Seguidores

domingo, 6 de janeiro de 2013

COMO COMEÇOU O MOVIMENTO DE REFORMA NA ALEMANHA



A voce que é sincero, e acredita no Movimento de Reforma porem desconhece sua história, veja essa carta feita pelo pastor Ruhling ao secretário geral do dito movimento, D. Nicolici,. para ficar bem explicadinho, acrescentei comentários e grifos em cores diferentes. Ore a Deus, peça iluminação do Espírito Santo, e venha para a igreja da profecia.
 Venha. Deixe de orgulho. Você será bem recebido. Venha nos ajudar a terminar a pregação do evangelho, para Jesus voltar logo.
Venha com o seu conhecimento em reforma de saúde e vestuário, ensinar o neófitos a se preparar melhor para aquele dia.
Voce sabe, que Deus não tem duas igrejas, Ele só tem uma igreja, um povo, um só movimento.
A igreja Adventista do Sétimo dia teve inicio no cumprimento de uma profecia bíblica. As profecias de Daniel.
 O movimento de reforma começou com pessoas revoltadas, com mentiras e falsas profecias. O que você ainda está fazendo aí?... volta logo irmão. volta!

Pr. Manoel Barbosa da Silva

A Verdade dos Fatos Ocorridos



Relato histórico feito pelo Pastor R. Ruhling a D. Nicolici, em carta de 18 de Julho de1957. O Pastor Ruhling foi um dos secretários de campo da Associação Geral em 1947. Uma cópia da referida carta foi enviada pelo Pastor Moysés S. Nigri à Associação Paulista da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi traduzida pelo Pastor Luiz Waldvogel.



7104 Woodland Avenue

Takoma Park

Washington 12 D.C.

18 de julho de 1957



Pastor D. Nicolici, Presidente do

Movimento de Reforma Adventista do Sétimo Dia

P.O. Box 234, Oak Park

Sacramento, 17 Califórnia



Prezado Irmão Nicolici:



Algumas semanas atrás recebi vossa carta-circular impressa, com data de abril de 1957, e penso que devo responder àquela parte quanto à qual estou absolutamente habilitado a fazê-lo, isto é, sobre a origem de vosso movimento. Parece-me que se trata de uma questão muito vital.

Fui Secretário da União Este-Alemã, localizada em Berlim, de 1913 em diante. Em 1920, por ocasião da discussão em Friedensau, anotei em taquigrafia tudo que foi dito por ambas as partes e posteriormente o publiquei. E eu conhecia pessoalmente as várias pessoas que iniciaram aquele movimento, assim como a maioria dos líderes que se seguiram.

Na direita superior de vossa carta-circular acha-se impresso: "Originado em 1914", e no segundo parágrafo publicastes o seguinte: "... Não foi senão por ocasião da crise da Primeira Guerra Mundial, em 1914 que se revelou claramente a apostasia." E, em vossa carta de 10 de maio de 1954, na página 3, dizeis de novo: "O Movimento da Reforma, que veio à existência em resultado da crise que defrontou o povo do Advento em 1914. (...)". Aqui dais o ano de 1914 como o princípio de vosso movimento. Concluo que repetis isto por causa da declaração muito reiterada por essas pessoas, sem conhecer os fatos.

Permiti que aqui vos diga francamente, como tenho muitas vezes feito, de viva voz e pela pena, que isto é  absoluta inverdade.(o movimento de reforma começou com mentiras.) A Primeira Guerra Mundial rompeu a 3 de agosto de 1914. Mas não havia, entre os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia da Alemanha, absolutamente nada de opiniões divididas, quanto a deverem ou não os irmãos participar da guerra. Este fato refuta também vossa sentença: "A minoria que se opôs a esse compromisso dos líderes foi excluída da igreja." Isto é absolutamente inverídico. (Acerca dos que foram excluídos escreverei depois; mas deixai que prossiga.)

