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sábado, 26 de janeiro de 2013

Lição da Esc. Sabatina N°5 - Criação e moralidade

 

Casa Publicadora Brasileira – Lição 512013




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 28, 29


VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).

Leituras da semana: Gn 2:16, 17; 1:26-28; Tg 3:9; At 17:26; Pv 14:31; Mt 5:44-48; Ap 20:11-13

As pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a Magna Carta (1215) à Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e às várias declarações das Nações Unidas, é promovida a ideia de que os seres humanos possuem certos direitos “inalienáveis”, direitos que ninguém pode, legitimamente, tirar de nós. Pelo menos teoricamente, eles são nossos em virtude de sermos humanos.

As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos determinar o que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso afirmativo, de que forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses direitos?

Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito” de votar até o século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No entanto, como um governo pode conceder às pessoas algo que já é seu “direito inalienável”? São perguntas difíceis, e suas respostas estão inseparavelmente ligadas à questão das origens humanas, tema do estudo da lição desta semana.

Domingo
Ano Bíblico: Êx 30, 31

Nossa dependência do Criador


Gênesis 2:7 descreve Deus criando Adão e apresenta o homem como ser moral inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é possível imaginar Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho pretendidos. Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se inclinaria para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o Criador como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras registram muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação material. Os exemplos incluem Êxodo 32:15, 16; Lucas 4:40 e João 9:6. Na verdade, a encarnação de Cristo na humanidade, processo pelo qual Ele interagiu no dia a dia com o mundo criado de maneira muito semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não podia Se abaixar para “sujar as mãos” entre a humanidade.

1. Que ordem Deus deu a Adão? O que está implícito nessa ordem? Gn 2:16, 17


Podemos perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para Adão e Eva? Compare essa situação com a de uma criança em uma família. Os pais proveem à criança um lar e satisfação de necessidades. Eles a amam e têm em mente os melhores interesses dela. Visto que eles têm maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar suas orientações, será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham difícil cumprir ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a criança é dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial para a vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a orientação de Deus. Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que Ele sempre proverá o que precisamos para nosso bem.

2. Como o salmista expressa nossa dependência de Deus? Que obrigações essa dependência coloca automaticamente sobre nós, especialmente no que diz respeito à maneira pela qual tratamos os outros? Sl 95:6, 7; Sl 100

Segunda
Ano Bíblico: Êx 32, 33


À imagem de Deus


3. Que atributo especial foi dado apenas aos seres humanos? Gn 1:26-28


O que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado muita discussão e as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns indícios sobre a natureza da ideia. Primeiro, observe que, ter sido feito à imagem de Deus sugere que parecemos com Deus em determinados aspectos. Um aspecto importante da imagem de Deus é que Ele deu aos seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como Deus é soberano sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte dessa soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais terrestres.

Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:26, itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a pluralidade da Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo masculino e feminino. A imagem de Deus não se expressa plenamente em um indivíduo, mas no relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em três Pessoas em relacionamento, também a imagem de Deus nos seres humanos se expressa no relacionamento entre homem e mulher. A capacidade de formar relacionamentos faz parte da imagem de Deus. Relacionamentos implicam em responsabilidade e prestação de contas, o que significa moralidade. Por isso, exatamente nesse texto temos um forte indício de como a moralidade encontra seu fundamento na história da criação.

4. Como a ideia de que os seres humanos foram feitos “à imagem de Deus” está claramente relacionada com o conceito de moralidade? Gn 9:6; Tg 3:9


Os seres humanos têm lutado por milênios com a questão da moralidade. Mesmo antes de conhecermos o que é a correta moralidade, o fato de sermos seres morais levanta uma série de questões profundas. Por que, ao contrário dos besouros, pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres humanos têm uma consciência moral, um conceito que distingue entre o certo e o errado? Como seres feitos essencialmente de matéria amoral (quarks, gluóns, elétrons e assim por diante) podem estar cientes de conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos primeiros capítulos da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas morais feitas “à imagem de Deus.”

Terça
Ano Bíblico: Êx 34–36


Feitos do mesmo sangue


Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa “viver” (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para “Eva” (Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”. O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.

5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? At 17:26; Mt 23:9

Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do que algumas pessoas tratam os animais.

