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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Analisando a "reforma" de 1914 - parte I

Analisando a "reforma" de 1914 - parte I

Autor: Wilmur C. Medeiros

A irmã White deixou bem claro que se fazia necessária uma reforma entre o povo de Deus: «Deus requer um reavivamento e uma reforma» (Serviço Cristão, p. 41).
«Antes de os juízos de Deus caírem sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito Santo e o poder de Deus serão derramados sobre os Seus filhos» (O Grande Conflito, p. 371, edição da Pub. Atlântico, junho de 1975).
Iluminada pelo Espírito Santo, ela mostrou como se desenvolveria este reavivamento e quais seriam as suas características. Isto ficou bem assente para que ninguém fosse enganado por «movimentos de reforma» destituídos das credenciais divinas.


«Satanás, porém, tem estado a trabalhar assiduamente para desviar a autêntica reforma espiritual que o Senhor quer operar no seio da Igreja. Este tem sido o método do grande inimigo desde os dias antigos: adulterar o verdadeiro e oferecer uma falsificação, para promover a desordem, o caos e a perdição, em lugar da verdadeira conversão e a vida eterna» (Preparação para a Crise Final, p. 26, Fernando Chaij).

Já nos dias de Lutero, por intermédio de Munzer, um instrumento diabólico, foi criada uma contrafação: «Satanás não estava ocioso. Passou a tentar o que havia experimentado em todos os outros movimentos de reforma – enganar e destruir o povo, apresentando-lhe uma contrafação em lugar da verdadeira obra. Assim como houve falsos cristos no primeiro século da Igreja cristã, surgiram também falsos profetas no século décimo sexto.

Alguns homens, profundamente impressionados com a agitação que ia pelo mundo religioso, imaginavam haver recebido revelações especiais do Céu, e pretendiam ter sido divinamente incumbidos de levar avante, até à finalização, a Reforma que, declaravam, apenas fora iniciada por Lutero. Na verdade, estavam desfazendo o mesmo trabalho que ele realizara…

Um desses profetas pretendia haver sido instruído pelo anjo Gabriel… Algumas pessoas realmente sinceras foram transviadas pelas pretensões dos novos profetas.»

Lutero, em Wartburgo, ouvindo o que ocorrera, disse com profundo pesar: Sempre esperei que Satanás nos mandaria esta praga» (O Grande Conflito, p. 153, Pub. Atlântico, edição de junho de 1975).

Examinemos algumas características que devem acompanhar o verdadeiro reavivamento que teria de ter lugar entre o povo do advento:

I – Começar pelos ministros

«O povo de Deus não suportará a prova a menos que haja um reavivamento e uma reforma entre o povo de Deus, mas essa deve começar a sua obra purificadora entre os ministros» (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 469).

A reforma de 1914 não foi dirigida por pastores; logo, ela não preenche esta característica da verdadeira reforma.

Porventura não havia fiéis pastores adventistas quando se iniciou a 1ª Guerra Mundial? Sem dúvida alguma, havia e muitos. Notemos o que a irmã White afirmou em 1913: «Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 439).

Esses ministros, que Deus estava abençoando tanto nos Estados Unidos como em terras estrangeiras, eram fiéis. E por que não foram eles os líderes do «movimento de reforma»?

É interessante notar que entre eles, (os pastores fiéis) encontrava-se o Pastor J. N. Loughborough, que figura entre os fundadores da mensagem e que morreu em 1924, isto é, 10 anos após o surgimento do «movimento reformista», como fiel ministro adventista. Por que não quis ele tomar parte no dito movimento?

W. C. White, filho da irmã White e fiel ministro de Deus, também não se filiou no movimento de 1914, apesar de ter vivido até ao ano de 1936, isto é, 22 anos após o surgimento da «reforma». (À frente voltaremos a falar sobre o filho da irmã White).

O que diremos da própria irmã White que morreu em Julho de 1915 mais de um ano após a separação na Alemanha? Se o movimento fosse de Deus, não seria ela a primeira a liderá-lo? Mas ao contrário disso, o que ela fez foi deixar palavras de confiança, para a Igreja Adventista, a sua Igreja, e não para outro movimento, como vamos ver mais adiante.

«Não espero viver muito tempo. O meu trabalho está quase terminado… penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Os nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento da causa» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 443).

Onde estavam, segundo esta declaração, em 1915, os chefes de mente firme, que estavam aptos a fazer a obra crescer e progredir? No grupo separatista? Não. Estava, sim, na Igreja Adventista.

