Lição 5 - Busque o Senhor e viva! (Amós)
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27 de abril a 4 de maio
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Sábado à
tarde
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Ano Bíblico: 2Rs 18, 19
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VERSO PARA MEMORIZAR:
“Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Am 5:14).
Leituras da Semana:
Pensamento-chave: Amós nos lembra que existe vida apenas quando buscamos o Senhor.
Houvessem os filhos de Israel sido leais ao
Senhor, Ele teria cumprido Seu desígnio, honrando-os e exaltando-os.
Houvessem andado nos caminhos da obediência, Ele os teria exaltado
“sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória”
(Dt 26:19, RC). “Todos os povos da Terra verão que és chamado pelo nome
do Senhor”, disse Moisés, “e terão temor de ti” (Dt 28:10, RC). “Os
povos [...] ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este
grande povo é gente sábia e inteligente” (Dt 4:6). Devido a sua
infidelidade, porém, o desígnio de Deus só pôde ser executado por meio
de contínua adversidade e humilhação (Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações, p. 28).
Nesta semana, enquanto continuamos a estudar o livro de Amós,
veremos ainda mais as maneiras pelas quais o Senhor apelou ao Seu povo
para abandonar seus pecados e voltar a Ele, a única verdadeira fonte de
vida. No fim, temos apenas uma entre duas opções: vida ou morte. Não há
meio termo. Amós nos mostra um pouco mais sobre as grandes diferenças
entre essas escolhas.
Domingo
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Ano Bíblico: 2Rs 20, 21
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Odiar o mal, amar o bem
As coisas tinham se tornado muito ruins em Israel. Havia
corrupção, opressão e pecado. Chegou o momento em que a própria
sobrevivência da nação estava em jogo. Por essa razão, Amós compôs um
cântico fúnebre para lamentar a iminente morte de Israel (Am 5:1-15).
Muitas vezes, nos livros proféticos, não se faz distinção entre a
palavra do profeta e a palavra do Senhor. Assim, a lamentação de Amós é
também a lamentação de Deus sobre Israel.
O objetivo desse cântico fúnebre era estimular as pessoas a
encarar a realidade. Se elas persistissem em seus pecados, certamente
morreriam. Se, por outro lado, rejeitassem o mal e voltassem para Deus,
viveriam. Em Sua perfeição de caráter, o Senhor espera de Seu povo
conformidade com a Sua vontade.
1. Como se aprende a odiar o mal e amar o bem? Am 5:14, 15; Hb 5:14; Rm 12:9; Pv 8:36
Amós convida as pessoas não apenas a parar de procurar o mal,
mas também a odiá-lo e amar o bem. Nesta seção, as ordens são
progressivas. Na Bíblia, os verbos amar e odiar (em hebraico ‘ahav e
śane’), muitas vezes se referem a decisões e ações, e não simplesmente a
sentimentos e atitudes. Em outras palavras, a mudança na atitude das
pessoas leva à mudança em suas ações.
2. Nesse contexto, que advertência é encontrada em Isaías 5:20?
“Todo o que nesse dia mau se dispuser a servir a Deus com
destemor, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de coragem,
firmeza e conhecimento de Deus e Sua Palavra. Os que forem fiéis a Deus
serão perseguidos, seus motivos impugnados, desvirtuados seus melhores
esforços e seus nomes repudiados como perversos. Satanás trabalhará com
todo o seu poder enganador para influenciar o coração e obscurecer o
entendimento, a fim de que o mal pareça bem, e o bem mal” (Ellen G.
White, Atos dos Apóstolos, p. 431).
Se podemos ser levados a chamar o mal bem e o bem mal, como
podemos aprender a amar o bem e odiar o mal? Qual é a nossa única
proteção contra esse engano?
Segunda
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Ano Bíblico: 2Rs 22, 23
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Religião habitual
3. Leia Amós 5:23, 24, Oseias 6:6, Mateus 9:13 e Salmo 51:17.
Qual é o princípio apresentado nesses textos e como aplicá-lo na vida
espiritual? Podemos ser culpados de fazer exatamente o que devemos
evitar?
