalipse 18, enquanto estão desligados do terceiro anjo, ou do povo de Deus; pois a irmã White, em quem pensam crer, diz claramente que aquele anjo unir-se-á ao terceiro.

Ambos os anjos são um e têm uma mesma obra, constituem um mesmo povo, o povo do advento, como também uma mesma mensagem. Mas tais homens não veem esta clara verdade!

Ignoram voluntariamente que, como os anjos dos capítulos 10 e 14:8 constituem em suas mensagens apêndices da mensagem do primeiro anjo, do mesmo modo os anjos dos capítulos sete e dezoito constituem em suas mensagens apêndices da mensagem do terceiro anjo. Noutros termos, os três anjos ligados ao movimento adventista antecedendo a 1844, são simplesmente um único anjo, uma só mensagem, um só movimento por eles representados. Igualmente os três anjos ligados ao movimento posterior à decepção de 1844, são também um só anjo, uma só mensagem, um só movimento por eles representados, até ao fim da graça. Isto está em harmonia com a Palavra de Deus e o Espírito de Profecia.

Até certo tempo depois da guerra, não declararam que eram qualquer anjo; mas, quando suas absurdas pretensões não foram aceitas pela Conferência Geral, arranjaram então um anjo para os representar, o do capítulo 18 do Apocalipse, que denominaram de quarto anjo, e disseram e ainda dizem, que o Alto Clamor é levantado por eles, que são este anjo.

Então separaram-se da igreja e formaram um movimento à parte, sob a bandeira dum quarto anjo fictício e arranjado por eles. E o mais engraçado é que dizem não estarem separados! Têm um movimento inteiramente à parte e Satanás fá-los crer que não estão separados.

As várias reformas efetuadas em Israel eram feitas em Israel mesmo e não num movimento em separado. Assim fizeram Samuel, Elias, Isaías e outros profetas. Mas os modernos reformistas pretendem reformar a igreja fora dela, como se fosse possível reformar uma casa fora dela ou construindo outra! E ainda esforçam-se por fazerem os fracos crentes crerem que a obra deles é o Alto Clamor!

A Separação é Obra de Satanás

"Satanás inventará todo trama possível para separar aqueles a quem Deus está procurando unir. Mas não devemos ser transviados por seus enganos." — Counsels on Health, pág. 517.

"Satanás sabe muito bem que o bom êxito depende da ordem e da cooperação harmônica. Foi-me mostrado que é o empenho particular de Satanás induzir os homens a pensarem que é a vontade de Deus que se separem e que sigam os seus próprios caminhos, independentes de seus irmãos." — Test. para a Igreja, pág. 74.

"Não deve haver nenhuma mudança na feição geral de nossa obra. Ela deve permanecer tão clara e distinta como a profecia a tem apresentado." — Testemonies for the Church, Vol. VI, pág. 17.

Fora da Lei e dos Testemunhos

Pelo que vimos e ainda veremos, a reforma de 1914 está completamente fora da lei e dos testemunhos. "À lei e ao testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva. "Outra versão reza:"... não têm iluminação" Isa. 8:20.

Quando a Palavra de Deus e os testemunhos dizem e eles não aceitam, antes torcem tudo, é evidente que "não têm iluminação." Estão fora da lei e dos testemunhos.

Fora de Base Profética

Também é um movimento sem base profética. Todos os movimentos relativos ao povo de Deus são fundados na palavra da profecia. Assim foi o Êxodo, a volta do cativeiro, o movimento apostólico, cada período das sete igrejas, a reforma do século dezesseis, o movimento adventista antes de 1844 e o movimento do advento de 1844 até ao fim. E onde está o fundamento profético dos reformistas que estamos considerando? A Palavra de Deus e os Testemunhos asseguram que não existe. Portanto, constituem um movimento falso.

Constatamos que o Espírito de Profecia acentua que o anjo de Apocalipse 18 unir-se-á ao terceiro anjo e dará força e poder à sua mensagem que iluminará toda a terra e chamará o povo de Deus das falsas igrejas que constituem Babilônia.

O Tempo da Mensagem do Anjo de Apocalipse 18

Graças à bendita luz do Espírito de profecia, temos a inconfundível certeza do tempo da mensagem do anjo de Apocalipse 18, que é o Alto Clamor do terceiro anjo. É naquele tempo que tomará lugar a verdadeira reforma de que nos fala a Palavra de Deus e o Espírito de profecia, que é também a sacudidura. Como evidência citaremos a seguir vários e indiscutíveis testemunhos.