Se alguém ainda hoje pensa que os fundadores do «movimento reformista» foram homens de mente firme, pedimos que adquiram o «Livro do Pecado», o livro negro da reforma, escrito por um dos seus líderes, e leiam a partir da página 18 a biografia de cada um deles e tudo ficará claro, que eles não foram homens de mente firme, apesar de terem conseguido iludir considerável número de almas incautas. «Ver-se-á que estes que proclamam mensagens falsas não terão um alto senso de honra e integridade» (Testemunhos para Ministros, p. 42).

Vimos então que o movimento de 1914 não preenche a primeira característica de verdadeira reforma.

II – Uma reforma isenta de discórdia, lutas, confusão, etc.

«É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da Igreja o espírito de discórdia e luta… Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito» (Testemunhos Seletos, vol. III, ps. 254, 255).

Como harmonizar esta passagem com a reforma de 1914, que desde os seus primórdios até à atualidade tem tido uma história de discórdia, luta, confusão, separação, etc.?

Leiamos apenas algumas palavras do «Livro do Pecado»: «Quem era o irmão E. Dorscheler? Foi revelado que ele era um oposicionista, porque ele mesmo demonstrou. Ele desligou-se de início do movimento da reforma com os crentes holandeses… Queria ser independente. Enganou essas pobres almas a segui-lo por meio da arma da crítica… todas as propriedades foram inscritas no seu nome… Ele era da opinião de que não se deveria casar. Infelizmente, a sua própria filha fugiu a fim de casar-se fora do país. Pouco tempo depois morria, em 1936, numa casa de alienados… Isto foi o fim de uma história de oposição…» (ps. 18 e 10) (obs.: este homem foi o mais destacado fundador da “reforma”).

«Os filhos do irmão Welp brigaram com o irmão K. Spanknobel e tomaram a obra nas suas mãos na América do Norte» (p. 19).

«O irmão Maas é um dos mais perigosos ladrões que jamais tivemos entre nós» (p. 20) (obs.: nossa – ele era líder mundial do movimento).

«A nossa organização é 10 vezes pior do que a igreja grande» (p. 21).

«O irmão Welp incomodava todas as igrejas aonde ia… De 1939 a 1941, durante a guerra, fundou o irmão Welp um grupo próprio… Ele foi de membro em membro para recoltar o dízimo. Ele gastou tudo o que recoltou. Quando os irmãos lhe pediram conta, disse que o Sumo Sacerdote nunca deu contas» (ps. 22 e 25).

Em 1951, após 15 dias de discussão, o «movimento reformista» dividiu-se em duas fações, formando duas conferências gerais. De então para cá tem havido muita luta entre as duas «reformas».

É interessante notar que mesmo entre os dirigentes de cada fação têm surgido muitas dificuldades.

Todos sabem que os Srs. A. Lavrik e D. Nicolici estavam unidos quando da separação de 1951, e, que eram e continuaram sendo por muito tempo as principais figuras do movimento. Mas vejam as palavras ferinas que na sua carta, dirigida ao Dr. E. Kanyo, o Sr. Lavrik usa contra o seu colega, o Sr. D. Nicolici, por tentar este formar outro movimento:

«Prezado Irmão Kanyo:

Saúde e paz do Senhor lhe desejo…
Esta semana escrevi-lhe, e creio que esteja em suas mãos a minha última carta. Hoje torno a escrever-lhe, visto que já estou com passagem comprada e data marcada para deixar Sacramento no dia 1 de Junho…
Estou muito preocupado com o nosso encontro… Pode ser que esta seja uma oportunidade para convencer aqueles irmãos de Speele, para se chegar à conclusão de realizar uma Conferência Geral de Paz, e então chamar Nicolici para que responda ao que eles querem, e nós o permitiremos; pois ele, o velho, revelou contudo que, sem escrúpulo, sem vergonha e sem consideração alguma, é rebelde aberto contra a Conferência Geral, e tenta fazer outro movimento. Conseguiu algumas vantagens sobre os pobres australianos que eram seus amigos, Haynes e outros, Waymark e Heslop, gente fraca de caráter, e ele tomou vantagens para confundir.
A conferência de delegados resolveu apoiar a Conferência Geral, e o irmão Stwart pensou que já estava acabada a luta, mas enganou-se. Nicolici ficou lá e ele veio para os Estados Unidos; Nicolici realmente domina a comissão. Dizem que agora está esperando John Nicolici, das Filipinas… para fortalecer o propósito da rebelião… Assim que não há outra coisa a esperar do que declarar Nicolici Velho e John Nicolici da mesma obra ou pior ainda, pois o que John Nicolici fez no seu campo, o pai fez fora do seu campo, indiretamente oposto; se isto é rebelião, então jamais houve outra rebelião… ele deve responder pelos seus crimes, se se puder convencer os de Speele e convocar uma Conferência Geral para ajustamento.