Mais do que a maioria dos outros livros da Bíblia, Amós
focaliza a injustiça, crueldade e desumanidade. Ele também apresenta a
perspectiva divina sobre tais práticas. Amós pregou que Deus desprezava
os rituais vazios do formalismo morto das pessoas, e Ele as chamava para
a reforma. O Senhor não estava satisfeito com as formas de adoração
exteriores e vazias oferecidas a Ele por aqueles que, ao mesmo tempo,
estavam oprimindo os semelhantes para obter ganho pessoal. A vida deles
revelava que haviam perdido de vista a essência do que significa seguir
ao Senhor. Eles também tiveram uma compreensão totalmente errada do
significado mais profundo de Sua lei.
Na verdade, Deus rejeitou seus rituais religiosos porque não
procediam da fé. As palavras mais importantes de Amós 5:1-15 estão na
ordem para buscar ao Senhor e viver (Am 5:6). A atitude de buscar ao
Senhor é contrastada com o ato de fazer peregrinações aos famosos
centros religiosos em Betel, Gilgal, e Berseba (Am 5:5), três cidades
com santuários que estavam destinados à destruição.
O que Deus realmente queria era justiça e retidão na Terra. A
ordem de “buscar ao Senhor” é paralela à ordem de “buscar o bem”. O
Senhor chamou o remanescente a se distanciar das más práticas, do
formalismo religioso, e deixar que a retidão corra como um rio; e a
justiça, como um ribeiro perene. Embora a justiça envolva o
estabelecimento do que é certo diante de Deus, a retidão é a qualidade
de vida em relação a Deus e aos outros na comunidade. A imagem aqui
apresentada é a de um povo religioso, cuja religião tinha sido
degenerada em nada, senão formas e ritos sem a mudança de coração que
deve acompanhar a verdadeira fé (Dt 10:16). Devemos ter muito cuidado!
Terça
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Ano Bíblico: 2Rs 24, 25
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Chamado para ser profeta
Amós era de Tecoa, em Judá, mas Deus o enviou para profetizar
em Israel. Ele foi ao reino do norte e pregou com tal poder que a terra
não podia “sofrer todas as suas palavras” (Am 7:10). Certamente, muitos
israelitas olharam para Amós com suspeita e o rejeitaram como mensageiro
de Deus. Apesar da rejeição, ele cumpriu fielmente seu ministério
profético.
4. Leia Amós 7:10-17. Como o profeta foi recebido? Que outros exemplos bíblicos revelam a mesma atitude? O que aprendemos com esses exemplos?
Entre os que não gostaram da pregação de Amós estava Amazias,
sacerdote de Betel, que acusou o profeta de conspiração contra o rei de
Israel. Betel foi um dos dois santuários reais, os próprios centros do
culto apóstata. Amós havia predito em público que, se Israel não se
arrependesse, seu rei morreria pela espada e o povo seria levado cativo.
Amazias ordenou que Amós voltasse para a terra de Judá, onde suas
mensagens contra Israel seriam mais populares.
Em sua resposta ao sacerdote, Amós afirmou que seu chamado
profético viera de Deus. Alegou que não era um profeta profissional que
podia ser contratado para profetizar. Amós se distanciou dos profetas
profissionais que profetizavam em busca de ganho.
Falar a verdade não garante a aceitação, porque a verdade às vezes
pode ser desconfortável e, se ela perturba os que estão no poder, pode
despertar séria oposição. O chamado de Deus impeliu Amós a pregar de
maneira tão franca e corajosa contra os pecados do rei e da nobreza do
reino do norte que ele foi acusado de traição.
Qual é a nossa atitude quando ouvimos que nossas ações e nosso
estilo de vida são pecaminosos e trarão punição sobre nós? O que nossa
resposta diz sobre nós mesmos e sobre a necessidade de uma mudança de
coração e atitude?