O Terceiro Anjo Iluminará Toda a Terra com seu Alto Clamor

"O terceiro anjo, voando pelo meio do céu, e anunciando os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, representa nossa obra. A mensagem nada perde de sua força no contínuo voo do anjo; porque João vê seu incremento em força e poder até que toda a terra é iluminada com a sua glória. A marcha do povo que guarda os mandamentos de Deus está indo avante, sempre avante. A mensagem da verdade que estamos conduzindo deve ir às nações, línguas e povos. Logo ela irá com alta voz, e a terra será iluminada com a sua glória. Estamo-nos preparando para este grande derramamento do Espírito de Deus?" — Testimonies for the Church, Vol. V, pág. 383.

O Alto Clamor do Terceiro Anjo no Derramamento da Chuva Serôdia

"O começo do tempo de provação, aqui mencionado, não se refere ao tempo em que as pragas serão derramadas, mas a um curto período exatamente antes delas serem derramadas, enquanto Cristo está no santuário. Naquele tempo, enquanto prossegue a obra de salvação, a provação virá sobre a terra, e as nações encolerizar-se-ão, mas serão contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. Naquele tempo a 'chuva serôdia', ou o refrigério da presença do Senhor, virá, para dar poder ao alto clamor do terceiro anjo, e preparar os santos para permanecerem no período em que as sete últimas pragas serão derramadas." — Early Writings, págs. 85 e 86.

"Ao atingir a terceira mensagem o volume de um alto clamor, e com grande poder e glória empenhar-se na finalização da obra, o fiel povo de Deus participará daquela glória. É a chuva serôdia que os reviverá e fortalecerá para passarem através do tempo de provação. Suas faces brilharão com a glória daquela luz que acompanha o terceiro anjo". — Testimonies for the Church, Vol. I, pág. 353.

O Alto Clamor do Terceiro Anjo ao Desabar a Perseguição

"Mas, de outro lado, quando a tormenta da perseguição realmente desabar sobre nós, a ovelha verdadeira ouvirá a voz do verdadeiro pastor... Então a mensagem do terceiro anjo se elevará a um alto clamor, e toda a terra será iluminada com a glória do Senhor." — Testimonies for the Church, Vol. VI, pág. 401. Veja-se também Conflito dos Séculos, pág. 607.

A Reforma Verdadeira no Alto Clamor do Terceiro Anjo por Ocasião da Chuva Serôdia

"Em visões da noite passaram diante de mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres se operavam. Viu-se um espírito de intercessão, tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte à proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ações e graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844". — Testemunhos Seletos, Vol. V, pág. 261. Também em Testimonies for the Church, Vol. IX, pág. 126; Counsels on Health, pág. 580.

"Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a terra haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos.

Naquele tempo muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto ministros como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor". — O Conflito dos Séculos, pág. 464.

"O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a terra toda com sua glória. Prediz-se com isto uma obra de extensão mundial e de extraordinário poder. O movimento adventista de 1840 a 1844 foi uma manifestação gloriosa do poder de Deus; a mensagem do primeiro anjo foi levada a todos os postos missionários do mundo, e nalguns países houve o maior interesse religioso que se tem testemunhado em qualquer nação desde a Reforma do século dezesseis; mas isto deve ser superado pelo poderoso movimento sob a última advertência do terceiro anjo. Esta obra será semelhante à do dia de Pentecostes. Assim como a 'chuva têmpora' foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara.

"A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva têmpora no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva serôdia, no final do mesmo. Eis aí 'os tempos do refrigério' que o apóstolo S. Pedro esperava quando disse: 'Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, e envie Ele a Jesus Cristo.' Atos 3:19 e 20.

"Os servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes". — O Conflito dos Séculos, págs. 610 e 611.

A Sacudidura no Alto Clamor do Terceiro Anjo e no Derramamento da Chuva Serôdia

"Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia. Isto produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão este testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de Deus.

"Vi que o testemunho da verdadeira Testemunha não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de um modo leviano, se é que não desatendido de todo. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados.

