Sábado à
tarde |
Ano Bíblico: Êx 28, 29
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VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu
esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore
do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).
Leituras da semana: Gn 2:16, 17;
1:26-28;
Tg 3:9;
At 17:26;
Pv 14:31;
Mt 5:44-48;
Ap 20:11-13
As pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a
Magna Carta (1215) à Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do
Cidadão (1789) e às várias declarações das Nações Unidas, é promovida a
ideia de que os seres humanos possuem certos direitos “inalienáveis”,
direitos que ninguém pode, legitimamente, tirar de nós. Pelo menos
teoricamente, eles são nossos em virtude de sermos humanos.
As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos
determinar o que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso
afirmativo, de que forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses
direitos?
Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito”
de votar até o século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No
entanto, como um governo pode conceder às pessoas algo que já é seu
“direito inalienável”? São perguntas difíceis, e suas respostas estão
inseparavelmente ligadas à questão das origens humanas, tema do estudo
da lição desta semana.
Domingo |
Ano Bíblico: Êx 30, 31
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Nossa dependência do Criador
Gênesis 2:7
descreve Deus criando Adão e apresenta o homem como ser moral
inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é possível imaginar
Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho pretendidos.
Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se inclinaria
para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o Criador
como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras registram
muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação
material. Os exemplos incluem
Êxodo 32:15, 16;
Lucas 4:40 e
João 9:6.
Na verdade, a encarnação de Cristo na humanidade, processo pelo qual
Ele interagiu no dia a dia com o mundo criado de maneira muito
semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não podia Se abaixar para
“sujar as mãos” entre a humanidade.
1. Que ordem Deus deu a Adão? O que está implícito nessa ordem? Gn 2:16, 17
Podemos perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para
Adão e Eva? Compare essa situação com a de uma criança em uma família.
Os pais proveem à criança um lar e satisfação de necessidades. Eles a
amam e têm em mente os melhores interesses dela. Visto que eles têm
maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar suas orientações,
será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham difícil cumprir
ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a criança é
dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira
semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial
para a vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a
orientação de Deus. Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que
Ele sempre proverá o que precisamos para nosso bem.
2. Como o salmista expressa nossa dependência de Deus?
Que obrigações essa dependência coloca automaticamente sobre nós,
especialmente no que diz respeito à maneira pela qual tratamos os
outros? Sl 95:6, 7;
Sl 100
Segunda |
Ano Bíblico: Êx 32, 33
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À imagem de Deus
3. Que atributo especial foi dado apenas aos seres humanos? Gn 1:26-28
O que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado
muita discussão e as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns
indícios sobre a natureza da ideia. Primeiro, observe que, ter sido
feito à imagem de Deus sugere que parecemos com Deus em determinados
aspectos. Um aspecto importante da imagem de Deus é que Ele deu aos
seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como Deus é soberano
sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte dessa
soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais
terrestres.
Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem”
(Gn 1:26, itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a
pluralidade da Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo
masculino e feminino. A imagem de Deus não se expressa plenamente em um
indivíduo, mas no relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em
três Pessoas em relacionamento, também a imagem de Deus nos seres
humanos se expressa no relacionamento entre homem e mulher. A capacidade
de formar relacionamentos faz parte da imagem de Deus. Relacionamentos
implicam em responsabilidade e prestação de contas, o que significa
moralidade. Por isso, exatamente nesse texto temos um forte indício de
como a moralidade encontra seu fundamento na história da criação.
4. Como a ideia de que os seres humanos foram feitos “à
imagem de Deus” está claramente relacionada com o conceito de
moralidade? Gn 9:6;
Tg 3:9
Os seres humanos têm lutado por milênios com a questão da
moralidade. Mesmo antes de conhecermos o que é a correta moralidade, o
fato de sermos seres morais levanta uma série de questões profundas. Por
que, ao contrário dos besouros, pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres
humanos têm uma consciência moral, um conceito que distingue entre o
certo e o errado? Como seres feitos essencialmente de matéria amoral
(quarks, gluóns, elétrons e assim por diante) podem estar cientes de
conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos primeiros capítulos
da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas morais feitas
“à imagem de Deus.”
Terça |
Ano Bíblico: Êx 34–36
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Feitos do mesmo sangue
Em
Gênesis 2:23,
Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah.
Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa
“viver” (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à
vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para “Eva”
(Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”. O nome de Eva
representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos.
Somos todos uma família no sentido mais literal.
5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? At 17:26;
Mt 23:9
Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma
mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato
é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as
relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade
importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos,
e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os
seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do
que algumas pessoas tratam os animais.