QuartaAno Bíblico: 1Cr 1–3
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O pior tipo de fome
5. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que
enviarei fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir
as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente;
correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a
acharão” (Am 8:11, 12). Como devemos entender esses versos?
Em Amós 8, o profeta descreve os efeitos devastadores do juízo
de Deus sobre o Israel impenitente. Deus punirá o povo por seus pecados
enviando fome sobre a Terra. Mas nos versos 11 e 12, o profeta fala de
fome e sede da Palavra de Deus. Essa tragédia se destacará acima de
todas as outras, porque Ele ficará em silêncio, e nenhuma outra fome
poderá ser pior.
Muitas vezes, quando o povo de Israel experimentava grande
angústia, ele se voltava para o Senhor em busca de uma palavra
profética, na esperança de orientação. Dessa vez, a resposta de Deus
consistirá no silêncio. Uma parte do juízo de Deus sobre Seu povo será a
retirada de Sua Palavra por meio dos Seus profetas.
Se o povo de Deus continuar a ser desobediente, diz o profeta,
virá o tempo em que eles estarão ansiosos para ouvir a mensagem, mas
será tarde demais para voltar à Palavra de Deus, na esperança de escapar
do juízo. Esse é o resultado da recusa persistente de Israel em ouvir a
mensagem de Deus por intermédio de Amós. Como Saul antes de sua última
batalha (1 Sm 28:6), as pessoas um dia perceberão o quanto precisam da
Palavra de Deus.
Uma população inteira procurará freneticamente a Palavra de
Deus, a mesma Palavra que foi ignorada no tempo do profeta. Os jovens
serão especialmente afetados. Enquanto as gerações anteriores tinham
ouvido e rejeitado a Palavra de Deus, os jovens nunca terão a
oportunidade de ouvir a proclamação profética.
6. Quais são os efeitos terríveis do silêncio de Deus? 1Sm 14:37; Sl 74:9; Pv 1:28; Lm 2:9; Os 5:6; Mq 3:5-7
De que forma é possível silenciar a voz de Deus em nossa vida?
Por mais assustador que seja esse pensamento, reflita sobre suas
implicações. Como podemos ter certeza de que isso não acontecerá
conosco?
O profeta se voltou da imagem obscura do pecado do povo e juízos
resultantes para as promessas gloriosas da futura restauração (Am
9:11-15). O dia do Senhor, anteriormente descrito como dia do castigo
(Am 5:18), agora é um dia de salvação, porque salvação, não punição, é a
última palavra de Deus para Seu povo. No entanto, a salvação virá
depois da punição, não em lugar dela.
Em meio a toda escuridão e destruição, Amós encerrou seu livro com uma
mensagem de esperança. Diante da perspectiva de um exílio imediato, a
dinastia de Davi havia caído tão fundo que já não podia ser chamada de
casa, mas de cabana. Porém, o reino de Davi seria renovado e unido sob
um único governante. Para além das fronteiras de Israel, outras nações
invocariam o nome de Deus e desfrutariam de Suas bênçãos, juntamente com
Israel. O livro termina com essa nota feliz e esperançosa.
Os profetas bíblicos não ensinaram que a punição divina existia por
causa da punição em si. Por trás de quase todas as advertências estava o
chamado para salvação. Embora a ameaça de exílio fosse iminente, o
Senhor encorajou o remanescente com a promessa de restauração para a
Terra. O remanescente desfrutaria da renovação da aliança. Os que
experimentassem o juízo veriam Deus agindo para salvar e restaurar.
7. Qual é o cumprimento final das promessas de Amós sobre a restauração do povo de Deus? Lc 1:32, 33; At 15:13-18
Muitos professores judeus consideravam Amós 9:11 uma promessa
messiânica dada a Abrão, reafirmada a Davi, e expressa ao longo do
Antigo Testamento. O novo rei da linhagem de Davi reinará sobre muitas
nações, em cumprimento da promessa de Deus a Abrão (Gn 12:1-3). O
Messias reinará até mesmo sobre os inimigos, como Edom. As ruínas
restauradas do povo de Deus nunca mais serão destruídas.