Nicolici porém deve ser posto fora do ajuste; ele é o bode emissário, o mais culpado de todos no assunto de todas as rebeliões… Este homem me aborrece sem medida, ofendeu toda a causa, todo o Movimento, e Deus tem uma conta com ele.. Creio que se nos separamos de Nicolici, eles vão ter mais confiança numa conferência. E mesmo nós não podemos ter mais com Nicolici outra conferência, mesmo que ele se humilhe, se retrate; não temos que aceitar este homem na obra

Aceite saudações fraternais do irmão em Cristo.

Ass.: A. Lavrik.»

(Carta do Sr. Lavrik ao Dr. Kanyo escrita em 20-5-1966.)

Poderia esta ser a reforma da qual falou a irmã White? – não! Podemos afirmar sem medo de errar.

Comparemos agora o movimento de 1914 com mais um texto da Sra. White: «Em visões da noite passaram perante mim representações dum grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia do Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus… Portas se abriam por toda a parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial… Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhámos em 1844» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 345).

O «movimento de reforma» não preenche as condições deste testemunho. Isto todos os que o conhecem poderão perceber facilmente, dispensando, portanto, argumentação a esse respeito. Está claro então que não é um movimento com base profética, mas uma reforma espúria como outras que surgiram já antes de 1914.

III – Características dos falsos movimentos

Vejamos, agora, algumas das características dos falsos movimentos de reforma que têm surgido entre o povo adventista, e façamos um confronto entre eles e o pretensioso grupo chamado «movimento de reforma»:
a) Pretendiam que a Igreja Adventista estivesse apostatada, rejeitada por Deus.
b) Tachavam-na de Babilónia, prostituta, gaiola de toda a ave imunda e aborrecível, etc.
c) Os que dirigiam eram homens aparentemente inspirados, consagrados, zelosos, etc.
d) Pretendiam sempre ser portadores de grande luz e ter sido chamados para reformar a Igreja Adventista.
e) Pretendiam ser representados pelo anjo de Apocalipse 18 e estar incumbidos da proclamação do alto clamor.
f) Usavam os testemunhos da Ira. White para dar peso aos seus ensinamentos.

Provemos isto: «O Pastor K, moribundo, teve o quarto cheio de pessoas interessadas, enquanto se achava no Hospital de Battle Creek. Muitos foram enganados. O homem parecia inspirado. Mas a luz que me foi comunicada foi: ‘Esta obra não é de Deus. Não creiais a mensagem!

Alguns anos depois, um homem chamado N. de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar a sua mensagem. Disse que era o alto clamor do terceiro anjo que devia iluminar a Terra com a sua glória. Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. Ele disse que os Adventistas do Sétimo Dia eram Babilónia… Tivemos muita dificuldade com ele, a sua mente ficou desequilibrada e ele teve de ser posto num asilo de alienados.

Um Garmire, defendeu e publicou uma mensagem quanto ao alto clamor do terceiro anjo; acusou a Igreja… Disse que todos os dirigentes da Igreja haviam de cair por exaltação própria, e outra classe de homens humildes viria para a frente…

Esse engano foi-me revelado. Esse é um homem inteligente, falando de maneira aceitável, e abnegado e cheio de zelo e ardor, tendo a aparência de consagração e devoção. Mas a Palavra de Deus veio a mim: ‘Não os creiais, não os enviei’» (Mensagens Escolhidas, livro 2, p. 64).

«Ele pretendia crer nos testemunhos. Pretendia que estes eram verdadeiros, e empregava-os da mesma maneira por que os tendes usado, para dar força e aparência de verdade a suas pretensões. Se algum homem a quem olhei era inspirado, certamente era este; mas eu lhe disse claramente que a sua inspiração era de Satanás, não de Deus» (Ibidem, p. 65).

«Como ousa o homem mortal definir o seu julgamento sobre eles (os Adventistas do Sétimo Dia), chamar a Igreja de prostituta, de Babilónia, covil de ladrões, gaiola de toda a ave imunda e aborrecível, morada de demónios… e proclamar que os pecados dela atingiram os Céus e Deus se lembrou das suas iniquidades? É esta a mensagem que devemos dar aos Adventistas do Sétimo Dia? Digo-vos: Não! A NENHUM HOMEM DEUS DEU UMA TAL MENSAGEM.

