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domingo, 23 de dezembro de 2012

Lição da Escola Sabatina N° 13 - Quando tudo se fizer novo

Quando tudo se fizer novo


Casa Publicadora Brasileira – Quando tudo se fizer novo




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ap 1–3

VERSO PARA MEMORIZAR: “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21:4, RC).

Leituras da semana: 1Ts 4:16-18; Ap 20; 1Co 4:5; Rm 8:20-22; Ap 21:11–22:5; Ap 21:3

Pensamento-chave: O que é o milênio, quando acontecerá, e a que ele levará?

Thomas More (1478-1535) foi um autor inglês que cunhou a palavra utopia a fim de descrever uma ilha imaginária com um sistema social e legal aparentemente perfeito. Desde então, a palavra é muitas vezes usada pejorativamente para designar a impossibilidade da ideia de uma sociedade perfeita. Afinal, considere quantas vezes os seres humanos têm tentado criar “utopias”. Eles sempre falharam e de modo lastimável.

A Bíblia, porém, ensina sobre a verdadeira utopia. Em certo sentido, esse tem sido o objetivo para o qual a Divindade trabalhou desde a queda da humanidade, no Jardim do Éden. Deus quer reconduzir a humanidade à utopia que Ele havia criado originalmente para nós.

No santuário celestial, Cristo concluirá Sua obra para a salvação da humanidade. Depois disso, Ele virá à Terra uma segunda vez, mas com uma glória nunca vista antes, ressuscitará os santos mortos e transformará os vivos. E todos eles reinarão com o Senhor Jesus no Céu por mil anos.

Esse é o tempo que chamamos de “milênio” (equivalente à palavra mil). O início do milênio marca o começo da única “utopia” que os seres humanos conhecerão desde o Éden, antes da queda.

Domingo
Ano Bíblico: Ap 4–6


Eventos que iniciam o milênio


Se o milênio marca o início da “utopia” de Deus para Seu povo, é natural que tentemos saber quando ele começará e como será. O milênio, como um conceito, aparece em Apocalipse 20, onde é mencionado seis vezes, entre os versos 2-7.

Para saber o tempo do milênio, o lugar de Apocalipse 20 no fluxo geral do livro precisa ser determinado. Embora o livro não siga uma linha direta de tempo, neste caso, não é muito difícil determinar quando começa o milênio.

1. A descrição da ressurreição ajuda a determinar o tempo em que começa o milênio? Que eventos, ligados entre si, ocorrerão nessa ocasião? 1Ts 4:16-18; Ap 20


Algum tempo antes do segundo advento de Jesus, o Apocalipse prediz que três poderes (o dragão, a besta e o falso profeta) reunirão as nações para que se oponham à obra de Cristo e ao Seu povo (Ap 16:13). No momento da vinda de Cristo (Ap 19:11), as nações se reunirão para fazer guerra contra Cristo, mas, no processo, a besta e o falso profeta serão destruídos (Ap 19:19, 20). Apocalipse 20, então, menciona o destino do terceiro poder, o dragão. Enquanto os mortos em Cristo são ressuscitados, na chamada primeira ressurreição (v. 5), o dragão (Satanás) será capturado e lançado no abismo por mil anos (v. 1-3).

Alguns desses incríveis eventos também estão retratados em 1Tessalonicenses 4:16-18 e 2 Tessalonicenses 1:7-9. Essas passagens juntas ajudam a explicar o que acontecerá antes do começo do milênio.

Esse começo, é claro, coincide com o segundo advento de Cristo. Os mortos em Cristo serão ressuscitados para se unir aos vivos fiéis, e ambos os grupos serão levados para o Céu. No momento da vinda de Cristo, os ímpios vivos serão mortos por Seu “esplendor” (2Ts 2:8, RC). E a Terra desolada se tornará a prisão de Satanás, que ficará “preso” por mil anos, por assim dizer, em uma cadeia de circunstâncias. A razão para a prisão de Satanás é dada: “Para que não mais engane as nações” (Ap 20:3, RC). Muitos veem uma ligação simbólica entre o “banimento” do bode expiatório no Dia da Expiação (Lv 16:22) e as circunstâncias de Satanás durante o milênio.