6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a
entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por
Deus? Pv 14:31;
22:2
Muitos fatores têm dividido a humanidade: política,
nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem
dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx
previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram
uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre,
os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com
desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à
violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para
ela são questões que ainda nos deixam perplexos (
Mt 26:11),
Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós
merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.
Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns
justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo
social”, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o
forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser
aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão
correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.
Quarta |
Ano Bíblico: Êx 37, 38
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O caráter do nosso Criador
Deus nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras
coisas, que Ele desejou que tivéssemos um caráter parecido com o Seu.
Isto é, devemos ser semelhantes a Ele, tanto quanto humanamente possível
(note: ser como Deus não é a mesma coisa que aspirar a ser Deus, uma
diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido de refletir Seu
caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse caráter.
7. O que Jesus ensinou sobre o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter em nossa vida? Mt 5:44-48
8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37;
Fp 2:1-8
A história contada por Jesus envolve dois homens de grupos
diferentes e antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada
um deles estava dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus
Se agradou quando as diferenças foram postas de lado e um tratou o outro
com bondade e compaixão.
Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os
princípios do governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco,
enquanto os princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos
fortes. Deus criou um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás
distorceu as coisas de modo tão completo que muitos consideram a
sobrevivência do mais apto o padrão normal de conduta.
Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes
dominam os fracos) tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência,
por que deveríamos agir de modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de
vista e promovermos nossos interesses, em detrimento dos menos
“naturalmente selecionados”, deixaremos de seguir a Deus, e os
princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.
De quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta nossos
conceitos morais?
Quinta |
Ano Bíblico: Êx 39, 40
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Moralidade e responsabilidade
9. Examine o sermão de Paulo em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão.
O que é tão importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das origens e da moralidade?
O sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a
criação e terminou com o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o
mundo e tudo que nele há estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser
dotado de moralidade implica responsabilidade, e todos nós seremos
responsáveis pelos nossos atos e nossas palavras (
Ec 12:14;
Mt 12:36, 37).
10. Que ensinos bíblicos estão claramente ligados à moralidade? Ap 20:11-13;
Mt 25:31-40
Todos os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre
os dois grupos na parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa
tratou os que estavam em necessidade. O Criador está interessado no modo
pelo qual Suas criaturas humanas tratam os semelhantes, em especial os
necessitados. Não há lugar no Céu para o princípio da seleção natural,
que é contrária ao caráter do Deus da paz.
A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste
mundo, um dia será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de
juízo implica uma ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais,
puniria, se não houvesse padrões morais pelos quais as pessoas pudessem
ser julgadas?
Pense na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o
evangelho e a promessa de salvação em Cristo são tão importantes para
que tenhamos segurança no juízo?
Sexta |
Ano Bíblico: Lv 1–4
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Estudo adicional
Os conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos
conceitos bíblicos sobre as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser
humano refuta a possibilidade de que quaisquer fósseis tivessem sido
ancestrais de Adão ou de outros seres humanos. De onde, então, esses
fósseis vieram? Existem várias outras possibilidades.
Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres
humanos) podem ter formas de seres humanos com inteligência normal, mas
com padrões de crescimento diferentes de qualquer ser humano moderno.
Uma segunda possibilidade é que os fósseis podem ter sido degenerados,
devido ao seu próprio estilo de vida, estresse ambiental ou outros
fatores. Uma terceira possibilidade é que eles podem ter resultado de
tentativas diretas de Satanás para corromper a criação de maneiras que
não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres humanos,
mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta para
resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas
especulações. Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made
in China [Feito na China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão
da história da Terra, que varia muito entre os cientistas, provê um
sistema de referência dentro do qual interpretamos os fósseis, mas não
temos prova de nossas interpretações.
Perguntas para reflexão
1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que
estabelecesse uma ordem moral sobre a humanidade? De onde viriam os
conceitos morais?
2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre
questões atuais como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?
3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios
no campo de concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando
sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de
Darwin conduziu ao drama de Dachau e outros similares. Qual é a lógica
óbvia dessa linha de raciocínio? De que maneiras ela poderia ser
defeituosa?
Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam
comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem,
morreriam. A desobediência produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor
porque Ele nos criou. Somos Suas ovelhas. Deus cuida de nós e nos
sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o cuidado do Criador. 3.
Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da Terra. 4. O
homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar sangue de
outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus.
5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do
mesmo Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem
compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do
pobre. 7. Deus faz o Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre
justos e injustos. Devemos refletir a perfeição divina ao amar os
inimigos e orar pelos que nos perseguem. 8. Deus teve compaixão dos
feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para resgatar a humanidade
caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos imitar Sua
atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum entre
sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é
Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a
oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão
julgadas com base na lei e no caráter de Deus.