Que estes homens humilhem os seus corações diante de Deus, e em verdadeira contrição se arrependam de terem estado, por algum tempo, ao lado do acusador dos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus…» (parágrafos extraídos do Manuscrito 21, 1893).

«Erguem-se continuamente pequenos grupos que creem que Deus está unicamente com os poucos, os dispersos, e a sua influência é derribar e espalhar o que os servos de Deus constroem… Fazendo todos uma obra especial para o inimigo e todavia pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem há de realizar a Sua grande obra. Esses estão continuamente exprimindo os seus temores de que o corpo de observadores do Sábado se esteja tornando como o mundo… O povo que, segundo a Palavra de Deus, se está esforçando ao máximo para ser um, os que são estabelecidos na mensagem do terceiro anjo, são olhados com suspeita, pelo facto de estarem estendendo a sua obra, e reunindo almas à verdade. São considerados mundanos, porque exercem influência sobre o mundo, e os seus atos testificam de que eles estão esperando que Deus faça ainda uma obra grande e especial na Terra – conduzir um povo e prepará-lo para o aparecimento de Cristo» (Testemunhos Seletos, v. I, ps. 166 e 167).

«Que todos os que lerem estas palavras lhes deem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém do nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilónia e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito… Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com a sua mensagem, por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se… Essa classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência aos seus testemunhos falsos» (Testemunhos Seletos, v. II, ps. 363 e 367).

Todos os que conhecem alguma coisa a respeito do grupo separatista já perceberam a esta altura, através das breves citações, que ele (o grupo separatista) se enquadra cem por cento com as características dos falsos movimentos.

Diz mais a serva do Senhor: «A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Babilónia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de um mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus» (Mensagens Escolhidas, livro 2, p. 66).

«Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilónia, é fazer a mesma acusação que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite, perante Deus» (Testemunhos para Ministros, p. 42).

Escapa a «reforma» destas condenações, pelo simples facto de ter ela surgido posteriormente a estas declarações? – Não.

«Desde anos tenho apresentado o meu testemunho, dizendo que em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz…» (Testemunhos Seletos, v. II, p. 355).

«Em surgindo quaisquer pessoas», em qualquer época, quer dizer a profetisa, e não só até 1914.

A mesma coisa acontece com o texto que diz: «Quando se levanta alguém, do nosso meio ou fora de nós...» (Ibidem, p. 363).

Referindo-se ao surgimento de movimentos acusadores no futuro, disse a Irmã White: «Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa» (Testemunhos para Ministros, ps. 41 e 42).

É muito interessante notar também que a Igreja que a irmã White estava a defender seria finalmente agraciada com o dom do Espírito Santo, a fim de transmitir ao mundo a advertência final; isto prova que não seria rejeitada. «Deus tem na Terra uma Igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A Igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela Igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com a Sua glória. A oração de Cristo, de que a Sua Igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus, tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação» (Testemunhos Seletos, v. II, p. 356).

«As igrejas denominacionais caídas é que são Babilónia. Babilónia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Este vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da preexistência de Cristo antes do Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus» (Ibidem, p. 362).

As quatro doutrinas, características de Babilónia, que aparecem nesta passagem, não eram ensinadas pela Igreja Adventista, nos dias da irmã White e por isso ela afirmou não ser a Igreja Adventista Babilónia. E agora perguntamos: os pregadores adventistas de hoje defendem tais doutrinas? Ensina a nossa literatura tais erros? Não. Então a Igreja que não era Babilónia naquele tempo, também não é hoje. E, uma vez que ela não é Babilónia, está provado então que é a Igreja de Deus.

Prezado leitor, se é membro do «movimento de reforma» desejamos fazer-lhe um pedido: Este artigo foi preparado unicamente com o objetivo de ajudá-lo a compreender que a Igreja Adventista não foi rejeitada por Deus como o leitor foi instruído. Leia-o, não com a intenção de refutar os textos, como às vezes acontece, mas, sim, de receber a iluminação do Espírito de Deus, que está desejoso de encaminhá-lo para a verdadeira Igreja.

(Refeito pelo Pastor Manuel Nobre Cordeiro, da Revista Adventista Portuguesa de dezembro de 1976, ps. 7, 8 e 9).

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