Como disse, a Guerra iniciou-se em agosto de 1914. Passaram-se os meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Isto são cinco meses, mas em parte alguma houve diferença de opinião, nada de protesto, nem perturbação, nem disputa e nenhuma cisão em nenhuma de nossas igrejas, acerca dessa questão. Esse movimento de reforma começou no início de janeiro de 1915, e surgiu sobre uma questão inteiramente diversa, isto é, a visão que algumas pessoas alegavam ter recebido acerca do fim do tempo da graça.(A discordia começou, por causa de visões falsas acerca da porta da graça. Nada a ver com porte de armas) Assim, repito: quando o chamado movimento alemão de reforma começou, ele não envolvia a questão do porte de armas ou de participar da guerra. (os reformistas daquele tempo concordavam com o porte de armas)

Dois membros leigos, conhecidos meus: J. Wick  e o irmão Czukta, foram, com muitos de nossos membros da igreja, recrutados para o exército alemão e mandados a Berlim, para o treino básico. Aí esses dois homens recusaram deixar-se vacinar e foram mandados para a prisão militar por sete dias. Enquanto na prisão militar, J. Wick afirmou ter tido uma visão, que ele escreveu e mandou para nossa casa publicadora, em Hamburgo, com o pedido de que fosse publicada em nosso órgão da igreja. A casa publicadora recusou-se a publicá-la.

Quando esses dois homens foram soltos  da prisão, desertaram do exército e foram a Bremen, onde encontraram refúgio com o ancião da igreja. J. Wick coletou dinheiro para publicar particularmente sua visão, e mandou um exemplar a quase todos os membros da igreja e ministros da Alemanha. (qual  era a visão)Afirmava ter recebido a visão em 11 de janeiro de1915 – visão na qual lhe foi mostrado que quando as árvores de frutas de caroço (cerejas, ameixas, etc.) florescessem, na primavera (abril-maio), terminaria o tempo de graça. ( portanto, o início do movimento de reforma foi baseado em falsas profecias) Afirmava ter-lhe também sido mostrado que deveria relatar sua visão aos irmãos líderes e, se não a aceitassem, estariam apostatados.

Aqui, acentuo novamente, nada havia nessa chamada visão; lida por mim muitas vezes, acerca da guerra ou de nela participar. Tinha que ver tão-somente com o fim do tempo de graça.

Os irmãos líderes na Alemanha declararam que essa visão ou era imaginária, ou de Deus, ou do diabo. Visto como se demonstrou não ser verdadeira, por certo que não era do Céu, de maneira que se conclui ter sido ou imaginária ou do diabo. Este foi o início do "movimento de reforma."

Por esse tempo várias outras pessoas também afirmavam ter tido visões. Uma delas, a irmã Kersting, membro leigo, afirmava ter tido, em fevereiro ou março de 1915, uma visão na qual recebera comunicação de que o tempo de graça terminaria quando as árvores de frutas de caroço florescessem. Uma tal Sra. Ziegler, também membro leigo, declarava ter tido uma visão. Um ou dois outros também anunciaram ter tido visões. Uma irmã, membro leigo, pertencente à igreja de um subúrbio de Berlim, relatou à igreja a sua visão, Os membros da Comissão da Associação foram falar com ela. Na entrevista disse ela que outrora praticara coisa como as de que trata o chamado Sexto e Sétimo Livros de Moisés (livro de fórmulas mágicas que circulavam na Idade Média), e que, em resultado do que aprendera nesse livro, fora ela capaz de realizar algumas curas. Estes chamados profetas, é evidente não tinham então contato mútuo, e portanto não começaram a trabalhar em conluio uns com os outros.

A primavera de 1915 veio e as árvores floresceram. E nada aconteceu. Durante todo esse tempo, nada se disse acerca do porte de armas. A questão suscitada dizia respeito à terminação do tempo de graça.

Os dois desertores do exército foram presos e condenados a cinco anos de prisão. O Sr. Czukta faleceu na prisão. Quando o Sr. Wick foi libertado, não continuou com os chamados "reformadores". Os outros falsos profetas arrebanharam simpatizantes em vários lugares, como Berlim, Bremen, Hamburgo, Munique, etc. Renegaram nossos irmãos líderes, porque não aceitaram como vindas de Deus as mensagens que eles pretendiam ser de Deus. Apenas passado o tempo do florescimento, em 1915, novas declarações foram, pelos falsos profetas, espalhadas quase semanalmente, estabelecendo o dia 10 de maio de1915, como data da terminação do tempo de graça. Passada essa data, marcou-se outro tempo. Mudaram suas datas cinco ou seis vezes, Isto habilitou nossos irmãos a ver a insensatez de crer nesses falsos profetas.