"Disse o anjo: —'Escutai!' Logo ouvi uma voz semelhante a muitos instrumentos músicos, soando todos em perfeitos acordes, suaves e harmoniosos. Ultrapassava a toda a música que já havia eu ouvido, parecendo estar repleta de misericórdia, compaixão, alegria enobrecedora e santa. Penetrou todo o meu ser. Disse o anjo: 'olhai!' Minha atenção foi então dirigida ao grupo que eu vira, e estava sendo fortemente sacudido.

Foram-me mostrados aqueles que eu tinha visto antes a chorar e a orar com agonia de espírito. A multidão de anjos da guarda em redor deles fora duplicada, e estavam revestidos de uma armadura da cabeça aos pés. Moviam-se em perfeita ordem, semelhantes a um grupo de soldados. Seu rosto exprimia os severos conflitos que haviam suportado, a luta angustiosa por que tinham passado. Contudo seu rosto, antes assinalado pela severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do céu. Haviam alcançado a vitória, e esta suscitava neles a mais profunda gratidão, e santa e piedosa alegria.

"Diminuíra o número dos que faziam parte deste grupo. Alguns, ao serem sacudidos tinham sido arrojados fora do caminho. Os descuidados e indiferentes, que não se uniam com os que prezavam a vitória e a salvação suficientemente para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as obtiveram e foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que aceitavam a verdade e entravam nas fileiras. Anjos maus cerravam-se ainda em redor deles, mas sobre eles não tinham poder.

"Ouvi os que estavam revestidos da armadura falar sobre a verdade com grande poder. Isto produzia efeito. Muitos tinham sido amarrados; algumas mulheres pelos maridos, e crianças por seus pais. Os honestos que tinham sido impedidos de ouvir a verdade, agora avidamente lançavam mão da mesma. Fora-se todo o receio de seus parentes, e somente a verdade era exaltada para eles. Haviam estado com fome e sede da verdade; esta lhes era mais querida e preciosa do que a vida. Perguntei o que havia operado esta grande mudança. Um anjo respondeu: — 'Foi a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo' ". — Vida e Ensinos, págs. 177-179.

Como o Anjo do Apocalipse 18 ou o Terceiro Anjo Fará sua Obra

"É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do céu com grande poder e ilumina a terra com sua glória". — Testimonies for the Church, Vol. VII, pág. 140.

Este testemunho é evidente. As casas publicadoras, ou suas publicações sem número derramadas em todo o mundo, farão em "grande parte" a grande obra do Alto Clamor do terceiro anjo, no tempo da chuva serôdia. Naquele tempo, aqueles que em suas estantes têm a boa literatura da verdade, lê-la-ão, ao ouvirem os servos de Deus lhes abrir a verdade em seus lares e operarem prodígios. A obra das nossas casas publicadoras, pois, terá "grande parte" na notável obra e a outra parte compete ao ministério e à igreja inteira. Louvemos a Deus desde já por esta revelação.

Consideração sobre os Testemunhos Citados Acima

1. O terceiro anjo iluminará toda a terra com sua glória por ocasião do seu alto clamor.

2. O alto clamor do terceiro anjo, predito no Apocalipse 18, tomará lugar por ocasião da vindoura perseguição, no tempo de provação.

3. O alto clamor do terceiro anjo ocorrerá ao ser derramada a chuva serôdia, que dará poder a seu alto clamor.

4. Ao atingir a terceira mensagem o volume de um alto clamor, o povo de Deus receberá a chuva serôdia para prepará-lo para o tempo da provação.

5. A verdadeira reforma, entre o povo de Deus, virá simultaneamente com o alto clamor e a chuva serôdia, quando milhares visitarão as famílias e lhes abrirão a palavra de Deus e farão os mesmos milagres apostólicos e ainda maiores.

6. O alto clamor do terceiro anjo tomará lugar por ocasião da sacudidura, o mesmo tempo da chuva serôdia.

7. O alto clamor do terceiro anjo deparado no Apocalipse 18, será efetuado, em grande parte, pela obra das nossas casas publicadoras, e a igreja, conjuntamente com o ministério.

8. Tudo será feito em conjunto, isto é, ao mesmo tempo: Chuva serôdia, Alto Clamor do terceiro anjo, sacudidura, verdadeira reforma e o apelo aos que estão em Babilônia para saírem dela.