Recapitule os eventos revelados nesses versos, acontecimentos sobrenaturais que mostram a grandeza e o poder de Deus, em contraste com a fraqueza e impotência da humanidade. Como podemos manter sempre esse contraste importante diante de nós? Por que isso seria um bom remédio para o orgulho e a autossuficiência?


Segunda
Ano Bíblico: Ap 7–9
 

Durante o milênio


2. Qual é a evidência de que o milênio se desenrola nos Céus (pelo menos para os salvos)? Ap 20:4-6


Um segmento específico do grupo que participará do milênio é descrito como “as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da Palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão” (Ap 20). Entendemos que a Bíblia não ensina a existência de almas conscientes, separadas, imortais. Esse texto, em vez disso, está retratando os que passaram pela experiência da perseguição, descrita em Apocalipse 12:17–13:18. No segundo advento (em cuja ocasião ocorre a primeira ressurreição), essas almas perseguidas voltam à vida e, após a ressurreição, reinam no Céu com Cristo (compare com 1Ts 4:15-17).

3. Apocalipse 20:4 chama a atenção para outro evento durante o milênio, ao dizer especificamente que o juízo será dado aos remidos. Sabendo que os fiéis estarão reinando com seu Senhor e que os maus terão sido mortos pelo esplendor da vinda de Cristo, qual será a natureza e o propósito desse juízo?


Uma das três coisas que enfatizamos na semana passada (segunda-feira) foi o juízo relacionado com o ministério de Cristo no santuário celestial antes da segunda vinda de Cristo. Esse juízo é diferente daquele de Apocalipse 20:4, o qual é realmente o cumprimento da promessa de Cristo em Mateus 19:28, e que corresponde à declaração de Paulo de que os santos deverão julgar o mundo (1Co 6:2, 3).

O conceito de juízo na Bíblia é rico e multifacetado. O juízo final tem três fases, a primeira das quais é aquela associada ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial. Os adventistas do sétimo dia a chamam de fase investigativa do juízo final. Em seguida, há a fase de revisão do juízo, durante o milênio, mencionada em Apocalipse 20:4 e 1 Coríntios 6:2, 3. Nessa fase, os redimidos terão a oportunidade de examinar os caminhos de Deus e Seu juízo com relação aos agentes da rebelião. A terceira fase do juízo final é a executiva, que faz parte dos eventos que ocorrerão no fim do milênio.

Tendo em mente o que você leu hoje, leia 1 Coríntios 4:5. Que esperança importante é encontrada ali, em vista do fato de que temos muitas perguntas não respondidas?

Terça
Ano Bíblico: Ap 10, 11


Eventos do fim do milênio


4. Que evento marca o fim do milênio e que oportunidade ele oferece a Satanás? Ap 20:7-9


A reversão das circunstâncias de Satanás marca sua “libertação”. Esse evento está relacionado com a ressurreição do restante dos mortos, que “não reviveram até que se completassem os mil anos” (v. 5). A expressão “Gogue e Magogue” é usada em sentido figurado, como em Ezequiel 38:2, para descrever aqueles que Satanás conseguirá enganar – os ímpios de todos os tempos. Satanás inspirará essa multidão universal a tentar derrubar a cidade de Deus. Apocalipse 20:9 sugere que a cidade, a Nova Jerusalém, nesse tempo já terá descido do Céu para a Terra, com Cristo, e Satanás e suas hostes marcharão contra ela. Uma descrição detalhada da cidade é dada em Apocalipse 21.

5. Como foi dito, o Apocalipse não segue uma ordem cronológica distinta. Leia Apocalipse 20:11-15. Como a ideia de juízo é expressa ali? O que significa o fato de que a punição final ocorre após o envolvimento dos santos no juízo? Ap 20:4


“Durante o milênio, os santos participam de um juízo deliberativo, que analisa os casos dos perdidos da Terra e dos anjos caídos. Esse juízo é evidentemente necessário, tendo em vista a natureza cósmica do problema do pecado. O curso da rebelião do pecado tem sido objeto de preocupação e interesse por parte de outros mundos (Jó 1; 2; Ef 3:10). O período de pecado deve ser tratado de tal maneira que corações e mentes em todo o Universo de Deus fiquem satisfeitos com seu tratamento e conclusão, com referência específica ao caráter de Deus. Para os resgatados da Terra, será especialmente importante entender o trato de Deus para com aqueles que clamarão aos rochedos que caiam sobre eles e os escondam ‘da face dAquele que Se assenta no trono’ (Ap 6:16). Eles devem ficar totalmente convencidos de que Deus foi justo em Sua decisão a respeito dos perdidos” (Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia]; Maryland, Review and Herald Publishing Association, 2000, p. 932).