Então aconteceu algo diferente. Na Saxônia nossas igrejas foram fechadas e fomos proibidos de realizar reuniões.

Quando rompeu a guerra, em agosto de 1914, o a Pastor F. Schuberth fez ao governo alemão, em Berlim, declaração de que nossos irmãos haviam sido aconselhados a portarem armas na guerra. E no princípio do verão de 1915 foi pelos pastores L. R. Conradi, H. F. Schuberth e P. Drinhaus apresentada ao governo alemão uma segunda declaração acerca do porte de armas. Nela se fazia referência à declaração do Pastor Schuberth no ano anterior. Em resultado disso, suspendeu-se a interdição de nossa obra na Saxônia.

Os fanáticos conseguiram um exemplar do documento que esses irmãos apresentaram ao governo e usaram-no para fomentar contra os líderes de nossa obra na Alemanha. Nenhum obreiro empregado da denominação tomou parte nisso. Um dos líderes da facção rebelde foi um tal Sr. Richter, outrora ancião da igreja de Bremen. Eles – os fanáticos – começaram a denunciar a igreja como tendo caído e se tornado Babilônia, e insistiam com os irmãos, particularmente com os seus simpatizantes, a que saíssem de nossas igrejas.

Foi nesse tempo que os chamados "reformadores" começaram a assumir a atitude de que nossos irmãos não deviam portar armas na guerra.  (antes os tais reformadores nem falavam no assunto) Organizaram-se grupos que se reuniam à parte. Seus lideres viajavam de um lugar a outro. Alguns de seus seguidores recusavam-se a atender à convocação para o serviço militar. E quando alguns de nossos irmãos, consultados pela, polícia, disseram o que deles sabiam, os "reformadores" clamavam que estavam sendo perseguidos pela denominação. Começaram a propagar seus pontos de vista em publicações impressas.

Tanto quanto me possa lembrar, nenhum de nossos ministros ordenados, na Alemanha, se uniu a essa rebelião "reformista" durante o período da guerra.

Terminada a guerra, em novembro de 1918, alguns ministros jovens, não ordenados ainda, uniram-se aos "reformadores". Um deles foi Henry Spanknöbel  com seu irmão Karl Spanknöbel, Mais tarde, quando surgiram na Alemanha os nazistas, Henry se lhes uniu. Os nazistas enviaram-no, com uma missão especial, aos Estados Unidos. Quando se suspeitou de que o F.B.I. estivesse à procura de Henry Spanknöbel, o embaixador alemão em Washington, D.C., ocultou-o e o mandou a Nova Iorque, de navio, e dali para a Alemanha. (O fundador do movimento de reforma era nazista) O F.B.I. (Federal Bureau of Investigation) vasculhou o navio mas não o encontrou.

Os dois irmãos tornaram-se preeminentes e ativos como primitivos líderes do "movimento da reforma". Henry era orador eficiente. Ambos – ele e Karl – serviram no exército alemão na primeira Guerra Mundial, e só depois da guerra é que se uniram ao "movimento da reforma".( Atenção! Os fundadores do movimento de reforma, eram militares) Henry desapareceu misteriosamente e seu paradeiro é desconhecido. Karl está agora nos Estados Unidos e atribui-se a si mesmo o título de "Nobre". Um sobrinho seu, Pastor J. N. Noble  (Nobre) é um dos nossos ministros em Dakota do Sul.

De 21 a 23 de julho de 1920 realizou-se em Friedensau, Alemanha, uma reunião à qual assistiram líderes da Associação Geral como os Pastores A. G. Daniells, F. M. Wilcox, M. E. Kern, L. H. Christian. Foi quando o Pastor Christian assumiu seus deveres de presidente da Divisão Européia, tendo sido eleito a esse posto, na sessão prévia da Associação Geral.