A Reforma de 1914 Desmascarada

Os reformistas de 1914 não preenchem nenhuma condição contida nos testemunhos citados neste artigo e nos anteriores. A orgulhosa reforma que dizem terem sido incumbidos de fazer com base na obra do anjo de Apocalipse 18, não passa dum grande embuste do astuto inimigo.

Propalam que a reforma deles é o alto clamor, enquanto a irmã White diz que o alto clamor e a verdadeira reforma virão com a chuva serôdia, a sacudidura e a perseguição futuras.

Não estão realizando a obra mundial nos lares do povo do mundo, num último esforço para ganhar almas para Cristo, como é predito que se cumprirá pelo alto clamor, nem tão pouco realizam os milagres que acompanharão a mesma obra. Somente o que eles fazem é incomodar o povo e Deus com as suas balelas enganosas.

Não possuem casas publicadoras mundiais a inundar a terra de livros para fazerem em grande parte a obra do alto clamor do terceiro anjo, como predito no Apocalipse 18, como diz a irmã White.

Só por inspiração de Satanás podem dizer que sua mesquinha obra que se arrasta já há 97 anos, seja o alto clamor de Apocalipse 18. Diz o Espírito de Profecia:

"O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação".

Satanás realmente antecipou-se ao tempo predito para o alto clamor, enviando seus aliados para fazerem uma reforma com seus moldes. Esses homens prestam-se bem para executarem seus planos contra a igreja. Apoc. 12:17. Cegados de tal modo pelo adversário da verdade e contrariando os mais claros testemunhos do Espírito de profecia, antecipam-se a uma obra evidentemente indicada para realizar-se num futuro claro, isto é, por ocasião da chuva serôdia.

Pelos três primeiros assuntos certificamo-nos de que a pretensa reforma de 1914 está empreendendo uma obra fora de tempo, fora do seu lugar, fora da Palavra de Deus e fora dos testemunhos do Espírito de Profecia. Em outras palavras, está a recalcitrar contra os aguilhões.

A Babilônia de Apocalipse 18

A profecia deste capítulo não nos deixa na ignorância quanto à Babilônia nele referida. A voz do céu, ouvida depois da denúncia do anjo, apresenta características tais, de Babilônia, que não deixam dúvida tratar-se da igreja católica e, como diz o Espírito de Profecia, também do protestantismo decaído e em especial o dos Estados Unidos.

Mas, o que dizem os reformistas? Dizem que a Babilônia daquele capítulo é a Igreja Adventista, que chamam também de igreja grande. No frontispício da revista deles, está o anjo de Apocalipse 18, chamando da igreja grande ou Babilônia, os servos de Deus, para ajuntarem-se a eles. Entretanto, vejamos o que diz a irmã White daqueles que chamam de Babilônia a igreja a quem ela pertenceu até à morte; ouçamos o depoimento da serva de Deus:

"Deus tem um povo no qual todo o céu se acha interessado, e eles são o único objeto da terra precioso ao coração de Deus. Que todos os que leem estas palavras lhes deem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que afirme que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado. A mensagem contida no folheto 'Alto Clamor', é um engano. Semelhantes mensagens hão de apresentar-se, e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa; pois não estão cheias de luz, mas de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus, e essas mensagens serão proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: 'Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.'

"No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares desertos; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando em harmonia com aquele que é o acusador dos irmãos." — Testimonies to Ministers and Gospel Workers, págs. 41, 42 e 50.

"Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente. Em vez de trabalhar com meios divinos para preparar um povo que subsista no dia do Senhor, eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. Agentes satânicos têm vindo das profundezas, inspirando os homens a unirem-se numa confederação do mal, para perturbarem e vexarem o povo de Deus, causando-lhe grande aflição." — Idem, págs. 36 e 37.

"Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu tenho visto, quão intimamente Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um povo que é Seu coobreiro, e ele tem avançado direito, tendo Sua glória em vista." — Idem, pág. 20.

Deus não Está Guiando Ramificações

"No folheto publicado pelo irmão S. e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia (como os modernos reformistas), e insiste em que haja uma separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrada nem justa. Compondo aquele folheto, serviram-se de meu nome e meus escritos para apoio daquilo que eu desaprovo e denuncio como erro." — Idem, pág. 36.