O que nosso envolvimento no julgamento dos perdidos nos ensina sobre o caráter de Deus? Como esse conceito se encaixa com a ideia do grande conflito?

Quarta
Ano Bíblico: Ap 12–14

A Nova Terra


Apocalipse 20 termina com a eliminação de Satanás e suas hostes. Apocalipse 21 começa com a visão de um novo céu e uma nova Terra.

6. Apocalipse 21:1-5 traz a promessa de que Deus fará novas todas as coisas. De que forma isso reflete o relato da criação? (Gênesis 1; 2). Quais são as diferenças?


A palavra traduzida como “novo” em Apocalipse 21:1 enfatiza algo novo na forma ou na qualidade, em vez de novo, como em um “novo” evento no tempo. O propósito de Deus na criação de Gênesis não será realizado até que a promessa de fazer novas todas as coisas seja cumprida na Nova Terra. Por isso, toda a criação geme e anseia por libertação (Rm 8:20-22). A nova criação de Deus consistirá em libertar o Universo e a Terra de seu atual estado de imperfeição, e colocá-los em conformidade com Seu desígnio. Consequentemente, enquanto a nova criação será diferente da antiga, haverá alguma continuidade entre as duas. Como a antiga, a nova Terra será um lugar real, tangível, habitado por seres reais, físicos. A Nova Terra será o nosso planeta renovado, purificado, por assim dizer, pelo fogo (2Pe 3:10-13).

7. De que forma João retrata os aspectos físicos da Nova Jerusalém, a capital da Nova Terra? Ap 21:11–22:5


Uma coisa é clara: estamos falando de um lugar literal e físico. A heresia pagã de que a matéria é má e o espírito é bom, mais uma vez é desmascarada pelas Escrituras. Embora as palavras sejam limitadas no que podem transmitir, mesmo as palavras inspiradas, elas podem nos levar a entender que uma herança real nos espera. É importante lembrar que este mundo, com todas as suas imperfeições, não mais está como foi planejado. É uma aberração, que Cristo veio para corrigir. Em contraste com isso, a descrição do Apocalipse, não importando quanto seja difícil entender (conhecendo apenas um mundo caído), é a realidade eterna que nos espera. Que esperança temos, especialmente em comparação com os que acreditam que a morte é o fim de tudo!

Quinta
Ano Bíblico: Ap 15–17


A vida na Nova Terra


8. De que forma a incrível presença de Deus modificará a experiência dos habitantes da Nova Terra? Ap 21:3


Talvez não haja, em toda a Bíblia, uma visão tão inspiradora quanto essa, apresentada por João, o revelador. A Nova Terra será não apenas o lar das criaturas humanas, mas também de Deus. O Criador do Universo, santo e transcendente, agraciará com Sua presença a comunidade dos redimidos. Deus sempre permanecerá distinto de Suas criaturas, mas na Nova Terra, a separação entre Deus e a humanidade, provocada pelo pecado, será removida.

Além disso, a verdadeira comunhão será restaurada, não apenas entre Deus e os seres humanos, mas entre os humanos e a natureza, e dentro da própria natureza. João diz que ali não mais haverá maldição (Ap 22:3), e a expectativa profética da cessação da hostilidade no mundo animal também será cumprida (Is 65:25).

Além da restauração da comunhão completa, a eliminação do “gemido da criação” significa que todas as coisas prejudiciais (decadência, doença, morte e sofrimento) serão coisas do passado (Rm 8:21; Ap 21:4).

9. Leia o Salmo 8. Qual é a mensagem para nós nesse texto, especialmente à luz do que estudamos neste trimestre?


Muitas são as implicações da presença de Deus para a vida na Nova Terra, especialmente porque a ciência tem revelado, como nunca antes, o tamanho e a extensão da criação de Deus. O tamanho estimado do Universo “visível” é de muitos bilhões de anos-luz. No entanto, os cientistas agora especulam que esse Universo imenso e vasto representa apenas cerca de sete por cento do que realmente existe!