Por meio da vinda de Jesus Cristo, o maior Filho de Davi, Deus cumpriu
Sua bondosa promessa. Tiago citou essa passagem de Amós para mostrar
que a porta da salvação está aberta para que os gentios participem
plenamente dos privilégios da aliança confiada à igreja. No Messias
prometido, descendente de Abraão e Davi, Deus ofereceria Suas bênçãos
redentoras a judeus e gentios.
O cumprimento final dessas promessas a todos os que as aceitam,
judeus ou gentios, será visto apenas na segunda vinda de Cristo. Como
podemos manter viva essa esperança e promessa, não permitindo que ela
desapareça em meio às tensões da vida?
Estudo adicional
Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz
que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim,
mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível
distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm
grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz e, por
sua vida diária, contradizem sua profissão de fé” (Ellen G. White, O
Desejado de Todas as Nações, p. 239).
Perguntas para reflexão
1. Você odeia o mal e ama o bem, ou chama o mal bem e o bem
mal? Por que esse perigo prevalece especialmente quando a cultura e a
sociedade começam a mudar seus valores de forma a aceitar determinados
comportamentos, estilos de vida e atitudes claramente condenadas na
Bíblia? Não somos imunes às tendências culturais e sociais em que
estamos imersos, não é verdade? Pense nas mudanças que aconteceram em
sua cultura e sociedade ao longo dos anos. Por exemplo, que coisas antes
consideradas vergonhosas e proibidas, agora são abertamente expressas,
praticadas e consideradas boas ou, pelo menos, “não estão erradas”? Como
essas mudanças afetaram as atitudes da igreja em relação a essas
coisas? O que podemos fazer para não cair na armadilha perigosa de
chamar o mal bem? Ao mesmo tempo, que mudanças culturais para o bem têm
influenciado a igreja em um bom caminho, um modo que reflita mais de
perto os princípios de amor e aceitação revelados pela vida de Jesus?
2. Pense mais na ideia de “fome” da Palavra de Deus. De que modo
é provável que isso aconteça? Será que o Senhor esconderá
propositalmente a verdade das pessoas, ou será que as atitudes delas as
tornarão totalmente fechadas à Palavra?
3. Como adventistas do sétimo dia que têm tantos motivos para
acreditar nas verdades recebidas, não estamos em perigo de pensar que
nosso conhecimento dessas verdades é tudo de que precisamos? Como as
verdades com as quais fomos abençoados devem afetar nossa maneira de
viver e interagir com os outros, na igreja e em nossa comunidade? Como
podemos viver as verdades que nos foram confiadas? Por que isso é tão
importante?
Respostas sugestivas: 1. Procurando o bem e
não o mal; estabelecendo a justiça; crescendo espiritualmente pelo
conhecimento e prática da Palavra de Deus; apegando-se ao bem e à
sabedoria. 2. “Ai dos que ao mal chamam bem [...]; que fazem da
escuridade luz [...]; põem o amargo por doce [...]” 3. Se não praticamos
a justiça, o som dos cânticos de louvor e dos instrumentos musicais não
têm valor diante de Deus; misericórdia e conhecimento de Deus são mais
importantes do que sacrifícios; arrependimento tem mais valor do que
aparência de justiça. 4. Foi perseguido e acusado de conspiração.
Jeremias, Zacarias (2Cr 24) e Elias também foram rejeitados, porque as
pessoas não queriam ouvir a mensagem de Deus. 5. O Senhor deixaria de Se
revelar ao povo, indicando Sua separação do povo rebelde. No futuro, o
Espírito Santo será retirado dos pecadores impenitentes. 6. Saul não
obteve resposta de Deus. O rompimento da comunicação com Deus destrói a
prosperidade material; os que rejeitam a Deus, depois O procuram e não
encontram; os profetas ficarão envergonhados. 7. O reinado do Messias
sobre Israel e todas as nações que O aceitarem.