"Aqueles que têm proclamado ser a igreja adventista do sétimo dia Babilônia, têm-se servido dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas porque é que não apresentaram isso que durante anos tem sido a preocupação de minha mensagem: a unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: 'Uni-vos! Uni-vos! Uni-vos!' Por que não repetiram a advertência e declararam o princípio de que 'na união há força, na divisão fraqueza'? São mensagens como as desses homens, que dividem a igreja e nos envergonham perante os inimigos da verdade, e em semelhantes mensagens revela-se claramente a especiosa operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as faíscas por eles mesmos acesas, agem segundo seu próprio e independente juízo, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Recusam o conselho de seus irmãos, e prosseguem em seu próprio caminho, até se tornarem justamente o que Satanás desejava—espíritos desequilibrados." — Idem, pág. 56,

"Deus tem uma igreja sobre a terra, a qual é Seu povo escolhido, que guarda Seus mandamentos. Ele está dirigindo, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ah, mas um povo." — Idem, pág. 61.

"Constantemente surgem grupos que dizem que Deus só está com os poucos esparsos, e sua influência dirige-se no sentido de destruir o que os servos de Cristo ergueram. São espíritos inquietos, que querem sempre ver e crer alguma novidade. Uns surgem aqui, outros ali, mas todos fazem uma obra especial para o inimigo. E apesar disso afirmam possuir a verdade. Ficam afastados do povo que é dirigido pelo Senhor." — Dons Espirituais, pág. 158.

"Quando, durante a noite, não posso conciliar o sono, elevo o coração numa prece a Deus, e Ele me fortalece, e dá a certeza de que está com Seus servos no ministério, tanto aqui, como nas terras distantes. Sinto-me reanimada e feliz, ao imaginar que o Deus de Israel continua a guiar Seu povo, e que continuará a estar com eles, até ao fim." — Life Sketches, págs. 437 e 438.

O Fanatismo Predito

"À medida que o fim se aproxima, o inimigo há de trabalhar com todas as forças para introduzir entre nós o fanatismo. Ele se regozijaria em ver adventistas do sétimo dia indo a tais extremos que fossem considerados pelo mundo como um bando de fanáticos. Contra esse perigo é-me ordenado advertir ministros e membros leigos. Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma base verdadeira, a firmar os pés num claro 'Assim diz o Senhor'." — Obreiros Evangélicos, pág. 313.

Análises dos Testemunhos Citados

Quem quer que chame a igreja adventista de Babilônia não é mensageiro de Deus mas trabalha em harmonia com Satanás. O alto clamor como um chamado para abandonar a igreja remanescente, é um embuste dos que não têm a verdade nem foram chamados por Deus. É um clamor falso que se fez ouvir nos dias da irmã White e que repetir-se-ia como uma impostura depois dela. Seus porta-vozes são guiados por agentes satânicos vindos das profundezas, para vexarem o povo de Deus. Estão, pois, trabalhando de comum acordo com o acusador dos irmãos. Cristo identifica-Se inteiramente com Seu povo, e, chamá-lo de Babilônia, é a mesma coisa que dizer que Ele também pertence ao número dos de Babilônia.

Além de tudo, põem os Testemunhos numa moldura falsa para dar peso ao erro que propalam, e, servindo-se deles, insistem numa separação, o que a irmã White desaprova, assegurando que não é uma obra "honrada nem justa".

A serva de Deus acentua que o Senhor não está dirigindo "ramificações transviadas", mas um povo que Ele guiará até o fim. A obra destes homens transviados, "nos envergonha perante os inimigos da verdade", e faz com que o povo de Deus seja considerado "pelo mundo como um bando de fanáticos". "Todos fazem uma obra especial para o inimigo."

Depois destas considerações, entendemos ainda mais, que os homens que pretendem estar na brecha, a estão alargando mais em vez de fechá-la. Constituem um alto clamor que não ilumina a terra; antes, pelo contrário, envergonha a igreja do Senhor e a vitupera com um fanatismo tresloucado perante os seus inimigos.

Depois dos artigos anteriores nos esclarecerem devidamente sobre a obra da reforma de 1914, apreciaremos a carta referente à última igreja, para certificarmo-nos da atitude de Cristo e da dos senhores reformistas quanto à igreja do Senhor nestes últimos dias.