Reflita: O Criador não apenas morreu por nós, mas habitará conosco pela eternidade! Em algum ponto, por causa dos limites de nossa mente caída, temos que parar de tentar pensar sobre isso de forma racional e, em lugar disso, devemos nos ajoelhar, adorar e louvar Aquele que não somente nos criou, mas nos redimiu, e promete viver conosco eternamente.

Sexta
Ano Bíblico: Ap 18, 19


Estudo adicional


No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e abençoava a congregação. Assim Cristo, no fim de Sua obra de mediador, aparecerá, ‘sem pecado, ... para a salvação’ (Hb 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado.

O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado ‘à terra solitária’ (Lv 16:22, RC); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado, nos fogos que destruirão todos os ímpios” (O Grande Conflito, p. 485, 486).

Perguntas para reflexão
1. Há três posições básicas (com algumas variações) a respeito do milênio dentro da igreja cristã: (1) A ideia de que ele representa a era entre o primeiro e o segundo advento de Cristo; (2) Ele é um longo período de paz e justiça na Terra antes do aparecimento de Cristo, provocado em parte por causa da pregação do evangelho e de reformas sociais; (3) O milênio, um período de mil anos, ocorrerá após a volta de Cristo e acontecerá no Céu. Os Adventistas do Sétimo Dia aceitam a terceira posição, com o milênio se desdobrando no Céu, não na Terra (como alguns erroneamente acreditam). Que problemas as outras opções apresentam?
2. Leia Apocalipse 21:27. O que você entende sobre essa exclusão da Nova Jerusalém? Que outras coisas serão excluídas dali, e por quê?

Respostas sugestivas: 1. Sim. Volta de Cristo; ressurreição dos justos mortos; glorificação dos justos vivos; morte dos injustos; prisão de Satanás e seus anjos; os salvos serão levados para o Céu, onde passarão mil anos. 2. Os salvos receberão a responsabilidade para julgar os perdidos; eles viverão e reinarão com Cristo durante mil anos, fora da Terra destruída na qual Satanás estará preso. 3. Esse juízo servirá para demonstrar ao Universo inteiro a justiça de Deus, ao condenar os ímpios e salvar os fiéis; servirá para confortar o coração humano diante da separação de entes queridos. 4. A liberação da prisão simbólica de Satanás, com a ressurreição dos ímpios; Satanás terá oportunidade de enganar as nações e reuni-las para batalhar contra Deus. 5. Deus está no trono, julgando os ímpios mortos, por meio do que está escrito nos livros; diante dEle estão os salvos ressuscitados e glorificados; quando todo o Universo estiver convencido da justiça de Deus, Satanás e seus seguidores serão destruídos. 6. Na primeira criação, a Terra era totalmente nova; a redenção será o processo de renovar e recriar a Terra destruída pelo pecado; o lar da humanidade era o jardim do Éden; na Nova Terra será a Jerusalém celestial; na criação, Deus apenas visitava a Terra; na recriação, Seu trono será na Terra; a Nova Terra não conhecerá o pecado, que trouxe sofrimento à primeira Terra. Espiritualmente, a Nova Terra será semelhante à antiga Terra antes do pecado. Só Deus pode renovar Sua criação. 7. Comparou a glória da cidade a uma pedra preciosa e ao cristal; a cidade tem uma alta muralha; tem doze portas, que são doze pérolas; sobre elas está escrito o nome dos filhos de Jacó; a muralha tem doze fundamentos, sobre os quais estão os nomes dos apóstolos do Cordeiro; a cidade é quadrangular; o muro é de jaspe; a cidade é de ouro puro; os doze fundamentos da cidade são adornados com pedras preciosas; o rio da água da vida sai do trono de Deus; no meio da praça está a árvore da vida; ali estão os servos de Deus; a cidade é iluminada pela glória do Senhor. 8. Seres finitos habitarão com o Ser infinito; teremos tudo, porque o Criador estará conosco; sempre teremos vida, amor, luz e alegria. A vida será melhor do que tudo que já experimentamos no pecado. 9. Em meio ao pecado e ao conflito entre Deus e Seus inimigos, podemos perceber a glória de Deus na natureza, na Bíblia e na história; Ele Se preocupa com os pecadores e tem um plano para cada pessoa.





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