6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por Deus? Pv 14:31; 22:2

Muitos fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (Mt 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.

Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo social”, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.

Quarta
Ano Bíblico: Êx 37, 38


O caráter do nosso Criador


Deus nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras coisas, que Ele desejou que tivéssemos um caráter parecido com o Seu. Isto é, devemos ser semelhantes a Ele, tanto quanto humanamente possível (note: ser como Deus não é a mesma coisa que aspirar a ser Deus, uma diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido de refletir Seu caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse caráter.

7. O que Jesus ensinou sobre o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter em nossa vida? Mt 5:44-48

8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37; Fp 2:1-8


A história contada por Jesus envolve dois homens de grupos diferentes e antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada um deles estava dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus Se agradou quando as diferenças foram postas de lado e um tratou o outro com bondade e compaixão.

Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os princípios do governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco, enquanto os princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos fortes. Deus criou um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás distorceu as coisas de modo tão completo que muitos consideram a sobrevivência do mais apto o padrão normal de conduta.
Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes dominam os fracos) tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência, por que deveríamos agir de modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de vista e promovermos nossos interesses, em detrimento dos menos “naturalmente selecionados”, deixaremos de seguir a Deus, e os princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.

De quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta nossos conceitos morais?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 39, 40

Moralidade e responsabilidade


9. Examine o sermão de Paulo em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão. O que é tão importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das origens e da moralidade?


O sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a criação e terminou com o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o mundo e tudo que nele há estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser dotado de moralidade implica responsabilidade, e todos nós seremos responsáveis pelos nossos atos e nossas palavras (Ec 12:14; Mt 12:36, 37).

10. Que ensinos bíblicos estão claramente ligados à moralidade? Ap 20:11-13; Mt 25:31-40


Todos os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre os dois grupos na parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa tratou os que estavam em necessidade. O Criador está interessado no modo pelo qual Suas criaturas humanas tratam os semelhantes, em especial os necessitados. Não há lugar no Céu para o princípio da seleção natural, que é contrária ao caráter do Deus da paz.

A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste mundo, um dia será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de juízo implica uma ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais, puniria, se não houvesse padrões morais pelos quais as pessoas pudessem ser julgadas?

Pense na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o evangelho e a promessa de salvação em Cristo são tão importantes para que tenhamos segurança no juízo?

Sexta
Ano Bíblico: Lv 1–4

Estudo adicional


Os conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos conceitos bíblicos sobre as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser humano refuta a possibilidade de que quaisquer fósseis tivessem sido ancestrais de Adão ou de outros seres humanos. De onde, então, esses fósseis vieram? Existem várias outras possibilidades.

Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres humanos) podem ter formas de seres humanos com inteligência normal, mas com padrões de crescimento diferentes de qualquer ser humano moderno. Uma segunda possibilidade é que os fósseis podem ter sido degenerados, devido ao seu próprio estilo de vida, estresse ambiental ou outros fatores. Uma terceira possibilidade é que eles podem ter resultado de tentativas diretas de Satanás para corromper a criação de maneiras que não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres humanos, mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta para resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas especulações. Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made in China [Feito na China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão da história da Terra, que varia muito entre os cientistas, provê um sistema de referência dentro do qual interpretamos os fósseis, mas não temos prova de nossas interpretações.

Perguntas para reflexão
1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que estabelecesse uma ordem moral sobre a humanidade? De onde viriam os conceitos morais?
2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre questões atuais como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?
3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios no campo de concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de Darwin conduziu ao drama de Dachau e outros similares. Qual é a lógica óbvia dessa linha de raciocínio? De que maneiras ela poderia ser defeituosa?

Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem, morreriam. A desobediência produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor porque Ele nos criou. Somos Suas ovelhas. Deus cuida de nós e nos sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o cuidado do Criador. 3. Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da Terra. 4. O homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar sangue de outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus. 5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre. 7. Deus faz o Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre justos e injustos. Devemos refletir a perfeição divina ao amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. 8. Deus teve compaixão dos feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para resgatar a humanidade caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos imitar Sua atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum entre sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão julgadas com base na lei e no caráter de Deus.

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