A Igreja de Laodicéia

Em Apocalipse 3:14-21, encontramos a carta de Jesus, "a Testemunha Fiel e Verdadeira", à Igreja de Laodicéia.

Nesta carta, o Senhor apresenta o diagnóstico geral da Sua igreja e dá-lhe uma receita como seu médico assistente. O Senhor diz-lhe que a ama, apesar de sua condição. Também fá-la ciente do Seu desejo de estar com ela, embora sua desfavorável situação. Por fim, a carta termina com uma promessa gloriosa aos vencedores de Sua igreja.

Notemos, irmãos, a grande diferença entre a atitude de Cristo e a dos falsos reformistas com referência à igreja. O grande Médico receita à enferma e deixa-a no mesmo leito, esperando que se restabeleça. Mas, os reformistas, longe de apresentarem o remédio eficaz, querem tirá-la à força do seu lugar, o que equivale a desejarem matá-la. Não têm a paciência devida para esperar que o verdadeiro Médico de Laodicéia lhe dê alta no devido tempo. Notemos o que a irmã White diz:

"Foi-me mostrado que o testemunho aos laodiceanos se aplica ao povo de Deus do presente tempo, e a razão por que ele não tem realizado uma maior obra, é devido à dureza de seus corações. Mas Deus tem dado à mensagem tempo para fazer sua obra. O coração necessita ser purificado dos pecados que têm excluído a Jesus. Esta tremenda mensagem fará sua obra. Quando ela foi primeiramente apresentada, levou a um exame meticuloso do coração. Pecados foram confessados e o povo de Deus era agitado em toda a parte. Quase todos criam que esta mensagem deveria findar com o alto clamor do terceiro anjo. Mas ao falharem eles em ver a poderosa obra realizada em um curto tempo, muitos perderam o efeito da mensagem. Vi que esta mensagem não seria consumada em uns poucos meses. Ela é designada a levantar o povo de Deus, para mostrar-lhe suas apostasias, a levá-lo a um zeloso arrependimento, a fim de que possam ser favorecidos com a presença de Jesus e ser preparados pelo alto clamor do terceiro anjo". — Testimonies for the Church, Vol. I , pág. 186.

O que mais se salienta neste testemunho é que a mensagem de Laodicéia fará sua obra, no devido tempo. Os laodicenses serão levados a reconhecerem o seu estado e então serão preparados pelo alto clamor do terceiro anjo. Os que não atenderem, é evidente que serão jogados fora pela sacudidura.

O Senhor, na carta a Laodicéia, expressa o Seu desejo de estar com Sua igreja, posto que morna, o que indica que a mensagem contida na carta não é vã. Mas os pretensos reformistas asseveram que devem estar fora dela. Escolhendo estar fora da igreja, estão realmente sem Cristo, porque Ele está com Sua igreja. Notemos: "Afirmo a meus irmãos e minhas irmãs que a igreja de Cristo, por fraca e imperfeita que seja, é na terra o objeto a que Ele dedica Sua suprema atenção. Enquanto Ele estende a todo o mundo o convite de vir a Ele e salvar-se, comissiona a Seus anjos para prestar divino auxílio a toda alma que O busca em arrependimento e contrição, e vem ao meio de Sua igreja, pessoalmente, por meio de Seu Espírito Santo." —Testimonies to Ministers, pág. 15.

Notemos mais: "Posto que existem maldades na igreja e existirão até ao fim do mundo, a igreja nestes últimos dias deve ser a luz do mundo que está poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, enfraquecida e defeituosa, necessitando ser reprovada, advertida e aconselhada, é o único objeto na terra ao qual Cristo dispensa Sua suprema consideração." — Testimonies to Ministers, pág. 49.

"Nada mais neste mundo é tão caro a Deus como Sua igreja. Nada é guardado por Ele com semelhante cuidado e zelo. Nada tão ofensivo a Deus como um ato que injurie a influência daqueles que estão fazendo Seu serviço. Ele chama a contas todo o que auxilia Satanás nesta obra de criticar e desencorajar. Aqueles que são destituídos de simpatia, ternura e amor, não podem fazer a obra de Cristo". — Testimonies for the Church, Vol. 6, pág. 42.