O líder dos "reformadores" era então o Sr. Dörschler, que fora anteriormente ancião de uma de nossas igrejas, mas não obreiro denominacional. Instalaram sua sede central em Würzburg, sul da Alemanha, onde imprimiram suas publicações. Tinham denunciado a obra da Cruz Vermelha como sendo do diabo, e isto admitiram na reunião de Friedensau, porque nós havíamos aconselhado nossos homens a servirem no corpo médico durante a guerra.

O Pastor Daniells e seus associados da Associação Geral trataram instantaneamente com os irmãos dissidentes, procurando reavê-los. O Pastor Daniells explicou com muito cuidado nossa posição denominacional na questão do porte de armas em tempo de guerra. Foi também explicado que os líderes de nossa obra na Alemanha haviam cometido um erro em aconselhar nossos irmãos a portarem armas na primeira Guerra Mundial.(A igreja reconheceu o erro do presidente da Alemanha em recomendar o porte de armas. Mas os fundadores do movimento reformista, também portavam armas e tornaran-se Nazistas) em  Depois de haverem ouvido a explanação da atitude denominacional assumida por nossos irmãos quanto ao assunto, os líderes de nossa obra na Alemanha de pronto reconheceram haverem errado.

Visto como os "reformadores" em suas publicações nos chamavam "Babilônia," não podíamos por mais tempo tolerá-los em nossas igrejas, e os excluímos. Qualquer organização teria feito a mesma coisa. Mas, que incoerência. Primeiro nos chamavam "Babilônia," da qual deviam sair, e depois, quando os excluímos, clamavam estar sendo perseguidos pela denominação. Por que não queriam ser excluídos de Babilônia? Ou julgavam poder fazer uma propaganda mais eficaz enquanto diziam ser membros da igreja?

Agora, tendo-lhe eu escrito esta declaração absolutamente verdadeira, poderei esperar que mudeis vossas afirmações acerca do ano 1914?

Porventura qualquer dos líderes antigos, depois de deixar o "movimento da reforma", alguma vez repudiou seus atos antigos e confessou seus erros? Permiti que vos dê uma ilustração: Em 1926, na assembléia da Associação Geral em Milwaukee, encontrei-me com "Karl Spanknöbel, muito meu conhecido, e que fora um de seus líderes. Disse-me ele: "Irmão Ruhling, estando eu agora nos Estados Unidos e tendo aprendido a língua inglesa e começado a ler os Testemunhos estou convencido de que não tínhamos razão alguma para nosso movimento de reforma." (Veja "Karl Spanknöbel, Lider do movimento de Reforma, reconheceu que não tinha razão para o movimento separatista) Ora, confessou ele qualquer de seus erros e arrependeu-se do dano que causou à nossa denominação? Ou porventura se uniu de novo à igreja? Não. Vive ainda em Detroit mas não é membro da denominação. Ou porventura os que coletaram dízimos e ofertas de nossos membros da igreja alguma vez os devolveram ou confessaram seu erro? Confessaram jamais o seu erro de em público nos chamarem Babilônia?

Uns dez ou doze anos atrás, numa reunião campal em Lodi, Califórnia, encontrei-me com um jovem que afirmou saber de tudo o que acontecera na Europa quanto à origem do movimento ao qual ele pertencia. Perguntei-lhe qual a sua idade. Vi que em 1914 ele não era nascido, no entanto pretendia saber de tudo. Eu lhe disse que ele nada sabia. Ou o que sabia, aprendera-o dos falseados escritos de algum dos "reformadores". Disse-lhe que devia ir para a casa estudar a Bíblia e os escritos do Espírito de Profecia, e deixar de pregar falsidades e aprender a proclamar a verdade.( Até hoje, pessoas sinceras, lá no movimento de reforma, ficam repetindo falsas histórias que lhe são contadas, a respeito dos Advntistas. Agem como papagaios. Infelismente)

Assim, se sois sincero, como em vossa carta afirmais, espero muito sinceramente que haveis de fazer algumas correções, pelo menos, quando publicardes nova carta-circular.



Muito Sinceramente vosso,

R. RUHLING 
Orlando G. Pinho  
Do livro Uma Luz Que Alumia

Nenhum comentário:

Postagens de Destaque