Estes testemunhos demonstram como Deus aprecia a obra dos reformistas de 1914 ou de quaisquer outros. Eles não veem nada mais de bom na igreja, como o Senhor vê. Só sabem dizer que o Senhor já vomitou a igreja e que devem sair dela e ajuntarem-se com eles que são os santos! Ignoram estes falsificadores o que significa o termo vomitar e que ele não se aplica à igreja em geral, mas aos que nela são indiferentes. Ouçamos a serva de Deus:

"Para aqueles que são indiferentes neste tempo a advertência de Cristo é: 'porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.' Apoc. 3:16. A figura de vomitar de Sua boca significa que Ele não pode oferecer vossas orações ou vossas expressões de amor a Deus. Ele não pode endossar vosso ensino de Sua palavra ou vossa obra espiritual, seja qual for. Ele não apresenta vossos exercícios religiosos com a petição de que Sua graça seja-vos concedida." — Testimonies for the Church, Vol. 6, pág. 408.

Assim o "vomitar-te-ei da Minha boca" dirige-se aos indiferentes de Laodicéia e não. significa que Ele rejeitou a Sua igreja. Pois a atitude do Senhor manifestada na carta à igreja, é evidente prova de que não a rejeitou. O que em verdade quer dizer é que não poderá interceder pelos indiferentes que não recebem o testemunho da carta.

A Parábola do Trigo e do Joio

O campo referido na parábola é a igreja de Cristo. Diz a irmã White: "O 'campo', disse Jesus, 'é o mundo.' Porém, devemos entender que isto significa a igreja de Cristo no mundo." — Christ's Object Lessons, pág. 70. Assim vemos que a igreja de Jesus não seria pura até ao seu segundo advento. Trigo e joio estariam na igreja até ao fim. Mas, embora haja joio na igreja, há também o bom trigo que os falsos reformistas não enxergam, porque o inimigo lhe cegou o entendimento. II Cor. 4:3 e 4. Eles só veem joio, enquanto o Senhor diz que há também o trigo, que Ele mesmo semeou. Eles têm uma visão diferente da do Senhor.

Na parábola não foi permitido aos guardas do campo arrancarem o joio simplesmente por não serem capazes de discernir realmente entre trigo e joio. E a nós, diz a irmã White, referindo-se ao caso: "Ele conhece nossa natureza demasiadamente bem para confiar-nos este trabalho." "O homem julga segundo a aparência, mas Deus vê o coração". "Ele tem dito que falsos irmãos serão achados na igreja até ao fim do tempo." "Não obstante a advertência de Cristo, os homens têm procurado arrancar o joio." "Cristo mesmo decidirá quem são os dignos de habitar com a família do céu." "Quando a missão do evangelho for completada, o julgamento realizará a obra de separação." "O joio e o trigo estarão crescendo juntos até à ceifa; e a ceifa é o fim do tempo da graça." — Christ's Object Lessons, págs. 70-75 e 122.

Estas declarações do Espírito de Profecia constituem um ataque fulminante às pretensões dos reformistas, de quererem efetuar uma obra de separação para a qual o agente humano não é chamado. Aquele, sim, Aquele que julga com perfeição, está fazendo a seleção dos membros de Sua igreja, no julgamento, e, no "fim do tempo da graça", por ocasião da Chuva Serôdia e imediatamente antes das sete pragas, a separação, pela sacudidura, será efetuada por Aquele que está apontado para esta obra. Depois, então, de a Testemunha Fiel separar o joio do trigo, a igreja estará pronta para as Bodas do Cordeiro. (Apoc. 19:7.)

Este estudo tem por objetivo esclarecer aos nossos irmãos e aos próprios reformistas, alguns fatos do início deste falso movimento, salientando com evidência o embuste dos vultos que o iniciaram.

Falsos Profetas e o Fim da Graça
Um tal J. Wieck, que foi encarcerado por se negar a receber a vacina no exército, proclamou ter recebido, na noite de 21 de janeiro de 1915, uma visão apontando o próximo fim de todas as coisas. Ao ser perguntado por quanto tempo anunciaria sua mensagem, respondeu que "até que as árvores frutíferas estejam florescendo".

Várias outras pessoas diziam terem tido visões, e, todas elas, tinham uma coisa em comum, isto é, "que o florescer das cerejeiras e ameixeiras na próxima Primavera assinalaria o fim do tempo da graça". Estes profetas enviaram suas fantasiosas mensagens aos dirigentes da nossa obra, na Alemanha, e com ela advertiram-nos de que, se "rejeitassem essa mensagem, significaria isto que tinham caído da graça e que eles e as igrejas que os seguiam haviam chegado a constituir a Babilônia. Anunciavam que os fiéis deviam sair de Babilônia e tornar-se independentes". Inundaram nossas igrejas de publicações e não demoraram em organizar-se, "declarando serem eles os verdadeiros adventistas do sétimo dia".

Mas, notai: Quando a Primavera anunciada por eles como o fim do tempo da graça, passou, e a graça não terminou, então predisseram outra data, "o dia 15 de abril". Passando, porém, esta data, e continuando ainda a graça, marcaram então o de 26 de abril como o verdadeiro fim da graça. Passando também esta data sem nada suceder, assinalaram outra, o dia 1º de maio e ainda mais outras datas para o mês de maio, sem que nada sucedesse nas datas assinaladas!

Irmãos, quando os profetas predizem e não sucede, diz a Palavra de Deus que são falsos e com eles o movimento que pretendem defender! (Deut. 18:22.)

Apostasia dos Dirigentes da Reforma

Um tal Spanknobel, chefe do movimento, com quem o pastor Daniels falou em Friendsau, tornou-se dono de um negócio ilícito de bebidas alcoólicas na América do Norte. Seu irmão tornou-se diretor dum campo de concentração na Baviera. O movimento destes homens chegou a dividir-se em "vinte e seis diferentes seitas, e nenhum dos dirigentes originais dos reformistas está relacionado com eles hoje em dia".

Também estão em nossas mãos informações que comprometem a vida moral de vários dirigentes primitivos deste movimento de 1914. Não citaremos para não manchar as páginas desta revista. Julguem entretanto, nossos irmãos, se Deus usaria homens dum tal calão para realizar Sua obra.

Apelo aos Sinceros

Apelo sinceramente para os reformistas sinceros, a fim de que abandonem o falso movimento e retornem à igreja como outros já fizeram, inclusive até pastores deles.

Lembrem-se de que vosso movimento contraria a Palavra de Deus e os Testemunhos do Espírito de Profecia. Não vos podereis salvar batalhando contra a igreja de Deus. Não podereis salvar-vos criticando os vossos irmãos e expondo as suas faltas a público.

Lembrai-vos de que o acusador dos irmãos é um só. Quereis vós imitá-lo? Creio que para isto não fostes chamados por Deus, a não ser que isto desejais por vós mesmos.

Lembrai-vos de que a irmã White dormiu no Senhor em 1915, firme no movimento verdadeiro. Dizeis que vossa obra se iniciou em 1914. Então a irmã White realmente não estava convosco, pois nem ao menos vossos primitivos dirigentes a consultaram para saber a vontade do Senhor quanto ao vosso movimento. Em 1915, ano de sua morte, ela ainda tinha plena consciência mental, recebendo uma mensagem especial à juventude adventista. Por que não a consultaram os vossos primeiros dirigentes? Há! sim, porque faziam uma obra falsa, do inimigo de Deus. Saí do meio destes homens, e Deus vos receberá como Seus.

Lembrai-vos dos falsos profetas que iniciaram vossa obra e marcaram o fim da graça várias vezes e não sucedeu porque eles e o movimento eram falsos. Continuareis a edificar sobre falso alicerce? (Deut. 18:22.)

Voltai! Voltai para a igreja do Senhor! Voltai contritos, que o Senhor vos receberá com alegria. Daí de mão ao erro e voltai. Já tendes insuficientes evidências para poderdes ver que estais batalhando contra Deus e a verdade. Se credes no Espírito de Profecia, voltai sem demora; pois a serva de Deus diz: "Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da mensagem do terceiro anjo". — Counsels on Health, pág. 433.

Não há reforma através dum quarto anjo inventado. Vinde, portanto, ajudar a terminar em justiça a obra do Senhor, para que Ele volte presto e nos dê o repouso que tanto almejamos.

Continua em outro post


Autor: Aracely S. Melo

Fonte: Revista Adventista de 1951 de dezembro e janeiro/março/abril/julho/setembro de 1952 *Ficou faltando somente o estudo do mês de junho de 1952 o que foi uma pena não encontrar no site da revista adventista. 

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